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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Camisa de Vênus: escolheu POA para a gravação de DVD (Veja o porquê)


A banda baiana de rock voltou a Porto Alegre no último sábado, dia 22 de outubro, para mais um show que ficará, com certeza, na história da banda e na história da cidade.

Ainda excursionando com a sua turnê comemorativa de 35 anos de carreira, que iniciou em 2015 e que já passou inclusive pelo Araújo Vianna em maio do ano passado, a banda retornou para comemorar o lançamento do álbum de inéditas "Dançando na Lua" após 20 anos, e gravação do novo DVD, segundo do grupo.

Alguém pode estar se perguntando nesse momento mas porque escolheram a capital gaúcha para a gravação do DVD? Para quem não esteve presente no evento, irei tentar explicar o motivo no texto que segue.

Chegando ao local do show avista-se ao longe um Simca Chambord estacionado no gramado do imponente Araújo Vianna. Sim, o Simca Chambord da música homônima, música lançada bem no início da carreira da banda, no início da década de 80, com sua letra de protesto, e que continua tão atual, não concordam? Aliás as músicas da banda têm essa característica, são atemporais. Talvez aí esteja um dos segredos da longevidade do sucesso da Camisa de Vênus.

O próprio músico cita isso durante o show. Antes de interpretar " Deus Me Dê Grana" ele fala - A próxima canção parece mais atual que quando foi escrita.

Voltando ao início do show. Ainda antes de entrar no auditório, via-se um aglomerado de pessoas aproveitando diversas atrações no lado de fora da casa tradicional de shows, anunciando a noite memorável que aconteceria.


O show iniciou com alguns minutos de atraso, para ser mais precisa, 20 minutos de atraso. Totalmente aceitável em se tratando da gravação de um DVD e toda infraestrutura que envolve tal feito. Ninguém reclamou da demora.

Num telão gigante começa a passar um vídeo com a história da criação do preservativo, da Camisa de Vênus que deu nome à banda. Nome que a banda negou-se a trocar e que por isso foi considerada pelo sistema uma ovelha negra, uma banda, entre aspas, maldita, banida da grande mídia, mas que nem por isso deixou de transformar-se uma das bandas de rock mais importantes do país.

Os membros remanescentes da formação original da banda, Marcelo Nova (vocal) e Robério Santana (baixo), juntamente com Drake Nova (guitarrista), Leandro Dalle (guitarra) e Célio Glouster (bateria) foram recebidos pelo público, que praticamente lotou a casa de shows, com o grito de guerra da banda "Bota pra Fudê", em alto e bom tom. Grito que foi repetido diversas vezes pelo público.



Tive o privilégio de estar entre os que presenciaram a estreia da Camisa de Vênus  há 32 anos atrás aqui mesmo no Araújo Vianna quando a banda baiana foi surpreendida com um auditório, ainda sem a atual cobertura, bem lembrado pelo músico, com o local totalmente lotado, bem parecido como o que ocorreu no dia da gravação do DVD no último sábado.

A gravação do DVD transcorreu sem maiores problemas. Apenas a música "Manhã Manchada de Medo" composta com seu filho, Drake, e que faz parte do mais recente trabalho, que teve que ser repetida devido a um pequeno problema técnico. E alguém reclamou disso? óbvio que não.

Constatei, assim como muito dos presentes,  que o tempo só fez bem a Marcelo. A voz dele está melhor do que nunca, sua performance irretocável, presença de palco então, como poucos. Nem parece que já contabiliza 65 anos de idade. O músico pra lá de perfomático não parou um minuto sequer durante o show. Haja fôlego!

E o que falar da nova formação, dos integrantes novos que acompanham essas duas lendas do rock nacional, Marcelo e Robério? Músicos competentíssimos, com muita experiência e totalmente entrosados. 

Marcelo interagiu muito com a plateia durante o show, contando um pouco da história de algumas das músicas executadas.

Setlist:

Bota Pra Fudê
Hoje
Beth Morreu
Dançando na Lua 
Manhã Manchada de Medo 
Quem é Você?
Gothan City
Eu vi o Futuro
Muita Estrela, Pouca Constelação
Vento Insensato 
Deus Me Dê Grana
A Ferro e Fogo
Raça Mansa 
Isso é só o fim
My Way
Sílvia
Simca Chambord
Eu Não Matei Joana D'arc 



O vocalista arrancou risos do público quando falou:
Não esqueçam daqui há 40 anos, quando o marcelão não estiver mais aqui, você que agora está com 30 anos mostrará para seus netos o "bota pra fudê" da banda que tinha um bordão.

E continua. Ontem recebi um telefonema de Mick Jagger e ele falou para mim  - Rodamos pelo mundo inteiro mas nós não temos um grito de guerra como o Camisa de Vênus tem - brincou Marcelo Nova.

O público cantou, brincou, enfim foi uma noite única.

Durante a execução de "Isso É Só o Fim", as luzes, a pedido de Marcelo, foram direcionadas ao público que assumiu os vocais nesse momento. Ele pede para que os presentes não o decepcionem, e ao final da mesma, satisfeito, diz que estão todos contratados.

"Silvia" também fez o público brincar muito, cantar muito. Mas isso se repetiu inúmeras e inúmeras vezes durante o show.

O músico era só agradecimentos ao velhos fãs e aos novos.

Obrigado por guardarem no cérebro, no coração e na memória nossas canções!! Disse o líder da banda nitidamente emocionado.

O show, que teve quase duas horas de duração, não teve bis. Como se sabe, Marcelo Nova não gosta de coisas ensaiadas, montadas e bis em show se encaixam nessas palhaçadas, segundo o músico.

"Eu Não Matei Joana D'arc" com seus inúmeros "falsos finais" quase fez ruir as estruturas da icônica casa de shows.








Acredito que deu para entender  o porquê Porto Alegre foi escolhida para a gravação do DVD da banda. Em caso negativo recomendo que você assista o registro quando disponível. Sem dúvida as imagens lhe convencerão.

Fotos: Sônia Butelli

Agradecimentos à Agência Cigana pelo credenciamento.

Veja mais fotos aqui.

Leia matéria no Whiplash.Net



quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cartel da Cevada: show e gravação de novo clipe no centro de Poa




O Cartel da Cevada, banda formada por Igor Assunção (guitarra/voz), Nando Rosa (guitarra), Richard Zimmer (baixo) e Samuel Sbaraini (bateria) após um hiato de mais de um ano sem se apresentar na capital gaúcha, no último domingo, dia 07 de dezembro, presentearam os porto-alegrenses com um show gratuito.

O evento aconteceu em plena rua pública, mais precisamente na rua Cel. Genuíno, no Centro Histórico da cidade, em frente ao Frankenhaus.

Durante a apresentação a banda gravou o clipe da nova música "Porto Alegre Pelamor".  
O objetivo da banda era fazer algo diferente dos clipes já lançados por eles, e conseguiram. 

Os guris, como falamos aqui no sul,  fazem um som como poucos.

Mesclam rock e metal com total competência e qualidade, direto e sem frescura, como costumam dizer.

Misturam letras pra lá de escrachadas, inteligentes, com temas do cotidiano, isso com um som de peso, com uma pegada gaudéria, repleto de riffs e grooves. 

Sei que nesse momento alguns podem estar pensando mas isso lembra Velhas Virgens, Matanza, até concordo, mas o Cartel da Cevada tem o seu próprio som, tem a sua personalidade, identidade, são únicos.

A banda quando entra em ação meio que hipnotiza o público. É muito interessante ver a reação do público nos shows dessa trupe, os guris não deixam pedra sobre pedra, levantam poeira mesmo. 

Não posso deixar de citar o Diabo, sim, Santto Nerva,  pode-se dizer que é o quinto elemento dessa trupe ensandecida. Ele declama, cospe fogo e serve cerveja ao público, só vendo para entender...

O show teve a participação especial de Cristiano Wortmann, guitarrista do Hangar e Zerodoze.

Cartel é pura diversão e foi o que se viu nessa apresentação. 

Para quem não conhece a banda, recomendo. 

Setlist do show:
Caminhoneira
Chokin' (With A Beef)
Elas Por Elas
Nigga Bigga Jairo
Lisérgico, Safado, Doidão
A Puta Mais Feia
Porto Alegre Pelamor
Azar, Eu Vou Querer
Lembranças de Melancia
Brujeria
A Barbada
O Diabo É Da Fronteira
Cartel da Cevada
Aprecie Sem Moderação

Dividiram o asfalto com a Cartel da Cevada  as bandas Lamarquez e Motor City Madness.





















































Fotos: Rocks (Karen Waleria)


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