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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Capital Inicial: uma aula de como se faz um show de rock em POA

Capital Inicial (Auditório Araújo Vianna, Porto Alegre, 10/08/2019)

CAPITAL INICIAL, banda que já é "Habitué" na capital gaúcha, abre aspas, sorte dos fãs; retornou a Porto Alegre, um ano após a sua última apresentação na cidade.

A atual turnê da banda brasiliense intitulada "Sonora" iniciou em junho do ano passado. Gira de divulgação do álbum homônimo lançado, oficialmente, em dezembro de 2018.
A banda vem seguindo uma tendência que vem ganhando força entre bandas, músicos. Durante a turnê os singles do novo álbum foram sendo lançados, trabalhados aos poucos, através dos shows e usando plataformas de streaming.
E ao vivo se pôde confirmar que esse tipo de comportamento aproxima, sem sombra de dúvida, o fã da banda. O público canta mais, interage mais. E foi o que se viu durante a performance. Isso somado ao carisma, domínio de palco de Dinho e a excelência da banda, todos músicos exímios. Foi um show que não deixou ninguém parado. Sem ser piegas, uma aula de como fazer um show de rock.
Após assistir um show do CAPITAL INICIAL, sempre me vem uma indagação à mente. E acredito que grande parte do público pense assim, também.
De qual "fonte" Dinho bebeu? O tempo, literalmente, não passa para esse hitmaker, um dos maiores hitmakers brasileiros. Falando tanto de sua aparência, quanto de sua vitalidade, correndo de um lado para outro do palco. A energia, o tesão mesmo que o frontman tem em estar num palco é contagiante. É puro rock n roll!
Um dos segredos desses "Camaleões do Rock", com certeza à adaptação ao tempo, são atemporais, e assim mantém os fãs antigos e agregam novos fãs a cada trabalho. Foi o que se via na noite do último sábado na tradicional casa de espetáculos porto-alegrense, um público com idade das mais variadas.
Abre aspas, a banda tem um carinho especial com o local do show. O músico fica muito à vontade na capital gaúcha, especialmente no icônico auditório, onde a banda tocou pela primeira vez, no tempo que o Araújo Vianna não era coberto.
As músicas novas, que já foram aprovadas pelo público têm uma sonoridade ímpar. O grande público presente cantava com a banda, obviamente, os clássicos, mas também as músicas mais novas.
Dinho citou durante uma das diversas conversas que teve com o público, que a sonoridade das músicas mais recentes da banda mudou um pouco, está com um certo ar, um frescor; mas sem perder a identidade do grupo.
O Auditório encontrava-se quase que lotado para acompanhar a banda que mistura rock, punk e pop, às vezes tendendo mais para um estilo, às vezes para outro; mas sempre fazendo um som de qualidade e com a sua marca registrada.
O Capital é uma das bandas mais longevas do cenário musical brasileiro. Contabilizam mais de 30 anos de estrada, quase quatro décadas de carreira. São poucas as bandas que conseguem essa façanha, e sempre com a agenda repleta de shows.
A performance teve a duração de quase duas horas e foi composta por músicas que marcaram a carreira da banda, algumas músicas do álbum mais recente e alguns covers. Veja setlist completo a seguir.
Setlist:
Tudo Vai Mudar
Depois da Meia Noite
Quatro Vezes Você
Independência
Todas as Noites
Tudo Que Vai
Leve Desespero
Como Se Sente
Não Me Olhe Assim
Só Eu Sei
Olhos Vermelhos
Primeiros Erros (Chove)
Não Olhe Para Trás
Tempo Perdido
Música Urbana
Fátima
Veraneio Vascaína
Natasha
A Sua Maneira
Seja o Céu
Fogo
Que País É Esse?
Mulher de Fases

Vida Longa ao Capital Inicial!

Agradecimentos à RRany Produtora

Fotos: Sônia Butelli Fotografias

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Cachorro Grande: encerrando a tour de despedida, onde tudo começou

(Opinião, Porto Alegre, 13/07/2019)


A Cachorro Grande anunciou, em novembro do ano passado, que encerraria as atividades em 2019 com uma turnê de despedida.

E no último sábado chegou o dia do encerramento da tour. Encerramento de 20 anos de estrada, de uma exitosa carreira.


A banda de rock gaúcha fez as suas duas últimas apresentações no icônico Bar Opinião. O mesmo local onde tudo começou, presenciou o encerramento das atividades da banda.
Como a procura por ingressos foi imensa, a banda teve que fazer um show extra, foram duas apresentações consecutivas.

E não podiam ter escolhido uma data mais apropriada - O Dia Mundial do Rock.

O Rocksblog conferiu a primeira das duas apresentações da banda de rock gaúcha. Eram 18h15 quando Beto Bruno, Gross e Pedro Pelotas, membros remanescentes da formação original da banda, se juntaram a Eduardo Schuler e Rodrigo Luminatti e subiram ao palco. Com certeza, fizeram o público esquecer a noite fria e chuvosa que fazia na capital.


A tradicional casa de shows estava repleta de fãs que durante 90 minutos acompanharam em uníssono os músicos. Desde a primeira música executada até a última, hit após hit. O repertório, muito bem escolhido, passeou por todas as fases da banda, vide o setlist abaixo.
Setlist:

Você Não Sabe O Que Perdeu
Hey Amigo
Conflitos Existenciais
Que Loucura
Desentoa
Bom Brasileiro
A Hora do Brasil
As Próximas Horas Serão Muito Boas
Como Era Bom
Roda Gigante
Debaixo do Chapéu
Dia Perfeito
O Que Você Tem
Velha Amiga
Sinceramente
Lunático
Sexperienced
My Generation

"O Futuro a Deus Pertence" diz o dito popular" Não gosto desse termo "Despedida", talvez uma pausa sem tempo definido.

Agradecimentos à Opinião Produtora




segunda-feira, 25 de março de 2019

Esteban Tavares: resenha e fotos (Art Tattoo Club, Porto Alegre, 17/03/19)

Leia também no Whiplash.Net

No último domingo, 17 de março de 2019, o cantor, compositor e multi instrumentista Rodrigo "Esteban" Tavares retornou a Porto Alegre para apresentar o álbum "Saca La Muerte de Tu Vida, de 2015, na íntegra. E revisitou, também, clássicos de sua carreira, e músicas do seu álbum mais recente, “Eu, Tu e o Mundo”, de 2017.

Esteban subiu ao palco do Art Tattoo Club juntamente com uma banda completa formada por músicos que já o acompanharam em formações diferentes, e em diferentes turnês. Eram eles- Pedro Pelotas (teclados), Gustavo Baralho (baixo) Marcio Sujeira (bateria) e Paulinho Goulart (gaita) que durante quase duas horas hipnotizaram a sua legião de fãs que preencheu totalmente as dependências da casa de shows.

Abre aspas, parabéns para o responsável pelo som, melhorou muito se comparado ao último show que assisti no antigo Beco.

Chamava atenção a interação entre o músico e seu público e vice-versa, contagiante. O público na sua totalidade conhecia todo o set apresentado, e cantava em uníssono com o músico. Esteban, por sua vez, às vezes deixava o público o levar, meio que se transformava em um maestro, e regia o seus fãs que cantavam a plenos pulmões. E foi assim do início até o fim da performance. Com uma casa lotada por um público, na sua grande maioria por jovens na faixa entre 18 e 25 anos.

Música autoral de extrema qualidade, sensibilidade. Uma música com uma pegada bem acentuada de rock e blues, mas que também transita pela MPB, entre outros estilos.

Tu sai do show querendo ouvir mais e mais... E dá aquela pontinha de esperança de que o velho e bom rock n roll tem muitos mestres e discípulos que não vão deixar o gênero musical, ao contrário do que alguns propagam, morrer.

Vida Longa a Esteban Tavares.

Setlist:

Janeiro/ Milonga
Pra Ser
Chacarera da Saudade
Cigarros e Capitais
Tango Novo
As Terças podem se inverter
Martes
O que não vem
Me Sinto Humano
Cartas aos Desinteressados
Maria
Chacarera da Saudade II (Trilha)
Sétima Maior
Sophia
Basta
Segunda-Feira
Pianinho
Sinto Muito Blues

Agradecimentos a Kadu Pedroso pelo credenciamento.

Fotos: Laura Haddad
https://www.facebook.com/LauraHaddadFotografias/
https://www.facebook.com/lauraghaddad1


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Black Sabbath: informações oficiais sobre o serviço do show em POA


BLACK SABBATH confirmou oficialmente a nova data no Brasil e a apresentação acontece em Porto Alegre (Estacionamento da FIERGS), dia 28 de novembro, com a turnê "The End". Essa é a última chance para ver a antológica banda ao vivo, já que "The End" é sua última excursão ao redor do mundo. Após quase cinco décadas, o grupo foi categórico em dizer: “Quando a turnê for concluída, será realmente o FIM”.

Imagem

Os ingressos estarão disponíveis a partir de 6 de julho (0h01) pela internet (www.ticketsforfun.com.br); às 10h pelos pontos de vendas espalhados pelo Brasil; e a partir das 11h na bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – MULTISOM: Rua dos Andradas, 1001 – Centro). Heineken é a cerveja oficial.

O grupo americano RIVAL SONS é convidado especial da turnê.

TURNÊ “THE END” – BLACK SABBATH NO BRASIL
Realização: TIME FOR FUN e Live Nation
Patrocínio: SKY
Cerveja oficial: Heineken

SERVIÇO PORTO ALEGRE (RS)
Data: 28 de novembro de 2016 (Segunda-Feira)
Horário: 21h
Local: Estacionamento da FIERGS - Av. Assis Brasil, 8787 - Sarandi - Porto Alegre/RS
Capacidade: 30.000 pessoas
Ingressos: de R$ 150 a R$ 560 (ver tabela completa)
Classificação etária: De 10 a 15 anos é permitida a entrada acompanhado de um responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado.
Acesso para deficientes

SETORES

PISTA PREMIUM
R$ 280,00 (Meia-Entrada)
R$ 560,00 (Inteira)

PISTA – LOTE 1
R$ 150,00 (Meia-Entrada)
R$ 300,00 (Inteira)

PISTA – LOTE 2
R$ 160,00 (Meia-Entrada)
R$ 320,00 (Inteira)

PISTA – LOTE 3
R$ 170,00 (Meia-Entrada)
R$ 340,00 (Inteira)

- Meia-entrada: obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a condição de beneficiário: no ato da compra e entrada do evento (para compras na bilheteria oficial e pontos de venda físicos) / na entrada do evento (para compras via internet).

- O público em geral poderá adquirir ingressos a partir de 06 de julho de 2016. A partir da 0h01 pela internet, e a partir das 10h nos pontos de vendas físicos.

-A compra poderá ser parcelada em até 3X.

BILHETERIA OFICIAL – SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA
Multisom – Rua dos Andradas, 1001 – Centro – Porto Alegre – RS
Segunda a sexta-feira, das 11h às 19h. Sábado, das 09h às 17h. Domingos e feriados, fechado.

LOCAIS DE VENDA – COM TAXA DE CONVENIÊNCIA

Taxas de conveniência e de retirada.


FORMAS DE PAGAMENTO
Dinheiro; cartões de crédito MasterCard, American Express, Visa e Diners Club; cartões de débito Visa Electron e MasterCard débito.



Enviado por T4F/ Agência Cigana

Matéria publicada no Whiplash.Net

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Pinga com Groselha: "Brega Rock" resenhado pelo escritor Júlio Verdi


No final de 2015 a banda rio-pretense Pinga com Groselha lançou seu álbum debut intitulado "Brega Rock". Leia a seguir a resenha do mesmo elaborada pelo renomado escritor Júlio Verdi, autor do livro "A História do Rock de Rio Preto".

O cenário do rock brasileiro é composto por bandas que apresentam uma diversidade deflagrante na abrangência lírica. Composições que tratam de amor, violência, religião, política, existencialismo. E algumas delas tem o humor como tônica. Velhas Virgens, Motorocker, Raimundos, Ultraje a Rigor, cada um em seu caminho musical, são exemplos de artistas que possuem em sua trajetória letras que assimilaram o humor como base. E um nome novo no cenário que aposta nessa fórmula é o Pinga com Groselha.

Formado em São José do Rio Preto/SP, em 2011, o Pinga com Groselha tem hoje em suas fileiras Carlos Vinícius (guitarra/vocal), Daniel Leme (baixo/backings) e Ricardo Neves (bateria/backings).



No final de 2015 a banda lançou seu primeiro CD, intitulado "Brega Rock". Analisando o disco podemos categorizá-lo em duas frentes: a parte instrumental se compõe por temas forjados hora por um rock direto e pesado (algumas puro hard rock), algumas com distorções típicas de heavy metal, outras com forte acento pop e outras ainda com algumas diversas roupagens musicais. A segunda frente diz respeito às letras. Humor é algo subjetivo, mas é nítido quando nos deparamos com essa arte feita sem exageros. Ou seja, o Pinga não se enquadra na categoria "banda engraçadinha". A despeito do título do álbum "Brega Rock", não existe similaridade instrumental entre o termo "brega" (utilizado para classificar aquela música popular-romântica, feita por nomes como Waldick Soriano, Reginaldo Rossi ou Amado Batista). Talvez a referência venha da irreverência das letras, cujas sacadas dos temas, quase a maioria, satirizam histórias sobre aventuras recheadas de sacanagem. O disco foi gravado e mixado no estúdio Fermata (de Rio Preto) e é composto de dez faixas.



Como fora elucidado anteriormente, o CD é composto por temas que flertam com várias tendências de rock. O hard rock tradicional (lembrando os grandes trabalhos de um Golpe de Estado) pode ser visto em faixas como "Visita Íntima" (com um riff contagiante, uma das melhores do trabalho, que narra a paixão por uma detenta), "Cine Privê" (com uma levada à base de paletadas, e versa sobre aquela seção de filmes eróticos que passava na TV aberta anos atrás) e "Brega Rock" (uma faixa que trata dos propósitos da própria banda) . Já outros têm uma pegada mais crua, soando como um Titãs (fase "Titanomaquia"), como "Muié das Quebrada". Já "Genilda" conta com um levante flamenco em sua execução. Outras faixas são conduzidas por um acento pop junto às linhas de guitarra (solos e viradas de bateria), como "Passar o Ferro", "Escravo de Seu Amor" (com um quê de old punk rock nas guitas) e "Pesque-Pague".

A única faixa, digamos, séria do trabalho, é a balada "Vestígios", uma ótima composição por sinal, que no esquema violão/voz, traz um refrão daqueles que grudam na mente. E com direito a uma inserção de gaita de fole (contando com o música convidado Gustavo Hernandes) e violões extras (a cargo de Marcos Vale, do estúdio onde foi gravado o trabalho). E, ao chegar no fim do disco, o ouvinte encontra uma versão pesada para a tradicional música "Escravos de Jó", que pode gerar reações auditivas distintas, dependendo de seu estado de humor no momento.

Enfim é um trabalho que vai com certeza trazer diferentes opiniões de quem o consumir. Mas talvez resida aí seu objetivo: ser diferente, ser polêmico, fugir dos padrões de seriedade do rock nacional da atualidade.

A "Ready to Rock" conversou com Carlos Vinícius, mentor da banda, sobre sua estréia em disco e os demais detalhes que envolvem a carreira da banda. Leia no link a seguir.
http://readytorockroll.blogspot.com.br/


Links relacionados


Contato para shows pelo fone (17) 98821-3431 c/ Carlos Vinícius

Leia  matéria no Whiplash.Net.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

David Gilmour: 16/12/2015, Porto Alegre, Arena do Grêmio

No dia posterior ao show na capital gaúcha acordei encima do horário para uma consulta médica. Cheguei ao guichê 10 minutos antes do horário marcado. Ainda ofegante, percebo que o atendente cantarolava alegremente "Shine On You Crazy Diamond". Atendeu-me e continuou cantarolando em alto e bom tom. 

Pensei na hora, com certeza, foi contaminado pelo show da noite anterior... 



Ainda não eram 21h da noite de quarta-feira, dia 16 de dezembro de 2015, para ser mais precisa, faltavam 4 minutos para o horário marcado para o início do show,  e David Gilmour já subia ao palco da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O show na capital gaúcha encerrou a etapa brasileira da "
Pink Floyd’s David Gilmour – Rattle That Lock World Tour 2015/16" que já havia passado por São Paulo e Curitiba.

Demorou, mas finalmente estávamos diante de um dos maiores nomes da história do rock mundial. O músico britânico de 69 anos que ficou famoso como vocalista e guitarrista da banda de rock Pink Floyd,  nunca havia se apresentado no Brasil até então.

Gilmour emocionou uma legião de fãs de todas as idades que enchiam quase que totalmente a Arena do Grêmio. Público estimado em 40 mil pessoas pela produtora local do mega-evento.

O setlist do show foi o mesmo apresentado na capital paranaense.
"Rattle That Lock", álbum solo mais recente de Gilmour e que intitula a tour,  lançado há exatos três meses, foi responsável por 1/3 do setlist apresentado.






Durante o restante do show o músico, que foi acompanhado por Phil Manzanera – (guitarra), Guy Pratt (baixo), Jon Carin (teclado), Stevie DiStanislao (bateria e percussão), Kevin McAlea (teclado)Bryan Chambers (backing vocal), Louise Marshall (backing vocal) e João Mello (sax), curitibano de apenas 20 anos de idade que a pouco foi adicionado ao grupo, desfilou uma sucessão de hits da banda que Gilmour capitaneou durante tanto tempo. 

"Wish You Were Here" foi o primeiro dos hits do Pink Floyd, quarta música apresentada na memorável noite por Gilmour, e óbviamente foi a primeira música cantada na íntegra pela plateia, e o mesmo fato aconteceu quando da execução de "Money", "Shine On You Crazy Diamond", "Time"...

Como disse um amigo foi "covardia" terminar o show com "Comfortably Numb". Sabia-se de antemão que esse "hino" encerraria a performance, mas na hora que se ouviram os primeiros acordes foi emocionante...Foi lindo demais ver a finalização de um show tão aguardado com um coro gigantesco formado por 40 mil vozes em uníssono.

Aposto que mesmo o músico acostumado a grandes plateias emocionou-se com esse momento ímpar.

"Nos vemos qualquer dia destes" comentou Gilmour numa das poucas vezes que se dirigiu ao público durante o show. Não interagiu? retifico, o músico interagiu da melhor maneira que poderia fazê-lo. Através de sua música, através da forma única que toca e seus solos inconfundíveis.

Ondas de arrepios iam e vinham durante a performance desse músico que mostrou o porquê é considerado um dos melhores guitarristas do mundo de todos os tempos. Uns chegaram às lágrimas.




Esse tipo de emoção me fez até esquecer uma ínfima parte do público que em vez de curtir o show atrapalhando a grande maioria que estava alí para ver o "Mestre" e não para fazer os famigerados vídeos e selfies com seus celulares de última geração. 


O show durou pouco mais de duas horas e meia, e  com certeza, entrou para a história dos melhores e inesquecíveis shows que já passaram por aqui.

Tem pessoas que questionam o porquê de ir a um show, o porquê de se pagar às vezes um valor alto pelo mesmo e bla´-blá- blá...Eu só digo que nada, NADA se compara à essa troca de energia, à essa emoção que shows como esse que presenciamos na última quarta-feira transmitem.


O show fecha o ano em que a Hits Entretenimento completa 10 anos de atividade, aliás a produtora pode orgulhar-se por ter trazido dois dos maiores integrantes do Pink Floyd à Porto Alegre; em 2012 foi a responsável pela vinda de Roger Waters.

Fotos: Edu Defferari/ Hits Entretenimento






Agradecimentos à Hits Entretenimento pela produção do evento e pelo credenciamento.


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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Emmerson Nogueira: o estilo "barzinho e violão" no palco do Araújo Vianna em POA



Emmerson Nogueira, cantor e multi-instrumentista autodidata, que já tem mais de dez anos de carreira percorrendo todo o Brasil executando clássicos do pop e do rock em formato acústico, voltou a apresentar-se em Porto Alegre na última sexta-feira, dia 13 de novembro.

O público que compareceu ao Auditório Araújo Vianna foi presenteado com dois shows em vez de um, pois considerar a apresentação de Gleison Túlio, como abertura, seria um erro. O mais correto, na minha opinião, é considerá-lo um convidado especial.


Gleison, mineiro assim como Emmerson, iniciou sua apresentação arrebatadora às 21h. Tocou três músicas e, sem ser piegas, deixou todos com aquele gostinho de quero mais. O que ele faz com sua guitarra acústica, aliada ao seu vocal certeiro e potente é único. Às vezes usa-se o termo "showman" ou melhor, "One Man Band" equivocadamente, vendo Gleison em ação, penso na hora, o termo foi criado para ele, com certeza. Além de tocar violão, usava o instrumento para também fazer umas batidas meio que tribais, ele cria sons, mixa sons, que dão à cada cover executado uma roupagem ímpar. O medley do Pink Floyd foi o ápice de sua performance, deixando os que não conheciam o músico, confesso que me incluo nesse grupo, boquiabertos, e os que conheciam também. Depois do mini show, só penso numa coisa - Volte Gleison, o mais rápido possível, com um show integral.


Emmerson Nogueira, músico responsável por levar o estilo "barzinho e violão" ao mainstream, iniciou a sua apresentação acompanhado de sua competentíssima banda exatamente às 21h24. A trupe apresentou um mega passeio por clássicos do pop e do rock, ou melhor, da boa música, como Supertramp, Bee Gees, Toto, Creedence, Pink Floyd, Beatles, Marillion, Genesis, Joe Cocker, Eagles, entre outros, que durou mais de duas horas, para ser mais exata, 2h20.


Nota 10 para o show que fugiu do formato acústico tradicional. E isso deve-se à qualidade dos músicos que acompanham Emmerson, aos arranjos bem feitos e pra lá de criativos das músicas apresentadas e a produção do show, impecável. Agora entendi por que o músico viaja o país inteiro com esse projeto único durante tanto tempo. Única crítica que tenho seria em relação à backing vocal, na minha opinião, duas backings seriam o ideal.

Para fechar o show com chave de ouro Emmerson convida para o palco o músico que "abriu" seu o show, novamente. Emmerson Nogueira e Gleison Túlio tocam "Sweet Home Alabama", e são ovacionados pelo público.

E se o Araújo Vianna não encontrava-se lotado é devido somente à infinidade de shows que a capital gaúcha tem recebido.

Fotos: Sônia Butelli

Veja mais fotos aqui.

Agradecimentos à Hits Entretenimento responsável pelo evento.