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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Alekto: encerra turnê pela Europa e lança série de vídeos no Facebook

foto: divulgação

A banda Alekto finalizou recentemente importante longa série de bem-sucedidas apresentações pela Europa para promover o debut “The Unpleasant Reality”. A turnê que durou um pouco mais de um mês, passou por diversos países como França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Polônia, República Tcheca, Hungria, Romênia e Bulgária.

Durante todo este tempo na estrada, Will Weber (vocal), Jhoka Ribeiro (bateria), Cauê de Marinis (baixo) e Rodrigo Mosca (guitarra) provaram por que estão sendo reconhecidos como a mais nova potencia do heavy metal brasileiro no cenário internacional na atualidade.

Com uma performance bastante agressiva, o supergrupo conquistou a atenção do público, da exigente mídia europeia e lançou interessante série de vídeos e galeria de fotos no Facebook. Confira em https://www.facebook.com/alektometal.

“Foi uma turnê intensa, praticamente sem dias livres, com toda a banda concentrada nos shows, vivendo apenas a música e nada mais durante esses 40 dias. Saímos com a sensação de ter participado de algo muito especial! Caímos na estrada sem saber exatamente o que esperar, como a banda é muito nova, não sabíamos qual seria a reação da galera e a receptividade foi extremamente positiva em todos os shows. Encontramos velhos amigos, conquistamos novos públicos, zeramos o merchandising (haha) e sem dúvida, terminamos a turnê com um sentimento de dever cumprido, que agora abre um futuro muito animador para os próximos passos na carreira do Alekto. Somos muito gratos a todos os envolvidos e, obviamente, a todos os fãs que estiveram nos shows e gritaram conosco”, declarou o baterista Jhoka Ribeiro.



Com pouco menos de um ano de existência, os músicos aprimoraram seu estilo e suas composições, entraram em estúdio e logo gravaram o debut álbum “The Unpleasant Reality”, que está disponível nas principais plataformas digitais como Amazon, Apple Music, deezer, Google Music, iTunes, Napster e Spotify via Atração Fonográfica. Mais informações em https://goo.gl/mRXlrR.

O Alekto traz uma proposta sonora agressiva e moderna, misturando peso, melodia e groove, o que resulta em um som único e visceral. “The Unpleasant Reality” é um rolo compressor em alta velocidade. A ideologia deste trabalho traz uma visão abstrata da natureza humana, análise políticas e sociais juntamente com uma reflexão acerca do comportamento social perante problemas comuns que todos enfrentamos.

O Alekto conta com o apoio da SJC Drums, PAISTE Cymbals, Borne Amplificadores, Casa dos Bateristas, Csicisticks, Ernie Ball, Trick Drums e Solid Sound. Produtores interessados em contratar o show do Alekto devem entrar em contato pelo e-mail alekto@alektometal.com ou pelo telefone (11) 996.172.227.

Links relacionados:
https://www.alektometal.com
https://www.facebook.com/alektometal
https://www.facebook.com/UltimateMusicPR





Enviado por The Ultimate Music Press

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Camisa de Vênus: escolheu POA para a gravação de DVD (Veja o porquê)


A banda baiana de rock voltou a Porto Alegre no último sábado, dia 22 de outubro, para mais um show que ficará, com certeza, na história da banda e na história da cidade.

Ainda excursionando com a sua turnê comemorativa de 35 anos de carreira, que iniciou em 2015 e que já passou inclusive pelo Araújo Vianna em maio do ano passado, a banda retornou para comemorar o lançamento do álbum de inéditas "Dançando na Lua" após 20 anos, e gravação do novo DVD, segundo do grupo.

Alguém pode estar se perguntando nesse momento mas porque escolheram a capital gaúcha para a gravação do DVD? Para quem não esteve presente no evento, irei tentar explicar o motivo no texto que segue.

Chegando ao local do show avista-se ao longe um Simca Chambord estacionado no gramado do imponente Araújo Vianna. Sim, o Simca Chambord da música homônima, música lançada bem no início da carreira da banda, no início da década de 80, com sua letra de protesto, e que continua tão atual, não concordam? Aliás as músicas da banda têm essa característica, são atemporais. Talvez aí esteja um dos segredos da longevidade do sucesso da Camisa de Vênus.

O próprio músico cita isso durante o show. Antes de interpretar " Deus Me Dê Grana" ele fala - A próxima canção parece mais atual que quando foi escrita.

Voltando ao início do show. Ainda antes de entrar no auditório, via-se um aglomerado de pessoas aproveitando diversas atrações no lado de fora da casa tradicional de shows, anunciando a noite memorável que aconteceria.


O show iniciou com alguns minutos de atraso, para ser mais precisa, 20 minutos de atraso. Totalmente aceitável em se tratando da gravação de um DVD e toda infraestrutura que envolve tal feito. Ninguém reclamou da demora.

Num telão gigante começa a passar um vídeo com a história da criação do preservativo, da Camisa de Vênus que deu nome à banda. Nome que a banda negou-se a trocar e que por isso foi considerada pelo sistema uma ovelha negra, uma banda, entre aspas, maldita, banida da grande mídia, mas que nem por isso deixou de transformar-se uma das bandas de rock mais importantes do país.

Os membros remanescentes da formação original da banda, Marcelo Nova (vocal) e Robério Santana (baixo), juntamente com Drake Nova (guitarrista), Leandro Dalle (guitarra) e Célio Glouster (bateria) foram recebidos pelo público, que praticamente lotou a casa de shows, com o grito de guerra da banda "Bota pra Fudê", em alto e bom tom. Grito que foi repetido diversas vezes pelo público.



Tive o privilégio de estar entre os que presenciaram a estreia da Camisa de Vênus  há 32 anos atrás aqui mesmo no Araújo Vianna quando a banda baiana foi surpreendida com um auditório, ainda sem a atual cobertura, bem lembrado pelo músico, com o local totalmente lotado, bem parecido como o que ocorreu no dia da gravação do DVD no último sábado.

A gravação do DVD transcorreu sem maiores problemas. Apenas a música "Manhã Manchada de Medo" composta com seu filho, Drake, e que faz parte do mais recente trabalho, que teve que ser repetida devido a um pequeno problema técnico. E alguém reclamou disso? óbvio que não.

Constatei, assim como muito dos presentes,  que o tempo só fez bem a Marcelo. A voz dele está melhor do que nunca, sua performance irretocável, presença de palco então, como poucos. Nem parece que já contabiliza 65 anos de idade. O músico pra lá de perfomático não parou um minuto sequer durante o show. Haja fôlego!

E o que falar da nova formação, dos integrantes novos que acompanham essas duas lendas do rock nacional, Marcelo e Robério? Músicos competentíssimos, com muita experiência e totalmente entrosados. 

Marcelo interagiu muito com a plateia durante o show, contando um pouco da história de algumas das músicas executadas.

Setlist:

Bota Pra Fudê
Hoje
Beth Morreu
Dançando na Lua 
Manhã Manchada de Medo 
Quem é Você?
Gothan City
Eu vi o Futuro
Muita Estrela, Pouca Constelação
Vento Insensato 
Deus Me Dê Grana
A Ferro e Fogo
Raça Mansa 
Isso é só o fim
My Way
Sílvia
Simca Chambord
Eu Não Matei Joana D'arc 



O vocalista arrancou risos do público quando falou:
Não esqueçam daqui há 40 anos, quando o marcelão não estiver mais aqui, você que agora está com 30 anos mostrará para seus netos o "bota pra fudê" da banda que tinha um bordão.

E continua. Ontem recebi um telefonema de Mick Jagger e ele falou para mim  - Rodamos pelo mundo inteiro mas nós não temos um grito de guerra como o Camisa de Vênus tem - brincou Marcelo Nova.

O público cantou, brincou, enfim foi uma noite única.

Durante a execução de "Isso É Só o Fim", as luzes, a pedido de Marcelo, foram direcionadas ao público que assumiu os vocais nesse momento. Ele pede para que os presentes não o decepcionem, e ao final da mesma, satisfeito, diz que estão todos contratados.

"Silvia" também fez o público brincar muito, cantar muito. Mas isso se repetiu inúmeras e inúmeras vezes durante o show.

O músico era só agradecimentos ao velhos fãs e aos novos.

Obrigado por guardarem no cérebro, no coração e na memória nossas canções!! Disse o líder da banda nitidamente emocionado.

O show, que teve quase duas horas de duração, não teve bis. Como se sabe, Marcelo Nova não gosta de coisas ensaiadas, montadas e bis em show se encaixam nessas palhaçadas, segundo o músico.

"Eu Não Matei Joana D'arc" com seus inúmeros "falsos finais" quase fez ruir as estruturas da icônica casa de shows.








Acredito que deu para entender  o porquê Porto Alegre foi escolhida para a gravação do DVD da banda. Em caso negativo recomendo que você assista o registro quando disponível. Sem dúvida as imagens lhe convencerão.

Fotos: Sônia Butelli

Agradecimentos à Agência Cigana pelo credenciamento.

Veja mais fotos aqui.

Leia matéria no Whiplash.Net



segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Djavan: segue na estrada com a turnê de "Vesúvio" - Dia 19 de março, no Teatro do Bourbon Country


Um dos mais populares artistas da música popular brasileira, Djavan continua a todo vapor em 2020. Depois de mais de 50 apresentações com casas cheias pelo Brasil e pela Europa, o cantor retoma a turnê de “Vesúvio” (Luanda Records/Sony Music), vigésimo quarto álbum de sua carreira, com uma nova série de shows a partir de fevereiro. Além de canções do último trabalho, como os singles “Solitude”, “Vesúvio” e “Orquídea”, o repertório do espetáculo inclui também sucessos do alagoano, como “Se”, “Flor de Lis”, “Eu te devoro” e “Samurai”, entre outras.

O cantor fará as duas últimas apresentações de “Vesúvio” nas cidades de Porto Alegre e Curitiba com a Opus Entretenimento. Na capital gaúcha, o show acontece dia 19 de março, no Teatro do Bourbon Country. No Paraná, Djavan apresenta seu espetáculo para os fãs no dia 21 de março, no Teatro Positivo. Os ingressos custam a partir de R$100,00 e será possível aproveitar o Ingresso Solidário, que garante 40% de desconto em todos em setores, mediante a doação de 1kg de alimento não perecível. Todas as informações podem ser encontradas no serviço abaixo.


- Estou sempre buscando novas motivações e para mim pareceu um desafio imenso fazer música pop neste momento, eu que normalmente em meus discos invisto na diversificação _ afirma Djavan. _ E quis fazer um disco pop também pelo momento em que estamos vivendo, nebuloso, de tanta incerteza no país e no mundo. Queria que a minha mensagem musical chegasse com mais facilidade, com mais fluidez, cristalina.

Djavan apresenta uma nova banda composta por velhos companheiros como o guitarrista João Castilho e os pianistas Paulo Calasans e Renato Fonseca, e dois músicos novos, o baixista Marcelo Mariano e o baterista Felipe Alves, uma cozinha com um suingue ainda mais pop para a sua nova safra de canções. É o próprio compositor quem assina a direção do espetáculo, que tem cenário de Suzane Queiroz, projeto de luz de Binho Schaefer e figurino de Roberta Stamato.

Para mais informações sobre Djavan, acesse:

Assessoria de imprensa - Djavan
Factoria Comunicação
Tel: +55 (21) 2249-1598 / 2259-0408

Porto Alegre (RS)
Dia:19 de março (quinta-feira) às 21h
Duração: 90min
Classificação: Livre
Local: Teatro do Bourbon Country (Avenida Tulio de Rose, 80 –  Shopping Bourbon Country  – Passo d’Areia) 


INGRESSOS
*todos os setores possuem o Ingresso Solidário, com 40% de desconto. Para validação, basta levar 1kg de alimento não perecível no dia do evento. Válido para compras na bilheteria e na Uhuu

Banco Extra Mezanino
Meia-entrada: R$100,00 l Ingresso Solidário: R$120,00
Galeria Mezanino em Pé
Meia-entrada: R$120,00 l Ingresso Solidário: R$144,00
Galeria Alta em Pé
Meia-entrada: R$140,00 l Ingresso Solidário: R$168,00
Mezanino
1º lote
Meia-entrada: 180,00 l Ingresso Solidário: R$216,00
2º lote
Meia-entrada: 190,00 l Ingresso Solidário: R$228,00

Plateia Alta
1º lote
Meia-entrada: 190,00 l Ingresso Solidário: R$228,00
2º lote
Meia-entrada: 200,00 l Ingresso Solidário: R$240,00
3º lote
Meia-entrada: 210,00 l Ingresso Solidário: R$252,00

Camarote em Pé (com welcome drink)
Meia-entrada: R$350,00 l Ingresso Solidário: R$360,00

Pista
1º lote
Meia-entrada: 90,00 l Ingresso Solidário: R$108,00
2º lote
Meia-entrada: 120,00 l Ingresso Solidário: R$144,00
3º lote
Meia-entrada: 160,00 l Ingresso Solidário: R$192,00
4º lote
Meia-entrada: 190,00 l Ingresso Solidário: R$228,00


Valores Inteiros: Pista 1º Lote R$180,00. 2º Lote R$240,00. 3º Lote R$320,00. 4º Lote R$380,00. Camarote em Pé R$440,00. Plateia Alta 1º Lote R$380,00 2º Lote R$400,00. 3ºLote R$420,00. Mezanino 1º Lote R$360,00. 2º Lote R$380,00.Galeria Alta em Pé R$280,00. Galeria Mezanino em Pé R$240,00. Banco Extra Mezanino R$200,00.

- 50% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS somente na estreia – limitado a 100 ingressos;

- 50% de desconto para titulares dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card somente na estreia – limitado a 100 ingressos;

-40% Ingresso Solidário

- 10% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS nos demais ingressos;
- descontos previstos em lei

* Crianças até 24 meses que fiquem sentadas no colo dos pais não pagam

**Descontos não cumulativos a demais promoções e/ ou descontos;

*** Pontos de vendas sujeito à taxa de conveniência;

**** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso ao auditório;

***** A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais no Rio Grande do Sul:

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sujeito à taxa de serviço):
Atendimento: falecom@uhuu.com

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sem taxa de serviço):
Bilheteria do Teatro do Bourbon Country: Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar (de segunda a
sábado, das 13h às 21h, e domingo e feriado, das 14h às 20h)

Formas de pagamento:
Internet: Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, American.
Bilheteria: Dinheiro, Visa, Master, Diners, Hiper, Elo, American e Banricompras (débito).


Curitiba (PR)
Dia: 21 de março (sábado) às 21h
Duração: 90min
Classificação: Livre

Local: Teatro Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Cidade Industrial de Curitiba)
INGRESSOS
*todos os setores possuem o Ingresso Solidário, com 40% de desconto. Para validação, basta levar 1kg de alimento não perecível no dia do evento. Válido para compras na bilheteria e na Uhuu
Plateia F
Meia-entrada: R$100,00 l Ingresso Solidário: R$120,00
Plateia E
Meia-entrada: 120,00 l Ingresso Solidário: R$144,00
Plateia D
Meia-entrada: 150,00 l Ingresso Solidário: R$180,00
Plateia C
Meia-entrada: R$190,00 l Ingresso Solidário: R$228,00
Plateia B
Meia-entrada: R$220,00 l Ingresso Solidário: R$264,00
Plateia A
Meia-entrada: R$250,00 l Ingresso Solidário: R$300,00

Valores inteiros: Plateia A R$500,00. Plateia B R$440,00. Plateia C R$380,00. Plateia D R$300,00. Plateia E R$240,00. Plateia F R$200,00.

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sujeito à taxa de serviço):





segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Chico Buarque, valeu a espera! - Como foi o primeiro dos três shows em POA

Escrito por Henrique Pedregosa

A turnê "Caravanas" de Chico Buarque chegou nesta última sexta-feira (17) a Porto Alegre. A princípio seriam duas apresentações na capital gaúcha, mas o retorno do músico aos palcos, após um hiato de quase sete anos, resultou em um show extra; e três dias de casa cheia.




Desde a entrada, a atmosfera era de euforia comedida, de um público que variava entre velhos e novos fãs, trocando experiências de shows anteriores ou sobre o que aguardavam da vindoura noite.

O Auditório Araújo Vianna estava com seus mais de 3 mil lugares tomados por fãs deste que é um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Exatamente às 21h14 abriram-se as cortinas do palco, que ganhou um pequeno avanço neste show em relação ao palco original do auditório. Deste momento em diante, a performance que iniciou com "Minha Embaixada + Mambembe", até completar 1 hora e 40 minutos de apresentação com "Paratodos", foi mais do que perfeita.

Passando pelo cenário que movimentava-se com seus móbiles,  a iluminação de ótimo gosto, a incrível banda que vale um show à parte formada por João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (contrabaixo), Marcelo Bernardes (flauta e sopros), Jurim Moreira (bateria) e Luiz Claudio Ramos (violão), resultou num show perfeito, único, assim como o mestre Buarque.




Chamava atenção o encantamento do público para com um Chico muito mais leve e menos tímido no palco;  brincando com a banda, ou correndo e cumprimentando os fãs no decorrer do show.

O coro de vozes que ecoava na tradicional casa de espetáculos em algumas canções, talvez pudesse ser maior se o som estivesse com maior pressão. Para os mais desavisados, e acostumados com outro tipo de sonoridade, isso pode até soar estranho ou baixo, mas as nuances da banda, variações de volume e dinâmica do show foram coisas muito prazerosas de assistir.

Após um ainda tímido “Boa noite Porto Alegre”, veio "Partido Alto" e com o acompanhamento de piano e percussão o público cantou "Iolanda" em uníssono com o músico.

Em "Casualmente", Chico toca blocos e destaca a parceria já consagrada com Jorge Heldner, que no show intercala a execução magistral, ora com o baixo elétrico, ora com o baixo acústico. Esta canção foi a primeira faixa executada do álbum "Caravanas", que foi tocado na íntegra, em um repertório bem mesclado com diversos clássicos.


Não seria exagero, aliás, dizer que várias faixas do novo álbum que intitula a turnê, já tornaram-se clássicos, levando-se em conta a qualidade do material e a empolgação do público acompanhando-as. Há quem diga ainda que o mestre parou no tempo; discordo.

Na canção "A Moça do Sonho", Chico deixa de lado o seu violão e neste momento recebe um buquê de rosas entregues por uma fã, simbolizando talvez, o carinho que todo o público presente gostaria de retribuir ao ídolo.

Edu Lobo e Tom Jobim são mencionados como parceiros em letras que Chico diz “escreveu para músicas que ele gostaria de ter feito”. Começa então "Retrato em Branco e Preto" feita em parceria com Tom.


Em "Desaforos", é possível prestigiar o genial percussionista Chico Batera tocando vários instrumentos, incluindo o vibrafone e seu lindo som. A esta altura Chico já está sentado, e mal se percebe uma discreta falha em seu assobio no final da canção.

"Injuriado", e "Dueto" são sucedidas de grandes aplausos, ainda mais quando, nesta última, Chico e Bia Paes Leme brincam com a letra, para deleite da multidão.

Eis que chega o momento da malandragem, com "A Volta do Malandro", que inicia-se lenta e baixa mas cresce no decorrer da canção, ganhando o público. E "Homenagem ao Malandro", o arranjo permite ao público cantar a plenos pulmões, fazendo do Bom Fim, uma verdadeira Lapa.

Luiz Claudio Ramos, o “Maestro do Chico”, além dos violões, também foi responsável pelos belos arranjos do show.


"Palavra de Mulher" e "As Vitrines" hipnotizaram todos o presentes. Já a divertida, e ao mesmo tempo saudosista "Jogo de Bola", empolgou o público com sua letra irreverente, porém realista em relação ao passar do tempo.

Então Chico homenageia seu neto, que fará 22 anos no próximo dia 22. Chico Brown, é multi-instrumentista e compôs "Massarandupió" – nome que leva a praia onde Chico comentou, durante o show, ter frequentado com sua família. O belo cenário então destaca-se, com movimentos das cordas, dando a impressão que estávamos contemplando, ali, o mar baiano.

"Outros Sonhos" agradou principalmente os presentes com sua linda letra e, em "Blues Pra Bia" – um verdadeiro “slowfox”, a banda convida a todos a baterem palmas, estalando os dedos.


O som parece ganhar mais peso em "História de Lily Braun",  onde até mesmo as luzes brincam com o público e a letra, direcionando a claridade na plateia, no trecho da canção onde ouve-se “...foco de luz..”. A iluminação por sinal, fez-se impecável e de bom gosto, só chamando atenção para si, neste momento ou quando cria formas geométricas no cenário. Emenda-se um medley com "A Bela e a Fera", onde Chico em certo momento engasga-se. Nada relevante, pois em seguida, apenas acompanhado do piano de João Rebouças, o público vai ao delírio com "Todo o Sentimento", literalmente.

Em um dos momentos àpices do show, Chico Buarque levanta-se apenas com o microfone em punho e canta a já consagrada "Tua Cantiga", resultando em contínuos e fortes aplausos. Foi a deixa para o público, em peso, fazer ecoar pelo auditório os gritos de “Lula Livre”. Em menor peso, surgiram vaias esporádicas, quando os gritos cessaram. No entanto Chico limitou-se a sorrir e aplaudir o protesto. Coincidência ou não, o primeiro verso da música seguinte, "Sabiá" – parceria com Tom Jobim diz: “Vou voltar! Sei que ainda vou voltar, para o meu lugar..."


O show é dedicado a Wilson das Neves, baterista e compositor, morto em agosto/2017. Chico quebra qualquer possibilidade de tristeza na perda do amigo, ao utilizar o seu característico chapéu, e dançando interpreta "Grande Hotel", um clássico que os fãs habituaram-se a ouvir em seus shows. “Saravá Chefia”, ele saúda.

Mais solto que o habitual, Chico brinca colocando o chapéu em seu roadie que traz de volta o violão, em "Gota d’Água". Na sequencia, a última das nove faixas do mais recente disco lançado em 2017, "As Caravanas".  Com certeza, mais um novo clássico, muito bem executado pela experiente banda que acompanha o artista há bastante tempo. Desta vez o móbile brinca de ser o sol, remetendo a um trecho da canção.

Após "Estação Derradeira" + Minha Embaixada Chegou, Chico agradece e sai do palco pela primeira vez, sob ininterruptos gritos e aplausos da platéia, e obviamente retorna em seguida para o bis.


Então para alegria dos fãs, em um belo arranjo de piano, inicia-se o clássico Geni e o Zepelim. Na medida que a música transcorre, os demais instrumentos surgem com força, destacando-se a bateria de Jurim Moreira, que substitui à altura Wilson das Neves. Em seguida, "Futuros Amantes" é executada, com um belo solo de flauta de Marcelo Bernardes. A esta altura, o público todo já estava em pé. Os mesmos poucos que vaiaram o protesto anteriormente, agora xingam pedindo para todos os demais sentarem.

Mais uma vez Chico agradece sob aplausos e sai do palco, para retornar pela última vez com a bela "Paratodos".

Um final apoteótico com direito a corridas pelo palco, danças e sorrisos foi visto. A performance irretocável encerra-se às 22h56, deixando todos que retornaram para suas casas maravilhados com o espetáculo.

Muito mais desinibido, com qualidade e novidades, mais uma vez Chico Buarque nos brinda com sua genialidade, superando as expectativas até mesmo de seus maiores fãs.



Setlist:

Minha Embaixada Chegou + Mambembe
Partido alto
Iolanda
Casualmente *
A moça do Sonho *
Retrato em Branco e Preto
Desaforos *
Injuriado
Dueto *
A volta do Malandro
Homenagem ao Malandro
Palavra de Mulher
As Vitrines
Jogo de Bola *
Massarandupió *
Outros Sonhos
Blues Pra Bia *
A História de Lily Braun + A Bela e a Fera
Todo o Sentimento
Tua Cantiga *
Sabiá
Grande Hotel
Gota d’Água
As Caravanas *
Estação Derradeira + Minha Embaixada Chegou

Bis
Geni e o Zepelim
Futuros Amantes

Bis II
Paratodos

* Músicas do mais recente álbum “Caravanas”

Fotos: Sônia Butelli Coimbra

Veja mais fotos do show AQUI.

Agradecimentos à Agência Cigana.





terça-feira, 12 de outubro de 2010

Review de What lies beneath - Tarja Turunen


Além de bela e talentosa, sem dúvida alguma Tarja Turunen é muito inteligente.

Muitas pessoas se perguntavam que rumo tomaria a carreira da cantora após sua saída do Nightwish, banda da qual foi despedida, em 2005. Seu primeiro trabalho pós Nightwish foi Henkäys Ikuisuudesta (2006), um álbum com canções finlandesas natalinas, e que apenas aumentou a expectativa sobre o que se poderia esperar da carreira solo de Tarja.

Então, em 2007 ela lançou My Winter Storm, que trazia belas canções e músicas mais pesadas, compostas por diversas pessoas, porém com pouca participação de Tarja neste processo.

No recém lançado What Lies Beneath, Tarja mostra que amadureceu, não só como cantora, mas também como compositora. Mulher extremamente inteligente soube misturar os ingredientes do metal, do clássico e do pop na medida certa, conservando os velhos fãs de sua era no Nightwish e agregando novos ao redor do mundo.

É impossível não se empolgar ao som de Until my last breath, Inn for a Kill ou Falling Awake, para mim, o destaque do álbum.

Dois clipes já foram lançados e podem ser conferidos abaixo! Quem ainda não ouviu este álbum, está perdendo tempo!

http://www.tarjaturunen.com/