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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Canamaré: toca no Sub Club em POA

O ano era 1997. Um grupo de amigos de Niterói (RJ) resolveu se juntar e fazer um som para curtir e entreter a galera. O que eles não imaginavam é que, mais de duas década depois, essa “brincadeira” se tornaria séria. Assim, meio sem querer, nasceu o Canamaré, um dos conjuntos de reggae mais influentes de sua geração. Completando 21 anos de carreira, eles se reinventam a cada dia e preparam uma série de novidades para comemorar o aniversário.


Crédito: Paulo Moreira

Originalmente batizada de Canakayana (referência ao verso da música ‘Tropicana’, do Alceu Valença), o Canamaré sempre se destacou pela sonoridade própria: um reggae com pegada diferente, que de cara cativou o público nos primeiros shows. A música transmitia um clima agradável, como num final de tarde na beira da praia, rodeado de boas energias e positividade.
Em 1999, a banda lançou seu primeiro CD independente, o Canamaré, que contou com as participações do tropicalista e gênio da música planetária Tom Zé, e do grande baixista brasileiro Arthur Maia. O cartão de visitas não podia ser melhor. Com apenas dois anos de formação, o disco serviu como porta de entrada para que a banda ganhasse outros palcos Brasil afora. Além disso, nesse período, o Canamaré tocou com verdadeiras lendas do reggae mundial, como Steel Pulse, Israel Vibration e a histórica The Waillers, banda que acompanhava o rei Bob Marley.
O sucesso logo fez o Canamaré ganhar a estrada. O segundo disco, Cores de um Mesmo Mar (Orbeat Music — RS) reforçou o reconhecimento que a banda conquistava cada vez mais em todo o Brasil, sobretudo no Litoral Sul, onde o clima e o astral se encaixavam perfeitamente com proposta da banda. O terceiro regsitro, já com formação diferente, saiu em 2006 e se chamou Amanheceu o Brasil (Tandera Records — RJ).
Depois de atingir a maioridade, o Canamaré continua se reinventando. E, claro, os 21 anos de carreira não poderiam passar em branco. Para celebrar, o conjunto resgatou suas raízes com três integrantes da formação original: Marcelo Banana (voz), Zeco Passos (guitarra) e Maurus Maciel (baixo). E ainda ganharam o reforço de dois músicos espetaculares de Niterói: Fabinho Muniz (bateria) e João Pompeo (teclado).


Feel Jah:
Buscando transmitir as boas vibrações do reggae, nasceu a Feel Jah. Formada na zona sul de Porto Alegre, em 2005, o conjunto faz releituras de grandes nomes do reggae e procura ser fiel em cada detalhe. Em seu repertório, apresenta clássicos, como Steel Pulse, Bob Marley e o lado mais raiz do reggae. Com uma formação "big band", a Feel Jah promete botar o público para dançar, cantar e relembrar muitos hits da música jamaicana.
A formação atual é representada com Fyah Rocha e Don Fernandes (vocais), Roberto Canibal (bateria), Felipe Maia (baixo), Lauro Crivellaro (guitarra), Gustavo Matos (teclado), Rodrigo Borges (trombone) e Diego Abrahão (trompete).

Serviço:
Canamaré
Local: Sub Club Cultural
End: Rua Joaquin Nabuco, 288 - Cidade Baixa, Porto Alegre - RS
Data: 21 de setembro (sexta-feira)
Abertura da casa — 22h
Show de abertura com Feel Jah —  0h30min
Show Canamaré — 2h
Ingressos:
Lote 1:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 25*
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 25**
Inteira: R$ 50
Lote 2:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 30*
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$30**
Inteira: R$ 60
Lote 3:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 35*
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 35**
Inteira: R$ 70
No local***:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 40
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 40
Inteira: R$ 80
* Os alimentos deverão ser entregues no Sub Club Cultural, no momento da entrada ao evento.
** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.
*** Conforme capacidade da casa e venda antecipada, não garantimos o ingresso local
Sobre os descontos:
** 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 — obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.
** 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 — obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.
** 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 — obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Pontos de venda:
Sub Club Cultural — Rua Joaquim Nabuco, 288 - Cidade Baixa
(Somente em dias de evento => consulte nossa agenda nas redes sociais e site)
Informações
Classificação: 18 anos;
É obrigatório o acesso ao evento com algum documento oficial de identificação com foto;
Casos de assédio, abuso, racismo e homofobia não serão tolerados
Aceitamos cartões: Visa & Mastercard

Enviado por Homero Pivotto Jr
Jornalista e Assessor de Imprensa

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Produto Nacional: com quase 30 Anos de história faz show no Sub Club Cultural, sexta, em POA


A banda Produto Nacional é a atração do "Reggae in Sub", marcado para sexta-feira (17/08), no Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288, em Porto Alegre). Além do veterano grupo gaúcho, na ativa desde 1989, a festa ainda conta com os DJs Rodrigo Funchal Zucoloto e Geraldo Alcântara Leal tocando clássicos do reggae, da surf music, do rap, do roove e do R&B.

Divulgação

 Precursora do reggae no Rio Grande do Sul, fundada em 1989, a Produto Nacional continua sendo reverenciada como uma das mais importantes bandas do gênero no Brasil.

Com personalidade e sonoridade muito peculiares, o conjunto vem, nesses 29 anos ininterruptos de atividade, fazendo um reggae original, pesado e com letras fortes. Questões importantes, como temas políticos, sociais e raciais estão sempre em pauta nas composições do grupo, abrindo janelas para o amor, a positividade e a alegria de se viver em paz com os semelhantes.

Nos últimos tempos, a Produto Nacional está se programando para comemorar os 30 anos de estrada em 2019. A ideia é montar uma apresentação repleta de músicas conhecidas, além de composições novas, para confraternizar com o público.

Serviço:
Produto Nacional
Local: Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288).
Data: 17 de agosto (sexta-feira) às 23h.
Ingressos:
Lote promocional — R$ 20,00 (com o produtor do evento, Leo Bico: (51) 98916-5530).
Primeiro lote — R$ 25,00 (no Sub, em dia e horário de eventos).
Na hora — R$ 30,00
Pontos de venda:
Sub Club Cultural — Rua Joaquim Nabuco, 288. Fone: (51) 99129-1507
Atenção:
Classificação: 18 anos
É OBRIGATÓRIO o acesso ao evento com algum documento oficial de identificação que tenha foto;
Casos de assédio, abuso, racismo e homofobia não serão tolerados
Produção: Grooveproduçãoefotografia e Leo Bico

 Mais informações sobre agenda, atrações e promoções nas redes sociais:
Facebook
Instagram
www.subclubcultural.com

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Daniel Mossmann (Pata de Elefante): A passos largos com o som instrumental (Entrevista)

Por Homero Pivotto Jr.
Crédito: Marcelo Lubisco Leães

Com acordes certeiros e execução precisa, a Pata de Elefante vem deixando sua marca no território da música instrumental brasileira. Desde que o bicho nasceu, em 2002, já foram quatro discos lançados e algumas honrarias sinalizando reconhecimento (de Video Music Brasil, da MTV, ao tradicional Prêmio Açorianos).

Nesses 16 anos de caminhada, o grupo sempre pisou firme no ritmo do rock, porém, com pegadas estratégicas em elementos do jazz e do blues. Em 2017, o baterista Gustavo Telles foi para outros lados, deixando os guitarristas Daniel Mossmann e Gabriel Guedes continuarem seu rumo. Por vezes, nas andanças da dupla por palcos seletos, Pedro Petracco é quem assume as baquetas.

É essa formação que chega ao palco do Sub Club Cultural na quinta-feira, 9 de agosto, para a primeira edição do Sub in Concert, quando rola também show da Endres Experience. Na entrevista que segue, Daniel Mossmann avalia o atual momento da banda e conta o que vem pela frente.

Desde que o baterista Gustavo Telles deixou a banda, em 2017, a Pata tornou-se uma dupla. A ideia é manter dessa forma? Como vocês estão lidando com a questão de quem assume as baquetas nas próximas gravações e shows?

Daniel Mossmann — Por enquanto sim. Estamos lidando bem, pois tem grandes bateristas parceiros com quem podemos contar

Essa alteração parece ter diminuído o ritmo de apresentações ao vivo, procede? A ideia é retomar uma frequências mais intensa ou levar assim, sem tantos shows marcados? E por quê?

Daniel Mossmann — Não procede. Há tempos que fazemos menos shows na cidade, priorizando alguns eventos

A banda está trabalhando em material novo com o baterista Reynaldo Migliavacca, que mora em Londres. Por que escolheram um músico que mora fora e a quantas anda esse material? Alguma previsão de lançamento?

Daniel Mossmann — Sempre fomos fãs do Reinaldo, basicamente por isso escolhemos ele. Assim como o Pedro Petracco. Foram escolhas naturais. Estamos na reta final de gravação e o disco sai este ano ainda.

Fazer rock no Brasil não é uma tarefa fácil, ainda mais se for instrumental. Como vocês avaliam a ótima repercussão que a banda teve desde que foi criada, em 2002?

Daniel Mossmann — Difícil para nós avaliarmos, caiu no gosto do público. Nada foi planejado, apenas fazemos as músicas como gostamos e acabou agradando bastante gente

O que esperar do show dia 9 de agosto no Sub Club Cultural (algum som novo, por exemplo)? E quem deve estar com vocês na bateria?

Daniel Mossmann — Já vão ter sons do próximo disco nesse show, já temos tocado alguns. Quem assume a bateria é o Pedro Petracco, que fez alguns shows conosco desde a saída do Gustavo.



A banda Pata Elefante, uma das atrações do primeiro Sub in Concert. O evento ocorre nesta quinta-feira, dia 09 de agosto, às 21h, no Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288 em Porto Alegre).

 Além do trio instrumental, toca também o projeto Endres Experience, que revisita a obra do ídolo Jimi Hendrix e é formado por Fredi Endres (guitarra, (Comunidade Nin-Jitsu), Nando Endres (baixo, também da Comunidade), Erick Endres (guitarra) e Gabriel Boizinho (bateria, Cachorro Grande).

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

1kilo: coletivo de rap faz show em POA para lançar clipe com mais de 1 milhão de views


Depois de criar um canal e estourar com sucessos no YouTube, o coletivo 1Kilo — que se tornou uma gravadora independente — segue seus trabalhos e investe na parceria com diversos músicos, incluindo rappers de diferentes localidades do país. A intenção é colaborar na divulgação e oferecer um som de qualidade apresentando novos nomes para o público. Um dos mais recentes lançamentos foi realizado em parceria com MCs do Sul do Brasil, e o resultado é o clipe Ano da Cobrança, que está batendo 1 milhão de views. Dia 4 de agosto, rola a festa de lançamento do vídeo, no Sub Club Cultural, em Porto Alegre.



O evento é uma parceria com o projeto SubRap, coordenado por Nitro Di (Da Guedes). Estão garantidas as presenças de Pok Sombra, Cachola, Nitro Di, Kalango 1Kilo e Madona do grupo D´Lamotta, além de Djs convidados.

Sobre o videoclipe “Ano da cobrança”:

1Kilo voltou com a cypher (reunião de MCs) Ano Da Cobrança, agora com uma formação diferenciada. O trampo conta com a presença de Pablo Martins, Drow Mattos, Pok Sombra, Nitro Di, Cachola, Kalango e D’lamotta.

A produção é de Malive (1Kilo), mix e master de Dj Grego (1Kilo) e o videoclipe é de 1Kilo e Enjoy The Ride Filmes, com direção de Bruno Veronezzi e Vinícius de Barros Gonçalves.





Sobre a 1Kilo: (fonte: https://portalrapmais.com)

Começou há mais ou menos um ano e meio, quando Pablo Martins foi fazer um show em Florianópolis e levou DoisP e Dj Grego junto. Na Ilha da Magia, eles ficaram na casa do Rasta Beats. Durante a estadia, produziram uma série de faixas — cerca de 90 ou mais, segundo Pablo — em apenas dois meses.

Então, Pablo fez a proposta para Rasta morar no Rio de Janeiro junto com DoisP e Dj Grego. Juntos fundaram o coletivo que primeiramente foi sediado em Botafogo e, hoje, fica em Niterói.

“Temos uma receptividade boa do público, agradecemos isso. Trabalhamos muito em prol de um objetivo, e isso ajuda a gente. Apesar de não ter uma mídia forte nos apoiando, temos um ao outro dando força. Isso acaba gerando resultado”, diz Pablo sobre o sucesso que o coletivo vem tendo no Brasil.


Serviço:
Festa de lançamento do Clipe Ano da cobrança — Show coletivo
Atrações: de Pok Sombra, Cachola, Nitro Di, Kalango 1Kilo e Madona (D´Lamotta), mais Djs convidados.
Local: Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288 – Cidade Baixa - Porto Alegre)
Ingresso único: R$ 20,00 no local.
Apoio: 1Kilo | Enjoy The Ride Company | Menfis Estúdio | Massolo | PROGRAMA MIX TAPE
Informações:
https://www.subclubcultural.com/
facebook.com/subrap

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Fredi “Chernobyl” Endres (Comunidade Nin-Jitsu) e a experiência com Jimi Hendrix (Entrevista)


O guitarrista Fredi “Chernobyl” Endres (Comunidade Nin-Jitsu), um dos idealizadores do projeto Endres Experience, que revisita a obra do ídolo Jimi Hendrix foi entrevistado pelo jornalista Homero Pivotto Jr.

O grupo formado por Fredi, pelo irmão Nando (baixo, também da Comunidade) e pelo filho Erick (guitarra) — além do baterista Gabriel Boizinho (Cachorro Grande) — faz show no Sub Club Cultural (Rua Joaquim Nabuco, 288 - Cidade Baixa em Porto Alegre) no dia 9 de agosto.

Crédito: facebook 

Para quem gosta de música, algumas experiências com discos, artistas ou shows são inspiradoras. Do tipo que se leva para a vida. Foi o que rolou com o guitarrista Fredi “Chernobyl” Endres (Comunidade Nin-Jitsu) ao ouvir Jimi Hendrix. A admiração pelo incendiário mestre, na real, é compartilhada por mais gente da família: o irmão Nando (baixista da Comunidade e quem ensinou Fredi a tocar guitarra) e o filho Erick (um prodígio das seis cordas) também são devotos do estadunidense nascido James Marshall.

Para homenagear o ídolo e a energia eletrizante que ele mostrou ser capaz de produzir com seu equipamento, o clã resolveu experimentar em um tributo apropriadamente nomeado como Endres Experience. Além dos Endres, o projeto conta ainda com Gabriel Boizinho (Cachorro Grande) na bateria.

Trocamos uma ideia com Fredi Chernobyl sobre Hendrix e seu legado.

De onde veio essa genética musical da família Endres. Começou com vocês (Fredi e Nando) ou vem de alguma geração anterior?

Fredi Chernobyl — Nosso avô, bisavô do Erick, meu filho, tocava contrabaixo em uma pequena orquestra. Mas não tivemos muito contato com ele. Nossa mãe (avó do Erick) tinha violão em casa e isso fez com que tivéssemos contato com instrumentos. Acredito que os 15 vinis do Jimi Hendrix que meu pai tinha foram bem importantes também.

Falando em família: com a Endres Experience vocês dedicam o repertório ao cara que é um dos pais da guitarra elétrica. Qual a influência do Hendrix na musicalidade do trio Endres?

Fredi Chernobyl — Eu diria que é o cara que me fez despertar para a guitarra mesmo. Nos anos 80, estava na moda ser virtuoso e rápido, tocar como um branco sem groove nenhum e ser bom numa corrida de palhetadas, como um esporte de velocidade. Isso fazia com que eu me sentisse um péssimo aprendiz de guitarra aos 11 anos, em 1986.

O aprofundamento nos vinis do Hendrix que nosso pai tinha salvou minha vida — na real —, porque descobri que a gente pode valorizar o pouco que se sabe fazer e potencializar isso em vez de lamentar o que não se consegue. No caso, foi a mão direita (black hands com groove e pegada precisa) que me fez acreditar que poderia ser guitarrista. Ensinei isso ao Erick quando ele tinha quatro anos. Colocava ele no meu colo enquanto eu fazia a mão esquerda na digitação do braço e o guri aprendia, antes de mais nada, a mão direita rítmica.

E de onde veio a ideia para fazer essa experiência de juntar a parentada e tocar sons do lendário guitarrista?

Fredi Chernobyl — Surgiu como uma confraternização mesmo. Acredito que tocar para se divertir nos ensina muito depois de já viver da música há 20 anos e ter criado filhos executando acordes. O Endres Experience é o nosso bate-bola familiar. Tem gente que joga futebol com o filho no parque, a gente se junta para fazer som.

Hendrix é conhecido por ousar, experimentar. As releituras que vocês fazem dele também puxam para essa lado inventivo, talvez até meio instintivo na hora de tocar?

Fredi Chernobyl — A gente toca as músicas do Jimi Hendrix, não somos uma banda cover ou cópia. É uma linha tênue, mas é assim que rola. Respeitamos as criações e as estruturas, mas como copiar um solo de guitarra igual ao de um cara que nunca copiou a si mesmo, pois em shows fazia completamente diferente dos discos?

Imitar milimetricamente Jimi Hendrix seria assinar o atestado de que não se entendeu nada do que ele nos ensinou. O cara jamais copiaria alguém. Ele interpretaria com admiração a obra de outro. A sonzeira rola com respeito ao mestre, mas com a nossa pegada.

E como rolou de o Boizinho (Cachorro Grande) assumir as baquetas desse projeto?

Fredi Chernobyl — O Boizinho na batera veio ao natural, pois é um amigo que bebe das mesmas fontes musicais. A gente estava direto no estúdio dele, o finado Gorila, quando decidimos ensaiar para rolar o Endres Experience. O convite surgiu numa bobeira entre ensaios.



Escrito por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e Assessor de Imprensa



terça-feira, 24 de julho de 2018

Pata de Elefante e Endres Experience: um encontro de peso em agosto, no Sub Club Cultural

O Sub Club Cultural promove um encontro de peso no dia 09 de agosto, quando se apresentam na casa as bandas Pata de Elefante e Endres Experience. A primeira, como o nome sugere, faz um som instrumental que é um coice e já está há 16 anos caminhando a passos largos no cenário musical. A segunda é quase uma junção de família para o Dia dos Pais que ocorre no domingo após a apresentação. O guitarrista Fredy ‘Chernobyl’ Endres (Comunidade Nin-Jitsu) entra em cena com o filho e prodígio das seis cordas Erik Endres e com o irmão Nando Endres, também da Comunidade, no baixo. Acompanhando essa turma que tem os bons sons correndo nas veia está o baterista Gabriel Boizinho (Cachorro Grande). Os ingressos custam R$ 25 (antecipado) e R$ 30 (na hora)

Serviço:
Pata de Elefante & Endres Experience
Local: Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288 - Cidade Baixa)
Data: 09 de agosto (quinta-feira) às 21h
Ingressos:
Antecipado — R$ 25,00 (garante entrada sem precisar ficar em fila)
Na hora — R$ 30,00
Pontos de venda:
Sub Club Cultural — Rua Joaquim Nabuco, 288. Fone: (51) 99129-1507
Atenção:
Classificação: 18 anos
É Obrigatório o acesso ao evento com algum documento oficial de identificação que tenha foto;
Casos de assédio, abuso, racismo e homofobia não serão tolerados
Produção: Grooveproduçãoefotografia
Apoio: Santa Madre Tattoo

Crédito: Marcelo Lubisco Leães

A Pata de Elefante surgiu em janeiro de 2002, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul e se diferenciou por fazer rock instrumental com ênfase nas melodias. O primeiro disco, Pata de Elefante, foi lançado em dezembro de 2004 pela Monstro Discos. A partir desse momento, o grupo passou a se apresentar nos principais festivais de rock no Brasil, como Goiânia Noise (2004, 2006 e 2007) e Abril Pro Rock (2008). Por esse trabalho, ganhou o Prêmio Açorianos de Música 2005 de Porto Alegre. Na revista Bravo, em resenha veiculada em julho do mesmo ano, o disco recebeu um elogio de peso: "a música instrumental brasileira tem salvação". Em agosto, a banda se apresentou no Programa do Jô, da Rede Globo.

Em 2007, o grupo foi selecionado no edital Rumos Itaú Cultural (2007-2009), que funciona como uma espécie de mapeamento da música brasileira. No fim do ano, lançou o segundo registro, Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha. A música ‘Hey!’ foi incluída na coletânea Le Noveau Rock Brésilien (O Novo Rock do Brasil), encartada na edição de fevereiro de 2008 da revista franco-brasileira Brazuca, com distribuição gratuita nas ruas de Paris. A seleção musical e a produção foram da revista e do selo digital Senhor F. Em dezembro de 2008, a Pata de Elefante ganhou o Prêmio Dynamite, na categoria Instrumental, realizado pela revista Dynamite.

Em janeiro de 2009, Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha ficou entre os 25 melhores discos de 2008 conforme a lista da revista Rolling Stone. Em julho de 2009, o trio fez shows no Festival de Garanhuns, em Garanhuns (Pernambuco), no Baicool Jazz Festival, em Salinas (PA), e no encerramento da primeira seletiva do Festival Se Rasgum, em Belém (PA). Em agosto, ocorreu uma turnê pelo Rio Grande do Sul durante o projeto Sesc Música, com shows em São Leopoldo, Lajeado, Bento Gonçalves, Farroupilha e Santa Cruz do Sul. Em outubro, a Pata de Elefante ganhou o VMB (MTV) na categoria Melhor Banda Instrumental. E em novembro, rolou o lançamento do elogiado clipe de ‘Um olho no fósforo, outro na fagulha’.

Ainda nesse período, foram realizadas apresentações nas cidades de Iguape, Tupã, Brotas, Guararema, Caraguatatuba e Monte Alto, no interior do estado de São Paulo, durante o Circuito Cultural Paulista. Além disso, o grupo marcou presença na caixa com 16 CDs lançada pelo Rumos Música (edital 2007-2009), do Itaú Cultural, incluindo artistas e grupos do Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Brasil.

O conjunto tem quatro álbuns lançados e, atualmente, conta com os guitarrista Gabriel Guedes e Daniel Mossmann como formação fixa.

Crédito: Juliano Oster

Endres Experience é um peculiar tributo ao deus da guitarra Jimi Hendrix. A formação tem Fernando Endres (baixo, Comunidade Nin-Jitsu), que ensinou seu irmão Fredi Endres (guitarra, Comunidade Nin-Jitsu) a tocar guitarra, que, por sua vez, mostrou ao filho Erick Endres como usar o mesmo instrumento. A parceria que corre no sangue faz transcender os níveis musicais de forma impressionante e, ao vivo, as execuções ficam mais interessantes com a participação do mestre Gabriel Boizinho (Cachorro Grande) na bateria. A Endres Experience coloca no repertório todas as fases de Jimi Hendrix, incluindo as principais músicas do Are You Experienced? e do Axis: Bold As Love, além de material do período mais soul com Band Of Gypsys. Um show para quem quer ouvir rock psicodélico com groove e qualidade.

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Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

Terra Celta: dia 07 de setembro no Sub Club Cultural em POA

Crédito: Diego Moita


Sucesso absoluto nos palcos do Rock in Rio (2013), Rock in Rio Lisboa (2014) e Rock in Rio Las Vegas (2015), a banda brasileira Terra Celta comemora 13 anos de estrada com uma carreira sólida e coesa.

A banda paranaense  mostra seu estilo de vanguarda ao vivo no dia  7 de setembro, às 20h, no Sub Club Cultural (Rua Joaquim Nabuco, 288), em Porto Alegre.

Apostando em letras irreverentes e melodias fora do comum, o grupo vem conquistando um público cada vez maior. Para garantir que a execução de sua proposta seja sempre fiel, conta com uma formação diferenciada: Elcio Oliveira (voz, violino, gaita de fole e nyckelharpa), Arrigo (acordeon), Edgar Nakandakari (banjo, mandolin, tin whistle, clarinete, gaita de fole e hurdy gurdy), Leo Cacione (bateria e percussão), Eduardo Brancalion (guitarra, violão e bouzouki) e Bruno Guimarães (baixo).



Com influências da música folclórica européia — em especial a música tradicional da Irlanda, Escócia e Bretanha —, o Terra Celta apresenta um folk rock enérgico e performático. Valendo-se de canções que são um convite para a participação do público, figurinos e instrumentos exóticos, o sexteto leva ao público um show totalmente interativo em que até os mais sisudos entram na dança.

O Terra Celta traz a fusão de vanguarda da música celta à música brasileira incrustando elementos étnicos ao rock’n roll brasileiro, unindo tribos distintas em torno de algo maior do que qualquer definição sobre estilos… a diversão!

Serviço:
Terra Celta
Local: Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288)
Data: 7 de setembro (sexta-feira) às 20h
Abertura da casa: 18h
Ingressos
Lote promocional — R$ 20,00
Primeiro lote — R$ 25,00
Segundo lote — R$ 35,00
Na hora — R$ 40,00
Pontos de venda:
Sub Club Cultural — Rua Joaquim Nabuco, 288. Fone: (51) 99129-1507. A casa abre apenas em dias de eventos (consultar agenda no Facebook)
Comprar online:
Atenção:
=> Classificação: 18 anos;
=> É obrigatório o acesso ao evento com algum documento oficial de identificação que tenha foto;
=> Casos de assédio, abuso, racismo e homofobia não serão tolerados

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

quarta-feira, 18 de julho de 2018

'Pauto a carreira e a vida no ecletismo', revela Fabão (Entrevista)

Por Homero Pivotto Jr.

Fabão Diefenthäler é um só, mas encarna vários personagens. Entre eles: o cantor, o compositor e o performer. É um eclético, segundo ele mesmo, na busca por fazer arte e divertir-se. Com novo registro lançado há pouco — o EP Fabão 4 —, o músico faz show em 20 de julho, no Sub Club Cultural. Conhecido por ter atuado em bandas como Rastamanos e Pedrada Afú, continua mantendo o reggae na essência de seu trabalho, mas sem perder oportunidades de flertar com outros gêneros. Conversamos com o homem sobre versatilidade musical, o porquê de regravar Legião Urbana e desconexões.


Credito: Acervo Pessoal

Tu és um artista bem versátil: transita do reggae ao pop, passando pelo rock, com desenvoltura. Como desenvolveu essa característica eclética?
Fabão — Obrigado. Pauto a carreira e a vida no ecletismo. Viver várias encarnações, sem precisar morrer... rsrs
Não bastasse, também é um compositor de mão cheia. Temas conhecidos da Ultramen (‘Tubarãozinho), Strike (‘A Coisa’), Comunidade Nin-Jitsu (‘Pastilha de Prosa’) e Armandinho (‘Toca Uma Regguera Aí’) são teus. De onde vem a relação com esses artistas e como acabou rolando de eles registraram obras criadas por ti?
Fabão
 — Ultra, CNJ e Armando são amigos antigos. Porém, se rolou registro é porque são meus fãs, assim como a Strike, por exemplo. Eu sou fã de todos eles. Daí trabalhar com ídolos, amigos ainda, fica fácil.
Outra característica tua é a performance intensa. Isso é influência direto de algum ídolo ou uma necessidade como artista? Tipo: não basta cantar, tem de encarnar o personagem?
Fabão
 — Não lembro de influência na minha performance, como tu disseste, deve ser necessidade. Trabalhar com arte só funciona se for divertido. Isso ajuda muito. Sempre me diverti sendo caricato.
Teu EP mais recente tem uma versão de ‘Tempo Perdido’, do Legião Urbana. Aproveitando o ensejo sobre o tema: atualmente, a gente perde muito tempo com redes sociais ou tentando parecer mais legal do que realmente somos. Qual a dica do Fabão pra aproveitar melhor o tempo?
Fabão
 — Simplesmente desligar os eletrônicos. Ou se reconectar, com a verdade, a saúde, a família, os amigos, o trabalho, o estudo... Esses dias saí sem celular e peguei outros caminhos, abracei velhos amigos. Foi muito diferente. Exerci a liberdade, a arte, aproveitei e estendi minha juventude.
Quais feitos do passado tu apontarias como inesquecíveis? E o que te mantém fazendo música até hoje?
Fabão
 — Como disse, a diversão. Quando, e/ou se, não tiver graça, vou parar.

Nesta sexta-feira (20/4), ele faz show no Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288) para divulgar o novo EP Fabão 4 e resgatar alguns hits de sua autoria. A seguir, uma breve entrevista com o músico. Entre os temas abordados, estão o ecletismo artístico, famosas parcerias musicais e dicas para que não vivamos em um ‘tempo perdido’. Os ingressos estão à venda no local do evento e custam R$ 20 (promocional), R$  25 (primeiro lote) e R$ 30 (na hora).


Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa

sábado, 14 de julho de 2018

Fabão (Rastamanos e Pedrada Afú): faz show solo no Sub Club Cultural em 20 de julho

O músico e compositor Fabão (Rastamanos e Pedrada Afú) é a atração do Reggae in Sub, primeiro evento de reggae no Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288 - Cidade Baixa, POA).

O show ocorre dia 20 de julho, sexta-feira, às 23h. Quem toca antes da atração principal é Toniolo Tonybeats, que faz uma animada mistura de rock e pop. A discotecagem da festa está sob a batuta de Rodrigo Funchal Zucoloto, conhecido pelo público do estilo há mais de vinte anos como gestor do saudoso Território da Paz.


Credito: Arquivo Pessoal

Prolífico e talentoso, Fabão lançou recentemente um EP nomeado como Fabão 4. O registro traz quatro novos sons do artista, além de uma releitura para ‘Tempo Perdido’, clássico do Legião Urbana que está no disco Dois (1983).

Ao vivo, o cantor — vocalista das bandas Rastamanos e Pedrada Afú — é conhecido por ser performático. Não bastasse a carreira solo, o compositor é autor de clássicos feitos para outros nomes do universo pop nacional. Entre eles: ‘Toca Uma Reguera Aí’, faixa gravada por Armandinho com participação especial do próprio Fabão, ’Tubarãozinho’ (da banda Ultramen), ‘A Coisa’ (gravada em 2016 pela grupo mineiro Strike) e ‘Pastilha de Prosa’ (da Comunidade Nin-Jitsu).

O músico porto-alegrense lançou o primeiro EP no final de 2017. São cinco músicas autorais que passeiam pelo rock e pelo pop. Para as gravações, Tonybeats teve a colaboração de nomes como Amir Jaber (guitarra) e Beat Barea (bateria). Há ainda uma participação especial do cantor Fabão na faixa ‘Pare de Beber’.

Serviço:
Local:Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288).
Data: 20 de julho (sexta-feira) às 23h
Ingressos:
Lote promocional — R$ 20,00
Primeiro lote — R$ 25,00
Na hora — R$ 30,00
Pontos de venda:
Sub Club Cultural — Rua Joaquim Nabuco, 288
Fone: (51) 99129-1507.

Atenção:
=> Classificação: 18 anos
=> É OBRIGATÓRIO o acesso ao evento com algum documento oficial de identificação que tenha foto
=> Casos de assédio, abuso, racismo e homofobia não serão tolerados
Produção :

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

terça-feira, 10 de julho de 2018

Entrevista com Nitro Di do grupo "Da Guedes" que retoma formação original para show neste sábado em POA

Segue entrevista com o rapper e comunicador Nitro Di, do grupo gaúcho Da Guedes. O conjunto faz show neste sábado (14/7), às 23h, no Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288, em Porto Alegre). A apresentação é especial, pois reúne os outros dois membros originais do trio: Baze e DJ Deelay.

Por Homero Pivotto Jr.


|Crédito: Marcos Fucks
O tempo passa e o Da Guedes continua de boas com o Dr. Destino — entrevista com Nitro Di

Quando lançou o álbum O Rap É Compromisso, em 2000, o finado rapper Sabotage deu o recado: o estilo não é só música, mas sim uma manifestação na qual DJs e MCs podem projetar suas demandas — geralmente colocadas à margem da sociedade — para além do gueto. Mas antes mesmo de o paulista assassinado em 2003 disponibilizar essa obra para o mundo já havia gente comprometida com o gênero. Em Porto Alegre, o Da Guedes serve de exemplo. O grupo criado em 1993, no bairro Partenon, sempre soube da força que as rimas e as batidas têm como forma de expressão. E é por isso que eles continuam colocando em prática o trecho profético do hit ‘Não Para’. Aquele que diz: “Da Guedes tá aí e não para não’.

O conjunto deu uma parada em 2009, mas retomou as atividades em 2012. Nitro Di, um dos MC’s do trio — composto também por Baze e DJ Deelay —, ainda levou a militância em prol do rap até as ondas do dial. Ele assumiu um programa dedicado ao hip hop, o Mix Tape, na rede Atlântida (emissora de maior audiência no sul do país). Para completar, o cara também está como responsável pela agenda de rap no Sub Club Cultural.

Aproveitando o show que o Da Guedes com formação original faz na casa neste sábado (14/7), às 23h, trocamos uma ideia com o músico e comunicador. No papo, abordamos temas como a importância da geração nacional dos 1990 para o rap, a responsa que vem com a visibilidade de uma grande audiência no rádio e o que esperar dos eventos que devem ser promovidos no número 288 da Joaquim Nabuco.
        
O Da Guedes foi criado no começo dos 1990, quando também surgiram outros grupos expressivos do hip hop nacional, como o próprio Racionais MC’s. Qual acreditas ter sido o papel da tua geração para que o rap tenha se tornado tão forte atualmente?

Nitro Di — Creio que nosso legado foi abrir portas e colocar o rap onde ele não circulava. Fazíamos com amor no gueto, mas foram algumas parcerias que possibilitaram essa maior projeção. Passamos por gravadoras, trabalhamos com renomados produtores, tocamos em rádio e TV, vendemos CDs físicos, organizamos shows e criamos um mercado que não existia. O caminho seguinte foi nós mesmos montarmos nossos estúdios, selos e gravadoras. Acredito que isso tudo provou para as gerações seguintes que era possível sonhar. Ainda mais com a Internet, que abriu as fronteiras e rompeu limites.

O Da Guedes é o nome de maior visibilidade do rap gaúcho. Como foi essa conquista para a banda? Como assimilaram o lance de sair do gueto e rodar nas FMs mais populares do estado?
Nitro Di — Assimilamos aos poucos e fomos crescendo com isso. Nosso início não foi diferente do de outros artistas: acreditamos em um sonho e sempre focamos muito em nosso trabalho. As parcerias que fechamos foram cruciais para que tivéssemos essa ascensão. Além disso, conseguimos corresponder às expectativas de um público que ajudamos a formar. Ter um rap consciente tocando em FMs na época já demonstrava onde o gênero poderia chegar.

O trio original (Nitro Di, Baze e DJ Deeley) não tem se apresentando com tanta frequência. O que tem rolado mais seguido é o Família Da Guedes, contigo e o Deeley. Por que isso? E como rolou de juntar os três novamente para este show no Sub Club Cultural?
Nitro Di — O grupo foi fundado por nós três e passou por diversas formações ao longo dos anos. Foram vários colaboradores, sendo que cada um teve papel extremamente relevante. Em 2009, estávamos fora de atividade. Um convite do norte do Rio Grande do Sul, em 2012, nos fez voltar à essa formação original e encarar os palcos novamente. Desde esse retorno montamos algumas pequenas turnês pontuais todos os anos para celebrarmos com nosso público. E é por isso que dia 14/7 será um grande reencontro!

Não é sempre que conseguimos agenda para reunir todo o time. Eu e o Deeley, que estamos na estrada mais direto, montamos a Família Da Guedes para suprir uma demanda de shows que continua crescendo. Criamos esse projeto paralelo com o objetivo de manter o nome do grupo ativo e reunimos convidados em cada apresentação. É gente da nova e da velha escola. Apresentamos músicas do grupo e de nossos trabalhos solos, além recebermos a contribuição de artistas dos locais por onde passamos. É uma grande família e estamos visitando nossos parentes espalhados pelo mundão!

Tu vais ser o player de rap do Sub Club Cultural — o cara que agenda artistas do gênero no espaço. O que podemos esperar? Grandes nomes ou gente nova que vem mandando brasa?
Nitro Di — Primeiramente, apreciei muito o convite da casa e o tipo de parceria. Estava há um tempo querendo fazer um trabalho mais forte na Capital, colocando meu conhecimento desses anos de estrada em prática novamente.
Em relação ao que podemos esperar… As duas coisas! A parceria com o Sub Club Cultural vai permitir uma agenda que contemple novos artistas locais e faça a conexão com nomes consagrados, inclusive de outros Estados. Pretendo organizar essa demanda da melhor forma, proporcionando ao público um espetáculo de qualidade. A proposta e a estrutura do local já colaboram para que isso tudo aconteça.


O rap meio que faz o que o rock e o pop faziam no passado, que é se conectar e conversar com o público. O lance de gerar identificação forte por meio de uma sonoridade e o que está relacionado à ela. Porque achas que o gênero tem essa capacidade nos dias de hoje? E o que levou os estilos citados anteriormente a perderem audiência, na tua opinião?

Nitro Di — É complicado afirmar isso, pois todos os estilos musicais passam por altos e baixos. O que percebo é que o que mais atrai o jovem de hoje é o protagonismo: ele não quer só assistir, ele quer fazer. O rap é uma música que facilita esse caminho, basta um beat e uma rima. A produção musical do nosso gênero cresce de forma gigantesca e isso proporciona uma evolução monstruosa. Essa geração se sente representada pelo hip hop, seja cantando, dançando ou fazendo arte. É uma cultura de inclusão, talvez essa percepção tenha fidelizado o público.

Ter um programa como o Mix Tape, na Atlântida, rádio do segmento jovem de maior audiência no RS, talvez seja a prova do que foi dito na questão anterior. Como é lidar com a responsabilidade de ser o porta voz do rap para um público que, certas vezes, acaba até conhecendo mais sobre esse tipo de som depois de te escutar no dial?
Nitro Di — É uma grande responsabilidade! Meu programa atinge toda a rede, que contempla Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Desde que assumi, em 2007, sabia o tamanho do desafio. A preocupação de entregar um programa de rap que o público da rádio assimile e de agradar ao pessoal que já conhece o gênero requer um trabalho dedicado de pesquisa semanal, garimpando artistas locais, nacionais e estrangeiros. Cada domingo entrego uma "mixtape" inédita de duas horas, com lançamentos da semana e clássicos que não podem faltar.

O que não posso esquecer, além das minhas raízes, é que estou na maior rádio comercial do sul do Brasil. O que me mantém lá há mais de 10 anos, além do crédito que a emissora me dá, é o bom senso. Existem músicas que não são feitas para tocar no nesse tipo de FM, inclusive algumas das minhas. Acredito que o povo que me acompanha já se deu conta disso. Agradeço também aos nossos ouvintes e colaboradores!


Enviado por Homero Pivotto Jr. 
Jornalista e assessor de Imprensa