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terça-feira, 7 de novembro de 2017

O Ben para todo mal: série de entrevistas com roqueiros falando sobre filhos estreia, hoje, na TV

Crédito: Sérgio Caldas

O programa 'O Ben para todo mal' ganha as telas da televisão. A partir de hoje, terça-feira (7/11), às 19h15, a série de entrevistas em vídeo que aborda roqueiros e outros tipos não convencionais de pais e mães para falar sobre filhos, entra na grade de programação da Music Box Brazil (canal 123 da NET/Claro TV). 

Semanalmente, um episódio novo vai ao ar. Além disso, há reprises nas sextas-feiras (a partir da segunda semana de exibições, às 23h15) e nos sábados (20h15). Os vídeos também continuam sendo disponibilizados no canal do projeto pelo YouTube.

Sobre O Ben para todo Mal

Filhos só fazem bem. Até para os maus - ou tidos como tal. Além disso, são um alento para todos os males. Dão trabalho, vá lá, mas são nosso bem mais precioso.

E o Homero, jornalista e pai do Ben, (com)provou isso logo que o guri nasceu. Aí, resolveu conversar com figuras que o cidadão de bem considera malvadas para mostrar a influência que uma criança exerce na vida dessa turma 'maligna'.

Então, idealizou 'O Ben para todo mal' (assim mesmo, com 'n', para homenagear o filhote), série de entrevistas com criaturas fora dos padrões convencionais da família brasileira. A ideia é conversar com rockeiros doidos - do mainstream ao underground — e figuras estereotipadas (tatuados ou de visual estranho, profissionais com empregos fora do comum e gente que não tá nem aí para as convenções de pai & mãe tradicionais).

Para ajudar nessa criação, intimou o produtor e editor de vídeos Sérgio Caldas, da Subverse Filmes, que já tem extenso currículo com produções independentes. É ele o responsável por conceber o projeto na tela.

Mais informações sobre o projeto:



Enviado por Homero Pivotto Jr.
Jornalista e assessor de Imprensa 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Maestrick: entrevista para o True Metal Brazil


A equipe do True Metal Brazil entrevistou a banda MAESTRICK formada por Fabio Caldeira (Vocal e Piano), Paulo Pacheco (Guitarra), Renato "Montanha" Somera (Baixo) e Heitor Matos (Bateria).

A entrevista completíssima aborda desde como a banda surgiu,  escolha do nome da banda,  influências, formação dos integrantes, álbum debut, shows, internet, ECAD, criação das músicas, gravação do segundo álbum, entre outros assuntos.



Leia a seguir um trecho da entrevista:

Entrevistamos a banda MAESTRICK de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e que já com seu primeiro álbum alcançou e rompeu as fronteiras do nosso país. Qualidade que fica evidente logo na capa do CD. Divirtam-se com a leitura desta entrevista fantástica com a banda.

Equipe True Metal Brazil


Quando a música entrou na sua vida?

Montanha: Sempre escutei muita música, mas só comecei a tocar um instrumento em 1994 quando comecei a estudar contrabaixo. Logo em seguida montei uma banda com o Fabio na escola.

Heitor: No meu caso foi através do meu irmão o meu primeiro contato com a música. Sempre gostei de música, mas acho que tinha uns 11 anos mais ou menos, quando comecei a me interessar mais por ouvir e prestar mais atenção.

Paulo: Aos 12 anos me interessei pela guitarra e comecei estudar. Sempre me chamou atenção o som distorcido da guitarra e o solos. A partir disso descobri o estilo que buscava, que era o metal.

Fabio: Desde criança foi algo que a minha família sempre teve presente. Do lado da minha mãe, meu avô (o Pescador) sempre ouvia e cantava música sertaneja de raiz, e o irmão mais velho dela morava em Osasco, e sempre que íamos pra lá nas férias ele e a família de lá tocavam e cantavam até altas horas. Isso fez com que eu tivesse vontade de aprender a tocar violão. Do lado do meu pai, minha avó cantava desde pequena também, minhas tias cantam, meu tio e meu pai em especial, tem um talento absurdo pra cantar. Fui o primeiro a ter condições de estudar; então sempre quis fazer por merecer. Ganhei meu primeiro violão assim que comecei as aulas, com 7 ou 8 anos de idade. Tudo aconteceu de forma natural.



Quando o Metal entrou na sua vida e vocês resolveram seguir esse estilo musical?

Montanha: O Metal entrou na minha vida em 1997 quando conheci a banda SEPULTURA. Quando eu entrei na banda Helpers, primeira banda de metal que tive juntamente com o Fabio, comecei a escutar as demais vertentes do rock e do metal. Deste ponto em diante estamos seguindo o estilo Heavy Metal e misturando com demais estilos que nos influenciaram.

Heitor: Comecei a ouvir música, como disse antes, através do meu irmão. Ele já conhecia algumas bandas de rock e metal como: METALLICA, GUNS N' ROSES, ANGRA...Comecei a ouvir também. E foi o estilo que mais me agradou, então comecei a procurar outras bandas por minha conta. Por consequência, foi isso que eu quis seguir quando comecei a tocar bateria.

Fabio: O rock entrou na minha vida quando eu tinha 11 anos através do Montanha, que me apresentou o NIRVANA quando formamos nossa primeira banda. O Metal, eu comecei a ouvir através de um amigo, que levava CDs do irmão mais velho dele em uma locadora que eu costumava frequentar pra jogar videogame. Ele me apresentou HELLOWEEN, ANGRA, IRON MAIDEN e BLIND GUARDIAN. Eu tinha uns 13 anos nessa época e foi amor à primeira vista.




Como foi crescer em uma cidade pequena e curtir Metal?

Montanha: Para mim foi uma época que tive que ter muita paciência pois tínhamos de gravar as músicas das rádios em fitas K7 para escutarmos depois. Os CDs não eram fáceis de achar, a internet estava começando a se expandir, na época era internet discada, e não existiam muitas lojas online. Para fazer o download de uma música demorava em média seis horas e na nossa cidade só existiam duas lojas que vendiam CDs de Heavy Metal.

Heitor: É meio diferente na minha opinião, na escola principalmente. Eu que estudei a vida inteira em escola pública, percebia que a cultura dos meus colegas de classe com relação à música, era bem diferente da minha. Contudo, mais pra frente comecei a gostar mais dessa coisa de ser diferente e pensar diferente. (Risos)

Paulo: Nasci em São Paulo capital, fiz muitas amizades por lá e contatos, foi um aprendizado muito bom.

Fabio: Foi tranquilo, mas como o rock não era muito comum na minha família, quando decidi aos 11 anos formar a minha primeira banda, houve um zelo e uma certa preocupação. Penso que isso é comum a qualquer família que participa e que quer o melhor para os seus filhos. É algo saudável. Agora, em ciclos de amigos, você acaba encontrando sem procurar pessoas que tem os mesmos gostos que você. É óbvio que existem menos pessoas com esse perfil, mas conviver com o diferente só significa, pra mim, ecleticidade, e a ideia de que exista música boa e ruim, não importando o estilo. Acho muito legal ser uma banda do interior, porque normalmente as pessoas não esperam muito daqui. Pelo menos era comum isso há alguns anos. Mas tudo isso eu defino como falta de opção. Como muitas coisas são impostas, as pessoas não tem muito pra onde correr. Mas se você apresentar outras possibilidades, a pessoa começa a ouvir, percebe algo legal e aí começa a comparar com outras coisas e ser mais seletivo. Essa é uma das missões que o MAESTRICK tem.



Conte-nos um pouco sobre o início da banda.

Fabio: Eu e o Montanha, vínhamos de outras empreitadas musicais e nos vimos sem baterista. Foi quando uma amiga em comum nos indicou o Heitor. Nos conhecemos e ele trouxe um gás novo, ideias novas e energia positiva. Nos sentimos motivados a começar tudo do zero, com um novo conceito, isso era junho de 2006. Então decidimos para nos entrosar e compor ir para a chácara de um tio meu em uma cidadezinha aqui perto de Rio Preto. Ficamos 10 dias lá se não me engano e foi ótimo, pois muitas ideias surgiram. Mas se posso apontar algo essencial que esses dias trouxeram, foi o nosso entrosamento como amigos. Depois disso tocamos em alguns festivais, ganhamos um concurso estadual de bandas em Lins só com músicas próprias, e isso nos deu confiança para gravar nossas músicas e dar vida ao embrião do que viria a ser o “Unpuzzle!”. Gravamos um ensaio no começo de 2007, na Blue Note, escola do irmão do Heitor, com algumas músicas e pedaços de outras que tínhamos, que se eu não me engano foram em versões demo da “H.U.C.”, “Aquarela”, “Treasures of the World”,”Yellown of the Ebrium”, “Radio Active”, “Lake of Emotions” e uma outra música que acabou saindo. Levei esse material para um grande amigo nosso, o Netto Cruanes, que ouviu e disse “Eu sei quem pode produzir esse disco!”, e nos indicou o Gustavo (Carmo). Seis meses depois estávamos sentados com ele organizando a logística de como seria a gravação.



Qual a idade média dos integrantes da banda?

Fabio: Eu e o Montanha temos 30 anos, o Heitor e o Paulo são um pouco mais novos, com 26 e 22 anos, respectivamente.



Conte-nos um pouco sobre o processo de escolha do nome para a banda.

Heitor: Quem nunca passou por isso, eu aconselho a ter muita paciência, porque é bem difícil. Noites e noites com a ansiedade de achar um nome que viesse a agradar a todos. Acho que levamos mais de um ano desde que decidimos mudar o nome até encontrar o nome definitivo, “Maestrick”. O MAESTRICK  tinha outro nome, mas daí pra trás acho melhor o Fabio e o Montanha explicarem.

Fabio: Mesmo tendo ficado ainda um tempo com o outro nome, considero a entrada do Heitor o começo do MAESTRICK. Porque o espírito da banda, a energia mudou. Daí o processo também se alterou e o resultado, que era a música, já era outro. Então nossa busca pelo nome foi, desde o começo, para retratar a essência de todos nós, que é a eterna busca pelo equilíbrio. Gostamos muito de piadas, de dar risada, de brincar um com o outro, mas gostamos de nos cobrar também, de falar coisas sérias e de focar no trabalho. Demorou, como o Heitor disse, mas enfim encontramos. (Risos)



Leia a entrevista na íntegra no True Metal Brazil:
http://www.tmb1.com.br/entrevista-maestrick


Leia matéria no Metal Clube.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Wikimetal: Jon Lord, Maestrick, Uli John Roth no episódio 6

O MAESTRICK, representado por seus integrantes Fabio Caldeira e Renato "Montanha" Somera, foram entrevistados por Rafael Masini para o programa WIKIMETAL.

Assista a entrevista a seguir, onde os integrantes da  banda de rock progressivo/ heavy metal falam sobre diversos assuntos,  que foi veiculada no último bloco do sexto episódio do Wikimetal, no já tradicional quadro do programa intitulado "Orgulho Nacional" .




O programa WIKIMETAL  é apresentado todas às quintas-feiras às 19h no Canal Wikimetal  do YouTube.





O episódio  6 do programa Wikimetal ainda fala da carreira do inesquecível Jon Lord, tem matérias com  Uli Jon Roth e o professor de guitarra Mozart Mello.

Assista todo o episódio no link abaixo:
http://wikimetal.uol.com.br/site/programa-wikimetal-musica-classica-e-rock-n-roll/


Links Relacionados:
http://wikimetal.uol.com.br/site/
https://www.facebook.com/Wikimates
https://twitter.com/wikimetal
https://www.youtube.com/user/WikimetalBrasil
http://www.facebook.com/maestrick
http://twitter.com/maestrick
http://www.youtube.com/maestrickofficial
http://www.reverbnation.com/maestrick
http://www.myspace.com/maestrick


Fonte: Wikimetal



segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Maestrick: destaque no Programa Combate Rock/ UOL

A banda de rock/ prog metal Maestrick, de São José do Rio Preto,  foi destaque do programa de web rádio Combate Rock do grupo UOL, no mês passado, aproveitando o relançamento no Brasil de “Unpuzzle!'', primeiro trabalho do grupo, agora lançado pela gravadora alemã Power Prog Records
O grupo formado por Fabio Caldeira (Voz, piano e teclados), Renato “Montanha” Somera (baixo e vocais), Heitor Matos ( bateria e percussão), e Paulo Pacheco (guitarra) foi entrevistado por Marcelo Moreira no Estúdio Blue Note.

Na ocasião o grupo falou sobre diversos assuntos; inclusive sobre o vindouro novo álbum. 
Maestrick (foto: divulgação)
Maestrick (foto: divulgação)
1 – Aquarela
2 – H.U.C.
3 – Yellown of The Ebrium
4 – Puzzler
5 – Treasures of The World
6 – Disturbia
7 – Radioactive
8 – Sir Kus
9 – Smilesnif
Ouça o programa AQUI.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Draco: bate-papo antes do show no Carlitus Bar em Poa

Dia 18 de junho, quarta-feira, um pouco antes do show da Draco no Carlitus Bar em Porto Alegre conversei com Leo Jamess e Beto Pompeo, respectivamente Vocalista/ Guitarrista e Baixista da banda porto-alegrense.



Rocks: De onde veio a vontade de ser músico?

Leo Jamess: Eu curtia muito The Beatles e Creedence desde piá por influência do meu pai, não sei dizer quando foi isso exatamente. Eu deveria ter uns seis/sete anos de idade. Lá pelos 15 anos eu conheci o Kiss e foi então que decidi que tinha que tocar guitarra, inicialmente tocando as músicas da banda.

Beto Pompeo: A Draco foi a primeira banda propriamente dita que toquei. Antes dela, eu tinha uma banda com amigos, mas tocávamos só para nos divertirmos. Tocávamos de tudo, desde Dream Theater até Ramones.


Rocks: Como surgiu a primeira banda que você participou?
Leo Jamess: Quando eu conheci o Kiss eu "Pirei na Batata", foi na hora que pensei: "Vou ter que tocar!!" Na época eu ouvia o que dava nas rádios tipo Oasis, Metallica e Michael Jackson, mas não tinha me identificado com nenhuma banda como aconteceu quando ouvi o Kiss. A primeira banda que participei, era pra ser uma banda cover do Kiss e no fim tocávamos de tudo como Jimi Hendrix, Kiss, Metallica, então mudamos de idéia e resolvemos formar uma banda cover do Metallica. (Risos) Então colocamos um anúncio no jornal, como se fazia naquela época (Risos), procurando integrantes para criarmos essa banda cover. Atráves desse anúncio de jornal surgiu o primeiro baterista da Draco, o Alexandre e o Andrei que foi o primeiro baixista da Draco. Essa banda que a princípio seria essa banda cover do Metallica, viria a ser a Draco. Os dois integrantes oriundos do jornal se juntaram à mim e ao Vagner, um amigo que me ensinou praticamente a tocar. Eu já sabia tocar um pouco, mas vendo ele tocar, os ensaios com essa primeira banda aprimoraram isso.



Rocks: E a Draco como surgiu?

Leo Jamess: A idéia original de criar a banda cover deu origem à Draco. Mas aí mudamos do cover para a música própria. Resolvemos que a Draco faria música autoral em português, rock pesado em português. Eu já conhecia a Rosa Tattooada e curtia a banda, como curto até hoje. Dos quatro membros originais da banda cover, um no caso o guitarrista não priorizava à música, daí a primeira formação propriamente dita da Draco surgiu como um power trio. "Louco da Estrada" foi a primeira música que fizemos e a tocamos até hoje.




Rocks: Como surgiu o nome da banda?

Leo Jamess: A história do nome é engraçada. Eu queria que a banda tivesse um nome forte, um nome bacana e que em qualquer idioma fosse compreensível, que  não necessitasse de tradução, um nome próprio. E o baterista tinha um gato preto e o nome dele era Draco. Um dia ele conversando comigo falou : Advinha o nome do meu gato? E eu respondi : Vou advinhar o nome do teu gato? Sei lá, como é o nome do teu gato?... e ele disse que o nome do gato dele era Draco. Na hora gritei: Que nome "afudê"!!!!!! Até então tínhamos ensaiado duas vezes e ainda não tínhamos escolhido o nome da banda. A partir daí a banda passou a se chamar de Draco.

Beto Pompeo: Por ser simples, direto e um nome fácil de ser lembrado.


Rocks: Por que um Power Trio?

Beto Pompeu: Decidimos ficar com esse formato de Power Trio por que é mais fácil.
Esse formato deixa nosso som mais seco, mais direto, mais pesado, mais fácil, menos gente pra convencer...(Risos)




Rocks: As mudanças na formação da banda, acarretam?

Leo Jamess: As mudanças no line-up da banda sempre dão um pouco de dor de cabeça, pois as mudanças/ saídas são coisas que normalmente não se espera que ocorram, salvo casos que nós mesmos providenciamos que ocorram. (Risos)

Beto Pompeo: Sempre que entra uma pessoa nova na banda acaba influenciando no som da banda. Óbvio que muda. Mas por outro lado é uma vantagem ter um integrante novo na banda, eu e o Leo estamos desde 2005 juntos, eu já sei como o Leo procede e vice-versa, mas um cara novo tocando com a gente, não deixa de ser uma coisa boa, renova.




Rocks: Como foi abrir a Black Label Society?

Leo Jamess: Foi muito "afudê". Abrimos para a banda em duas ocasiões em 2011 e em 2012. A primeira vez que abrimos o show do Black Label Society foi inesquecível, muito mais emocionante por ser a primeira vez, fora isso era a primeira vez da banda no Opinião, um lugar que sempre quisemos tocar. Eu já havia tocado lá com a Parasite, banda cover do Kiss, mas com minha banda própria, autoral foi a primeira vez. Tocar as minhas músicas é muito mais emocionante.
Foi fantástico. Tínhamos uma certa apreensão quanto à resposta do público. Apesar do nosso som ser pesado, nós cantamos em português e tem pessoas que não aceitam muito bem isso, não digere muito fácil isso ainda. Quando acabamos de apresentar a primeira música e a galera enlouqueceu, curtiu nosso som, demos uma respirada e pensamos "Agora vai!"




Rocks: Rock/ Metal em Português X Rock/Metal em inglês?

Leo Jamess: Não tenho restrição contra nada, mas é óbvio que tem pessoas que não aceitam o metal cantado em português, metal e rock para alguns tem que ser cantado em inglês. A galera não está acostumada a ouvir um som pesado em português. O metal, o rock tem que ser na língua que o cara quer fazer. Foda-se se é português ou se é inglês o que importa e se tu ouviu e curtiu. Se tu for me perguntar em relação à bandas daqui, gaúchas eu já prefiro ouvir em português, eu acho mais legal, por que é um desafio maior na minha opinião. Escrever em inglês de certa maneira é muito mais fácil. Tu construir uma métrica, uma frase, uma linha vocal em inglês é mais fácil, já tu construir uma melodia em português é muito mais difícil.

Beto Pompeo: Fora que a maioria das pessoas dizem que entendem bem músicas em inglês e na verdade não entende p... nenhuma. Fica lá na frente do palco se fazendo que está entendendo e não entende p... nenhuma. Quando tu canta em português tu já atinge as pessoas na hora, até as críticas são maiores até por esse fato, a repercursão é maior.





Rocks - Como vocês escolheram o novo baterista que estreia, hoje, no show de logo mais no Carlitus Bar?

Leo Jamess: Eu vi acredito já uns 10/15 shows da The Muckers, e notei que ele é um baita de um batera. Ele é um guri ainda, tem 16 anos, mas ele é um fenômeno, tipo um menino prodígio. Com certeza ele vai crescer e evoluir ainda mais e se tornará um grande baterista. Aconteceu do Dudu Polidori querer seguir o caminho dele na Bloody Violence que é uma banda que ele está tocando agora. Ele gosta de um som mais pirado e querendo ou não o som da Draco já tem uma cara, uma personalidade, ele já tem um formato. Compomos de uma certa maneira, a gente tem o nosso jeito de tocar e ele já queria criar coisas novas, experimentar coisas novas. Essa banda é uma banda nova, que proporciona esses experimentos, eles estão num processo de criar uma identidade e nós já temos isso. O Arthur é fã da Draco, ele já curtia a Draco antes mesmo de nos conhecer. Então foi fácil essa decisão de tocar com ele, já conhecia as nossas músicas. Fizemos um ensaio para ver se ele cumpriria o papel e ele sabia mais as músicas do que nós...(Risos)



Rocks - Como assim o novo integrante sabia as músicas mais que vocês?

Beto Pompeu -  O cara começa a ficar velho, já não toca as músicas como antes, toca de um jeito mais fácil... ( Risos)

Leo Jamess - Com o passar do tempo tu acaba mudando a maneira de tocar uma música. Voltando naquele assunto que já falamos que cada novo integrante coloca sua característica, sua assinatura na banda e a gente com o tempo vai mudando algumas coisas  nas músicas, a maneira de tocar e o Arthur sabia tocar as músicas fielmente como elas foram gravadas no disco. Ela vai entrar na nossa brincadeira de mudar uma coisa aqui outra coisa ali por que a gente aprende com o tempo tocando ao vivo e tu vê o que pega, o que funciona mais ao vivo do que na hora que a gente criou, gravou. Sei lá...então ele é  o cara do momento. Tipo é o batera para a gente se despreocupar mais, nós estávamos com uma maldição de batera, ou o batera saía ou era saído (Risos)



Rocks:  Como vocês veem a cena aqui no estado?

Leo Jamess: Parece que está melhorando.Tenho uma leve impressão de que a cena está melhorando. A galera está começando a prestar atenção nas bandas daqui. Começando a valorizar um pouco mais o som daqui, tanto de cover como banda autoral. O ideal é que as bandas autorais sejam mais valorizadas. Eu acho banda cover demais, eu toco na Parasite até hoje. Antes era um membro oficial, agora eu sou um membro reserva, vamos dizer assim, eu faço algumas datas quando o baixista oficial não pode fazer, mas sou membro da banda ainda.


Rocks: E essa polêmica que existe bandas autorais x bandas covers?

Leo Jamess:  Tem espaço para todo mundo, bandas autorais e bandas covers. A banda cover não é mais do que a banda autoral e nem a banda autoral é melhor do que a banda cover, ponto. Ambas são bandas. Óbvio que a banda cover chama mais público, por que o grande público ele sai para ouvir o que ele já está acostumado a ouvir, sai para ouvir o que ele gosta. Se ele vai numa festa rock, óbvio ele quer ouvir rock e ele quer ouvir o que ele conhece. Só que esse mesmo público tem que abrir os ouvidos para o que é feito aqui no sul, pra não ficar aquela coisa. Tem uma gurizada nova, por exemplo, que está conhecendo a Rosa Tattooada agora, mas ao mesmo tempo vejo "nego véio" que conheceu a banda agora, porra a banda tem mais de 25 anos...É uma banda daqui e como tem gente que ainda não conhece? Como??? Nos outros países as pessoas valorizam as bandas locais, por que aqui não acontece isso? Vou te dar um exemplo: O que é o AC/DC na Austrália?? Pra eles a banda é a melhor do mundo, por que é de lá, por que é deles. Podem existir várias bandas no mundo melhores que ela, mas pra eles o AC/DC é a melhor, por que é de lá. O público daqui tem que pensar da mesma forma que pensa em relação ao bairrismo que existe aqui no sul. Que tudo o que é de gaúcho, é melhor do que o dos outros. Temos que aplicar essa premissa à música, ao rock, metal produzido aqui no Brasil.



Rocks: Internet?

Leo Jamess: Demais, é a melhor ferramenta que temos hoje em dia. Eu queria que a internet existisse desde quando eu nasci. Eu teria me acostumado desde cedo com a rede e saberia usá-la melhor. É uma porta pra muita m... mas ao mesmo tempo é uma porta pra gente que tem banda divulgar nosso som, nosso trabalho. É o veículo que utilizamos para chegar no público que a gente quer. Rádio hoje em dia não tem como. A não ser  a Ipanema FM que divulga som daqui, sem cobrar só é a única que apóia o som daqui, som autoral. Temos também a Unisinos FM, mas essa segunda não tem nem a metade da abrangência que a primeira, infelizmente. Ambas são rádios bem legais. Se não fosse à internet, sei lá... nós estaríamos tocando 1 vez à cada 5 anos. (Risos)


Rocks: Agenda?

Leo Jamess: Estamos devagar com a agenda, pois estamos produzindo o álbum novo, que pretendemos lançar em setembro ainda deste ano. Quem vai gravar esse álbum será o Dudu Polidori. Chegamos a um acordo com ele, por que ele fez as músicas novas com a gente antes de sair da banda. Independente dele ter saído ou não da banda, somos muito amigos dele. Falando nisso o Arthur será anunciado oficialmente como baterista da banda no lançamento do novo álbum. Ele começa a tocar com a gente a partir de hoje, é o show de estréia dele, mas oficialmente ele assumirá as baquetas quando do lançamento do álbum.





Rocks: Alguma novidade sobre esse novo álbum?

Leo Jamess: O álbum novo é um capítulo à parte. Esse álbum terá um diferencial. Decidimos por fazer um álbum curto, ao contrário do antecessor o "Contramão" que tem 14 faixas. Não se consegue absorver um álbum com tantas faixas. A gente não absorve um álbum extenso. A galera que utiliza a internet, que está atrás de ouvir coisas novas, ouve uma, duas, no máximo 6 faixas.

Beto Pompeo: O lance de lançar um álbum mais curto e que tu pode lançar coisas, músicas mais rapidamente, e assim a banda fica mais em evidência. À cada 6 meses, à cada 8 meses se pode lançar músicas novas. E assim o público tem mais tempo para absorver esse material, e a gente mesmo produz com mais cuidado, sem pressa.



Rocks: E a idéia de lançar a cerveja da banda, foi de quem?


Leo Jamess: A idéia foi do Beto, que é um bêbado de carteirinha. (Risos) O Beto é químico. Ele e um amigo resolveram criar uma cerveja. Então decidimos lançar essa cerveja com o nome da Draco. Já temos a cerveja Draco faz dois anos. Lançamos ela no aniversário de 9 anos da banda. Até o final do ano o Beto pretende abrir uma cervejaria e então a Cerveja Draco, que até agora foi feita de uma maneira mais artesanal, será feita em grande escala.

Beto Pompeo: Até o final do ano faremos uma festa só com cerveja da marca Draco.



Rocks: Recado para os leitores do blog. Muitos deles tem banda, ou querem criar uma banda, querem entrar para o meio musical, do rock, do metal...

Leo Jamess: Estudem música. Estudem e escutem diversos estilos musicais, não se prendam a um estilo só de música. Abram a cabeça para tudo que é bem feito, que é feito com o coração. Sigam o que o coração de vocês mandar. Não se limitem. A tecnologia disponível hoje em dia acabou por deixar o músico um pouco preguiçoso. É fácil gravar, é fácil editar, corrigir pequenos erros e isso acaba deixando a galera, o trabalho meio porco, desleixado. Então façam o que forem fazer bem feito, com vontade. Tem espaço para todo mundo, a internet está aí pra isso...pra proporcionar espaço. Não fique pensando a minha música não vai tocar na rádio, não vai tocar na MTV...Dane-se!! Para se viver de música...Se tem que ter muita sorte, mas muita sorte mesmo. Tudo tem a sua hora e momento certos. Encarem a música como uma brincadeira de criança...
Criança brinca a sério! Façam bem feito, brinquem a sério! Façam de coração! E o que tiver que ser, vai ser. Se não tiver que ser, vocês vão se divertir bastante. Garanto!

Rocks - Obrigada Leo e Beto pelo bate-papo.









Fotos: Aline Rodrigues


sábado, 3 de maio de 2014

Rosa Tattooada: bate-papo com Jacques Maciel antes do show no Ocidente

Para estreiar uma série de entrevistas que serão publicadas aqui no blog com artistas gaúchos, nada melhor, para começar com o pé direito do que entrevistar uma das lendas vivas do rock nacional, Jacques Maciel, o frontman da banda de hard rock gaúcha Rosa Tattooada.
E o cenário não poderia ser melhor, o Bar Ocidente, patrimônio cultural de Porto Alegre, poucas horas antes da banda se apresentar na casa de shows no dia 01/05/14.



Rocks- Conte-nos como foi seu primeiro contato com o Rock?

Jacques Maciel - Tenho a sorte de ter três irmãos mais velhos, e através deles em 76/77 tive meu primeiro contato com o rock através de  Peter Frampton, com o rock  progressivo através do Rick Wakeman, e na mesma época  ouvi também disco music, por influência deles.

Rocks - E quando você resolveu formar uma banda?

Jacques Maciel - Com 10, 11 anos um amigo dos meus irmãos apareceu com um disco do Kiss lá em casa, o "Alive II". Quando eu vi o encarte e o cara me disse " Esse cara aqui cospe sangue, cospe fogo, eles voam"; e eu com 10 anos, vi a cara dos caras, e me apaixonei na hora e ai que começou a fissura por rock mesmo. Aquela fissura de comprar disco, colecionar, conhecer, pesquisar sobre o assunto. Isso foi em 1980.

Rocks -  Falando em Kiss, como foi abrir o show deles aqui em Poa?

Jacques Maciel - Abrir o Kiss foi um sonho. Foi em novembro de 2012.
Depois de abrirmos eles é que decidimos que não abriríamos mais nenhum show internacional.
Já tinhamos tido experiências de abrir os show do Guns N' Roses, Deep Purple, Alice Cooper, mas o convite para abrir o Kiss foi o ápice. Tanto que depois de abrir para eles decidimos não abrir  mais para nenhuma banda internacional. Sentimos que estavamos com a abertura de bandas internacionais cumprida. E foi legal, a gente foi muito bem recebido pelo público, a galera cantando junto com a gente. A produção do Kiss foi maravilhosa, eles fizeram questão de nos conhecer, mandaram chamar a gente no camarim deles, fizemos uma foto, tudo meio no improviso, mas foi a realização de um sonho.

Rocks - Imagino que você já esteja cansado de falar...Mas é impossível pensar no Rosa Tattooada e não lembrar de  "Inferno Vai Ter Que esperar". Ainda mais tendo em vista que muitos dos leitores dessa entrevista não sabem da história desse clássico do rock gaúcho e nacional. Nos conte como foi a criação deste hit? 

Jacques Maciel - O "Inferno vai ter que esperar" é uma música que já tem mais de 23 anos, na verdade ela é uma parceria minha com o Thedy Corrêa, a letra é do Thedy do "Nenhum de Nós"
Aconteceu bem naturalmente. Um belo dia eu estou na casa do Thedy  e ele me apareceu com a letra da música escrita numa folha de caderno, e falou:
"Cara, tu quer essa letra pra ti? O pessoal  da banda não gostou dela.
Eu respondi: Tá! Porque? E ele respondeu: É só uma história, não tem refrão, ela não se repete.
Levei no ensaio do Nenhum de Nós e os guris não gostaram.
Quer  pra ti essa letra? E eu falei: Quero!
Cheguei em casa, sentei no meu quarto com o violão e fiz a música na hora, em 15 minutos. E aí nós gravamos ela  na segunda demo da banda. Levamos a música na rádio Ipanema e acabou que ela começou a tocar em formato de demo na Rádio Atlântida também. Sem gravadora, sem nada. E ela acabou  entrando na programação das rádios, assim...Naquela época acontecia dessas coisas, a música tocava na rádio por que os caras gostavam, não tinha o jabá de botar dinheiro. Foi um fenômeno. Não temos nenhum problema em falar, em tocar ela. Nos orgulhamos do "Inferno Vai Ter Que Esperar". Essa música  foi responsável por um monte de coisa boa que aconteceu com a banda. E a  gente toca até hoje, a gente não cansa. Sempre tocamos ela com o maior prazer, com o maior orgulho.

Rocks - Qual é o segredo para o Rosa Tattooada se manter tão atual?

Jacques Maciel - O segredo é não parar de produzir; e  não ficar agarrado ao passado.Tem muitas bandas da nossa geração que terminaram e voltaram, não vou citar nomes aqui. Bandas que fizeram um revival e voltaram, mas não fizeram nada novo. Nós não. A gente tem aquela base do hard rock dos anos 70, aquela influência glam dos anos 80 do Mötley Crüe, mas não ficamos presos só à essas influências.Nos atualizamos ouvindo coisas novas e tendo sempre  a preocupação de produzir  material novo, gravar discos com músicas inéditas. Isso é o que mantém a banda.


Rocks - E o público da banda, é formado atualmente por quem? 

Jacques Maciel- Estatisticamente falando 90 % do público que vai aos nossos shows, que consome o Rosa Tattooada é composto por um público que tem menos de 25 anos de idade. A galera daquela geração que iniciou curtindo o Rosa desde o início curte, respeita, mas não vai aos shows, não interage tanto. Na verdade o nosso público se renovou junto com a banda. O nosso público é o mesmo que vai assistir a "Tequila Baby", a "Cachorro Grande", "Matanza", "Pitty".

Rocks - Voltando onde tudo começou...

Jacques Maciel - Aqui no Ocidente foi a primeira vez que nós tocamos individualmente. A primeira vez, propriamente dita que nós subimos num palco foi abrindo "Os Cascavelletes" em Caxias do Sul. Na época, eu e o ex-baterista da banda, o Barea, trabalhávamos de roadie pra eles, então fizemos a abertura do show da banda. E aqui no Ocidente, no final de abril de 1989, nós fizemos nosso primeiro show individual. Foi um show antológico, se tu olhar nos perfis da banda, tem fotos desse show aqui há 25 anos atrás. Eu pensei: "vamos fazer um lance histórico, vamos voltar onde a gente começou". Eu como único membro original da primeira formação da banda, pra mim hoje tá sendo uma noite muito emocionante, muito especial.O Ocidente é como se fosse, lá fora, o Whisky a Go Go que é um bar pequeno que também é um clássico. Então montamos um setlist que passeia por todas as fases da banda, dando uma ênfase ao material do disco novo que é realmente o que a gente está trabalhando, que é o "XXV". É um feriado, um tempo chuvoso mas quem vier hoje vai curtir um show diferente do Rosa, para os guris até que não, mas eu me sinto em casa aqui no Ocidente. Frequentei muito a casa nos anos 80.

Rocks - Quais são os projetos da Rosa Tattooada para o ano de 2014?

Jacques Maciel - Lançamos recentemente três clipes do disco novo que são:"Rezar não vai te livrar do fim", "Sonho Bom" e "Chuva de Estrelas" que tem a participação do Nei Van Soria.
Continuaremos esse ano com projetos envolvendo clipes. Hoje em dia a internet torna as coisas muito descartáveis. Um álbum com seis meses já é considerado velho. A gente chegou a cogitar de gravar um DVD, mas mudamos de opinião. Resolvemos ficar fazendo clipes do "XXV" ao longo de 2014, entendemos que isso vai oferecer um tempo de vida mais longo para  o álbum, e sempre a cada 2, 3  meses se terá uma novidade. Essa coisa de imagem é muito forte hoje em dia por causa da internet, do Youtube
E assim as pessoas vão absorvendo mais o disco, na medida que vão vendo os clipes.

Rocks - Tem algum furo para o blog, alguma new publicável?

Jacques Maciel - Em primeira mão te comunico que vamos gravar o clipe da "Cerveja e Rock N' Roll" que irá ser produzido pelo Alex Milesi, responsável pelo clipe de "Rezar não vai te livrar do fim". A letra fala de um outro bar que a gente curte muito, o Malvadeza Bar", antigo Dr. Jekill, e o clipe vai ser filmado lá. Outra novidade é que a gente vai fazer uma campanha de captação de recursos que outros artistas tem feito ultimamente. Um crowdfunding, financiamento coletivo, em parceria com a Colateral Filmes que já produziu clipes do Nei Van Soria  e aí faremos o clipe de "Tardes de Outono", que é um clássico do Rosa. Essa música é bem antiga e também foi um sucesso de execução nas rádios e  nunca foi contemplada com um clipe, e a galera que curte a banda gosta muito dessa música. Então tivemos essa ideia de captação de recursos para esse clipe com o apoio dos fãs através do Catarse.me. Vai ficar no ar 60 dias essa campanha. Planejamos umas recompensas bem legais para os fâs.Vai estar tudo no site da banda, já fizemos um vídeo apresentando o projeto. Acredito que em breve estará disponível, ainda não tem a data definida, mas acredito que mês que vem já esteja.  É uma tendência atual o uso dessas plataformas de financiamento coletivo, vários artistas como Vitor Ramil, o Nei Lisboa em parceria com a Rádio Ipanema nesse momento está com um projeto utilizando esse tipo de financiamento.



Rocks - Você foi indicado para o prêmio Açorianos de Música como Melhor Instrumentista - Gênero Pop por Rosa Tattooada "XXV", me fala sobre essa indicação.

Jacques Maciel -  Vou te ser sincero, não fui lá no Araújo no dia.Com todo respeito, nunca toquei para ganhar troféu. Meu clima não é esse. E também não me considero instrumentista. Fiquei até meio perplexo com a indicação Instrumentista é o Duca Leindecker que gravou o disco dele e  tocou todos os instrumentos, é um puta instrumentista. O  Frank Solari também é um instrumentista. Eu não, eu sou um guitarrista!! Toco Rock!! Fiquei faceiro com a indicação.Se tivesse rolado, é claro que ficaria muito agradecido, muito feliz. Só por terem lembrado de mim,  já fiquei feliz. Eu imaginava que se houvesse alguma indicação do Rosa Tattooada ao Açorianos seria algo vinculado  à capa do disco, ou ao álbum de forma geral. Eu não esperava a indicação, foi bacana.

Rocks - Lí um artigo onde o Paulo Cássio disse que pretende um dia voltar a fazer parte do Rosa Tatooada, como membro fixo. 

Jacques Maciel - O Paulo mora há muitos anos em Nova York, 13, 14 anos por ai...A gente ficou muitos anos sem se falar e agora há pouco tempo, graças ao Facebook, a gente se reencontrou.
Vimos que apesar do tempo e da distância a amizade,  a história toda que a gente construiu continuava a mesma. Fiquei muito feliz e emocionado quando ele em outubro do ano passado pegou um avião e veio de lá de Nova York e veio tocar com a banda no Opinião no show  de 25 anos do Rosa. Depois ele ainda foi com a gente pra Xangri-lá e tocou novamente com a banda num encontro de motociclistas. E isso tudo reacendeu aquela chama.
Eu disse pra ele, que o Rosa é um trio, que eu não pretendo ter outro guitarrista na banda, a vaga é tua. O dia que tu quiser voltar, o lugar é teu.  É  só vir e sair tocando. É só se adaptar; por que a banda fez um monte de coisas sem ele. Ele  por enquanto não tem planos de voltar, ele tá radicado lá nos Estados Unidos.
Mas é isso...Se um dia o Rosa for ter um outro guitarrista, vai ser por que ele voltou para a banda. Fora
 ele o Rosa permanece nesse formato de trio, pois acho que é uma coisa diferente, é bem crú, obriga os caras a se puxarem mais. E tem funcionado, o "XXV" provou isso, os fãs aprovaram também.
É algo que a gente já tinha experimentado em 2001  no álbum "Carburador".
Mas é isso, a vaga é do Paulo e o dia que ele quiser voltar e só chegar e sair tocando!!


Rocks - Gostaria que tu deixasse um recado para essa gurizada que está iniciando na música, no rock.

Jacques Maciel - Primeiro quero agradecer o espaço.
E o recado que quero dar é  uma receita meio velha, meio manjada, mas acreditem é a pura verdade.
Acreditem nos seus sonhos, sem se prender à moda,  sem  se prender à tendências, sem ansiedade, sem pressa.  E tendo em mente que o rock no Brasil, apesar de existir há tantos anos é algo marginal. O rock é para uma minoria, mas é para uma minoria como eu digo...O roqueiro é uma minoria muito esclarecida que não se deixa enganar, que não compra CD no chão por 2, 3 reais. E quando tu descobre o rock, vira roqueiro,  tu pode ter 10 anos como eu , tu vai ser roqueiro a vida inteira.
Se atirem mesmo, acreditem no som, no que vocês fazem, mas sem ansiedade, sem expectativa que aconteça isso ou  aquilo. Por que a realidade do nosso país é essa. O rock é um lance underground ainda .
A Rosa existe por causa dos fãs, por causa da internet. Não dá  mais para contar com rádio ou televisão como antigamente.
Amem o Rock na sua forma mais pura, sem ficar esperando grandes retornos, deixe que isso aconteça naturalmente.Tem bandas que estouram depois de 8/ 10 anos, tem bandas que estouram com 6 meses e também ficam mais um ano e acabam. Tem banda como a gente que passaram por tudo, por altos e baixos.
Tivemos um boom com gravadora, depois tivemos um tempo sem atuar, voltamos com nova formação. E hoje estamos na luta aí junto com tantas outras bandas.
O Rock é isso, é uma luta...Tem que gostar e acreditar!! E é isso!!

Rocks - Muito obrigada, Jacques, pela honra de poder bater esse papo tão agradável contigo.





Fotos: Henrique Borges


( Poa, 01/05/2014)







terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ozzy Osbourne: é entrevistado por Marcos Mion



Ozzy Osbourne, frontman da banda de heavy metal Black Sabbath,  foi entrevistado por Marcos Mion, apresentador do programa da Rede Record “Legendários”, durante a passagem da banda britânica pelo Brasil em outubro do corrente ano.

A entrevista com o Madman foi ao ar no último sábado, dia 07 de dezembro.
Assista: 





Fonte: R7


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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Shadowside: entrevista ao vivo neste domingo à Rádio Corsário



Banda celebra apresentação histórica no Olimpya, em Paris

Apesar de “Inner Monster Out” ter sido lançado em 2011, a Shadowside tem se mantido, durante os últimos anos, em constante evidencia em vários meios de comunicação ao redor do Mundo. Há muito tempo, a banda considerada um dos nomes mais importantes do heavy metal brasileiro no exterior, tem figurado em diversos programas, realizado entrevistas importantes e feito shows que são um verdadeiro sucesso de critica.

Neste domingo (08/12), a Shadowside volta a ganhar destaque na mídia nacional. A vocalista Dani Nolden e o guitarrista Raphael Mattos concedem entrevista, ao vivo, à Rádio Corsário. Os músicos vão falar da carreira da banda, o sucesso de “Inner Monster Out”, considerado um dos discos mais importantes do heavy metal nacional, relembrar os fatos curiosos e engraçados da longa turnê europeia ao lado de Helloween e Gamma Ray, o lançamento do novo videoclipe para a música “Habitchual”, entre outros assuntos.

Comandado por Julio Viseu, o Rádio Corsário é o mais antigo e tradicional programa especializado em rock e heavy metal do Brasil. Há 28 anos, o programa vai ao ar das 22h às 24h, na Rádio Imprensa (102,5 FM), em São Paulo. Os internautas podem conferir as novidades e ouvir os principais artistas da música pesada mundial através do site http://www.radiocorsario.com.br.

A turnê promocional de “Inner Monster Out” segue na estrada. Dani Nolden (vocal), Raphael Mattos (guitarra), Fabio Carito (baixo) e Fabio Buitvidas (bateria) tem realizado várias apresentações pelo Brasil. Produtores interessados em contratar o espetáculo da Shadowside devem enviar e-mail para contato@furiamusic.com.br.

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foto: Costábile Salzano Jr | The Utimate Music – PR

sábado, 17 de agosto de 2013

Maestrick: assista entrevista ao Portal Diarioweb

O Maestrick, representado por Fabio Caldeira e Renato "Montanha" Somera, respectivamente vocalista e baixista da banda, foram entrevistados pelo Portal DiarioWeb sobre a participação do grupo no Rio Preto Rock Festival 2013.




Fonte: Whiplash.Net 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Maestrick: entrevista para o site chileno Zerovarius

O Maestrick concedeu uma entrevista para o site chileno Zerovarius.
Leia matéria original em espanhol AQUI.

Maestrick: "estamos contando os dias para tocar no Chile"


Maestrick é uma banda brasileira de metal progressivo que se apresentará  aqui no Chile no Festival  Powershock, ex -ProgPowerSA, que teve sua edição transferida para o mês de novembro. Conversamos com três de seus integrantes: Renato Somera (Baixo), Fabio Caldeira ( Vocal e Piano) e Heitor Matos (Bateria) . Deixamos vocês com esta divertida entrevista com o Maestrick.


Zerovarius: Inicialmente gostaria de agradecer a entrevista.

Fabio Caldeira: Nós que agradecemos pela atenção ao trabalho do Maestrick e pelo espaço cedido.


Zerovarius: Apresentem o Maestrick. Conte-nos um pouco como a banda foi formada.
 

Fabio Caldeira: O Maestrick foi formado em 2006 e atualmente é composto por mim, Fabio Caldeira (vocal, piano/teclados), Renato Montanha (contrabaixo), Heitor Matos (bateria), Paulo Pacheco (guitarra) e Beto Vanella (guitarra). Desde o começo, nossa proposta era fazer algo que incluísse a personalidade de cada um, buscando assim, algo bem particular e de certa forma único.
A origem do nome Maestrick  traduz bem o que buscamos, pois une a palavra “Maestro”, com sua postura erudita e séria, com a palavra “Trick”, que significa travessura, truque e remete a algo mais desprendido e até engraçado. Se você nos procurar, de um extremo a outro, e se for espontâneo, pode nos encontrar em qualquer lugar."



Zerovarius:  Como se dá o processo de composição? Vocês se reúnem periodicamente para compor?

Heitor Matos: Esta é uma pergunta muito legal, porque é uma curiosidade que nós também temos, principalmente em relação à bandas que admiramos e acompanhamos. Gostamos de saber como é o processo de composição, é uma particularidade de cada banda.
Temos uma rotina de ensaios durante a semana, que são separados entre manutenção de repertório de shows e idéias novas.
É claro que não dá pra trabalhar as duas coisas ao mesmo tempo, então quando estamos focados nos shows, apenas apresentamos, gravamos as idéias novas e deixamos arquivadas para termos materiais no futuro.
Composição exige uma boa energia e um grande foco, assim como os shows do Maestrick, tentamos manter as duas partes ativas mas de forma separadas.
Nós trabalhamos com uma forma de composição bem livre, todos apresentam suas idéias, letras, então colocamos tudo em ordem e começamos a trabalhar. O Maestrick conseguiu criar uma identidade no seu primeiro álbum que nós curtimos muito, isso foi devido a forma de composição, que apesar de ser livre tem alguns parâmetros que seguimos e deu certo, portanto acho que vamos continuar dessa forma. Somos uma equipe forte e como toda equipe, temos que deixar cada parte desempenhar seu papel, para que no final o resultado seja o melhor possível.
O Maestrick sempre vai ter essas brincadeiras de orquestrações, timbres loucos, contextos por trás das músicas, porque sempre vai ter a mão do Fabio por exemplo nos teclados, nas composições em si, o Montanha com seus Two Hands e Timbres, as misturas de ritmos e estilos...isso sempre será como o nome já diz “ Maestrick”.

Renato Somera: O processo de composição se dá através de “jam sessions” ou quando algum integrante apresenta um tema. A partir deste ponto nos reunimos, absorvemos a ideia, depois disso começamos a trabalhar em conjunto discutindo o ponto de vista de cada instrumentista e direcionando a música para sensação que queremos.
Nós marcamos alguns ensaios para apresentar estes temas, não necessariamente uma ou duas vezes por semana, dando preferência em ensaios com todos os integrantes para que as músicas tenham a personalidade de todos os integrantes da banda.



Zerovarius: No ano passado o Maestrick se apresentou no Lima Prog Fest II e dividiu o palco com duas bandas chilenas, a Opus 3 e a  Crisálida (estas últimas irão estar também no Powershock ) o que você acham deles?

Renato Somera: As duas bandas são fantásticas, com muita personalidade e extrema competência, foi um orgulho imenso dividir o palco e poder conhecer os integrantes da OPUS 3 e Crisálida. Espero que possamos levar estas amizades por muitos anos e muitos palcos por vir.

Heitor Matos:  Nós conhecemos a força do “Prog” da América do Sul no ano passado no Peru. A Banda Crisálida é espetacular...tem um som muito bom, pesado e suave ao mesmo tempo. O baterista Rodrigo Sanchez é espetacular, a vocalista, o guitarrista, meu amigo Javier Sepúlveda, enfim, todos são muito bons profissionais e muito gentis.
Os caras do Opus 3 ... (Risos) Foi tudo muito divertido. Nós tivemos a oportunidade de sairmos  para jantar e conhecer o Peru juntos. O baterista Rodrigo Chavarria  e o baixista Francisco de Borja são músicos excelentes. Estamos longe, mas eles são pessoas incríveis e tenho certeza que seremos bem recebidos por eles aí no Chile.
Um abraço para a Crisálida e para a Opus 3!



Zerovarius: Também foram convidados para se apresentarem no Chile seu compatriotas do Hibria e Hangar. Vocês  são conhecidos? Já dividiram o palco?

Renato Somera: Nós infelizmente não conhecemos os integrantes do Hibria pessoalmente, não tivemos ainda o prazer de dividir palco com eles. Porém acompanhamos a carreira deles e admiramos as conquistas alcançadas por eles e estamos muito felizes de podermos dividir palco pela primeira vez.

Fabio Caldeira: Eu conheço o Aquiles (Priester) e o meu xará, Fabio (Laguna), ambos do Hangar. Tive a oportunidade de tocar com eles quando fiz participação no show da banda brasileira House of Bones do produtor do Maestrick, Gustavo Carmo. Falar bem deles é redundante, porque são ótimos profissionais e grandes pessoas. O Hibria, como o Montanha disse, não os conhecemos ainda, mas o Powershock será uma ótima oportunidade para isso. São duas grandes bandas.





Zerovarius:  Qual o conceito do "Unpuzzle!"?

Fabio Caldeira: O “Unpuzzle!” se passa em um museu, onde está acontecendo uma exposição de quadros de um artista. Das tintas que ele usa pra pintar os quadros, nascem dois seres, o “Smile” e o “Snif”. Eles por sua vez entram dentro dos quadros, que tem formato de peças de quebra-cabeças, e descobrem mundos alternativos onde outros personagens vivem. Na tentativa de ajudá-los, eles despertam o engraçado e desastrado "Puzzler”, que no começo se revela simpático, mas na verdade é o vilão da história.
Trazendo isso para a música, posso dizer que cada nota conta um pouco desse realismo fantástico e procura trazer quem ouve para os lugares onde tudo acontece. E é claro, isso é estendido para os nossos shows.



Zerovarius: Quais as expectativas  que vocês tem em relação a esse show aqui no Chile? E ao público chileno?

Fabio Caldeira: As melhores possíveis! Estamos realmente empenhados em deixar nossa marca no Powershock. Sabemos que o Chile tem grandes artistas e sempre recebe muito bem os shows que acontecem por aí. Então estamos muito comprometidos a mostrar que estamos à altura desse grande público do Chile.

Renato Somera: Nós temos as melhores expectativas possíveis como disse o Fabio. Sabemos que o Chile é um pais lindo e que o público é muito acolhedor. Nós daremos 110% no palco para levar um grande espetáculo para o público.



Zerovarius: Finalmente deixem uma mensagem para os nossos leitores.

Fabio Caldeira: Quero mandar um grande abraço  ao público chileno e dizer que estamos contando os dias para chegarmos aí!
O Maestrick é uma banda que acredita na fusão entre elementos artísticos, e é isso que levaremos até vocês da melhor forma que pudermos. Para terminar, vou parafrasear um texto que está no encarte do nosso disco:
“Que vossas mentes possam estar libertas de qualquer prisão e limite, ilimitando- se apenas, ao que não é possível, mas é!” Luz, paz e arte para todos vocês e até breve.


Fonte: Zerovarius


Links Relacionados:
http://www.maestrick.com/ 
http://www.facebook.com/maestrick
http://www.myspace.com/maestrick 
http://twitter.com/maestrick 
http://www.youtube.com/maestrickofficial 
http://www.reverbnation.com/maestrick
https://soundcloud.com/powerprog/sets/maestrick-h-u-c-ep

Para contratar os integrantes  do Maestrick para workshops/shows entre em contato com Matheus Bertoni (17) 8184-0504 ou Eduardo Campos (17) 8184-0245.  


Leia entrevista também no Whiplash.Net 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pastore: entrevistada pela Shock Review

ENTREVISTA: BANDA PASTORE
Postado por Daniel TheOne 
Dia 10/12/11



Tivemos a honra de entrevistar a banda paulista de heavy metal Pastore, banda que está sendo citada como uma das possíveis atrações do METAL OPEN AIR aqui no Maranhão. 




Shock Review:  A Pastore lançou seu álbum debut em setembro de 2010 e a banda já está gravando o segundo CD, falem um pouco sobre isso.


Raphael: Lançamos o “The Price For the Human Sins” no final de 2010, depois de uma longa etapa de produção, gravação, mixagem e prensagem. Foi um processo muito difícil, pois fizemos tudo sozinhos, tudo de forma independente. No final de 2010, a Hydrant Music, do Japão, nos fez uma proposta para que lançassemos o CD lá. Isso nos motivou muito, pois fomos tratados de forma muito profissional por eles, coisa que não aconteceu aqui no Brasil. O novo disco já estava sendo pensado pela banda, mas tivemos uma injeção de motivação novamente por causa dos japoneses da gravadora, que já querem lançar o sucessor do Price em Março de 2012  lá. Então estamos correndo com tudo para cumprir os prazos.
Mario: Bem como o Raphael disse, o tratamento do Japão conosco foi MUITO profissional e positivo para a banda, lá tivemos uma ótima repercurssão do Price e agora estamos indo para o próximo álbum e sinto que será muito bom, muito melhor fazer esse novo trabalho.





Shock Review: O clipe da música Far Away, primeiro da banda, foi muito bem aceito pelo público e pela imprensa.


Raphael: Escolhemos a Far Away por ser a música que mais tem a cara da banda Pastore. Ela é um heavy metal simples e direto, assim como o nosso clipe.
Aléxis: Em um primeiro momento, tinhamos optado pela balada Horizons. Como o “Price” tinha acabado de ser lançado no Japão e, dois dias depois, houve o terremoto, queríamos fazer um clipe  voltado aos japoneses, pois nos acolheram com muito respeito e queriamos retribuir de uma certa forma. Mas depois, pensamos melhor e achamos que tinhamos que escolher uma música que representasse a banda. A Far Away  é uma musica rápida, tradicional e melódica ao mesmo tempo. Tem um refrão marcante, guitarras poderosas e o Mario explora muito da sua voz nela. Entre outras palavras, como já foi dito, é uma música para apresentar a banda. Gravamos com o nosso amigo Alexandre Sales Cardoso, no estúdio da Jabuticaba Filmes. Ele fez um trabalho magnífico, conseguiu captar bem a essência da banda. Mostrou ser um grande diretor. Bandas, entrem em contato com ele, vale muito a pena.




Shock Review: A Pastore passa uma imagem muito boa para o público, de ser uma banda formada por parceiros de verdade. Como vocês lidam bem com essa troca de bateristas, hora o Fabio Buitvidas, hora o Marcelo de Paiva Berno.


Fabio: Tenho muitos compromissos profissionais que, muitas vezes, coincidem. Dou sempre prioridade ao que for marcado primeiro e a forma que encontramos para eu não precisar me desligar da banda  é ter um substituto. O Marcelo é quem desempenha esta função, o que é bom, pois ele é amigo de longa data do Mario e  é o responsável  pela parte gráfica da banda, portanto, ele também é um membro do Pastore. Gostaria muito de estar mais presente mas não está sendo possível no momento. O bom é que conto com a compreenssão dos demais membros. 
Marcelo: Bom, em primeiro lugar, agradeço muito ao Buitvidas por me aceitar como baterista substituto, não é qualquer músico que aprova esta situação com naturalidade. Não é uma tarefa fácilil substituí-lo, por que, além de ser um excelente músico, é um produtor de primeira, ele trabalha com a cantora Fafá de Belém, toca no Shadowside e no Acid Storm. Pelo fato de ser um profissional muito requisitado, em algumas ocasiões, o Fabio não pode se apresentar com a Pastore e aí que eu o substituo. Como sempre acompanhei as bandas do Mario desde as mais remotas, como Social fears e Acid Storm, o Mario me convidou para substituir o Buitividas nestas situações, todos aprovaram a idéia e hoje estou a disposição da banda.
Mario: O Fabio trabalha muito com a Fafá e o Shadowside e sabemos que ele precisa disso pois o trabalho é seu ganha pão,  e aí entra o Marcelo. Somos todos amigos e quis manter a coisa assim, tanto o Fabio quanto o Marcelo são amigos de longa data e isso me agrada bastante, a banda está funcionando bem dessa forma. 


Shock Review: Ouvimos comentários que o próximo álbum ainda sem nome vai ser mais pesado, fale sobre o processo das composições, gravações.


Raphael: As composições começaram no início desse ano. Tinhamos duas músicas prontas até setembro, mas depois da proposta feita pelo Japão, tivemos que acelerar o processo. As músicas são  basicamente feitas por mim. Pego a guitarra vou gravando algumas idéias no computador, sequëncio uma linha simples de bateria e monto a música em cima das bases gravadas. Às vezes gravo alguma idéia vocal, mas prefiro deixar o Mario criar as melodias. Depois a gente vai moldando as linhas vocais a partir das idéias do Mario, e de idéias que surgem de todos os integrantes. 
Aléxis: Acho que esse segundo álbum vem pra firmar a Pastore como uma banda propriamente dita. Hoje temos uma formação fixa. No CD anterior, o Raphael que gravou os baixos, pois o Ravache havia saído da banda no meio do processo de gravação. Agora que entrei na banda, vamos dar muito mais ênfase na parte de baixo e bateria. A cozinha irá trabalhar bastante. Gravei os baixos com bastante peso e pensando sempre em duas coisas: em caminhar junto com a bateria e também  não fazer muitas coisas foras da base, ou seja, como somos um quarteto, ao vivo, o baixo precisa funcionar como uma guitarra base, principalmente nos solos. Agora quanto ao novo CD soar mais pesado, isso vai surpreender muita gente. Nós temos um trunfo nas mãos, que é a versatilidade do Mario. Poucos vocalistas conseguem cantar com tantas técnicas diferentes quanto ele. As novas composições deram muito espaço para ele explorar esse lado, mantendo suas características vocais (como cantar notas altas), mas teremos muito de um Mario cantando com feeling diferente, coisa que ele já vem trabalhando desde o “Price”.


Shock Review: A banda  tem feito alguns shows fora do eixo RIO/SP, mas mesmo assim sabemos que é bem difícil, mesmo para uma banda como a Pastore que faz sucesso fora do Brasil,  fazer uma tour no seu próprio país.


Raphael: É realmente muito dificil trabalhar com Heavy Metal no Brasil. E não é por falta de público. Já fiz shows em várias regiões com a minha banda Tributo ao Iron Maiden, e o pessoal aqui adora metal em qualquer parte do país, sem distinção. Mas com banda autoral já é diferente. O negócio é não desanimar e continuar fazendo o que  gosta, como é nosso caso, e  ir “comendo pelas beiradas”, e uma hora a coisa explode.
Mario: Eu acho que estamos indo no caminho certo, exatamente por fazermos um trabalho autoral. A cada dia que passa, recebemos mais elogios e reconhecimento ao trabalho da banda. Temos que trabalhar com a idéia de sempre ir em frente. 


Shock Review: A pastore tem sido citada como uma possível atração do Metal Open Air 2012, que se realizará em São luis no Maranhão. Como esté sendo para a banda essa expectativa de poder tocar num festival tão importante e, se isso se concretizar, o que vocês  vão mostrar para o público?


Mario: Acho muito bacana que haja esse grande festival e que seja um sucesso. Se estivermos lá ficarei muito feliz.Vamos mostrar garra e MUITO peso para  galera. 
Raphael: Acho excelente a proposta de um festival como o Metal Open Air. Independente da banda Pastore tocar ou não. O que importa é que o festival tenha sucesso, e que se torne tradicional no país. Desta forma o metal nacional tende a crescer.


Shock Review: O que vocês acham dessa descentralização que esse festival pode ocasionar? A Pastore  por coincidência tem, em breve, um show no Acre, correto? Como vocês vêem a cena do norte, nordeste do pais? 


Aléxis: Historicamente o Norte e o Nordeste são regiões que foram “esquecidas” pelo restante do Brasil. Seja na educação, política, saúde e também na parte cultural. Eu nunca toquei nessas regiões , mas amigos que já foram pra lá dizem que, se não é o melhor,  é um dos melhores públicos do país. Eu, particularmente, dou total apoio para que esse festival dê muito certo. Que mostre para o restante do Brasil o quanto o metal tem força  nesses estados, e sair um pouco dessa de dar atenção só para o sudeste e para o sul do país. Outra coisa, só espero que não tenha Pista VIP, seria uma grande notícia. Antes que eu esqueça, sim, nosso próximo show será no Acre, na capital Rio Branco, no dia 25/12 no Feliz Metal. 
Raphael: Já tive oportunidade de tocar em Manaus/AM e Boa Vista/RR. O pessoal  lá adora heavy metal! Acho ótima essa descentralização e seria ótimo que isso  acontecesse em todos os ramos, não só no ramos musical. Acho que o país  cresceria bastante com isso, e diminuiria o preconceito que infelizmente ainda existe em relação a  algumas partes do Brasil. 


Shock Review: Falem um pouco sobre a capa do álbum debut, The Price For The Human Sins e sobre a temática das letras dele e do próximo álbum que já está a caminho.


Marcelo: A temática do CD Price foi construída  sobre assuntos apocalípticos, tendo como objetivo alertar as pessoas a respeito da desumanização da sociedade atual, materialismo excessivo e desigualdades, por  isso algumas letras falam sobre manter a esperança diante de situações adversas. As ilustrações são  representações surreais sobre o tema, não possuem uma intensão hiper-realista. A temática do segundo álbum é semelhante ao primeiro, só que desta vez a ilustra. Mostra as conseqüências da alienação da maioria da população  mundial quanto aos futuros acontecimentos trágicos.O intuito é levar às pessoas uma reflexão, cada individuo tirar sua própria conclusão. Não existe verdade absoluta, apenas pontos de vista.
Mario: Gostamos de fazer as pessoas pensarem com as letras, queremos passar  uma mensagem de reflexão.
Raphael: O Price não é um álbum conceitual, mas acaba tendo uma temática central, presente nas letras e na parte gráfica. Não foi algo muito pensado, simplesmente foi acontecendo. As letras tratam de temas apocalípticos, no intuito de atentar as pessoas para os problemas da humanidade.


Shock Review: Façam um resumo um resumo da carreira de cada um integrante da banda:


Mario: Comecei cantando em bandas de covers com 17 anos. Em 1985, mais ou menos. Gravei meu primeiro vinil em 1991(Acid Storm - Biotronic Genesis), gravei com várias bandas, como Tailgunners, Sacred Sinner, Delpht, e alguns projetos como Hamlet e Soulspell. Dou  aulas de técnica  vocal desde 1999 e trabalho algumas vezes como vocal coach. 
Raphael: Toco guitarra desde 1997. Me formei no IG&T em Rock e Fusion. Comecei a banda Pastore junto com o Mario em meados de 2005. Além disso também sou guitarrista das bandas The Best Maiden Tribute e do Tailgunners. Sou graduado em Rádio e TV e em Produção musical, e trabalho como engenheiro de gravação no Piccoli Studio, em Campinas.
Fabio: Nos anos 80 tocava em bandas inexpressivas até entrar para o Acid Storm nos anos 90. Desde 2006 toco com o Shadowside, após ter sido contratado apenas para gravar seu primeiro álbum em 2003, o que me trouxe a experiência em gravações profissionais e tournês constantes no exterior. Além disso toco com o He Dog Sound, uma banda mais rock que é uma reunião de uma antiga banda do final dos anos 80 e ainda tenho planos de lançar mais um CD do Acid Storm. Também trabalho com a cantora Fafá de Belém desde 1993 que é efetivamente, o motivo de  eu não poder dedicar meu tempo integralmente à Pastore.
Aléxis: Comecei a tocar baixo em 1996. Entrei na minha primeira banda de metal em 1998, chamada Morpheu's Dream's, em 1999 entrei pra uma banda de metal melódico chamada Musamantra, lá fiquei até 2002, onde adquiri muita experiência em composições. Após um hiato de 8 anos sem tocar metal (tocando em bandas de diversos estilos), fui tocar na comemoração dos 15 anos da banda Musamantra. Chamaram o Ricardo Peres (ex 7th Seal e atual Demolition Inc.) para cantar e aí surgiu uma grande amizade. Graças a ele, a paixão por tocar metal reascendeu e acabei fazendo teste para a Pastore, conseguindo a vaga. Além da Pastore, tenho uma banda de Soul/Funky e uma pequena produtora, a StageDive, na qual gravo bandas de diversos estilos.
Marcelo: Eu fui baterista da banda de trhash Guillotine e do Way out nos anos 80 e 90 junto com André Alves do Nitrominds e Musica Diablo, hoje tenho uma banda de Technical Death metal que se chama X-Sides, que ainda está em fase de composições e ensaios. Sou ilustrador e publicitário e tenho um estúdio de design e web, o studiomp2.com.br 


Shock Review: Recado para os fãs, e  para os leitores da Shock Review/ Maranhão.


Nós todos agradecemos ao Shock Review pela entrevista e mandamos um abraço a todos fãs de metal em todas as suas vertentes e subdivisões, vocês que fazem a gente continuar... comparecendo aos shows, comprando os CDs. Vocês merecem todo o respeito e consideração.



Shock Review: Deixem os contatos da banda: