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sábado, 14 de março de 2020

Beto Bruno: veja apresentação no Estúdio Showlivre

Crédito: Fernanda Chemale
Beto Bruno, músico que liderou a banda de rock Cachorro Grande por vinte anos, se apresentou no Estúdio Showlivre no último dia 10 de março; agora em carreira solo. Assista:



Beto Bruno aproveitou o fim da Cachorro Grande, em 2018, para se dedicar a sua carreira solo. O resultado,  o álbum "Depois do Fim" lançado pelo 180 Selo Fonográfico pode ser conferido AQUI.
Fonte: Showlivre

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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Beto Bruno: Marcelo Gross também se apresenta no Opinião


Crédito: divulgação

O carismático Beto Bruno, vocalista que por mais de duas décadas esteve à frente da Cachorro Grande, irá trazer ao Opinião, no dia 6 de dezembro, a turnê do seu primeiro disco solo. O cantor, que há pouco fez os últimos shows com o grupo e soltou o álbum “Depois do Fim”, estará em Porto Alegre apresentando o seu novo repertório, que inclui o single “Depois do Fim” e outras faixas inéditas, como “A Mais Linda do Verão” , “Marlon Brando, Beatles e Pelé” , e “Porco Garrafa”. Aproveitando o seu retorno ao nosso palco também para gravar um DVD ao vivo, Beto Bruno vai contar com um convidado muito especial para marcar a data. O guitarrista e ex-companheiro de banda Marcelo Gross estará aqui para fazer o show de abertura e também para registrar em vídeo a sua apresentação, que compila algumas canções inéditas, os melhores momentos dos seus dois discos solo – “Use o Assento para Flutuar” e “Chumbo & Pluma” – e hits do tamanho de “Me Recuperar ", “Alô, Liguei” e “A Hora de Levantar”, todos já transformados em videoclipes. Uma noite simplesmente histórica e altamente indicada para todos aqueles que já estão com saudade da Cachorro Grande.

BETO BRUNO

O vocalista Beto Bruno poderia seguir o caminho simples de tocar a vida com o nome Cachorro Grande, banda que liderou durante 20 anos, e lançar mais um álbum com o grupo. No entanto, aceitou o risco de colocar o seu nome como assinatura de um novo trabalho de estúdio, deixando-o à prova do público. O seu primeiro CD solo – intitulado “Depois do Fim” – é uma lufada de ar fresco roqueiro em um período que cheira a retrocesso de 50 anos no país.

Não que o trabalho não traga referências da mesma época. Mas o flerte com os anos 60 e 70 remete ao insuperável momento criativo daquele tempo. As faixas de “Depois do Fim” soam como se uma banda de hard rock gravasse as composições de Brian Wilson da época de “Pet Sounds”, ou o inverso disso. O registro tem os dois melhores lados de uma moeda que possui ambas as faces virtuosas. O CD ainda funcionaria tranquilamente como uma sequência dos recentes trabalhos da Cachorro Grande, “Costa do Marfim” e “Electromod”.

O repertório de “Depois do Fim” ainda é um upgrade nas duas décadas do grupo, que encerrou a sua carreira recentemente. Beto Bruno concebe o melhor da fusão que a Cachorro mostrou nos seus últimos trabalhos de estúdio, quando incluiu na receita a cena de Madchester. E que fique a advertência: nem um mês depois de fechar a tampa da Cachorro Grande, Beto Bruno corre o risco de ter lançado o disco que marcará o 2019 roqueiro brasileiro.

MARCELO GROSS

O ritmo continua acelerado para Marcelo Gross. Com o fim da Cachorro Grande, o guitarrista tem focado na sua gabaritada carreira solo como projeto principal e está se dividindo entre os shows e a gravação do seu terceiro trabalho de estúdio, com previsão de chegar às lojas e aos serviços de streaming no segundo semestre de 2019. O seu primeiro DVD ao vivo também vai sair do papel, mas só que no ano que vem. Isso porque o tão aguardado registro em vídeo está programado para ser feito no Opinião, em dezembro.

No repertório das suas apresentações mais recentes, Gross está apostando em músicas do seus dois álbuns solo, “Use o Assento para Flutuar” e “Chumbo & Pluma”, que tiveram uma ótima recepção do público e da critica, e também em algumas composições novas, que logo serão levadas para o estúdio. Há ainda um espaço para algumas releituras e para sucessos de sua autoria com a Cachorro Grande, tais como “Sinceramente”, “Dia Perfeito”, “Lunático” e “Hey Amigo”.

 No formato power trio, ao lado do baixista Eduardo Barretto e do baterista Alexandre Papel, a banda de Gross tem sido apontada como uma das grandes surpresas do cenário musical atual, devido ao ótimo entrosamento e à energia visceral dos seus shows Brasil afora. Enquanto que o terceiro álbum não chega, umas das novidades do guitarristas é o videoclipe da faixa “Me Recuperar”, um dos principais hits da sua carreira solo.
 

BETO BRUNO & MARCELO GROSS
Local: Opinião (Rua José do Patrocínio, 834)
Data: 06 de dezembro (sexta-feira)
Cronograma:
19h – abertura da casa
20h – Marcelo Gross
21h30 – Beto Bruno
Classificação:
14 anos

Ingressos:

Lote 1:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 35
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 30
Inteira: R$ 60

Lote 2:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 45
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 40
Inteira: R$ 80

Lote 3:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 55
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 50
Inteira: R$ 100

* Os alimentos deverão ser entregues no Opinião, no momento da entrada ao evento.

** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.

* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.

* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13  – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Multisom Iguatemi

Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de taxa de conveniência de R$ 5 – somente em dinheiro):
Multisom Andradas 1001, Multisom Praia de Belas e Multisom Barra Shopping Sul
Lojas Verse Andradas 1444 e Shopping Lindoia

Online: www.sympla.com.br/opiniao

Informações:
www.opiniao.com.br
www.facebook.com/opiniao.produtora
www.twitter.com/opiniao
(51) 3211-2838


Enviado por Paulo Finatto Jr.Opinião Produtora – Assessoria de Imprensa

domingo, 1 de setembro de 2019

Beto Bruno: traz a turnê do seu primeiro disco solo ao Opinião


Crédito: divulgação

O carismático e intenso Beto Bruno, vocalista que por mais de duas décadas esteve à frente da Cachorro Grande, irá trazer ao Opinião, no dia 6 de dezembro, a turnê do seu primeiro disco solo. O cantor, que há pouco fez os últimos shows com o seu ex-grupo e soltou o álbum “Depois do Fim”, estará em Porto Alegre apresentando o seu novo repertório, que muito bem mistura influências do rock’n’roll clássico, do indie e do movimento psicodélico Madchester. Além do single “Depois do Fim”  e de outras faixas inéditas, como “A Mais Linda do Verão” , “Marlon Brando, Beatles e Pelé” “Não é Todo Mundo que Tá de Boa Contigo”  e “Porco Garrafa”, o cantor também vai aproveitar o seu retorno à capital gaúcha para gravar o primeiro DVD da sua carreira, com mais algumas surpresas programadas para um show verdadeiramente especial. Na sua empreitada individual, tanto em estúdio como no palco, Beto Bruno está tendo a companhia de músicos muito gabaritados no cenário rock nacional, como Gustavo X (guitarra), Esteban Tavares (baixo), Pedro Pelotas (piano), Henry Cabreira (guitarra), Sebastião Reis (violão e mandolin) e Eduardo Schuler (bateria).


 


BETO BRUNO (POR LUIZ CESAR PIMENTEL)
 
O vocalista Beto Bruno poderia seguir o caminho simples de tocar a vida com o nome Cachorro Grande, banda que liderou durante 20 anos, e lançar mais um álbum com o grupo. Mas aceitou o risco de cunhar o seu nome próprio como assinatura de um novo trabalho e colocá-lo à prova do público. Algo (o disco) me diz que a história vai fazer justiça e o início desse capítulo principia uma trajetória longeva. Porque, resumindo, “Depois do Fim” – o seu primeiro CD solo – é uma lufada de ar fresco roqueiro em um período que cheira a retrocesso de 50 anos no país.

Não que o trabalho não traga referências da mesma época. Mas o flerte com os anos 60 e 70 remete ao insuperável momento criativo daquele tempo. “Depois do Fim” soa como se uma banda hard roqueira gravasse as composições de Brian Wilson da época de “Pet Sounds” e, principalmente, “Smile”. Ou o inverso disso. Tem os dois melhores lados de duas moedas que possuem ambas as faces virtuosas. Fora que funcionaria tranquilamente como uma sequência dos recentes trabalhos da Cachorro Grande, “Costa do Marfim” e “Electromod”.

“Depois do Fim” ainda é um upgrade nas duas décadas do grupo, que encerrou a sua carreira recentemente. Beto Bruno concebe o melhor da fusão que a Cachorro mostrou nos seus trabalhos mais recentes, quando incluiu na receita a cena de Madchester. “A Ruptura da Linearidade do Tempo” abre o trabalho como um mantra: “o tempo passando, o mundo girando, o vento soprando e o povo cantando”. Quase uma vinheta de um minuto e meio, que faz a ponte para “Por Isso o Meu Samba é Diferente”. Um riff gêmeo bivitelino setentista com uma guitarra emulando Keith Richards em um canal e a outra, de Pete Townshend. Já “Por Que Eu Te Amo Muito e Há Tanto Tempo” é encharcada de psicodelia.

A faixa-título da obra remete ao Mutantes e ao indie rock. Uma costura quase instrumental dá as caras em “Marlon Brando, Beatles e Pelé” e uma pancada no tímpano foi batizada “Não É Todo Mundo que Tá de Boa Contigo”. A música carrega o melhor de uma disputa Clash versus Small Faces e dá a deixa para “Porco Garrafa”, em levada synth. O pedal steel conduz o clima como se para um filme do Elvis em “A Mais Linda do Verão”, que disfarça o tom para uma nova pancada em “Digby, O Maior Cão do Mundo”. E no violão o disco entra no final com “Ou Provavelmente Estarei Dormindo”. Que fique a advertência: nem um mês depois de fechar a tampa da Cachorro Grande, Beto Bruno corre o risco de ter lançado o disco que marcará o 2019 roqueiro brasileiro.
 

BETO BRUNO

Onde:
Opinião (Rua José do Patrocínio, 834)
Quando:
6 de dezembro, sexta-feira, a partir das 21h
Abertura da casa:
19h30
Classificação:
14 anos

Ingressos:

Lote 1:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 35
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 30
Inteira: R$ 60

Lote 2:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 45
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 40
Inteira: R$ 80

Lote 3:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 55
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 50
Inteira: R$ 100

* Os alimentos deverão ser entregues no Opinião, no momento da entrada ao evento.

** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.

* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.

* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13  – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro): 
Multisom Iguatemi

Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de taxa de conveniência de R$ 5 – somente em dinheiro):
Multisom Andradas 1001, Multisom Praia de Belas e Multisom Barra Shopping Sul
Lojas Verse Andradas 1444 e Shopping Lindoia

Online: www.sympla.com.br/opiniao


Realização: Pisca Produtora e Opinião Produtora

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(51) 3211-2838

Enviado por Paulo Finatto Jr.

Opinião Produtora – Assessoria de Imprensa

terça-feira, 8 de maio de 2018

Cachorro Grande: comunicado oficial da saída de Marcelo Gross

Crédito: Sônia Butelli

Cachorro Grande confirmou a saída do guitarrista Marcelo Gross da banda após 19 anos de parceria através de uma nota oficial, divulgada nesta sexta-feira, 04 de maio, pela página do Facebook .



Para o lugar do músico, o grupo convocou o guitarrista Gustavo X, que trabalha como roadie de guitarras para bandas de rock e é muito próximo dos integrantes do grupo.


















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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Draco: bate-papo antes do show no Carlitus Bar em Poa

Dia 18 de junho, quarta-feira, um pouco antes do show da Draco no Carlitus Bar em Porto Alegre conversei com Leo Jamess e Beto Pompeo, respectivamente Vocalista/ Guitarrista e Baixista da banda porto-alegrense.



Rocks: De onde veio a vontade de ser músico?

Leo Jamess: Eu curtia muito The Beatles e Creedence desde piá por influência do meu pai, não sei dizer quando foi isso exatamente. Eu deveria ter uns seis/sete anos de idade. Lá pelos 15 anos eu conheci o Kiss e foi então que decidi que tinha que tocar guitarra, inicialmente tocando as músicas da banda.

Beto Pompeo: A Draco foi a primeira banda propriamente dita que toquei. Antes dela, eu tinha uma banda com amigos, mas tocávamos só para nos divertirmos. Tocávamos de tudo, desde Dream Theater até Ramones.


Rocks: Como surgiu a primeira banda que você participou?
Leo Jamess: Quando eu conheci o Kiss eu "Pirei na Batata", foi na hora que pensei: "Vou ter que tocar!!" Na época eu ouvia o que dava nas rádios tipo Oasis, Metallica e Michael Jackson, mas não tinha me identificado com nenhuma banda como aconteceu quando ouvi o Kiss. A primeira banda que participei, era pra ser uma banda cover do Kiss e no fim tocávamos de tudo como Jimi Hendrix, Kiss, Metallica, então mudamos de idéia e resolvemos formar uma banda cover do Metallica. (Risos) Então colocamos um anúncio no jornal, como se fazia naquela época (Risos), procurando integrantes para criarmos essa banda cover. Atráves desse anúncio de jornal surgiu o primeiro baterista da Draco, o Alexandre e o Andrei que foi o primeiro baixista da Draco. Essa banda que a princípio seria essa banda cover do Metallica, viria a ser a Draco. Os dois integrantes oriundos do jornal se juntaram à mim e ao Vagner, um amigo que me ensinou praticamente a tocar. Eu já sabia tocar um pouco, mas vendo ele tocar, os ensaios com essa primeira banda aprimoraram isso.



Rocks: E a Draco como surgiu?

Leo Jamess: A idéia original de criar a banda cover deu origem à Draco. Mas aí mudamos do cover para a música própria. Resolvemos que a Draco faria música autoral em português, rock pesado em português. Eu já conhecia a Rosa Tattooada e curtia a banda, como curto até hoje. Dos quatro membros originais da banda cover, um no caso o guitarrista não priorizava à música, daí a primeira formação propriamente dita da Draco surgiu como um power trio. "Louco da Estrada" foi a primeira música que fizemos e a tocamos até hoje.




Rocks: Como surgiu o nome da banda?

Leo Jamess: A história do nome é engraçada. Eu queria que a banda tivesse um nome forte, um nome bacana e que em qualquer idioma fosse compreensível, que  não necessitasse de tradução, um nome próprio. E o baterista tinha um gato preto e o nome dele era Draco. Um dia ele conversando comigo falou : Advinha o nome do meu gato? E eu respondi : Vou advinhar o nome do teu gato? Sei lá, como é o nome do teu gato?... e ele disse que o nome do gato dele era Draco. Na hora gritei: Que nome "afudê"!!!!!! Até então tínhamos ensaiado duas vezes e ainda não tínhamos escolhido o nome da banda. A partir daí a banda passou a se chamar de Draco.

Beto Pompeo: Por ser simples, direto e um nome fácil de ser lembrado.


Rocks: Por que um Power Trio?

Beto Pompeu: Decidimos ficar com esse formato de Power Trio por que é mais fácil.
Esse formato deixa nosso som mais seco, mais direto, mais pesado, mais fácil, menos gente pra convencer...(Risos)




Rocks: As mudanças na formação da banda, acarretam?

Leo Jamess: As mudanças no line-up da banda sempre dão um pouco de dor de cabeça, pois as mudanças/ saídas são coisas que normalmente não se espera que ocorram, salvo casos que nós mesmos providenciamos que ocorram. (Risos)

Beto Pompeo: Sempre que entra uma pessoa nova na banda acaba influenciando no som da banda. Óbvio que muda. Mas por outro lado é uma vantagem ter um integrante novo na banda, eu e o Leo estamos desde 2005 juntos, eu já sei como o Leo procede e vice-versa, mas um cara novo tocando com a gente, não deixa de ser uma coisa boa, renova.




Rocks: Como foi abrir a Black Label Society?

Leo Jamess: Foi muito "afudê". Abrimos para a banda em duas ocasiões em 2011 e em 2012. A primeira vez que abrimos o show do Black Label Society foi inesquecível, muito mais emocionante por ser a primeira vez, fora isso era a primeira vez da banda no Opinião, um lugar que sempre quisemos tocar. Eu já havia tocado lá com a Parasite, banda cover do Kiss, mas com minha banda própria, autoral foi a primeira vez. Tocar as minhas músicas é muito mais emocionante.
Foi fantástico. Tínhamos uma certa apreensão quanto à resposta do público. Apesar do nosso som ser pesado, nós cantamos em português e tem pessoas que não aceitam muito bem isso, não digere muito fácil isso ainda. Quando acabamos de apresentar a primeira música e a galera enlouqueceu, curtiu nosso som, demos uma respirada e pensamos "Agora vai!"




Rocks: Rock/ Metal em Português X Rock/Metal em inglês?

Leo Jamess: Não tenho restrição contra nada, mas é óbvio que tem pessoas que não aceitam o metal cantado em português, metal e rock para alguns tem que ser cantado em inglês. A galera não está acostumada a ouvir um som pesado em português. O metal, o rock tem que ser na língua que o cara quer fazer. Foda-se se é português ou se é inglês o que importa e se tu ouviu e curtiu. Se tu for me perguntar em relação à bandas daqui, gaúchas eu já prefiro ouvir em português, eu acho mais legal, por que é um desafio maior na minha opinião. Escrever em inglês de certa maneira é muito mais fácil. Tu construir uma métrica, uma frase, uma linha vocal em inglês é mais fácil, já tu construir uma melodia em português é muito mais difícil.

Beto Pompeo: Fora que a maioria das pessoas dizem que entendem bem músicas em inglês e na verdade não entende p... nenhuma. Fica lá na frente do palco se fazendo que está entendendo e não entende p... nenhuma. Quando tu canta em português tu já atinge as pessoas na hora, até as críticas são maiores até por esse fato, a repercursão é maior.





Rocks - Como vocês escolheram o novo baterista que estreia, hoje, no show de logo mais no Carlitus Bar?

Leo Jamess: Eu vi acredito já uns 10/15 shows da The Muckers, e notei que ele é um baita de um batera. Ele é um guri ainda, tem 16 anos, mas ele é um fenômeno, tipo um menino prodígio. Com certeza ele vai crescer e evoluir ainda mais e se tornará um grande baterista. Aconteceu do Dudu Polidori querer seguir o caminho dele na Bloody Violence que é uma banda que ele está tocando agora. Ele gosta de um som mais pirado e querendo ou não o som da Draco já tem uma cara, uma personalidade, ele já tem um formato. Compomos de uma certa maneira, a gente tem o nosso jeito de tocar e ele já queria criar coisas novas, experimentar coisas novas. Essa banda é uma banda nova, que proporciona esses experimentos, eles estão num processo de criar uma identidade e nós já temos isso. O Arthur é fã da Draco, ele já curtia a Draco antes mesmo de nos conhecer. Então foi fácil essa decisão de tocar com ele, já conhecia as nossas músicas. Fizemos um ensaio para ver se ele cumpriria o papel e ele sabia mais as músicas do que nós...(Risos)



Rocks - Como assim o novo integrante sabia as músicas mais que vocês?

Beto Pompeu -  O cara começa a ficar velho, já não toca as músicas como antes, toca de um jeito mais fácil... ( Risos)

Leo Jamess - Com o passar do tempo tu acaba mudando a maneira de tocar uma música. Voltando naquele assunto que já falamos que cada novo integrante coloca sua característica, sua assinatura na banda e a gente com o tempo vai mudando algumas coisas  nas músicas, a maneira de tocar e o Arthur sabia tocar as músicas fielmente como elas foram gravadas no disco. Ela vai entrar na nossa brincadeira de mudar uma coisa aqui outra coisa ali por que a gente aprende com o tempo tocando ao vivo e tu vê o que pega, o que funciona mais ao vivo do que na hora que a gente criou, gravou. Sei lá...então ele é  o cara do momento. Tipo é o batera para a gente se despreocupar mais, nós estávamos com uma maldição de batera, ou o batera saía ou era saído (Risos)



Rocks:  Como vocês veem a cena aqui no estado?

Leo Jamess: Parece que está melhorando.Tenho uma leve impressão de que a cena está melhorando. A galera está começando a prestar atenção nas bandas daqui. Começando a valorizar um pouco mais o som daqui, tanto de cover como banda autoral. O ideal é que as bandas autorais sejam mais valorizadas. Eu acho banda cover demais, eu toco na Parasite até hoje. Antes era um membro oficial, agora eu sou um membro reserva, vamos dizer assim, eu faço algumas datas quando o baixista oficial não pode fazer, mas sou membro da banda ainda.


Rocks: E essa polêmica que existe bandas autorais x bandas covers?

Leo Jamess:  Tem espaço para todo mundo, bandas autorais e bandas covers. A banda cover não é mais do que a banda autoral e nem a banda autoral é melhor do que a banda cover, ponto. Ambas são bandas. Óbvio que a banda cover chama mais público, por que o grande público ele sai para ouvir o que ele já está acostumado a ouvir, sai para ouvir o que ele gosta. Se ele vai numa festa rock, óbvio ele quer ouvir rock e ele quer ouvir o que ele conhece. Só que esse mesmo público tem que abrir os ouvidos para o que é feito aqui no sul, pra não ficar aquela coisa. Tem uma gurizada nova, por exemplo, que está conhecendo a Rosa Tattooada agora, mas ao mesmo tempo vejo "nego véio" que conheceu a banda agora, porra a banda tem mais de 25 anos...É uma banda daqui e como tem gente que ainda não conhece? Como??? Nos outros países as pessoas valorizam as bandas locais, por que aqui não acontece isso? Vou te dar um exemplo: O que é o AC/DC na Austrália?? Pra eles a banda é a melhor do mundo, por que é de lá, por que é deles. Podem existir várias bandas no mundo melhores que ela, mas pra eles o AC/DC é a melhor, por que é de lá. O público daqui tem que pensar da mesma forma que pensa em relação ao bairrismo que existe aqui no sul. Que tudo o que é de gaúcho, é melhor do que o dos outros. Temos que aplicar essa premissa à música, ao rock, metal produzido aqui no Brasil.



Rocks: Internet?

Leo Jamess: Demais, é a melhor ferramenta que temos hoje em dia. Eu queria que a internet existisse desde quando eu nasci. Eu teria me acostumado desde cedo com a rede e saberia usá-la melhor. É uma porta pra muita m... mas ao mesmo tempo é uma porta pra gente que tem banda divulgar nosso som, nosso trabalho. É o veículo que utilizamos para chegar no público que a gente quer. Rádio hoje em dia não tem como. A não ser  a Ipanema FM que divulga som daqui, sem cobrar só é a única que apóia o som daqui, som autoral. Temos também a Unisinos FM, mas essa segunda não tem nem a metade da abrangência que a primeira, infelizmente. Ambas são rádios bem legais. Se não fosse à internet, sei lá... nós estaríamos tocando 1 vez à cada 5 anos. (Risos)


Rocks: Agenda?

Leo Jamess: Estamos devagar com a agenda, pois estamos produzindo o álbum novo, que pretendemos lançar em setembro ainda deste ano. Quem vai gravar esse álbum será o Dudu Polidori. Chegamos a um acordo com ele, por que ele fez as músicas novas com a gente antes de sair da banda. Independente dele ter saído ou não da banda, somos muito amigos dele. Falando nisso o Arthur será anunciado oficialmente como baterista da banda no lançamento do novo álbum. Ele começa a tocar com a gente a partir de hoje, é o show de estréia dele, mas oficialmente ele assumirá as baquetas quando do lançamento do álbum.





Rocks: Alguma novidade sobre esse novo álbum?

Leo Jamess: O álbum novo é um capítulo à parte. Esse álbum terá um diferencial. Decidimos por fazer um álbum curto, ao contrário do antecessor o "Contramão" que tem 14 faixas. Não se consegue absorver um álbum com tantas faixas. A gente não absorve um álbum extenso. A galera que utiliza a internet, que está atrás de ouvir coisas novas, ouve uma, duas, no máximo 6 faixas.

Beto Pompeo: O lance de lançar um álbum mais curto e que tu pode lançar coisas, músicas mais rapidamente, e assim a banda fica mais em evidência. À cada 6 meses, à cada 8 meses se pode lançar músicas novas. E assim o público tem mais tempo para absorver esse material, e a gente mesmo produz com mais cuidado, sem pressa.



Rocks: E a idéia de lançar a cerveja da banda, foi de quem?


Leo Jamess: A idéia foi do Beto, que é um bêbado de carteirinha. (Risos) O Beto é químico. Ele e um amigo resolveram criar uma cerveja. Então decidimos lançar essa cerveja com o nome da Draco. Já temos a cerveja Draco faz dois anos. Lançamos ela no aniversário de 9 anos da banda. Até o final do ano o Beto pretende abrir uma cervejaria e então a Cerveja Draco, que até agora foi feita de uma maneira mais artesanal, será feita em grande escala.

Beto Pompeo: Até o final do ano faremos uma festa só com cerveja da marca Draco.



Rocks: Recado para os leitores do blog. Muitos deles tem banda, ou querem criar uma banda, querem entrar para o meio musical, do rock, do metal...

Leo Jamess: Estudem música. Estudem e escutem diversos estilos musicais, não se prendam a um estilo só de música. Abram a cabeça para tudo que é bem feito, que é feito com o coração. Sigam o que o coração de vocês mandar. Não se limitem. A tecnologia disponível hoje em dia acabou por deixar o músico um pouco preguiçoso. É fácil gravar, é fácil editar, corrigir pequenos erros e isso acaba deixando a galera, o trabalho meio porco, desleixado. Então façam o que forem fazer bem feito, com vontade. Tem espaço para todo mundo, a internet está aí pra isso...pra proporcionar espaço. Não fique pensando a minha música não vai tocar na rádio, não vai tocar na MTV...Dane-se!! Para se viver de música...Se tem que ter muita sorte, mas muita sorte mesmo. Tudo tem a sua hora e momento certos. Encarem a música como uma brincadeira de criança...
Criança brinca a sério! Façam bem feito, brinquem a sério! Façam de coração! E o que tiver que ser, vai ser. Se não tiver que ser, vocês vão se divertir bastante. Garanto!

Rocks - Obrigada Leo e Beto pelo bate-papo.









Fotos: Aline Rodrigues