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sábado, 20 de junho de 2020

ZéVitor: disponibiliza o EP "Amor e Minimalismo" em todas plataformas digitais


Do álbum "Cronológico", de 2018, ao EP "Crônicas de Um Amor", do início deste ano, passando por uma dezena de singles lançados nesse intervalo, o jovem cantor carioca ZéVitor tem demonstrado versatilidade e muita proficiência.

Agora, no mais novo trabalho, "Amor e Minimalismo", que teve o lançamento no dia de ontem, sexta, dia 19 de junho, fica clara a maturidade – um tanto precoce – do artista.


O EP "Amor e Minimalismo" apresenta as seguintes canções: 1. Amor e Minimalismo / 2. Chama Violeta / 3. Dèjá Vu / 4. Café Amargo / 5. Lápis Lazulli e 6. Aconteceu. Conheça cada uma delas:



"Amor e Minimalismo": a faixa-título que abre o EP demonstra logo de cara a natureza exagerada, dramática da poesia do artista. Talvez por contraste, a melodia e o discurso busquem equilíbrio na corda bamba da canção. O "lindo colírio", o "perigoso veneno", o "breve martírio" são algumas das imagens que, não fossem diluídas na delicadeza de sua interpretação, deixariam transparecer o Cazuza oculto em ZéVitor. Sobre uma execução impecável de violão, viola nordestina e banjo do produtor Mayam Rodilhano, o disco faz jus, ao menos em termos musicais, à sua proposta minimalista. Já o amor, fica por conta das letras.

 "Chama Violeta": Uma das mais cantaroláveis do disco, Chama Violeta é uma espécie de convite aos amantes: "É amor de cinema, trilha de novela, roteiro de filme, história cigana/O mais lindo poema fizeram pra ela/Teu olhar me fisga, teu beijo me chama." Singela, sem grandes artifícios poéticos, como os versos cantados por menestréis e trovadores provençais da idade média acompanhados apenas por uma lira, de onde se origina aliás o termo lirismo. Nesse sentido, guardadas as proporções, ZéVitor se insere no seio da tradição da nossa música ao mesmo tempo em que se insurge como uma nova e autêntica voz.

"Dèjá Vu": o cantor faz um colab com Renan Guerra e, enfim, flerta com um softpop quase dançante, que entraria tranquilamente numa mesma playlist onde constasse Melim, AnaVitoria ou qualquer um dos novos e já representativos nomes da MPB. Embora não menos consistente que as outras, a letra tem lá seus momentos de leveza: Deixa eu te contar um segredo/que meu olhar já deve ter te contado/me entregado, que, entregue, contei nos dedos/os dias pra poder ficar do seu lado.

"Café Amargo": a voz de ZéVitor oscila, ironicamente, entre forte e doce na faixa Café Amargo. Em comum com seus trabalhos anteriores de pegada mais pop, apenas o aspecto romântico: o amor é, afinal, uma constante em sua obra. Mas se antes seu olhar se voltava para a divisão do amor ou para a natureza humana, aqui ele anuncia, não sem dor, o fim de um ciclo. É daquelas músicas de se ouvir em plena fossa ou já devidamente recuperado. Não à toa seu último verso, já despido de roupas sujas, mal lavadas, decide seguir em frente, sem maiores ressentimentos: “Você foi, e eu lembrarei do nosso grande amor. ”

"Lápis Lazulli: Muita poesia suméria faz referência ao lápis lazuli como uma rocha de esplendor real que, em outras épocas, ficou conhecido como safira. Para os romanos, o lápis era um poderoso afrodisíaco. Na Idade Média, acreditou-se que mantinha o corpo saudável e a alma livre do erro e do medo. Há quem diga que contenha propriedades medicinais. Seja como for, a quinta música, Lápis Lazulli, serve aqui para realçar o aspecto místico da personalidade do compositor, incorporando ao seu vocabulário um desconhecido e intrigante simbolismo. Destaque para a belíssima participação de Lou Garcia. A cantora que brilhou no The Voice ainda adolescente dá o toque feminino necessário ao disco nesse emocionante feat.

"Aconteceu" encerra o EP com mais uma letra de coração partido, fazendo lembrar os célebres versos de Manuel Bandeira: "A vida inteira que poderia ter sido e não foi." Pode parecer demais para um artista de apenas 21 anos, mas a melodia, quase falada, é leve e contagiante o suficiente para impedir até o mais atento ouvinte de se sentir para baixo. E nessa mescla de letras quase sempre densas, arranjos delicados e uma voz contemporânea, ZéVitor tem demonstrado que também não é mais garoto. Ao contrário: é porque se refere às relações humanas, sobretudo amorosas, de maneira simples e direta que a faixa, já em sua primeira estrofe, soa tão atual, embora pudesse ter sido escrita vinte ou trinta anos atrás: "Aconteceu o que ia acontecer/Entre nós sempre podemos dizer/Deixe pra trás o que possa nos perder/Vai que esse amor vem nos surpreender."

Essa dualidade do artista contemporâneo, mas atento à tradição, com um discurso direto, embora recheado de mistérios, suave e ao mesmo tempo rascante, ilustra não só Amor e Minimalismo, como todos os passos de ZéVitor nesses primeiros anos de sua trajetória, ainda incipiente, mas já tão sólida.

 Um último e não menos relevante crédito vai para Lucas Paixão, cujo conceito visual tão bem ilustra o espírito do disco. Da capa aos gifs de cada faixa, a delicadeza do traço do designer gráfico realça o cuidado quase artesanal do projeto.

Links relacionados:
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Enviado por Ana Paula Silveira
Assessoria de Imprensa