No dia posterior ao show na capital gaúcha acordei encima do horário para uma consulta médica. Cheguei ao guichê 10 minutos antes do horário marcado. Ainda ofegante, percebo que o atendente cantarolava alegremente "Shine On You Crazy Diamond". Atendeu-me e continuou cantarolando em alto e bom tom.
Pensei na hora, com certeza, foi contaminado pelo show da noite anterior...
Ainda não eram 21h da noite de quarta-feira, dia 16 de dezembro de 2015, para ser mais precisa, faltavam 4 minutos para o horário marcado para o início do show, e David Gilmour já subia ao palco da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O show na capital gaúcha encerrou a etapa brasileira da "Pink Floyd’s David Gilmour – Rattle That Lock World Tour 2015/16" que já havia passado por São Paulo e Curitiba.
Demorou, mas finalmente estávamos diante de um dos maiores nomes da história do rock mundial. O músico britânico de 69 anos que ficou famoso como vocalista e guitarrista da banda de rock Pink Floyd, nunca havia se apresentado no Brasil até então.
Gilmour emocionou uma legião de fãs de todas as idades que enchiam quase que totalmente a Arena do Grêmio. Público estimado em 40 mil pessoas pela produtora local do mega-evento.
O setlist do show foi o mesmo apresentado na capital paranaense.
"Rattle That Lock", álbum solo mais recente de Gilmour e que intitula a tour, lançado há exatos três meses, foi responsável por 1/3 do setlist apresentado.
Durante o restante do show o músico, que foi acompanhado por Phil Manzanera – (guitarra), Guy Pratt (baixo), Jon Carin (teclado), Stevie DiStanislao (bateria e percussão), Kevin McAlea (teclado), Bryan Chambers (backing vocal), Louise Marshall (backing vocal) e João Mello (sax), curitibano de apenas 20 anos de idade que a pouco foi adicionado ao grupo, desfilou uma sucessão de hits da banda que Gilmour capitaneou durante tanto tempo.
"Wish You Were Here" foi o primeiro dos hits do Pink Floyd, quarta música apresentada na memorável noite por Gilmour, e óbviamente foi a primeira música cantada na íntegra pela plateia, e o mesmo fato aconteceu quando da execução de "Money", "Shine On You Crazy Diamond", "Time"...
Como disse um amigo foi "covardia" terminar o show com "Comfortably Numb". Sabia-se de antemão que esse "hino" encerraria a performance, mas na hora que se ouviram os primeiros acordes foi emocionante...Foi lindo demais ver a finalização de um show tão aguardado com um coro gigantesco formado por 40 mil vozes em uníssono.
Aposto que mesmo o músico acostumado a grandes plateias emocionou-se com esse momento ímpar.
"Nos vemos qualquer dia destes" comentou Gilmour numa das poucas vezes que se dirigiu ao público durante o show. Não interagiu? retifico, o músico interagiu da melhor maneira que poderia fazê-lo. Através de sua música, através da forma única que toca e seus solos inconfundíveis.
Ondas de arrepios iam e vinham durante a performance desse músico que mostrou o porquê é considerado um dos melhores guitarristas do mundo de todos os tempos. Uns chegaram às lágrimas.
Esse tipo de emoção me fez até esquecer uma ínfima parte do público que em vez de curtir o show atrapalhando a grande maioria que estava alí para ver o "Mestre" e não para fazer os famigerados vídeos e selfies com seus celulares de última geração.
O show durou pouco mais de duas horas e meia, e com certeza, entrou para a história dos melhores e inesquecíveis shows que já passaram por aqui.
Tem pessoas que questionam o porquê de ir a um show, o porquê de se pagar às vezes um valor alto pelo mesmo e bla´-blá- blá...Eu só digo que nada, NADA se compara à essa troca de energia, à essa emoção que shows como esse que presenciamos na última quarta-feira transmitem.
O show fecha o ano em que a Hits Entretenimento completa 10 anos de atividade, aliás a produtora pode orgulhar-se por ter trazido dois dos maiores integrantes do Pink Floyd à Porto Alegre; em 2012 foi a responsável pela vinda de Roger Waters.
Fotos: Edu Defferari/ Hits Entretenimento
Agradecimentos à Hits Entretenimento pela produção do evento e pelo credenciamento.
Leia matéria no Whiplash.Net
Pensei na hora, com certeza, foi contaminado pelo show da noite anterior...
Ainda não eram 21h da noite de quarta-feira, dia 16 de dezembro de 2015, para ser mais precisa, faltavam 4 minutos para o horário marcado para o início do show, e David Gilmour já subia ao palco da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O show na capital gaúcha encerrou a etapa brasileira da "Pink Floyd’s David Gilmour – Rattle That Lock World Tour 2015/16" que já havia passado por São Paulo e Curitiba.
Gilmour emocionou uma legião de fãs de todas as idades que enchiam quase que totalmente a Arena do Grêmio. Público estimado em 40 mil pessoas pela produtora local do mega-evento.
O setlist do show foi o mesmo apresentado na capital paranaense.
"Rattle That Lock", álbum solo mais recente de Gilmour e que intitula a tour, lançado há exatos três meses, foi responsável por 1/3 do setlist apresentado.
Durante o restante do show o músico, que foi acompanhado por Phil Manzanera – (guitarra), Guy Pratt (baixo), Jon Carin (teclado), Stevie DiStanislao (bateria e percussão), Kevin McAlea (teclado), Bryan Chambers (backing vocal), Louise Marshall (backing vocal) e João Mello (sax), curitibano de apenas 20 anos de idade que a pouco foi adicionado ao grupo, desfilou uma sucessão de hits da banda que Gilmour capitaneou durante tanto tempo.
"Wish You Were Here" foi o primeiro dos hits do Pink Floyd, quarta música apresentada na memorável noite por Gilmour, e óbviamente foi a primeira música cantada na íntegra pela plateia, e o mesmo fato aconteceu quando da execução de "Money", "Shine On You Crazy Diamond", "Time"...
Como disse um amigo foi "covardia" terminar o show com "Comfortably Numb". Sabia-se de antemão que esse "hino" encerraria a performance, mas na hora que se ouviram os primeiros acordes foi emocionante...Foi lindo demais ver a finalização de um show tão aguardado com um coro gigantesco formado por 40 mil vozes em uníssono.
Aposto que mesmo o músico acostumado a grandes plateias emocionou-se com esse momento ímpar.
"Nos vemos qualquer dia destes" comentou Gilmour numa das poucas vezes que se dirigiu ao público durante o show. Não interagiu? retifico, o músico interagiu da melhor maneira que poderia fazê-lo. Através de sua música, através da forma única que toca e seus solos inconfundíveis.
Ondas de arrepios iam e vinham durante a performance desse músico que mostrou o porquê é considerado um dos melhores guitarristas do mundo de todos os tempos. Uns chegaram às lágrimas.
Esse tipo de emoção me fez até esquecer uma ínfima parte do público que em vez de curtir o show atrapalhando a grande maioria que estava alí para ver o "Mestre" e não para fazer os famigerados vídeos e selfies com seus celulares de última geração.
O show durou pouco mais de duas horas e meia, e com certeza, entrou para a história dos melhores e inesquecíveis shows que já passaram por aqui.
Tem pessoas que questionam o porquê de ir a um show, o porquê de se pagar às vezes um valor alto pelo mesmo e bla´-blá- blá...Eu só digo que nada, NADA se compara à essa troca de energia, à essa emoção que shows como esse que presenciamos na última quarta-feira transmitem.
Fotos: Edu Defferari/ Hits Entretenimento
Agradecimentos à Hits Entretenimento pela produção do evento e pelo credenciamento.
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