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terça-feira, 10 de julho de 2018

Entrevista com Nitro Di do grupo "Da Guedes" que retoma formação original para show neste sábado em POA

Segue entrevista com o rapper e comunicador Nitro Di, do grupo gaúcho Da Guedes. O conjunto faz show neste sábado (14/7), às 23h, no Sub Club Cultural (Joaquim Nabuco, 288, em Porto Alegre). A apresentação é especial, pois reúne os outros dois membros originais do trio: Baze e DJ Deelay.

Por Homero Pivotto Jr.


|Crédito: Marcos Fucks
O tempo passa e o Da Guedes continua de boas com o Dr. Destino — entrevista com Nitro Di

Quando lançou o álbum O Rap É Compromisso, em 2000, o finado rapper Sabotage deu o recado: o estilo não é só música, mas sim uma manifestação na qual DJs e MCs podem projetar suas demandas — geralmente colocadas à margem da sociedade — para além do gueto. Mas antes mesmo de o paulista assassinado em 2003 disponibilizar essa obra para o mundo já havia gente comprometida com o gênero. Em Porto Alegre, o Da Guedes serve de exemplo. O grupo criado em 1993, no bairro Partenon, sempre soube da força que as rimas e as batidas têm como forma de expressão. E é por isso que eles continuam colocando em prática o trecho profético do hit ‘Não Para’. Aquele que diz: “Da Guedes tá aí e não para não’.

O conjunto deu uma parada em 2009, mas retomou as atividades em 2012. Nitro Di, um dos MC’s do trio — composto também por Baze e DJ Deelay —, ainda levou a militância em prol do rap até as ondas do dial. Ele assumiu um programa dedicado ao hip hop, o Mix Tape, na rede Atlântida (emissora de maior audiência no sul do país). Para completar, o cara também está como responsável pela agenda de rap no Sub Club Cultural.

Aproveitando o show que o Da Guedes com formação original faz na casa neste sábado (14/7), às 23h, trocamos uma ideia com o músico e comunicador. No papo, abordamos temas como a importância da geração nacional dos 1990 para o rap, a responsa que vem com a visibilidade de uma grande audiência no rádio e o que esperar dos eventos que devem ser promovidos no número 288 da Joaquim Nabuco.
        
O Da Guedes foi criado no começo dos 1990, quando também surgiram outros grupos expressivos do hip hop nacional, como o próprio Racionais MC’s. Qual acreditas ter sido o papel da tua geração para que o rap tenha se tornado tão forte atualmente?

Nitro Di — Creio que nosso legado foi abrir portas e colocar o rap onde ele não circulava. Fazíamos com amor no gueto, mas foram algumas parcerias que possibilitaram essa maior projeção. Passamos por gravadoras, trabalhamos com renomados produtores, tocamos em rádio e TV, vendemos CDs físicos, organizamos shows e criamos um mercado que não existia. O caminho seguinte foi nós mesmos montarmos nossos estúdios, selos e gravadoras. Acredito que isso tudo provou para as gerações seguintes que era possível sonhar. Ainda mais com a Internet, que abriu as fronteiras e rompeu limites.

O Da Guedes é o nome de maior visibilidade do rap gaúcho. Como foi essa conquista para a banda? Como assimilaram o lance de sair do gueto e rodar nas FMs mais populares do estado?
Nitro Di — Assimilamos aos poucos e fomos crescendo com isso. Nosso início não foi diferente do de outros artistas: acreditamos em um sonho e sempre focamos muito em nosso trabalho. As parcerias que fechamos foram cruciais para que tivéssemos essa ascensão. Além disso, conseguimos corresponder às expectativas de um público que ajudamos a formar. Ter um rap consciente tocando em FMs na época já demonstrava onde o gênero poderia chegar.

O trio original (Nitro Di, Baze e DJ Deeley) não tem se apresentando com tanta frequência. O que tem rolado mais seguido é o Família Da Guedes, contigo e o Deeley. Por que isso? E como rolou de juntar os três novamente para este show no Sub Club Cultural?
Nitro Di — O grupo foi fundado por nós três e passou por diversas formações ao longo dos anos. Foram vários colaboradores, sendo que cada um teve papel extremamente relevante. Em 2009, estávamos fora de atividade. Um convite do norte do Rio Grande do Sul, em 2012, nos fez voltar à essa formação original e encarar os palcos novamente. Desde esse retorno montamos algumas pequenas turnês pontuais todos os anos para celebrarmos com nosso público. E é por isso que dia 14/7 será um grande reencontro!

Não é sempre que conseguimos agenda para reunir todo o time. Eu e o Deeley, que estamos na estrada mais direto, montamos a Família Da Guedes para suprir uma demanda de shows que continua crescendo. Criamos esse projeto paralelo com o objetivo de manter o nome do grupo ativo e reunimos convidados em cada apresentação. É gente da nova e da velha escola. Apresentamos músicas do grupo e de nossos trabalhos solos, além recebermos a contribuição de artistas dos locais por onde passamos. É uma grande família e estamos visitando nossos parentes espalhados pelo mundão!

Tu vais ser o player de rap do Sub Club Cultural — o cara que agenda artistas do gênero no espaço. O que podemos esperar? Grandes nomes ou gente nova que vem mandando brasa?
Nitro Di — Primeiramente, apreciei muito o convite da casa e o tipo de parceria. Estava há um tempo querendo fazer um trabalho mais forte na Capital, colocando meu conhecimento desses anos de estrada em prática novamente.
Em relação ao que podemos esperar… As duas coisas! A parceria com o Sub Club Cultural vai permitir uma agenda que contemple novos artistas locais e faça a conexão com nomes consagrados, inclusive de outros Estados. Pretendo organizar essa demanda da melhor forma, proporcionando ao público um espetáculo de qualidade. A proposta e a estrutura do local já colaboram para que isso tudo aconteça.


O rap meio que faz o que o rock e o pop faziam no passado, que é se conectar e conversar com o público. O lance de gerar identificação forte por meio de uma sonoridade e o que está relacionado à ela. Porque achas que o gênero tem essa capacidade nos dias de hoje? E o que levou os estilos citados anteriormente a perderem audiência, na tua opinião?

Nitro Di — É complicado afirmar isso, pois todos os estilos musicais passam por altos e baixos. O que percebo é que o que mais atrai o jovem de hoje é o protagonismo: ele não quer só assistir, ele quer fazer. O rap é uma música que facilita esse caminho, basta um beat e uma rima. A produção musical do nosso gênero cresce de forma gigantesca e isso proporciona uma evolução monstruosa. Essa geração se sente representada pelo hip hop, seja cantando, dançando ou fazendo arte. É uma cultura de inclusão, talvez essa percepção tenha fidelizado o público.

Ter um programa como o Mix Tape, na Atlântida, rádio do segmento jovem de maior audiência no RS, talvez seja a prova do que foi dito na questão anterior. Como é lidar com a responsabilidade de ser o porta voz do rap para um público que, certas vezes, acaba até conhecendo mais sobre esse tipo de som depois de te escutar no dial?
Nitro Di — É uma grande responsabilidade! Meu programa atinge toda a rede, que contempla Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Desde que assumi, em 2007, sabia o tamanho do desafio. A preocupação de entregar um programa de rap que o público da rádio assimile e de agradar ao pessoal que já conhece o gênero requer um trabalho dedicado de pesquisa semanal, garimpando artistas locais, nacionais e estrangeiros. Cada domingo entrego uma "mixtape" inédita de duas horas, com lançamentos da semana e clássicos que não podem faltar.

O que não posso esquecer, além das minhas raízes, é que estou na maior rádio comercial do sul do Brasil. O que me mantém lá há mais de 10 anos, além do crédito que a emissora me dá, é o bom senso. Existem músicas que não são feitas para tocar no nesse tipo de FM, inclusive algumas das minhas. Acredito que o povo que me acompanha já se deu conta disso. Agradeço também aos nossos ouvintes e colaboradores!


Enviado por Homero Pivotto Jr. 
Jornalista e assessor de Imprensa

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Sub Club Cultural (22/6): abertura da casa é na batida da música eletrônica


O Sub Club Cultural, bar/club/point de manifestações artísticas, abre as portas nesta sexta-feira (22), 22h, no número 288 da Joaquim Nabuco, na Cidade Baixa, em Porto Alegre. 

A balada de estreia reúne cinco DJs e incentivadores da música eletrônica para inaugurar a pista do club. São eles: Jhon Hamsa, Mario Aguirra, Cristiano Pereira, Pedro Marcato e Fritz Green.

Além da área onde fica a danceteria, o local tem ainda um pub/lounge. A proposta da casa é sediar não apenas festas, mas abrigar diferentes formas de expressões artísticas.

“Sub Club Cultural porque é um club (sexta-feira e sábado); cultural pois é aberto à manifestações distintas; e sub porque muitas culturas legais acabam sendo menosprezadas e não têm visibilidade. Nos identificamos e estamos abertos para elas. Pode bater na porta que iremos atender e ouvir tua ideia”, explica o produtor cultural Fernando Leggerini de Figueiredo, idealizador da iniciativa ao lado da também produtora Silvia Amaral.

Saia do usual, venha para o Sub Club Cultural!




Serviço:
O quê? Festa de inauguração Sub Club Cultural.
Quando? sexta-feira, 22/6, às 22h.

Line up:
Jhon Hamsa — formado pela Academia Internacional de Música Eletrônica AIMEC Porto Alegre, assina o projeto Sweet Bass (voltado ao cenário eletrônico underground).

Mario Aguirra — integrante do movimento Núcleo, Coletivo Latex e idealizador das festa Roots, Essence e Rebuliço, apresenta sonoridades mais groovadas e dançantes, em um bpm mais lento e swingado.

Cristiano Pereira (Apache) — idealizador e residente da Festa Detroit POA. BPMs aceleradas e envolventes, mix de clássicos e novidades.

Pedro Marcato — sets baseados no techno, transitando entre o tech house e a house music conceitual.

Fritz Green — com passagens por festivais como Universo Paralello e Pulsar, transita com versatilidade por diversas atmosferas sonoras com seus  grooves hipnóticos & beats contagiantes.

Quanto?
R$ 20,00 (no local para confirmados no evento)
R$ 25 (na hora para quem não confirmou prenseã no evento)

Atenção:
– Classificação: 18 anos
– É OBRIGATÓRIO o acesso ao evento usando algum documento oficial de identificação com foto
– Casos de assédio, abuso, racismo e homofobia não serão tolerados

Mais informações sobre agenda, atrações e promoções nas redes sociais:

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa




segunda-feira, 18 de junho de 2018

A noite é uma criança e não está órfã - entrevista com Silvia e Fernando, do Sub Club Cultural (que inaugura sexta-feira, 22/6 em POA)

A noite é uma criança e, como tal, não pode ficar órfã de quem a dê um bom direcionamento. Por sorte, há quem esteja com disposição para servir de pai & mãe à essa jovem misteriosa que testemunha de um tudo sob a bênção da lua. Os produtores Silvia Amaral e Fernando Leggerini de Figueiredo estão entre os corajosos tutores do período em que todos os gatos são pardos. E, agora, eles inauguram um abrigo para acolher todos os que buscam diversão junto àquela que adotaram. É o Sub Club Cultural, espaço para quem produz cultura — nas suas mais variadas manifestações — mostrar seu trabalho, além de um portal para noites repletas de satisfação embaladas por diferentes ritmos na companhia de gente que não se apega a rótulos. A casa, com localização privilegiada (Joaquim Nabuco, 288 — Cidade Baixa), recebe os irmãozinhos de boemia a partir de 22 de junho, às 22h.



Aproveitando esse clima de recém-nascido do empreendimento, Silvia e Fernando contam mais, na entrevista que segue, sobre o projeto — que se propõe a ser um lar para a arte e o entretenimento porto-alegrense. Entre os temas abordados na conversa, estão a concepção da iniciativa e os planos de que ela cresça respeitando a diversidade.


São tempos bicudos, principalmente em razão da crise que acomete o país. Por que acreditam valer a pena investir em um espaço de cultura/lazer, atividades que acabam sofrendo quando as pessoas precisam economizar?

Silvia — Não só acredito, mas tenho convicção da carência que nossa cidade tem de um espaço acolhedor, sem barreiras de acesso e, principalmente, com a idéia de misturar culturas. O Sub Club Cultural é um espaço com foco em proporcionar experimentações de culturas diversas. Dar e receber oportunidade de conhecimento em música, expressões, opiniões e afins. Estamos investindo na contramão, não só de uma situação de crise financeira no país, mas também de uma falha/caos de educação e cultura — que vivemos há tempos. E, felizmente, somos loucos/corajosos para isso.

Fernando — A grande pobreza de um país como o Brasil está relacionada com educação e cultura. Se tivéssemos essas duas, talvez não fôssemos tão pobres. Mesmo em tempos de crise, quando é preciso poupar, a gente acredita que há um grupo de pessoas que já está fazendo a diferença escolhendo o caminho da arte. Inclusive as subculturas, que não recebem apoio de ninguém. E por isso que o nome do nosso espaço é Sub Club Cultural. A gente entende que é preciso economizar, mas é preciso investir um pouco para ter conhecimento, para curtir bons momentos e ter experiências bacanas. Em razão disso, nosso objetivo é trabalhar sempre com preços acessíveis. Cultural é nosso legado no mundo.


Além da questão financeira, também vivemos um outro problema nos dias de hoje: o distanciamento entre as pessoas — ou o enclausuramento em nossas próprias bolhas. De que maneira um espaço como o Sub Club Cultural pode funcionar como um agregador, onde se pode encontrar e curtir bons momentos ao lado de gente diferente?

Silvia — A ideia sempre foi a miscigenação de culturas/ritmos/ acontecimentos/conhecimentos. Nossa casa possui dois espaços: o pub e o club. Por exemplo: dia 7 de julho, teremos dois eventos. Às 17h, a DJ Débora Blanck no pub com um projeto de música eletrônica tranquilinha, e às 23h a festa London Calling, de rock britânico e indie, no club. Tipo liquidificador musical E abusadamente queremos mais! Tipo, no pub um choro, e no club um reggae. Daí para frente, com gelo e limão.

Fernando — A gente estava lembrando que, antigamente, as festas começavam com MPB, depois tinha hip-hop e acabava com música eletrônica. E hoje, aqui em Porto Alegre, a gente vê a cena toda dividida em grupos: do rock, do metal, do eletrônico... Além dos subgrupos desses grupos. Notamos que gente de um determinado nicho vai nos eventos da sua galera, mas não em outros. Isso faz com que casas maiores não consigam ter festas tão legais porque não rola esse caráter eclético entre os frequentadores. A gente percebeu que as tribos são menores. Nosso espaço tem capacidade para 300 pessoas, que é ideal para acolher essas diversas subculturas. Nossa pretensão é unir todas essas turmas, fazendo festas com mais de um estilo. No começo, faremos eventos separados para cada um. Só que temos a ânsia de fazer atividades mais diversificadas quanto aos estilos. Estamos estudando como fazer isso sem parecer forçado, mostrando para o pessoal que unir tribos é legal.


Aliás, a ideia é de que a casa transforme-se em uma espécie de segundo lar dos frequentadores. O que vocês pretendem fazer para isso?

Silvia — Acho que isso já está rolando. O Sub Club Cultural já está sendo a casa de muitas pessoas. Mesmo fechado e ainda sem ter inaugurado oficialmente, todos os dias tem, em média, 15 pessoas indo visitar o espaço. DJs, expositores, artistas em geral. Está acontecendo de uma maneira muito louca, e isso está deixando a gente muito feliz. É algo que já está se criando com naturalidade.  Acho que, quando estamos dispostos a fazer as coisas darem certo, isso contagia. Nossa casa já está se tornando ponto de encontro de cabeças pensantes na Cidade Baixa. Um local para quem ama cultura, para aqueles que apreciam conhecer e produzir, e todos que estão dispostos a participar de alguma forma desse meio.


E por que inaugurar um lugar assim agora? Por que sentiram que valia a pena deixar para trás outras atividades (empregos) e investir nisso?

Fernando — Somos frequentadores da noite, além de trabalhar nela — não apenas da noite, mas principalmente nela, pois atuamos profissionalmente em shows, festas e outros eventos noturnos. Foi a escassez de clubs com uma ideia diversificada que nos motivou. Por isso que a gente acredita que o nosso club é diferente dos demais, tanto na ideia de ser para todos quanto na de ser um local para qualquer tipo de manifestação. Isso sem falar no formato! Pub e club juntos nunca houve em Porto Alegre. Queremos o formato dos antigos clubs, com pista “inferninho”.

Silvia — Porque eu adoro sair da zona de conforto, sou maluca e acredito nos meus ideais. Acho que isso é o principal: saber que podem ser feitos projetos muito legais e acreditar, com todas as forças, que o nosso empreendimento, nosso club, é um espaço diferenciado. Que a gente vai proporcionar situações, experimentações e experiências únicas, que Porto Alegre não tem. Nossa bagagem nos dá essa segurança.


Qual o conceito da casa? Que públicos o espaço quer atingir?

Silvia — O conceito da casa é não ter conceito. O público que desejamos atingir é gente que gosta da noite, que pensa fora da caixa, que não tenha preconceitos (em um sentido bem amplo). Pessoas que querem experimentar, ter contato com todos os tipos de cultura, participar de situações que elas não estão acostumadas. Tipo: eu curto reggae, mas se entrar no Sub Club Cultural e perceber uma parada de música eletrônica ou um rock'n'roll ou um choro, isso não quer dizer que eu não vá curtir, que não vai ser bom. Queremos pessoas que curtam artes e que não tenham a mente fechada, pois o Sub Club Cultural é aberto ao novo.

Fernando — O conceito da casa é cultura: todos os tipo de culturas, inclusive as que não conhecemos e podemos vir a ter contato. Tudo será bem-vindo, desde que planejado e organizado. O Sub Club Cultural não vai ser só mais um bar/danceteria porque quem vai dar a cara da festa é o produtor. É ele quem vai criar a identidade do evento. A gente oferece o espaço. O bar abre de terça a quinta-feira versão pub. O que não quer dizer que não possa ter agendado um evento na pista nesses dias.


Por que o Sub Club Cultural não vai ser só mais um bar/danceteria/club? Quais os diferenciais?

Silvia — Porque ele não é nada disso e tudo isso ao mesmo tempo. A brincadeira está indo para esse caminho de mistura, de troca, de coletividade, que o conceito da casa já nasce diferente de tudo que conheço aqui em Porto Alegre. Até porque o grande diferencial é que vivemos a noite, por sermos boêmios, por curtirmos e trabalharmos na noite, estarmos imersos nisso de uma forma incansável diariamente. Posso falar isso por mim, que trabalhei muitos anos numa casa de shows/boate que é referência, que isso é incrível. Saber tudo que é preciso para uma noite dar certo. Independentemente do gosto musical, de credo ou preferências políticas, todo mundo gosta de ser bem atendido. De receber um sorriso, de ser tratado com respeito em meio a uma mistura de públicos e culturas.

Fernando — Eu sou técnico de som e músico. Então, sempre sofri com a questão técnica do áudio. Logo, quando rola a possibilidade de fazer isso bem feito, quero aproveitar. O som é o coração da casa, que faz pulsar o resto todo. Não tem quase nenhum evento em que não se use o som do local. No Sub Club Cultural o som vai ser com PAs pendurados (fly PA), sub grave embaixo. Teremos toda um set com palco. O que era para ser algo que todas as casas deveriam oferecer, mas poucos fazem isso com qualidade. Temos ainda como diferenciais: preço, localização e o qualidade no atendimento. Estamos dando muita atenção a isso! Todo nosso pessoal está recebendo treinamento para os mais variados tipos de situações — brigas, por exemplo — e para lidar públicos diversos, como o trans. Temos uma cartilha de orientações para nossos colaboradores. Estamos nos preparando para todas as situações possíveis.


E o nome, de onde veio? Todas as palavras ali parecem ter importância para aquilo que o Sub Club Cultural se propõe. Podem explicar, por favor?

Fernando — Sub Club Cultural porque é um club (sexta-feira e sábado); Cultural pois é aberto à manifestações distintas; e sub porque muitas culturas legais acabam sendo menosprezadas e não têm visibilidade. Nos identificamos e estamos abertos para elas. Pode bater na porta que iremos atender e ouvir tua ideia. Se vai mesmo rolar, a gente precisa conversar. Mas vamos escutar todos que têm propostas.



Por Homero Pivotto Jr.
(Jornalista e assessor de Imprensa)


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domingo, 10 de junho de 2018

Club com proposta cultural diversificada inaugura em POA dia 22 de junho


Com inauguração marcada para 22 de junho, o Sub Club Cultural é um club sem clubismos. É o espaço para quem produz cultura, nas suas mais variadas manifestações, mostrar seu trabalho. Do underground à superfície pop. E é, ainda, um portal para noites repletas de satisfação embaladas por diferentes ritmos na companhia de gente que não se apega a rótulos. É diversidade na unidade. Tudo isso com localização privilegiada (Joaquim Nabuco, 288 — Cidade Baixa) e feito por pessoas que querem se divertir proporcionando diversão.


Idealizada pelos produtores culturais e entusiastas das artes Silvia Amaral e Fernando Leggerini de Figueiredo, a casa — com aproximadamente 300m² de área útil —, no point boêmio de Porto Alegre, abre as portas com a mente de seus proprietários aberta para boas ideias. Tipo: se for para somar, é só chegar e apresentar uma proposta. Inicialmente, o local tem dois ambientes, que são um lounge e um club com pista de dança (capaz de abrigar festas ou shows). Ambos pensados para oferecer versatilidade e possibilidades. Intervenções, grafite, exposições, peças de teatro, rodas de conversa e exibições de filmes são algumas das atividades que a casa pretende incluir na programação.

A experiência de Silvia e Fernando é o que chama a atenção. É o diferencial do Sub Club Cultural — com o perdão da rima pobre (risos). A dupla têm trajetória de respeito em casas noturnas, na organização de eventos e na cena musical da capital gaúcha. Ela atuou durante 10 anos como coordenadora de relacionamento do clássico bar Opinião, tendo produzido duas edições do festival Pepsi Twist Land, além de inúmeros espetáculos musicais e festas. Ele é músico desde o início da década de 1990 (tocou com nomes como Visceralia, Júpiter Maçã e Zumbira e os Palmares), técnico de som formado pela Escola de Aprendizagem Moderno (CAM), fotógrafo e foi dono do Revolver (bar e estúdio). Além disso, morou de 1998 a 2000 na Califórnia (EUA), onde atuou como baterista ao lado do brasileiro naturalizado estadunidense Gabriel Positive.

Apesar de assumir o lado empreendedor no momento, o casal também é consumidor que transita e vivencia entretenimento noturno. Por isso, sabe bem o que ofertar para seus clientes: baladas bacanas, ambiente acolhedor, sistema de som com qualidade, banheiros sempre higienizados, pouca fila e preços acessíveis dentro da realidade do mercado.

“Queremos que as pessoas entrem aqui, passem pela porta que sai do lounge e entra no club, e vão para outra dimensão. Que tenham uma experiência sensorial, que sintam-se parte daquilo que somos e estamos dividindo com elas nessa empreitada”, revela Silvia.

Mais informações sobre agenda, atrações e promoções nas redes sociais:

Se curtir o momento é essencial, bem-vindos ao Sub Club Cultural

Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Baby Satanás: três gerações do rock gaúcho, amanhã, no Espaço Cultural 512

Crédito:  Rodrigo Eiles 

Chuck Berry​ já nos ensinou: para fazer rock and roll precisamos de poucos acordes, pegar a estrada e ter uma baita paixão pelo que se faz. E é esta a pegada que Márcio Petracco e Paul Acari querem trazer com o seu novo projeto ​Baby Satanás​. Várias gerações do rock gaúcho on the road para uma festa daquelas como o diabo gosta!

Em ​Baby Satanás​, Márcio Petracco​ - guitarrista e compositor de bandas como TNT, Cowboys Espirituais, Locomotores e Conjunto Bluegrass Portoalegrense - soma sua guita clássica às batidas de Paulo Arcari ​- também da TNT e Cowboys e baita produtor musical. Para somar na banda os caras chamaram um time pesado: Lucas Hanke​ - guitarrista da Identidade e antigo baixista e produtor do grande Júpiter Maçã (Flávio Basso), Evandro Bitt ​- vocal da Identidade e Pedro Petracco​ - da Cartolas e filho de Márcio, num clima todas as gerações do rock juntas no palco.

A banda é novíssima, mas os caras já tem toda a manha e estão prontos para o rolê. Para começar os trabalhos em Porto Alegre, já tem gig marcada para 27 de abril no Espaço Cultural 512. No show vai rolar os sons do Bom Fim lotado dos anos 80 com os hits das bandas TNT​, Os Cascavelletes​, Cowboys Espirituais​, Júpiter Maçã e também um forte mergulho 
no presente com um repertório que inclui o melhor da geração 2000 com Identidade​, Cartolas​ e Locomotores. E para o futuro?​ Quem sabe até improvisos de novos sons que esta junção efervescente pode trazer.

Serviço:
Baby Satanás no Espaço Cultural 512
Data: 27 de abril
Local: Espaço Cultural 512, Rua João Alfredo 512 | Porto Alegre/RS
Abertura da casa: 19h
Show: 23h
 

Ingressos: R$ 30 na hora