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terça-feira, 4 de junho de 2019

Johnny Hooker: encerrando a turnê do álbum "Coração" em POA

Escrito por Juliana Masutti
Fotos: Laura Haddad

Na última sexta-feira, dia 31 de maio, Johnny Hooker retornou a Porto Alegre com "a promessa de trazer o seu amor de volta (ou tirar ele para sempre da sua vida)."



Desta vez o cantor, compositor, ator e roteirista brasileiro, trouxe a turnê do seu segundo álbum "Coração" à capital gaúcha, tour que já passou por quase todas as capitais do país e também teve datas em Lisboa, Porto, Berlim e Barcelona.

O músico recifense aqueceu a noite chuvosa e o coração dos gaúchos com suas canções e discursos passionais. Depois de uma entrada triunfante, com um dos quatro figurinos que usou durante sua performance, em meio à lantejoulas e um acessório de cabeça que remetia a orixás, convidou os presentes a participarem de sua macumba.

Envolvente e performático, Hooker, bebeu da fonte de Ney Matogrosso, apesar de se intitular filho do Bowie.



A plateia cantou junto cada uma das suas dezesseis músicas que compuseram o repertório que prestigiou seus dois álbuns de estúdio "Eu Vou Fazer uma Macumba pra Te Amarrar, Maldito!" de 2015 e "Coração" de 2017.  Brasileiríssimo que é, trouxe a magia do nordeste para o palco do Opinião, fazendo o público pular em ritmo de carnaval ao som de "Beija-flor" e "Caetano Veloso"

Ao apresentar a banda que o acompanhava, Johnny, exaltou a "prata da casa" João Augusto Lopes, o "Jojô", integrante da banda Império da Lã e da banda Lunes.

Engajado, neste momento reforçou que a arte é um instrumento de luta e justificou sua nomeação como campeão da igualdade da campanha da ONU Livres & Iguais no Brasil em 2018. Este título é conferido à pessoas que apoiam oficialmente a iniciativa das Nações Unidas pela igualdade de direitos e tratamento justo da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, pessoas trans e intersexo (LGBTI).


Johnny encerrou o show dizendo que estava com saudades de Porto Alegre; fazia 1 ano e meio da sua última apresentação na cidade e canta "Flutua", repetindo que "um novo tempo há de vencer (...) e ninguém vai poder, querer nos dizer como amar"

Setlist:

Intro
Touro
Alma Sebosa
Corpo Fechado
Chega de Lágrimas
Caetano Veloso
Volta
Eu Vou Fazer uma Macumba pra Te Amarrar, Maldito!
Você Ainda Pensa?
Amor Marginal
Poeira de Estrelas
Coração de Manteiga de Garrafa
Eu Não Sou Seu Lixo
Boato
Beija-Flor
Escandalizar/ Desbunde Geral
Flutua


Agradecimentos a Opinião Produtora

Veja mais fotos do show AQUI.


sábado, 6 de abril de 2019

Humberto Gessinger: primeira noite no Opinião em POA, desplugado

'Humberto Gessinger (Bar Opinião, Porto Alegre, 03/04/19)'



O cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, Humberto Gessinger, retornou no Bar Opinião, tradicional casa de shows gaúcha, nesta semana.

Foram duas performances em dias consecutivos. Pela primeira vez, o músico se apresentou em duas noites seguidas, com duas formações - Acústico e Power Trio - e setlists diferentes. O local escolhido para tal estreia não podia ser melhor; Porto Alegre, a terra natal do artista.

O primeiro show foi realizado na quarta-feira (03/04). Nele, Gessinger, revisitou sua fase acústica (de 2004 a 2012) que ficou registrada nos DVDs - "Acústico MTV", "Novos Horizontes" e "Pouca Vogal". Veja setlist completo abaixo.

Eram 22h15 quando o eterno líder dos ENGENHEIROS DO HAWAII subiu ao palco juntamente com Paulinho Goulart (acordeon) e Nando Peters (baixo). E durante, aproximadamente, 1h40, fez o icônico Opinião, que se encontrava lotado por fãs, acompanhá-los em coro. Fãs, literalmente, de todas as idades. Poucas vezes se viu um público tão eclético num show de rock. Fãs novos, fãs antigos, renovados. Poucos são os mortais que conseguem tal façanha. Mas em se tratando do multifacetado artista, imortal é o termo mais adequado.

Um repertório de qualidade, que contou com clássicos conjuntamente com músicas que não são muito frequentes nos shows para o deleite dos presentes. Junte-se a isso exímios músicos, um cenário lindo, iluminação e som nota mil e casa cheia. O resultado foi um show perfeito, que deixou a todos sedentos por mais.
E deu num bom "gauchês", aquela vontade de gritar "- "Ah! Eu Sou Gaúcho(a)!"



Setlist:

Sem problema / Pose
A Montanha / Voo do Besouro
Somos Quem Podemos Ser
No Meio de Tudo, Você
Ando Só
Novos Horizontes/ Quanto Vale
Nuvem
Realidade Virtual
Cadê?
Armas Químicas e Poemas
Insular / Ilex Paraguariensis / Vozes / Terra de gigantes
Vertical
O Preço
Outras frequências / Luz
Das Tripas Coração
Pra Caramba
Eu Que Não Amo Você
Pra ser sincero / 3x4
Até o Fim
Sua Graça / Revolta dos Dândis I

Quinta-feira, dia 04 de abril, um novo trio, agora plugado...

mas isso é assunto para próxima resenha..





segunda-feira, 25 de março de 2019

Esteban Tavares: resenha e fotos (Art Tattoo Club, Porto Alegre, 17/03/19)

Leia também no Whiplash.Net

No último domingo, 17 de março de 2019, o cantor, compositor e multi instrumentista Rodrigo "Esteban" Tavares retornou a Porto Alegre para apresentar o álbum "Saca La Muerte de Tu Vida, de 2015, na íntegra. E revisitou, também, clássicos de sua carreira, e músicas do seu álbum mais recente, “Eu, Tu e o Mundo”, de 2017.

Esteban subiu ao palco do Art Tattoo Club juntamente com uma banda completa formada por músicos que já o acompanharam em formações diferentes, e em diferentes turnês. Eram eles- Pedro Pelotas (teclados), Gustavo Baralho (baixo) Marcio Sujeira (bateria) e Paulinho Goulart (gaita) que durante quase duas horas hipnotizaram a sua legião de fãs que preencheu totalmente as dependências da casa de shows.

Abre aspas, parabéns para o responsável pelo som, melhorou muito se comparado ao último show que assisti no antigo Beco.

Chamava atenção a interação entre o músico e seu público e vice-versa, contagiante. O público na sua totalidade conhecia todo o set apresentado, e cantava em uníssono com o músico. Esteban, por sua vez, às vezes deixava o público o levar, meio que se transformava em um maestro, e regia o seus fãs que cantavam a plenos pulmões. E foi assim do início até o fim da performance. Com uma casa lotada por um público, na sua grande maioria por jovens na faixa entre 18 e 25 anos.

Música autoral de extrema qualidade, sensibilidade. Uma música com uma pegada bem acentuada de rock e blues, mas que também transita pela MPB, entre outros estilos.

Tu sai do show querendo ouvir mais e mais... E dá aquela pontinha de esperança de que o velho e bom rock n roll tem muitos mestres e discípulos que não vão deixar o gênero musical, ao contrário do que alguns propagam, morrer.

Vida Longa a Esteban Tavares.

Setlist:

Janeiro/ Milonga
Pra Ser
Chacarera da Saudade
Cigarros e Capitais
Tango Novo
As Terças podem se inverter
Martes
O que não vem
Me Sinto Humano
Cartas aos Desinteressados
Maria
Chacarera da Saudade II (Trilha)
Sétima Maior
Sophia
Basta
Segunda-Feira
Pianinho
Sinto Muito Blues

Agradecimentos a Kadu Pedroso pelo credenciamento.

Fotos: Laura Haddad
https://www.facebook.com/LauraHaddadFotografias/
https://www.facebook.com/lauraghaddad1


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

"Braza e Francisco, el hombre (Opinião, POA, 13/12/18)"



O Braza e Francisco, el hombre, se apresentaram no último dia 13 de dezembro, no Bar Opinião, em Porto Alegre. Com a turnê intitulada "Francisca, La Braza", o show, que teve duração de aproximadamente 2h30, lotou a icônica casa de shows de fãs e boas energias.



Quem iniciou os shows da noite foi o "Francisco, el hombre", que foi acompanhado do coro do público do início ao final das canções. Com muitas letras de cunho político e protesto, aos gritos de "Ele Não" entre as apresentações, e com o feminismo presente em todos os momentos, a banda conseguiu tirar o público do lugar, literalmente. Proporcionando uma experiência indescritível aos olhos de quem nunca tinha visto um show ao vivo da banda antes. 

Em dado momento da performance, após as muitas famosas rodas punk que formaram-se ao longo da performance, a banda criou uma grande "confusão" com os presentes. Fez  com que o público que estava de um lado da pista passasse para o outro lado e vice-versa. Foi incrível!




O show, que começou às 23h30 teve a participação de membros do Braza em algumas canções.

Após meia hora de intervalo para remontagem do palco e afinação dos instrumentos, o Braza finalmente subiu ao palco, em torno de 1h30 da manhã, arrancando muitos gritos da platéia que aguardava ansiosa. As músicas também foram acompanhadas por grande parte do público em uníssono e, na mesma pegada de Francisco, arrancando-os do chão.

Apesar da animação presente, na metade da apresentação já se viam pessoas indo embora do local do show, talvez pelo adiantado da hora.

Ao final, as duas bandas se juntaram e encerraram o show com "Batida do Amor" , canção tão aguardada pelos fãs.



Agradecimentos à Opinião Produtora.

Veja mais fotos aqui.