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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Rosa Tattooada: lançando videoclipe gravado ao vivo no Festival Rock Gaúcho

Crédito: Henrique Borges

A  Rosa Tattooada, dando início às comemorações dos 30 anos da banda, lançou no início desta semana o videoclipe de "Um Milhão De Flores".



O videoclipe do power trio formado por Jacques Maciel; Valdi Dalla Rosa e Dalis Trugillo, foi gravado ao vivo no Auditório Araújo Vianna durante a 1ª edição do Festival Rock Gaúcho, no dia 11 de junho de 2017, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre/RS.

Ficha Técnica:
Video: Colateral Filmes 
Audio: VTonello Produtora

Realização: Good Music Produtora e Fêmea Produções 

Fonte: Rosa Tattooada

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Teresa Cristina canta Noel: Batuque é um privilégio


Depois do sucesso de Teresa canta Cartola, Teresa Cristina lança seu novo trabalho, com direção musical de Caetano Veloso, homenageando um dos maiores e mais importantes artistas da música popular brasileira: Noel Rosa, com o show Teresa Cristina canta Noel: Batuque é um privilégio.  O eterno poeta da Vila Isabel é o segundo, na trilogia proposta em homenagem aos grandes sambistas do Brasil, em que Teresa Cristina dá voz à obra de um grande compositor, acompanhada por Carlinhos Sete Cordas, com arranjo bem pessoal.

Com realização da Opus Promoções e da Uns Produções, as apresentações ocorrem em Porto Alegre (dia 15 de abril, no Teatro do Bourbon Country); Recife (dia 20 de abril, no Teatro RioMar Recife); Natal (dia 21 de abril, no Teatro Riachuelo); Fortaleza (dia 22 de abril, no Teatro RioMar Fortaleza). Os ingressos já estão à venda. Confira o serviço completo abaixo.


Crédito: Fernando Young


 “Noel é o elo entre o samba do morro e o samba do asfalto. A cara do Rio de Janeiro” comenta Teresa sobre o poeta. “O Batuque é um privilégio sim, e fez com que a música brasileira tenha o viés de hoje. Esse verso traduz muito sobre a importância de suas letras para o samba. Essa influência ancestral misturada à melodia e a poesia de seus versos, isso faz total diferença na construção da sua identidade”. Aponta a artista, sobre o nome do espetáculo.

Premiada e reconhecida entre as vozes de maior destaque no samba do Rio de Janeiro, Teresa retorna aos palcos com um repertório de vários sucessos do sambista, entre eles Com que RoupaFeitio de Oração e Gago Apaixonado. “Nesse repertório escolhi músicas que têm a ver comigo, com as quais me identifico. Me chamou atenção o Rio de Janeiro, os cabarés, a malandragem, a mulher, a relação homem x mulher, a maneira como ele via as coisas. O Brasil apontado em suas músicas detalha as situações sociais e políticas de uma época, ainda muito real, mas que fez diferença e deu a cara do que é o samba hoje”, conclui Teresa.

Apresentada por Caetano Veloso, em seu último trabalho, a turnê Teresa canta Cartola percorreu pelo Brasil, América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, em mais de 50 apresentações, batendo recorde de bilheteria, lotando teatros e resgatando o que há de melhor no samba: a alegria e o sentimento. O álbum foi lançado internacionalmente pelo selo norte-americano Nonesuch, recebeu críticas internacionais, como no The New York Times, e foi indicado ao prêmio da Música Brasileira 2017, na categoria de Melhor Cantora de Samba, somando as diversas outras premiações da artista, que hoje consagrada, desafia levar aos palcos a poesia e a arte de um sambista que fez da música, a identidade de um gênero musical. 


SERVIÇO
TERESA CRISTINA CANTA NOEL: BATUQUE É UM PRIVILÉGIO
Dia 15 de abril, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre (RS)
Dia 20 de abril, no Teatro RioMar Recife, em Recife (PE)
Dia 21 de abril, no Teatro Riachuelo, em Natal (RN)
Dia 22 de abril, no Teatro RioMar Fortaleza, em Fortaleza (CE)

Duração: 90min.
Classificação: Livre

Realização: OPUS PROMOÇÕES e UNS PRODUÇÕES

PORTO ALEGRE (RS)
Dia 15 de abril
Domingo, às 20h
Teatro do Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, 80 / 2º andar – Shopping Bourbon Country)

INGRESSOS
SetorValor Meia-Entrada
GaleriasR$ 80,00 R$ 40,00
MezaninoR$ 100,00 R$ 50,00
Plateia AltaR$ 120,00 R$ 60,00
CamarotesR$ 140,00 R$ 70,00
Plateia BaixaR$ 160,00 R$ 80,00

- 50% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS – limitado a 100 ingressos;
50% de desconto para titulares dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card, adquiridos somente na bilheteria do Teatro do Bourbon Country – limitado a 100 ingressos;
- 10% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS nos demais ingressos.
* Crianças até 24 meses que fiquem sentadas no colo dos pais não pagam;
** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso à casa de espetáculo;

*** A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais no Rio Grande do Sul:

- IDOSOS (com idade igual ou superior a 60 anos) mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.

-ESTUDANTES mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) nacionalmente padronizada, em modelo único, emitida pela ANPG, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos. Mais informações: www.documentodoestudante.com.br  

- PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTES mediante apresentação do cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.

- JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA (com idades entre 15 e 29 anos) mediante apresentação da Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.

- JOVENS COM ATÉ 15 ANOS mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.

- APOSENTADOS E/OU PENSIONISTAS DO INSS (que recebem até três salários mínimos) mediante apresentação de documento fornecido pela Federação dos Aposentados e Pensionistas do RS ou outras Associações de Classe devidamente registradas ou filiadas. Válido somente para espetáculos no Teatro do Bourbon Country e Auditório Araújo Vianna.

- DOADORES REGULARES DE SANGUE mediante apresentação de documento oficial válido, expedido pelos hemocentros e bancos de sangue. São considerados doadores regulares a mulher que se submete à coleta pelo menos duas vezes ao ano, e o homem que se submete à coleta três vezes ao ano.

****Caso os documentos necessários não sejam apresentados ou não comprovem a condição do beneficiário no momento da compra e retirada dos ingressos ou acesso ao teatro, será exigido o pagamento do complemento do valor do ingresso.

*****Descontos não cumulativos a demais promoções e/ ou descontos.

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sujeito à taxa de conveniência):

Site: www.uhuu.com
Atendimento: falecom@uhuu.com

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sem taxa de conveniência): 

Bilheteria do Teatro do Bourbon Country: Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar (de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo e feriado, das 14h às 20h)

Formas de pagamento nos canais oficiais de vendas: dinheiro, cartões de crédito em uma parcela e débito. Não são aceitos os seguintes cartões: Elo e American Express.


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Festival Rock Gaúcho: dois dias de celebração em POA


O último final de semana, dias 23 e 24 de setembro de 2017, vai ficar marcado na história dos eventos musicais da capital gaúcha.

Diferentes gerações do rock se reuniram para celebrar o Rock Gaúcho.  E o local que sediou o evento  não poderia ser melhor escolhido, o icônico Auditório Araújo Vianna em Porto Alegre.


O primeiro dia do "Festival Rock Gaúcho - Edição Independência", sábado, dia 23 de setembro, iniciou com Poetas e Boêmios. Com 18 anos de estrada, a banda de Vacaria formada por Giuliano Hoffmann e Cassiano Paim (vocais e violão), Éderson Gerlach (baixo), Gleidson Dondoni (bateria), Claudio Varaschin e Felipe Camello (guitarra), apresentou suas faixas de pop e rock, como “Das Coisas que não consigo ver”, “O Quarto” e “Na Sua Casa”, música que foi composta com a participação de Roberta Campos. Como primeira apresentação do festival, a banda manteve o público animado, arrancando muitos aplausos e fazendo todos ficarem em pé.


A segunda apresentação do palco principal foi a Pedra de Roseta, de São Leopoldo. Com um rock moderno, o grupo agradeceu a oportunidade de dividir o palco com tantas bandas conhecidas e também pela oportunidade à nova cena gaúcha que está surgindo a partir dessa iniciativa.
A banda formada por Léo Trevisol (voz), Rudi von Saltiél (guitarra e voz), Pablo Klein (guitarra e voz), Davi Soares (baixo) e Gu Neumann (bateria), também apresentou “Insano Nós”, música lançada na semana passada, e que já  está disponível em todas as mídias digitais.


Vera Loca abriu o terceiro show do palco principal empolgando o público logo com a primeira música “Graffiti” e manteve o ritmo até o fim. “Amanhã pode ser bem melhor”, “Velocidade”, “Palácio dos Enfeites, “Cuidado Ana” e “Borracho Y Louco”, “Preto & Branco”, “Suadinha”, entre outras, fizeram o público cantar em uníssono com a banda, ressaltando a sua popularidade.
A banda formada por Fabrício Beck (vocal), Diego Dias (teclados), Hernan Gonzalez  (guitarra), Filipe "Mumu" Bortholuzi (baixo) e Luigi Vieira (bateria). E não ficou de fora do set “Maria Lúcia”, a primeira música de trabalho da banda, hit que tornou a banda conhecida.

A tradicional "Ola" que é feita em todos os shows da banda evidenciou a animação do público de variadas idades, mostrando que o rock é capaz de atravessar gerações.


O idealizador do evento, Nei Van Soria, subiu ao palco principal para realizar o quarto show da noite. O ex-integrante do TNT e dos Cascavelletes emplacou muitos hits no seu repertório, como “Velho Amigo”, “Você e Eu”, “Eu Vou Ficar” e "Isso Inclui Você”.

Na metade do show, numa parte mais intimista só com o violão, o músico falou sobre o começo da carreira, como foi subir ao palco pela primeira vez e que naquele dia muitas bandas estavam fazendo isso nos palcos principal e alternativo. Para Nei, é necessário deixar isso fresco na memória, de como começou “porque isso é fácil de esquecer”.

O músico também apresentou a “Neblina”, faixa que faz parte do seu novo CD, homônimo, acústico. Segundo ele, o país está vivendo uma neblina e a gente precisa de mais tempo e paciência, como diz o refrão da música. Durante a apresentação, o músico tocou uma versão acústica de "Lobo do Espete", homenageando Flávio Basso, o Júpiter Maça que faleceu em 2015.

“Como eu queria que o Flávio estivesse aqui esta noite”, disse ao fim da música, sendo ovacionado pelo público. O show encerrou com o clássico “Sob Um Céu de Blues” com todo o público cantando e que contou com a participação do seu filho Theo na guitarra,  do vocalista da banda Drive, Antônio Pack e  Léo Henkin, guitarrista do Papas da Língua.


Papas da Língua mostrou o porquê do sucesso da banda formada por Serginho Moah (vocal, guitarra / violão), Léo Henkin (guitarra / violão), Zé Natálio (baixo) e Fernando Pezão (bateria)  atravessar anos e anos. A quarta apresentação do palco principal foi emplacada por hits como “Vem pra cá”; “Vou ligar”; “Ela vai passar”; “Eu sei”; Mary Jane”; “Blusinha Branca” e “Oba Oba”. “Um dia de sol” foi dedicada para todos os corações partidos.  E o vocalista, Serginho Moah, anunciou que a música fará parte da trilha sonora da nova novela global  "Tempo de Amar".


Serginho parabenizou o evento, esperando que ele possa ser feito todo ano, celebrando o rock gaúcho, brasileiro e mundial “porque a música é isso”, disse. O músico também tocou um trecho de “Toda Forma de Amor”, de Lulu Santos, em resposta a todo o retrocesso que o país está vivendo.


O show mais aguardado da primeira noite de festival foi recebido pelo público em pé. Com o auditório lotado, a Pouca Vogal encerrou a sexta apresentação do palco principal fazendo todos os que estavam no auditório cantarem.

Jovens, adultos, enfim, pessoas de todas as idades cantaram afinco do começo ao fim todas as músicas apresentadas pela dupla formada por Duca Leindecker e Humberto Gessinger. O repertório contou com hits das bandas Cidadão Quem e Engenheiros do Hawaii, como “Dia Especial”, “Toda Forma de Poder”, “Depois da Curva”, “Tentender”, “Pinhal” e “Até o Fim”. O show também teve participação do baterista Cláudio Mattos na música “Somos Quem Podemos Ser” e “Ao Fim de Tudo”.


“Somos a maior banda de rock gaúcho. E quando não somos a maior, somos a maior do bairro Auxiliadora", brincou Duca Leindecker. Realmente, a maior banda da Auxiliadora tornou-se a maior no palco do Auditório Araújo Vianna, que teve pedido de “mais um” ao final da sua apresentação. Atendendo ao pedido dos fãs, a dupla voltou e encerrou seu show com “Força do Silêncio”.

No intervalo entre as apresentações do palco principal - Fantomáticos, Los Marias, Le Batilli, Lara Rossato, e Akeem - nomes novos da cena gaúcha, tocaram num palco alternativo.


No domingo, dia 24 de setembro, a Grandfúria abriu a sequência de shows do festival, pontualmente, às 16 horas. A banda de Caxias do Sul formada por Maurício Pezzi (teclado/programações/vocais), Diego Viecelli (acordeon/violão) e Bruno Pinheiro Machado (guitarra/vocais), apresentou músicas autorais do seu novo disco,"O Sopro e Momento" de 2017, no palco principal.

Misturando rock alternativo com a música nativo rio-grandense, seu repertório evidenciou a fusão de estilos presentes nas suas canções. O grupo agradeceu a oportunidade de estar participando do festival e comentou que seu novo álbum foi baseado na obra "O Tempo e o Vento", do escritor gaúcho Érico Veríssimo.


Trazendo o rock pesado ao festival, a banda Doris Encrenqueira deu início à segunda apresentação do dia. Representando a cena do novo rock gaúcho, a banda natural de Porto Alegre formada por Pedro Lipatin (vocais), Henrique Cabreira (guitarra), Eduardo "Hollywood" Cabreira  (baixo) e Eduardo Schuler (bateria), arrancou aplausos da plateia do começo ao fim de sua apresentação.



Mesmo com um problema técnico com o guitarrista durante a música "Outra", a animação e energia contagiante do quarteto se mantiveram presentes sem abalar sua performance. Os músicos agradeceram por estarem no festival. E encerraram o seu show com "Fazer o Quê", deixando a sensação para todos os presentes de que ainda ouviremos falar muito deles.


O show da banda de hard rock Rosa Tattooada formada por Jacques Maciel (guitarra/vocal),  Valdi Dalla Rosa (baixo) e Dalis Trugillo (bateria), terceira atração do festival, fez o palco principal louvar o rock & roll . “Fora de Mim, Dentro de Você” abriu os trabalhos da noite, seguida de “Um Milhão de Flores” e “Na Estrada”. O contraste entre gerações se fez presente quando a banda chamou os rapazes da Doris Encrenqueira para tocarem juntos“Rock ‘n’ Roll Até Morrer”.“Posso me aposentar tranquilo, porque eles representam”, disse confiante o vocalista.

As músicas “Diamante Interestelar” e “Tarde de Outono” contaram com a participação do tecladista Vini Tonello, que saiu da banda em 2009. O show também contou com a participação do Thedy Corrêa, para apresentação da música “O Inferno Vai Ter Que Esperar”. Letra que, como todos sabem, foi presente do Thedy à banda, e que acabou tornando-se um dos maiores clássicos do rock gaúcho, ou melhor, brasileiro.


Jacques ainda fez uma crítica aos gêneros músicas populares no país atualmente. Criticou o pop,  o funk e o sertanejo tão presentes nas mídias, dizendo que essa era uma "realidade escrota" no país, sendo aplaudido pelos amantes do rock que ali estavam presentes lotando a tradicional casa de shows.




Recebidos em pé pelo público, a Cachorro Grande banda formada por Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclado) e Gabriel Azambuja (bateria)  mostrou no quarto show do palco principal porque é uma das maiores bandas gaúchas.

Em coro com os fãs, eles abriram com "Pra Onde eu vou", seguido de “Hey, Amigo”. Antes de “Conflitos Existenciais”, o vocalista, Beto Bruno, afirmou que o festival era um novo começo para o rock gaúcho.

A banda seguiu sua apresentação com muitos outros hits, como “Deixa Fudê”; “Bom Brasileiro”; “Uma Loucura”; “Roda Gigante”; “Debaixo do Chapéu”. Também tocaram a primeira música que compuseram, “Dia Perfeito”, do seu primeiro álbum. Exaltando um grande clássico do rock, a banda ainda fez um cover de “(I Can't Get No) Satisfaction”, do Rolling Stones.


Beto, muito emocionado, disse que estava orgulhoso da banda estar fazendo parte do festival, além do público que também estava fazendo história, assim como as outras bandas que estavam ali participando.

Com um público bastante animado e fiel em todas as músicas, o final do show deu início com a romântica, “Sinceramente”, do seu terceiro álbum "Pista Livre". “Lunático” e "Sexperienced" foram as duas últimas tocadas, provando que o rock está bem vivo.



O show da Nenhum de Nós foi marcado por intolerância, respeito e união, tudo ao mesmo tempo.
A quinta apresentação do palco principal começou com a famosa “Astronauta de Mármore”, versão da música "Starman" de David Bowie. Logo após a execução da  música ocorreu um episódio inusitado. A banda foi xingada por um fã da Cachorro Grande que dizia que a Nenhum de Nós não combinava com um festival de rock. Enquanto a platéia vaiava o fã, Thedy Corrêa  pediu que o deixassem falar e completou dizendo que era muito importante o que aconteceu nos dois dias de festival para a banda e para o rock gaúcho.

E falou:“Faz parte da diversidade de gostos. A gente tá aqui junto para celebrar a união entre bandas que se apoiam. O nosso amigo ali acha que Cachorro Grande e Nenhum de Nós não combinam. Por isso que nosso país está passando pelo o que está passando hoje em dia, por causa da intolerância”, afirmou o músico.


O show seguiu com o público cantando as músicas “Não Entendo”; “Julho de 83”; “Amanhã Ou Depois”; “Da Janela”em uníssono. A banda também tocou a música “Amanhã”, do seu último álbum “Sempre É Hoje”.

O momento de união musical foi quando Thedy chamou de volta ao palco a Cachorro Grande e também o idealizador do evento, Nei Van Soria, para fazerem um cover, sem ensaio, de duas músicas do Beatles. E terminou falando que todos que estavam ali se apresentando tinham começado uma banda por causa do "quarteto de Liverpool". “Se a gente persistir nas coisas que nos afastam, aí sim a gente vai estar perpetuando o ódio. O ódio nos prende, o amor nos leva adiante”, disse o vocalista encerrando o show, mostrando que os diferentes podem conviver e tocar em harmonia.


Encerrando a noite, Armandinho trouxe positividade, esperança e um bom reggae ao palco principal. Diversos hits de seus álbuns foram apresentados como "A Ilha"; "Reggae das Tramanda"; "Casinha"; "Eu Juro"; "Ana Lua"; “Folha de Bananeira”, entre outros.

Durante "Ursinho de Dormir", o cantor comentou que o aconselharam a não gravar a canção, pois era "música para menina".  Armandinho celebrou sobre a música estar até hoje nos repertórios dos seus shows, e falou como ela passa por gerações, contando sobre quando encontrou dois fãs que tinham se conhecido durante a apresentação daquela mesma música. Hoje, os dois estão casados e têm uma filha.

A animação do músico era evidente, tanto que em uma de suas músicas mais conhecidas, "Toca uma regueira aí" foi até o meio da plateia para fazer a regueira por lá.

Outro momento marcante da noite foi quando uma menininha subiu ao palco para cantar "Eu Juro" junto com o músico, provando que a música realmente transcende idades.

Música após música ficou evidente que mesmo em um festival que leva o rock no nome, o reggae do Armandinho está na ponta da língua de todos os gaúchos. O músico enfatizou que "esse festival é uma semente. É uma forma de não violência através da música", encerrando seu show com "Semente".

No intervalo entre as apresentações do palco principal - Théo Dorneles, Calibre, Pondera, Two Step Flow e Jéf  - nomes novos da cena gaúcha, tocaram num palco alternativo.

Agora é esperar a segunda edição do Festival!!

Parabéns a todos os envolvidos neste grande evento.

Fotos: Laura Haddad 

Texto: Escrito por Gabriela Gil Silveira, nova colaboradora do Rocksblog.

Veja mais fotos aqui.

Leia no Whiplash.Net








quinta-feira, 25 de maio de 2017

Pop Rock Gaúcho: quatro shows inéditos e gratuitos em POA


O Discografia Pop Rock Gaúcho está de volta! Uma nova edição do projeto acontece nos dias 10 e 11 de junho (sábado e domingo) no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre.

Nesta edição, novamente serão apresentados quatro shows inéditos, onde os convidados executarão na íntegra e na ordem álbuns clássicos de suas respectivas carreiras.

No sábado, dia 10 de junho, o projeto recebe os shows de Vitor Ramil tocando o álbum “Ramilonga” de 1997 e de Ian Ramil tocando seu primeiro disco “Ian" de 2014. Esta será a primeira vez que pai e filho dividirão o palco do mesmo evento. Já no domingo, dia 11, MARIA DO RELENTO toca o álbum “Maria do Relento” de 1995 e ROSA TATTOOADA apresenta o álbum “Rosa Tattooada” de 1990.

E como não poderia ser diferente, mais uma vez os shows serão gratuitos. Um primeiro lote de ingressos será distribuído no dia 9 de junho a partir das 12h na bilheteria do Auditório Araújo Vianna, mediante a apresentação de documento de identificação com CPF. O restante dos ingressos serão distribuídos no dia de cada evento, a partir das 12h. Poderá ser retirado apenas dois ingressos por CPF.

O projeto Discografia Pop Rock Gaúcho é financiado pelo Pró-Cultura RS através do patrocínio da Net Claro e tem apoio da Conteúdo Gestão Cultural e do Grupo Austral. É uma criação da Olelê e uma realização da Mezanino e Mais Além Produções.



Serviço: 
Discografia Pop Rock Gaúcho 2017
Dias: 10 e 11 de junho (sábado e domingo)
Local: Auditório Araújo Vianna
Evento gratuito. Ingressos limitados.
Classificação: Livre

Sábado
Abertura: 17h
18h30: Ian Ramil tocando “Ian" de 2014
20h: Vitor Ramil tocando “Ramilonga” de 1997

Domingo
Abertura: 17h
18h30: Maria do Relento tocando “Maria do Relento” de 1995
20h: Rosa Tattooada tocando “Rosa Tattooada”, de 1990

Fonte: Discografia do Pop Rock Gaúcho


domingo, 4 de setembro de 2016

Jacques Maciel: dia 17 de setembro no Santander Cultural em POA


Jacques Maciel, vocalista da Rosa Tattooada, apresenta-se dia 17 de Setembro, sábado, às 17h, no Santander Cultural.

No show, formato voz e violão, clássicos da Rosa Tattooada, Elvis Presley, Garotos da Rua, Bon Jovi, Rod Stewart, Os Cascavelletes e muito mais!

Ingressos: R$ 12, (na hora)
Desconto de 50% para estudantes e pessoas acima de 60 anos.
Clientes e funcionários do Santander tem entrada franca.

Realização: Branco Produções e Good Music Produtora

Fonte: Evento do Facebook

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Rosa Tattooada + 2 Galo : nesta terça, República do Rock terá sessão acústica

Crédito: Henrique Borges
A edição de maio do projeto República do Rock terá rock pesado em versão acústica. Em 31 de maio, a banda Rosa Tattooada - uma das referências do hard rock nacional - estará no palco do Teatro Renascença para lançar seu novo álbum, o DVD RosAcústica. A outra banda da noite será a 2 Galo, um dos nomes emergentes no cenário independente gaúcho.

Formada em 1988, a Rosa Tattooada firmou-se como uma das mais conhecidas bandas do hard rock brasileiro, com seis discos de estúdio lançados e hits como O Inferno Vai Ter que Esperar e Sonho Bom. Essa trajetória é resumida no DVD RosAcústica, que traz novas versões para 12 sucessos da banda e é a base do show. Jacques Maciel (violão e vocal), Valdi Dalla Rosa (baixolão), Dalis Trugillo (bateria) e Vini Tonello (teclados) gravaram o DVD ao vivo no Good Music Estúdio, com participação especial de Thedy Corrêa (Nenhum de Nós).

Crédito:Ágatha Gabin
Na abertura da noite, a banda 2 Galo, surgida em Porto Alegre nos anos 2010, vai apresentar seu repertório autoral. Em singles como Hey Hey (Não Chores por Mim)Eu e Você e Novo Louco Amor, o grupo explora uma receita que combina peso e sensibilidade melódica. No show do República do Rock, os "galos" Tobias Monteiro (voz e violão) e Kako  Rachewsky (guitarra) terão a companhia de Marcel van der Zwam (baixo) e Luciano Reis (violino) para apresentar versões acústicas do repertório da banda.

O projeto República do Rock, criado em 2008, é uma realização da Prefeitura, por meio da Coordenação de Música da Secretaria da Cultura de Porto Alegre.


Data: 31 de maio
Horário: 20h
Local: Teatro Renascença (Erico Verissimo, 307)


Ingresso: entrada franca (retirada de senhas na bilheteria do teatro, a partir das 19h)




Enviado por Luís Bissigo - Jornalista

quarta-feira, 9 de março de 2016

Jacques Maciel: vocal e guitarrista da Rosa Tattooada faz acústico em POA


Jacques Maciel, vocalista e guitarrista da Rosa Tattooada, volta ao palco do seu bar predileto, o Malvadeza Pub, para mais uma apresentação no formato "voz e violão", recheada de clássicos do Rock no próximo dia 20 de março (Domingo). No setlist do acústico que começa pontualmente às 20h30, músicas autorais da Rosa Tattooada e covers dos Cascavelletes, Peter Frampton, Kiss, Elvis Presley, Garotos da Rua entre outros.



Serviço:
Jacques Maciel Acústico
Local: Malvadeza Pub
End:Travessa do Carmo, 76 - Cidade Baixa - Porto Alegre
Data: 20 de Março (Domingo)
Horário: 20h30 ( pontualmente)
Fone: 3221.7833

Foto: Henrique Borges - Henrique Borges Fotografia


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Rosa Tattooada: pela primeira vez na Segunda Maluca no Opinião - Dia 13/ 04

Rosa Tattooada, banda formada por Jacques Maciel ( Vocal e Guitarra), Valdi Dalla Rosa ( Baixo e Vocal) e Dalis Trugillo ( Bateria), participa pela primeira vez da consagrada "Segunda Maluca Gold", no Bar Opinião na capital gaúcha, Porto Alegre, no próximo dia 13 de abril.

A banda apresentará o novo show 2015, resgatando clássicos dos 26 anos de carreira, músicas do album mais recente, "XXV", e trará ao palco os amigos Duda Calvin (Tequila Baby), Rafael Malenotti (Acústicos & Valvulados), Vini Tonello, Carlinhos Carneiro (Bidê ou Balde), Iuri Sanson (Hibria), Gustavo Cunha (Dublê) e outras surpresas.Também será lançado no evento o videoclipe de "Tardes de Outono", produzido através de um crowdfunding junto aos fãs e realizado pela Good Music Produtora e Colateral Filmes.

Assista o teaser do videoclipe:



Serviço:
Rosa Tattooada & Amigos ( Segunda Maluca Gold)
Local: Bar Opinião
End: Rua José do Patrocínio, 834 - Cidade Baixa - Poa
Data: 13 de Abril ( Segunda-Feira)
Horário: 22h
Discotecagem: DJ Jamaica
Ingressos antecipados: R$ 25,00
Ingressos na hora: R$ 35,00
Pontos de venda:
Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência): Youcom, Bourbon Wallig
Demais pontos de venda (sujeito a cobrança de taxa de conveniência, R$ 3,):
Lojas Multisom: Andradas 1001, Canoas Shopping, Bourbon São Leopoldo e Bourbon Novo Hamburgo.
Lojas Youcom: Shopping Praia de Belas, Bourbon Ipiranga e Barra Shopping Sul.
Online: www.minhaentrada.com.br/opiniao

Cerveja em dobro até às 23h
Informações: www.reimagroproducoes.com
Realização: Rei Magro Produções e Good Music Produtora.
Apoio: Ipanema FM Oficial



Confirme sua presença no evento.

Leia matéria no Whiplash>Net


Fonte: Rosa Tattooada

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Rosa Tattooada: videoclipe de "Tardes de Outono" via Catarse [Campanha]


Olá amigos
Temos o prazer em anunciar, em primeira mão, um dos projetos mais audaciosos e diferentes da Rosa Tattooada.

Estamos lançando a campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) via Catarse para a gravação do videoclipe do clássico "Tardes de Outono".



Um projeto de Jacques Maciel.

O que é Crowdfunding?
Trata-se de uma espécie de "vaquinha virtual" onde pessoas apoiam financeiramente projetos criativos em troca de recompensas que variam de acordo com o valor contribuído. Se o orçamento total for atingido, o projeto recebe o dinheiro arrecadado e é posto em prática. Se o valor não for atingido, as pessoas recebem sua contribuição de volta. Ao contrário de outros tipos de investimento, não há riscos de alguém sair perdendo no fim do processo.

Criamos "recompensas" muito legais e convocamos TODOS os amigos/fãs da Rosa Tattooada, para contribuírem e lançarmos um belo e merecido videoclipe de "Tardes de Outono"





*O prazo encerra dia 21 de Julho


FotoTanusa Dresch


Jacques, Valdi & Dalis





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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Rosa Tattooada: Jacques Maciel na Guitar Player de maio

A edição de Maio da Guitar Player traz uma super matéria com frontman do Rosa Tattooada, Jacques Maciel, único integrante remanescente da formação original, falando dos 25 anos da banda gaúcha de hard rock.


Leia a matéria de Henrique Inglez de Souza na Revista Guitar Player 217/Maio de 2014. Para adquirir seu exemplar clique aqui.

Foto: Dalis Trugillo


Fonte: Guitar Player



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sábado, 3 de maio de 2014

Rosa Tattooada: bate-papo com Jacques Maciel antes do show no Ocidente

Para estreiar uma série de entrevistas que serão publicadas aqui no blog com artistas gaúchos, nada melhor, para começar com o pé direito do que entrevistar uma das lendas vivas do rock nacional, Jacques Maciel, o frontman da banda de hard rock gaúcha Rosa Tattooada.
E o cenário não poderia ser melhor, o Bar Ocidente, patrimônio cultural de Porto Alegre, poucas horas antes da banda se apresentar na casa de shows no dia 01/05/14.



Rocks- Conte-nos como foi seu primeiro contato com o Rock?

Jacques Maciel - Tenho a sorte de ter três irmãos mais velhos, e através deles em 76/77 tive meu primeiro contato com o rock através de  Peter Frampton, com o rock  progressivo através do Rick Wakeman, e na mesma época  ouvi também disco music, por influência deles.

Rocks - E quando você resolveu formar uma banda?

Jacques Maciel - Com 10, 11 anos um amigo dos meus irmãos apareceu com um disco do Kiss lá em casa, o "Alive II". Quando eu vi o encarte e o cara me disse " Esse cara aqui cospe sangue, cospe fogo, eles voam"; e eu com 10 anos, vi a cara dos caras, e me apaixonei na hora e ai que começou a fissura por rock mesmo. Aquela fissura de comprar disco, colecionar, conhecer, pesquisar sobre o assunto. Isso foi em 1980.

Rocks -  Falando em Kiss, como foi abrir o show deles aqui em Poa?

Jacques Maciel - Abrir o Kiss foi um sonho. Foi em novembro de 2012.
Depois de abrirmos eles é que decidimos que não abriríamos mais nenhum show internacional.
Já tinhamos tido experiências de abrir os show do Guns N' Roses, Deep Purple, Alice Cooper, mas o convite para abrir o Kiss foi o ápice. Tanto que depois de abrir para eles decidimos não abrir  mais para nenhuma banda internacional. Sentimos que estavamos com a abertura de bandas internacionais cumprida. E foi legal, a gente foi muito bem recebido pelo público, a galera cantando junto com a gente. A produção do Kiss foi maravilhosa, eles fizeram questão de nos conhecer, mandaram chamar a gente no camarim deles, fizemos uma foto, tudo meio no improviso, mas foi a realização de um sonho.

Rocks - Imagino que você já esteja cansado de falar...Mas é impossível pensar no Rosa Tattooada e não lembrar de  "Inferno Vai Ter Que esperar". Ainda mais tendo em vista que muitos dos leitores dessa entrevista não sabem da história desse clássico do rock gaúcho e nacional. Nos conte como foi a criação deste hit? 

Jacques Maciel - O "Inferno vai ter que esperar" é uma música que já tem mais de 23 anos, na verdade ela é uma parceria minha com o Thedy Corrêa, a letra é do Thedy do "Nenhum de Nós"
Aconteceu bem naturalmente. Um belo dia eu estou na casa do Thedy  e ele me apareceu com a letra da música escrita numa folha de caderno, e falou:
"Cara, tu quer essa letra pra ti? O pessoal  da banda não gostou dela.
Eu respondi: Tá! Porque? E ele respondeu: É só uma história, não tem refrão, ela não se repete.
Levei no ensaio do Nenhum de Nós e os guris não gostaram.
Quer  pra ti essa letra? E eu falei: Quero!
Cheguei em casa, sentei no meu quarto com o violão e fiz a música na hora, em 15 minutos. E aí nós gravamos ela  na segunda demo da banda. Levamos a música na rádio Ipanema e acabou que ela começou a tocar em formato de demo na Rádio Atlântida também. Sem gravadora, sem nada. E ela acabou  entrando na programação das rádios, assim...Naquela época acontecia dessas coisas, a música tocava na rádio por que os caras gostavam, não tinha o jabá de botar dinheiro. Foi um fenômeno. Não temos nenhum problema em falar, em tocar ela. Nos orgulhamos do "Inferno Vai Ter Que Esperar". Essa música  foi responsável por um monte de coisa boa que aconteceu com a banda. E a  gente toca até hoje, a gente não cansa. Sempre tocamos ela com o maior prazer, com o maior orgulho.

Rocks - Qual é o segredo para o Rosa Tattooada se manter tão atual?

Jacques Maciel - O segredo é não parar de produzir; e  não ficar agarrado ao passado.Tem muitas bandas da nossa geração que terminaram e voltaram, não vou citar nomes aqui. Bandas que fizeram um revival e voltaram, mas não fizeram nada novo. Nós não. A gente tem aquela base do hard rock dos anos 70, aquela influência glam dos anos 80 do Mötley Crüe, mas não ficamos presos só à essas influências.Nos atualizamos ouvindo coisas novas e tendo sempre  a preocupação de produzir  material novo, gravar discos com músicas inéditas. Isso é o que mantém a banda.


Rocks - E o público da banda, é formado atualmente por quem? 

Jacques Maciel- Estatisticamente falando 90 % do público que vai aos nossos shows, que consome o Rosa Tattooada é composto por um público que tem menos de 25 anos de idade. A galera daquela geração que iniciou curtindo o Rosa desde o início curte, respeita, mas não vai aos shows, não interage tanto. Na verdade o nosso público se renovou junto com a banda. O nosso público é o mesmo que vai assistir a "Tequila Baby", a "Cachorro Grande", "Matanza", "Pitty".

Rocks - Voltando onde tudo começou...

Jacques Maciel - Aqui no Ocidente foi a primeira vez que nós tocamos individualmente. A primeira vez, propriamente dita que nós subimos num palco foi abrindo "Os Cascavelletes" em Caxias do Sul. Na época, eu e o ex-baterista da banda, o Barea, trabalhávamos de roadie pra eles, então fizemos a abertura do show da banda. E aqui no Ocidente, no final de abril de 1989, nós fizemos nosso primeiro show individual. Foi um show antológico, se tu olhar nos perfis da banda, tem fotos desse show aqui há 25 anos atrás. Eu pensei: "vamos fazer um lance histórico, vamos voltar onde a gente começou". Eu como único membro original da primeira formação da banda, pra mim hoje tá sendo uma noite muito emocionante, muito especial.O Ocidente é como se fosse, lá fora, o Whisky a Go Go que é um bar pequeno que também é um clássico. Então montamos um setlist que passeia por todas as fases da banda, dando uma ênfase ao material do disco novo que é realmente o que a gente está trabalhando, que é o "XXV". É um feriado, um tempo chuvoso mas quem vier hoje vai curtir um show diferente do Rosa, para os guris até que não, mas eu me sinto em casa aqui no Ocidente. Frequentei muito a casa nos anos 80.

Rocks - Quais são os projetos da Rosa Tattooada para o ano de 2014?

Jacques Maciel - Lançamos recentemente três clipes do disco novo que são:"Rezar não vai te livrar do fim", "Sonho Bom" e "Chuva de Estrelas" que tem a participação do Nei Van Soria.
Continuaremos esse ano com projetos envolvendo clipes. Hoje em dia a internet torna as coisas muito descartáveis. Um álbum com seis meses já é considerado velho. A gente chegou a cogitar de gravar um DVD, mas mudamos de opinião. Resolvemos ficar fazendo clipes do "XXV" ao longo de 2014, entendemos que isso vai oferecer um tempo de vida mais longo para  o álbum, e sempre a cada 2, 3  meses se terá uma novidade. Essa coisa de imagem é muito forte hoje em dia por causa da internet, do Youtube
E assim as pessoas vão absorvendo mais o disco, na medida que vão vendo os clipes.

Rocks - Tem algum furo para o blog, alguma new publicável?

Jacques Maciel - Em primeira mão te comunico que vamos gravar o clipe da "Cerveja e Rock N' Roll" que irá ser produzido pelo Alex Milesi, responsável pelo clipe de "Rezar não vai te livrar do fim". A letra fala de um outro bar que a gente curte muito, o Malvadeza Bar", antigo Dr. Jekill, e o clipe vai ser filmado lá. Outra novidade é que a gente vai fazer uma campanha de captação de recursos que outros artistas tem feito ultimamente. Um crowdfunding, financiamento coletivo, em parceria com a Colateral Filmes que já produziu clipes do Nei Van Soria  e aí faremos o clipe de "Tardes de Outono", que é um clássico do Rosa. Essa música é bem antiga e também foi um sucesso de execução nas rádios e  nunca foi contemplada com um clipe, e a galera que curte a banda gosta muito dessa música. Então tivemos essa ideia de captação de recursos para esse clipe com o apoio dos fãs através do Catarse.me. Vai ficar no ar 60 dias essa campanha. Planejamos umas recompensas bem legais para os fâs.Vai estar tudo no site da banda, já fizemos um vídeo apresentando o projeto. Acredito que em breve estará disponível, ainda não tem a data definida, mas acredito que mês que vem já esteja.  É uma tendência atual o uso dessas plataformas de financiamento coletivo, vários artistas como Vitor Ramil, o Nei Lisboa em parceria com a Rádio Ipanema nesse momento está com um projeto utilizando esse tipo de financiamento.



Rocks - Você foi indicado para o prêmio Açorianos de Música como Melhor Instrumentista - Gênero Pop por Rosa Tattooada "XXV", me fala sobre essa indicação.

Jacques Maciel -  Vou te ser sincero, não fui lá no Araújo no dia.Com todo respeito, nunca toquei para ganhar troféu. Meu clima não é esse. E também não me considero instrumentista. Fiquei até meio perplexo com a indicação Instrumentista é o Duca Leindecker que gravou o disco dele e  tocou todos os instrumentos, é um puta instrumentista. O  Frank Solari também é um instrumentista. Eu não, eu sou um guitarrista!! Toco Rock!! Fiquei faceiro com a indicação.Se tivesse rolado, é claro que ficaria muito agradecido, muito feliz. Só por terem lembrado de mim,  já fiquei feliz. Eu imaginava que se houvesse alguma indicação do Rosa Tattooada ao Açorianos seria algo vinculado  à capa do disco, ou ao álbum de forma geral. Eu não esperava a indicação, foi bacana.

Rocks - Lí um artigo onde o Paulo Cássio disse que pretende um dia voltar a fazer parte do Rosa Tatooada, como membro fixo. 

Jacques Maciel - O Paulo mora há muitos anos em Nova York, 13, 14 anos por ai...A gente ficou muitos anos sem se falar e agora há pouco tempo, graças ao Facebook, a gente se reencontrou.
Vimos que apesar do tempo e da distância a amizade,  a história toda que a gente construiu continuava a mesma. Fiquei muito feliz e emocionado quando ele em outubro do ano passado pegou um avião e veio de lá de Nova York e veio tocar com a banda no Opinião no show  de 25 anos do Rosa. Depois ele ainda foi com a gente pra Xangri-lá e tocou novamente com a banda num encontro de motociclistas. E isso tudo reacendeu aquela chama.
Eu disse pra ele, que o Rosa é um trio, que eu não pretendo ter outro guitarrista na banda, a vaga é tua. O dia que tu quiser voltar, o lugar é teu.  É  só vir e sair tocando. É só se adaptar; por que a banda fez um monte de coisas sem ele. Ele  por enquanto não tem planos de voltar, ele tá radicado lá nos Estados Unidos.
Mas é isso...Se um dia o Rosa for ter um outro guitarrista, vai ser por que ele voltou para a banda. Fora
 ele o Rosa permanece nesse formato de trio, pois acho que é uma coisa diferente, é bem crú, obriga os caras a se puxarem mais. E tem funcionado, o "XXV" provou isso, os fãs aprovaram também.
É algo que a gente já tinha experimentado em 2001  no álbum "Carburador".
Mas é isso, a vaga é do Paulo e o dia que ele quiser voltar e só chegar e sair tocando!!


Rocks - Gostaria que tu deixasse um recado para essa gurizada que está iniciando na música, no rock.

Jacques Maciel - Primeiro quero agradecer o espaço.
E o recado que quero dar é  uma receita meio velha, meio manjada, mas acreditem é a pura verdade.
Acreditem nos seus sonhos, sem se prender à moda,  sem  se prender à tendências, sem ansiedade, sem pressa.  E tendo em mente que o rock no Brasil, apesar de existir há tantos anos é algo marginal. O rock é para uma minoria, mas é para uma minoria como eu digo...O roqueiro é uma minoria muito esclarecida que não se deixa enganar, que não compra CD no chão por 2, 3 reais. E quando tu descobre o rock, vira roqueiro,  tu pode ter 10 anos como eu , tu vai ser roqueiro a vida inteira.
Se atirem mesmo, acreditem no som, no que vocês fazem, mas sem ansiedade, sem expectativa que aconteça isso ou  aquilo. Por que a realidade do nosso país é essa. O rock é um lance underground ainda .
A Rosa existe por causa dos fãs, por causa da internet. Não dá  mais para contar com rádio ou televisão como antigamente.
Amem o Rock na sua forma mais pura, sem ficar esperando grandes retornos, deixe que isso aconteça naturalmente.Tem bandas que estouram depois de 8/ 10 anos, tem bandas que estouram com 6 meses e também ficam mais um ano e acabam. Tem banda como a gente que passaram por tudo, por altos e baixos.
Tivemos um boom com gravadora, depois tivemos um tempo sem atuar, voltamos com nova formação. E hoje estamos na luta aí junto com tantas outras bandas.
O Rock é isso, é uma luta...Tem que gostar e acreditar!! E é isso!!

Rocks - Muito obrigada, Jacques, pela honra de poder bater esse papo tão agradável contigo.





Fotos: Henrique Borges


( Poa, 01/05/2014)