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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

ZÉVITOR e ZÉLIA DUNCAN juntos no single "BANCO DE AREIA" I Lançamento hoje

Se até o século XIX o blues esteve restrito a ex-escravos do sul dos EUA, no século XX ele cairia no gosto de toda a sociedade yankee e, através do rock, sua mais visível derivação, ganharia adeptos em todo o mundo, principalmente a partir dos anos 60.

 Crédito Foto: Gabriel Garcia

Por aqui, pode-se encontrar um arremedo do estilo já na Jovem Guarda em suas versões para rocks dos anos 50 que seguiam a forma de 12 compassos, bem como seu fraseado e riff’s com a mistura de escalas pentatônicas menores e maiores.

Nos anos 70 o blues ganhou fôlego em discos de Raul Seixas, Made In Brazil, Rita Lee & Tutti Frutti. E se ainda assim não se pode dizer que esteja no mainstream da nossa cultura pop, não há quem discorde de sua força musical, presente vez ou outra em artistas dos mais variados segmentos, de Barão Vermelho a Zeca Baleiro.

Pois ZéVitor também não passaria impune a essa envolvente levada. Embora flertar com ritmos distintos seja a marca do cantor, o primoroso arranjo de seu novo singleBanco de Areia, pode causar num desavisado a impressão de estar diante de um autêntico representante do gênero norte-americano.

Uma das melhores produções de Mayam, cuja gravação de violão é uma obra-prima, a faixa composta inteiramente por Zé, tem um contrabaixo acústico (Edu Martins) e um Fender Rhodes (João Mello) impecavelmente executados. Tudo isso sobre um vocal imponente e uma letra típica dos lamentos do blues, transposta, é claro, para a devida realidade praieira do jovem artista carioca:

Nade para fora desse banco

De areia raso, venha, vamos para o fundo

Largue tuas boias e o seu medo de tudo,

medo de mergulhar em mim.

 

chave de ouro fica por conta da participação de Zélia Duncan. Ao mesmo tempo doce e rascante, a voz da cantora comporta ainda outra característica típica de um bom vinho: o tempo. Pertencente a uma das melhores safras da nossa música, Zélia empresta maturidade e excelência à canção, que tem lançamento previsto para 13 de agosto.

 

Lançamento Banco de Areia ZéVitor ft. Zélia Duncan

Quando: sexta, dia 13 de agosto, às 16h, no YouTube https://youtu.be/K3VSfYKdZ2A


Capa Banco de Areia_Ilustra Luca Paixao.jpg

Ilustração: Lucas Paixão

 

 


Banco de Areia (ZéVitor)

  

Nade para fora desse banco

de areia raso, venha vamos para o fundo

Largue tuas boias, e o teu medo de tudo,

medo de mergulhar em mim

 

Não dá pra medir amor

Reagir…

Se depender de mim, sou só eu e você

Pra não sobrar a dor

que sempre vem com o fim

Se depender de mim, sou só eu e você

  

Mas você não pensa assim agora.

Tanto amor por outro outrora,

que desperdiçou o teu amor e jogou fora

Peço que não demore pra se despir

 

Das coisas da cabeça que nos apavoram

E eu não vejo a hora de te ver sair

Desse balde de água fria e relação morna

Eu te acolho, se você me permitir,

mas peço que

 

Nade para fora desse banco

De areia raso, venha, vamos para o fundo

Largue tuas boias e o teu medo de tudo,

medo de mergulhar em mim.

 

Plataformas Digitais ZéVitor 

Instagram: https://found.ee/InstaZevitor

Facebook: https://found.ee/Facebookzevitor

Spotify: https://found.ee/SpotifyZeVitor

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCwCoduJ5nkK02kq6wR46RLg

Site: http://www.zevitor.art.br/

 

Enviado por Ana Paula Silveira

Assessoria de Comunicação

domingo, 25 de julho de 2021

Instituto Ling homenageia Cecília Meireles com tarde poética


A próxima edição do projeto Poesia no Ling homenageia a escritora, jornalista, professora e pintora Cecília Meireles (1901-1964), uma das mais importantes autoras do nosso país, com uma tarde poética dedicada a ela. Para falar sobre a produção da artista, o Instituto Ling convidou a professora Ana Maria Lisboa de Mello, especialista na obra da poeta, para dividir com o público algumas leituras e reflexões.
 
O encontro virtual  acontece no dia 28 de julhoquarta-feira, às 16h, com transmissão ao vivo e gratuita pelo canal do YouTube do Instituto Ling. Para receber o material preparatório, assim como lembretes para a atividade, os interessados podem fazer inscrição prévia e sem custo no site www.institutoling.org.br.

Cecília Meireles é a homenageada desta edição
Crédito da foto: Reprodução

 
Reconhecida como uma das mais importantes vozes líricas da literatura brasileira e das literaturas de língua portuguesa, Cecília Meireles estreou como escritora ainda muito jovem, aos 18 anos, com a coleção de sonetos Espectros. Depois disso, escreveu mais de 50 obras que reúnem sua produção poética e também contos e crônicas, além de histórias infantis. Com traduções para diferentes idiomas, recebeu diversas premiações, como o Prêmio Poesia Olavo Bilac, o Jabuti e o Prêmio Machado de Assis.
 
Ana Maria Lisboa de Mello é graduada em Letras pela UFRGS e possui Mestrado e Doutorado pela PUCRS, na área de Teoria da Literatura. Em ambas as faculdades, também foi professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras. Fez estágios de pós-doutoramento na Universidade Stendhal - Grenoble III, na Sorbonne Nouvelle – Paris e na Universidade de Toronto. Lecionou na Universidade Federal de Goiás e na Universidade de Brasília, onde coordenou o Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária, criando a Revista Cerrados. Atualmente, é professora do Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas da UFRJ.
 
Poesia no Ling realiza mensalmente encontros dedicados à poesia, ministrados ao vivo por diferentes professores da área, em homenagem a grandes personalidades da literatura mundial. Somente neste ano, o projeto já teve aulas com Sergius Gonzaga falando sobre a obra de Ferreira GullarPedro Gonzaga apresentando a polonesa Wislawa SzymborskaDiego Grando celebrando o bicentenário de nascimento de Charles Baudelaire e Ronald Augusto analisando Heitor Saldanha. As edições anteriores podem ser assistidas gratuitamente no canal do YouTube do Instituto Ling (www.youtube.com/c/InstitutoLingCultural).
 
Esta programação é uma realização do Instituto Ling e do Ministério do Turismo / Governo Federal, com patrocínio de Crown Embalagens e Fitesa.
 
 
SERVIÇO –  PROGRAMAÇÃO ONLINE – LITERATURA
Poesia no Ling
Ana Maria Lisboa de Mello apresenta a obra de Cecília Meireles
Dia 28 de julho, quarta-feira, às 16h
Gratuito, no canal do YouTube do Instituto Ling (www.youtube.com/c/InstitutoLingCultural)
Para receber materiais preparatórios e lembretes para a atividade, basta fazer inscrição  prévia e sem custo no site www.institutoling.org.br

 
Classificação etária: Livre
Duração: 90 minutos
 
Informações úteis
institutoling.org.br
www.facebook.com/InstitutoLing
www.instagram.com/Instituto.Ling
twitter.com/@InstitutoLing
Fone: 51 3533-5700
Email: instituto.ling@institutoling.org.br

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Festival Isolamento Acústico Sul: programação inicia, quarta, 02 de dezembro

O Festival Isolamento Acústico Sul foi criado para compartilhar música através de uma experiência digital, com linguagens híbridas e presente em plataforma multicanal. O público terá a oportunidade de conferir seis entrevistas inéditas e seis doc shows com artistas do Rio Grande do Sul, Santa Catariana e Paraná: Bibiana Petek e Banda, Dandara Manoela e Zaka, no mês de dezembro de 2020, e Napkin, Carla El, Yas Speransa, no mês de janeiro de 2021. O acesso ao conteúdo do festival será gratuito e estará disponível no instagram @IsolamentoFestival e YouTube_ youtube.com/loopreclame

A curadoria do Isolamento Acústico Sul é assinada por Edu Santos e anda em sintonia com a diversidade de artistas independentes que conquistaram seus públicos nas redes sociais. “O Isolamento Acústico foi o primeiro festival no Brasil em época de pandemia, e agora, ele começa a tomar novos rumos. Vai apresentar as músicas que foram produzidas na pandemia pelos artistas. Além disso, é também uma preparação para quando tudo passar, virar um festival presencial. A ideia é circular pelo Brasil e países como Portugal, onde a Loop já está presente”, revela o curador do Festival Edu Santos, da Loop Discos.

           

Todos os shows foram gravados e contaram com os cuidados de higienização necessários. O projeto Isolamento Acústico Sul, que foi priorizado pelo Conselho Estadual de Cultura/RS, tem o patrocínio da Cervejaria Dado Bier financiamento Pró-cultura, Secretaria da Cultura, governo do Estado do Rio Grande do Sul

 

 

Bibiana Petek, Dandara Manoela e Zaka: as atrações no mês de dezembro

 

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Bate-papo ao vivo com Bibiana Petek

Dia: 02 de dezembro de 2020, quarta-feira, às 19h Brasil_22h Portugal

Acompanhe em: @isolamentofestival

Doc Show Bibiana Petek e Banda

Dia: 03 de dezembro de 2020, quinta-feira, às 19h Brasil_22h Portugal

Acesse: YouTube ou Instagram

youtube.com/loopreclame I @isolamentofestival

 

 

Bate-papo ao vivo com Dandara Manoela

Dia: 09 de dezembro de 2020, quarta-feira, às 19h Brasil_22h Portugal

Acompanhe em: @isolamentofestival

Doc Show Dandara Manoela

Dia: 10 de dezembro de 2020, quinta-feira, às 19h Brasil_22h Portugal

Acesse: YouTube ou Instagram

youtube.com/loopreclame I @isolamentofestival

 

Bate-papo ao vivo com Zaka

Dia: 16 de dezembro de 2020, quarta-feira, às 19h Brasil_22h Portugal

Acompanhe em: @isolamentofestival

Doc Show Zaka

Dia: 17 de dezembro de 2020, quinta-feira, às 19h Brasil_22h Portugal

Acesse: YouTube ou Instagram

youtube.com/loopreclame I @isolamentofestival

 

 

“Acreditamos que em tempos sensíveis como o que enfrentamos a música é como o mar, um mar que acalma, que agita, que nos faz sentir e pulsar e que invade a nossa ilha.”

 

 Conheça quem é quem no Festival Isolamento Acústico Sul

Bibiana Petek e banda _RS

           

 Aos 20 anos, Bibiana lançou o primeiro álbum autoral, Dengo, com dois shows em Londres. Com participações especiais de músicos como Júlio Reny e Totonho Villeroy, ele já acumula quase 300 mil plays só no Spotify, além de abrir portas para a jovem compositora e musicista até hoje. Em 2014, Bibiana foi escolhida nacionalmente como uma das jovens cantoras mais promissoras do Brasil no Prêmio Deezer - ABMI de Novos Talentos, no Rio de Janeiro. Entre singles e produções, Bibiana seguiu trabalhando e tocando pelo país a fora. Recebeu menção honrosa no Live Bands Brasil, em São Paulo, e garantiu uma vaga para o Nos Alive 2018, em Portugal. Realizou dois shows no festival e dividiu palco com artistas como Jack White, Arctic Monkeys e Queens of the Stone Age. Em 2019, lançou o segundo álbum Músicas Para Segunda-Feira Vol. 1.

Bibiana Petek & banda é: Bibiana Petek (voz/guitarra), Bruno Vargas (baixo), Lucas Brunnet ''Soneca'' (Teclado) e Lukas Porto (bateria).

Instagram @bibianapetek I Spotify Bibiana Petek

Dandara Manoela _SC

            

A cantora e compositora revela pela pluralidade musical, o símbolo de resistência das manifestações culturais afro-brasileiras e de afirmação da mulher negra e lésbica no campo artístico. Dandara circula pelo samba e pela MPB, expressando lutas e afetos subjetivos que encontram espaço na multidão.

            

Em 2017, Dandara venceu o prêmio da música catarinense como Melhor Cantora. No ano seguinte, 2018, lançou o CD Retrato Falado com 12 músicas, todas autorais, que mostram faces de um retrato que é espelho, denúncia e expressão, e conquistou o prêmio da música Catarinense na categoria melhor álbum com este trabalho. Recebeu a homenagem Anitas Liberta, como símbolo de resistência e pluralidade. Participou do showcase do Tum Sound Festival. O single Meu Canto chegou no ano de 2019, participou do show da Tuyo na Casa Natura Musical, em São Paulo, e recebeu a medalha Cruz e Souza, que presta homenagem às pessoas negras ou defensores da raça negra no município de Florianópolis. E 2020, foi a vez do lançamento do single Raiz Forte e participação em lives dos festivais internacionais Aperohit e Xiphefu, do Heineken Urban Jungle (PR), e a conquista de 100 mil reproduções no Spotify com a música Minha Prece.

Instagram @dandaramanoela I Spotify Dandara Manoela

ZAKA _SC

           

A mistura do surfista, influenciador digital, músico e compositor dão o tom da carreira de Zaka Kappel. Conhecido como a “expressão da surf music” pelo canal OFF, foi protagonista do documentário Criado Nas Ondas, em parceria com o músico Donavon Frankenreiter. Depois de um convite para gravar em Santa Barbara, Califórnia, no Play Back Recording Studio, com Tucker Bodine, entrou no universo musical profissionalmente.  E, em 2019, trilhou o caminho inverso: trocou a carreira solo para investir na banda chamada ZAKA, juntando-se aos amigos de vida e de som Lucas Varisco, Bernardo Waschburger, Gustavo Vargas e Nando Pellegrini. Na ZAKA, percorrem por sonoridades, pensamentos, atitudes e mostram uma identidade singular.

Instagram @zakaband I Spotify Zaka

 

“Quando nos isolamos deixamos do lado de fora aquilo que não faz mais sentido,

nos conectamos com nós mesmos e damos vida a nossa ilha.”

 

Festival Isolamento Acústico Sul no início...

            

Lá nos primeiros meses do ano de 2020, março, quando a Loop Discos resolveu escancarar a importância do isolamento na luta contra o Covid-19, criou o Festival Isolamento Acústico com o intuito de “musicar” a vida de fãs, amigos e familiares. Entre março e abril, plugaram os equipamentos e colocaram no ar uma breve apresentação dos artistas confinados que, gentilmente, toparam abraçar o desafio com o time da Loop Discos / Loop Reclame.

 

Sete meses depois...

            

De isolamento, muito aprendizado, criação e “piração”. Assim, a Loop Discos ampliou o projeto despretensioso, que nasceu para levar música ao público, e lança no próximo dia 03 de dezembro, às 19h, o Festival Isolamento Acústico Sul, um “festival-estúdio” gravado na Loop Reclame, em Porto Alegre. O Festival Isolamento Acústico Sul é uma série musical com seis entrevistas e seis doc shows, gravados em formato acústico com artistas do RS, SC e PR. O objetivo é aproveitar toda a potência criativa dos artistas no isolamento e apresentar, em 30 minutos, música, relatos, depoimentos e reflexões. 

            

A agenda do Isolamento Acústico Sul abre com o curador Edu Santos, da Loop Discos / Loop Reclame, entrevistando os músicos para um bate-papo ao vivo no instagram @isolamentofestival, às 19h, um dia antes do doc show gravado estar disponível na íntegra, no mesmo horário, no YouTube.

            

As transmissões do Festival Isolamento Acústico Sul acontecem em plataforma multicanal, e o acesso ao conteúdo gratuito: 

@IsolamentoFestival e via youtube.com/loopreclame

 

Festival Isolamento Acústico Sul

@IsolamentoFestival  youtube.com/loopreclame

fb/isolamentoacustico I Spotify @loopreclame

@loopreclame I fb/loopreclame I Twitter @loopreclame

 

Curadoria I Eduardo Santos

Produção Executiva I Aline Stoffel
Realização I Loop Discos e Camino Filmes

Patrocínio I Cervejaria Dado Bier

@dado_bier I fb/DadoBier I youtube.com/dadobier

Tiktok @dadobier  I Spotify @dadobier I Twitter @dadobier


O projeto Isolamento Acústico Sul, que foi priorizado pelo Conselho Estadual de Cultura/RS, tem o financiamento Pró-cultura, Secretaria da Cultura, governo do Estado do Rio Grande do Sul #proculturars @sedac_rs

 

Manifesto Isolamento Acústico


Isolamento: aquilo que nos fez parar, mudar, pensar, sentir, chorar e sorrir.

Isolare vem da palavra "isola", que significa "ilha" e tem origem latina insula. Isolar é tornar ilha, construir nosso lugar no mundo. Quando nos isolamos deixamos do lado de fora aquilo que não faz mais sentido, nos conectamos com nós mesmos e damos vida a nossa ilha. Acreditamos que em tempos sensíveis como o que enfrentamos a música é como o mar, um mar que acalma, que agita, que nos faz sentir e pulsar e que invade a nossa ilha. No vai e vem da música o Festival Isolamento Acústico vai fazer você lavar a alma em um mergulho que vai deixar tudo que é ruim do lado de fora.

 

 

Enviado por Ana Paula Silveira

Assessoria de Comunicação

domingo, 20 de setembro de 2020

ZéVitor: ouça o novo single "Por Onde Começar"

Pouco a pouco, o novo trabalho de ZéVitor, Ressignificar, vai ganhando forma. Mais do que isso: cores.

Embora seja a quarta faixa, Por Onde Começar é, desde o título, a pista mais firme para a compreensão do disco, que, comparado a uma tela, seria impressionista, não só pelas referências explícitas a autores e obras do movimento surgido na França do século XIX, mas por algumas das características fundamentais do estilo, como a preferência pelo registro da experiência contemporânea e a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações imediatas.

“Enlouqueci e agora só faço cantar

Inspirado em ti fiz mais canções que quadros Renoir




A simples menção à vasta obra do pintor conhecido por celebrar a beleza e, especialmente, a sensualidade feminina dá uma ideia da intensidade criativa do cantor, que cita ainda Monet e Van Gogh. Mas se as paisagens do primeiro privilegiam o movimento das águas em seu reflexo, explorados em regatas, barcos e portos, a biografia do segundo realça o aspecto trágico do amor descrito na letra, que “para ser reconhecido precisa morrer. ”

Mais adiante, porém, as “pinceladas” fragmentadas e justapostas do impressionismo dão lugar ao abstrato, ao fluxo de consciência do surrealismo. Do movimento em que se destacam Salvador Dali, René Margitte e Max Ernst, ZéVitor utiliza principalmente a técnica da colagem. Ao lançar mão de “Persistência da Memória”, célebre pintura do pintor espanhol, o compositor faz da canção um mosaico de imagens e estilos aparentemente distintos. 

Com cores que se formam na retina do observador mais do que pela mistura de pigmentos, o álbum abarca desde a contemplação do feminino, em Lua Em Escorpião, até o autorretrato, em O Jeito Que Fala, passando pelos tons claro-escuros da faixa-título. Por Onde Começar, por sua vez, parece ser uma síntese difusa do trabalho de ZéVitor, repleta de intertextualidades e sinestesias.

Assim como a profusão de perfumes exalados das flores descrita no romance de Lampeduza formavam um jardim para cegos, não é exagero dizer que Ressignificar constitui senão uma orquestra para os olhos.


Ouça no Spotify.


Plataformas Digitais ZéVitor 

https://found.ee/InstaZevitor

https://found.ee/Facebookzevitor

https://found.ee/SpotifyZeVitor

https://www.youtube.com/channel/UCwCoduJ5nkK02kq6wR46RLg


Enviado por Ana Paula Silveira

 

sábado, 20 de junho de 2020

ZéVitor: disponibiliza o EP "Amor e Minimalismo" em todas plataformas digitais


Do álbum "Cronológico", de 2018, ao EP "Crônicas de Um Amor", do início deste ano, passando por uma dezena de singles lançados nesse intervalo, o jovem cantor carioca ZéVitor tem demonstrado versatilidade e muita proficiência.

Agora, no mais novo trabalho, "Amor e Minimalismo", que teve o lançamento no dia de ontem, sexta, dia 19 de junho, fica clara a maturidade – um tanto precoce – do artista.


O EP "Amor e Minimalismo" apresenta as seguintes canções: 1. Amor e Minimalismo / 2. Chama Violeta / 3. Dèjá Vu / 4. Café Amargo / 5. Lápis Lazulli e 6. Aconteceu. Conheça cada uma delas:



"Amor e Minimalismo": a faixa-título que abre o EP demonstra logo de cara a natureza exagerada, dramática da poesia do artista. Talvez por contraste, a melodia e o discurso busquem equilíbrio na corda bamba da canção. O "lindo colírio", o "perigoso veneno", o "breve martírio" são algumas das imagens que, não fossem diluídas na delicadeza de sua interpretação, deixariam transparecer o Cazuza oculto em ZéVitor. Sobre uma execução impecável de violão, viola nordestina e banjo do produtor Mayam Rodilhano, o disco faz jus, ao menos em termos musicais, à sua proposta minimalista. Já o amor, fica por conta das letras.

 "Chama Violeta": Uma das mais cantaroláveis do disco, Chama Violeta é uma espécie de convite aos amantes: "É amor de cinema, trilha de novela, roteiro de filme, história cigana/O mais lindo poema fizeram pra ela/Teu olhar me fisga, teu beijo me chama." Singela, sem grandes artifícios poéticos, como os versos cantados por menestréis e trovadores provençais da idade média acompanhados apenas por uma lira, de onde se origina aliás o termo lirismo. Nesse sentido, guardadas as proporções, ZéVitor se insere no seio da tradição da nossa música ao mesmo tempo em que se insurge como uma nova e autêntica voz.

"Dèjá Vu": o cantor faz um colab com Renan Guerra e, enfim, flerta com um softpop quase dançante, que entraria tranquilamente numa mesma playlist onde constasse Melim, AnaVitoria ou qualquer um dos novos e já representativos nomes da MPB. Embora não menos consistente que as outras, a letra tem lá seus momentos de leveza: Deixa eu te contar um segredo/que meu olhar já deve ter te contado/me entregado, que, entregue, contei nos dedos/os dias pra poder ficar do seu lado.

"Café Amargo": a voz de ZéVitor oscila, ironicamente, entre forte e doce na faixa Café Amargo. Em comum com seus trabalhos anteriores de pegada mais pop, apenas o aspecto romântico: o amor é, afinal, uma constante em sua obra. Mas se antes seu olhar se voltava para a divisão do amor ou para a natureza humana, aqui ele anuncia, não sem dor, o fim de um ciclo. É daquelas músicas de se ouvir em plena fossa ou já devidamente recuperado. Não à toa seu último verso, já despido de roupas sujas, mal lavadas, decide seguir em frente, sem maiores ressentimentos: “Você foi, e eu lembrarei do nosso grande amor. ”

"Lápis Lazulli: Muita poesia suméria faz referência ao lápis lazuli como uma rocha de esplendor real que, em outras épocas, ficou conhecido como safira. Para os romanos, o lápis era um poderoso afrodisíaco. Na Idade Média, acreditou-se que mantinha o corpo saudável e a alma livre do erro e do medo. Há quem diga que contenha propriedades medicinais. Seja como for, a quinta música, Lápis Lazulli, serve aqui para realçar o aspecto místico da personalidade do compositor, incorporando ao seu vocabulário um desconhecido e intrigante simbolismo. Destaque para a belíssima participação de Lou Garcia. A cantora que brilhou no The Voice ainda adolescente dá o toque feminino necessário ao disco nesse emocionante feat.

"Aconteceu" encerra o EP com mais uma letra de coração partido, fazendo lembrar os célebres versos de Manuel Bandeira: "A vida inteira que poderia ter sido e não foi." Pode parecer demais para um artista de apenas 21 anos, mas a melodia, quase falada, é leve e contagiante o suficiente para impedir até o mais atento ouvinte de se sentir para baixo. E nessa mescla de letras quase sempre densas, arranjos delicados e uma voz contemporânea, ZéVitor tem demonstrado que também não é mais garoto. Ao contrário: é porque se refere às relações humanas, sobretudo amorosas, de maneira simples e direta que a faixa, já em sua primeira estrofe, soa tão atual, embora pudesse ter sido escrita vinte ou trinta anos atrás: "Aconteceu o que ia acontecer/Entre nós sempre podemos dizer/Deixe pra trás o que possa nos perder/Vai que esse amor vem nos surpreender."

Essa dualidade do artista contemporâneo, mas atento à tradição, com um discurso direto, embora recheado de mistérios, suave e ao mesmo tempo rascante, ilustra não só Amor e Minimalismo, como todos os passos de ZéVitor nesses primeiros anos de sua trajetória, ainda incipiente, mas já tão sólida.

 Um último e não menos relevante crédito vai para Lucas Paixão, cujo conceito visual tão bem ilustra o espírito do disco. Da capa aos gifs de cada faixa, a delicadeza do traço do designer gráfico realça o cuidado quase artesanal do projeto.

Links relacionados:
https://found.ee/InstaZevitor
https://found.ee/Facebookzevitor
https://found.ee/SpotifyZeVitor
https://www.youtube.com/channel/UCwCoduJ5nkK02kq6wR46RLg


Enviado por Ana Paula Silveira
Assessoria de Imprensa