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domingo, 23 de junho de 2019

Legião Urbana XXX Anos: uma catarse coletiva em POA

'Legião Urbana (Auditório Araújo Vianna, Porto Alegre, 21/06/19)'
Fotos: Diogo Nunes

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Chegando no icônico Auditório Araújo Vianna na última sexta-feira, dia 21 de junho de 2019, não teve como não relembrar de quando, na década de 90, assisti o Legião Urbana no Ginásio Gigantinho; ainda com o poeta do rock nacional, Renato Russo.  Alcunha, a meu ver, que divide com o grande Cazuza.


Voltando para a última sexta-feira e, confesso, com muita expectativa, eis que o show inicia passados poucos minutos das 21h.

Essa é a segunda vez que o projeto "Legião Urbana XXX Anos" se apresenta na capital gaúcha. Em novembro de 2018 o grupo se apresentou em Porto Alegre. O sucesso foi tamanho que os dois membros remanescentes da icônica banda brasiliense  - o guitarrista Dado Villa-Lobos e baterista Marcelo Bonfá -  retornaram à cidade em tão pouco tempo, acompanhados por André Frateschi (vocais, baixo, gaita e bateria), Lucas Vasconcellos (guitarra e violões), Roberto Pollo (teclado) e Mauro Berman (baixo).



Um público de 3.500 pessoas lotaram a tradicional casa de espetáculos. Público este que ao ver a banda subir ao palco se puseram em pé, e assim ficaram até o final da performance que teve a duração de mais de duas horas. Nesse tempo os álbuns "Dois"(1986) e "Que País é esse?" (1987) respectivamente segundo e terceiro álbum de estúdio do grupo foram executados , juntamente a alguns hits da banda. Veja o setlist abaixo.

Em tempo - em maio do corrente ano, Frateschi, que assume os vocais em diversos momentos do show, sofreu um acidente ao cair do palco  e fraturar duas costelas. Fato que me deixou apreensiva, em relação ao show.  Mas vendo o músico em ação...Não se imagina que o acidente foi há tão pouco tempo.


O músico/ ator é um show à parte. Além de uma voz  privilegiada, ele tem punch, tem no seu DNA o rock n roll. Tem uma energia contagiante, dá para ver que tem prazer no que faz.

Outro integrante que chama atenção é o baixista Mauro Berman, que também assina a direção musical do show. Tem o requisito básico para ser um roqueiro. Aquele "tesão" de tocar, toda banda tem.

E acima de tudo,  o projeto não é um cover. Aliás, Frateschi interpreta as músicas da banda brasiliense à sua maneira; com a sua roupagem, mas sempre respeitando a melodia original da música.  O sexteto "funciona muito bem" tem a tal da "quimica" que muitos almejam, mas poucos possuem.


Dado e Bonfá, dispensam quaisquer comentários. São lendas-vivas. Instituições do rock nacional. Exímios músicos, que assumem os vocais em alguns momentos. Os músicos fazem um rodizio; Frateschi assume até bateria.

Chego à conclusão que não vem ao caso quem é melhor, quem é o pior.
O que interessa é que o grupo mostrou ao que veio. Que é celebrar os 30 anos de dois dos mais icônicos álbuns da banda.


Bonfá, Dado e Frateschi interagiram com a plateia. Não recordo quem falou isso ou aquilo; frequentemente alternavam o uso do microfone, Mas, em suma, fazia comentários sobre o quão atual são as músicas feitas lá na longinqua década de 80 e 90,  parecem, infelizmente, terem sido feitas para a conturbada situação na qual encontra-se o nosso país. Frateschi, também, em diversos momentos demonstrou sua contrariedade em relação ao momento político, sociopolitico do Brasil. Pedia paz em vários momentos e o público, também, manifestava que concordava com a posição dos músicos.

Os fãs, das mais variadas idades, cantaram em coro todas as músicas. E sempre em pé, uns dançando, outros cantando, outros cantando e dançando,  Repito, poucas vezes presenciei essa postura do público.


Em minha opinião o sexteto fez uma homenagem à altura do grande Renato Russo. Com certeza, Renato estava entre eles ou neles.

Emocionante é a palavra que descreve o show. Uma catarse!

Possivelmente, em 2020, o álbum "Quatro Estações" (1989) integrará o projeto. 
Teremos mais uma chance de ver o grupo em ação.

Só o Rock Salva!



Setlist:

Daniel na cova dos leões
Quase sem querer
Eu sei
"Índios"
Acrilic on Canvas
Tédio (Bonfá)
Mais do mesmo
Metrópole
Química
Plantas Embaixo do Aquário
Depois Do Começo
Conexão Amazônica (Dado)
Música Urbana 2
Eduardo e Mônica (Bonfá)
Faroeste Caboclo
Que país é esse?
Angra dos Reis
Andrea Dória
Fábrica
Tempo perdido (Dado)
Bis:
Vento no litoral (Bonfá)
Giz (Dado)
Há tempos
Será
Perfeição

Agradecimentos à RRany Produtora / Paulo Corrêa 

Veja mais fotos do show.






domingo, 18 de novembro de 2018

"Samsung E-Festival Instrumental": Orquestra Juvenil Heliópolis, Mazin Silva e Frejat em POA

No dia 10 de novembro aconteceu o primeiro show do encerramento do "Samsung E- Festival Instrumental 2018" na capital gaùcha.


O "Samsung E-Festival Instrumental" é um concurso nacional que tem como objetivo incentivar a atividade musical por meio da descoberta, premiação e mostra de novos talentos e compositores de gêneros instrumentais da música brasileira.

O evento gratuito reuniu milhares de pessoas no Anfiteatro Pôr do Sol em Porto Alegre.


O vencedor do concurso, Mazin Silva ( guitarra e viola de 10 cordas), iniciou a sua apresentação às 19h30 acompanhado por Helio Reichert ( sax e flauta), Caio Fernando ( baixo elétrico), Wiliam Goe ( bateria) e Rafa Girardi ( teclado). O músico catarinense apresentou um pequeno set que contou com três músicas autorais, entre elas, a belíssima "Pau de Fita", música vencedora do festival. Mazin foi escolhido por votação popular após ter sido indicado entre dez finalistas por um júri especializado.

A Orquestra Juvenil Heliópolis, criada pelo maestro Silvio Baccarelli e liderada pelo maestro titular Edilson Ventureli, subiu ao palco, logo após, com 60 instrumentistas com idades entre 14 e 25 anos e apresentou um repertório voltado para a temática rock. O evento contou com um setlist repleto de sucessos do gênero. Hits do Barão Vermelho, Titãs, Cazuza, Rita Lee, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Cláudio Zoli receberam novos arranjos instrumentais. Veja setlist completo abaixo.


Às 21 horas o eterno Barão Vermelho, Frejat, subiu ao palco. O cantor, compositor e guitarrista brasileiro fechou o evento com chave de ouro, inclusive, cantando "Blues da Piedade" música mais do que atual de sua autoria e de seu grande parceiro musical, Cazuza.

Encerrando o show, Mazin Silva e banda, são chamados novamente ao palco para juntamente a Frejat e à Orquestra Juvenil Heliópolis interpretarem "Pro Dia Nascer Feliz".

Quebrando o protocolo, devido a pedidos, o músico carioca retornou ao palco para uma reprise não programada da música "Amor Pra Recomeçar".

O show teve a duração de quase duas horas e mostrou a fusão do clássico com o contemporâneo, a mescla de orquestra e rock.

Abre aspas, uma orquestra não deve se limitar a apresentar somente à música clássica - a música brasileira é riquíssima e deve ser melhor aproveitada, independente de estilos, gêneros.
Como bem citou, Ventureli, esses rótulos são totalmente descartáveis. O que se viu no último sábado foi um espetáculo que emocionou o público, ao apresentar música de boa qualidade, retifico, de ótima qualidade. E é só esses dois tipos de música que existem - a música boa e a música ruim.


Falando em público, esse, foi agente ativo no espetáculo. Cantou todas as músicas apresentadas junto com a orquestra em uníssono. Fez o vocal das músicas instrumentais apresentadas.

Patrocinado pela Samsung, líder mundial em tecnologia, e realizado por meio do Ministério da Cultura e pela Dançar Marketing, o Samsung E-Festival Instrumental é a mais moderna plataforma para revelar talentos, valorizar a cultura e estimular a música independente. O projeto dá continuidade ao seu pioneirismo como concurso musical criado para a internet. Desde 2014, contabiliza mais de 3 mil artistas inscritos e mais de 80 mil internautas conectados para votar nos seus candidatos favoritos, além da presença de milhares de pessoas nos shows com os vencedores e astros da música brasileira.

Parabéns a todos os envolvidos na produção do evento.

Em tempo: Como bem lembrou, Frejat, espetáculos como este, ainda mais com entrada franca, não existiriam se não fosse a Lei Rouanet. A Lei de incentivo à cultura tem sido atacada, nos últimos meses, errôneamente.


Agora é só aguardar a nova edição do exitoso festival no ano vindouro.
O segundo show de encerramento do festival acontece no próximo dia 25 de novembro ocorre no Auditório Ibirapuera em São Paulo.

Setlist:
Andrew (Mazin Silva)
Mike (Mazin Silva)
Pau de Fita (Mazin Silva)
Esse Tal de Rock n'Roll
Homem Primata
Beth Balanço
Óculos
Amor Meu Grande Amor
Noite do Prazer
Faz Parte do Meu Show
O Tempo Não Pára
Policia
Que País é Esse
Maior Abandonado
Amor Pra Recomeçar
Blues da Piedade
Pro Dia Nascer Feliz
Amor Pra Recomeçar (reprise)




Agradecimentos à Dançar Marketing e Jéssica Barcelos (Assessoria de Imprensa)

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Renato Russo, o Musical: como foi o espetáculo em POA

O Ministério da Cultura e Rede presentearam os porto-alegrenses com a apresentação de "Renato Russo, o Musical", sucesso de crítica e público, que está em cartaz há 11 anos. O Espetáculo, que já foi assistido por mais de 250 mil pessoas, voltou à capital gaúcha no final do mês passado; no dia 29 de julho. Só que desta vez para uma apresentação ao ar livre e gratuita.


Ao chegar ao local do evento chamava atenção a infraestrutura encontrada: banheiros químicos, cadeiras, local para portadores de necessidades especiais, seguranças, polícia. Enfim, não parecia um evento gratuito. O som estava perfeito, ouvia-se o show, perfeitamente, em todo o parque Farroupilha. 

O Musical encheu o tradicional parque, também conhecido como Redenção, de rock n' roll. 
Uma viagem musical que passou pelas diversas fases do músico carioca, indo desde o início de sua carreira no Aborto Elétrico, passando pela banda que o consagrou, a Legião Urbana, e pela sua carreira solo. Composta de 22 músicas conta com hits como "Há Tempos", "Que país é esse?", "Geração Coca-Cola", "Eduardo e Mônica", "Índios","Pais e Filhos", entre outros.

Foram dramatizados os principais momentos da vida de Renato como o diagnóstico na adolescência de uma doença óssea, o movimento punk, o uso de drogas, a relação com o filho, o diagnóstico de HIV e sua morte.



O ator Bruce Gomlevsky que protagoniza o musical, representou Renato Russo de uma maneira ímpar - cantando, tocando violão, com os trejeitos idênticos ao músico. Em certos momentos dava para imaginar estar diante do músico falecido em 1996.

A produção do espetáculo foi muito cuidadosa com todos os detalhes. 

O início do espetáculo, previsto para às 18h, foi adiado alguns minutos para que a iluminação, abre aspas, belíssima do show, fosse melhor aproveitada. A iluminação também ajudou a contar a história e também dramatizar as situações encenadas, brilhantemente, por Bruce. Valeu cada minuto de atraso, pois depois desse tempo os presentes puderam apreciar mais de duas horas de um show inesquecível que reverenciou um dos maiores músicos brasileiros. 



Foi muito bonito ver o público, composto por pessoas  das mais diferentes faixas etárias, cantando e se emocionando diante da performance irretocável de Bruce. Foi muito bonito ver diferentes gerações cantando o imortal legado musical (atemporal) deixado por esse grande poeta.

Tomara que, em breve, tenhamos um registro desse espetáculo.









quarta-feira, 26 de julho de 2017

"Renato Russo, o Musical": sábado na Redenção em POA


Crédito: Ricardo Brajterman

Ministério da Cultura e Rede trazem para Porto Alegre, pela primeira vez, "Renato Russo, o Musical". A apresentação gratuita acontecerá ao ar livre no Parque Farroupilha (Redenção) no próximo sábado, dia 29 de julho, às 18 horas.

O tempo passou e Renato continua atual, moderno, contemporâneo e arrebatando novas plateias e novos públicos. “Renato é um grande poeta, e é por isso que continua causando comoção nas gerações de hoje. Sua obra gera um impacto enorme”, diz Bruce Gomlevsky, protagonista do musical solo escrito por Daniela Pereira de Carvalho e dirigido por Mauro Mendonça Filho (consagrado com o Prêmio Shell pelo trabalho),  iluminação de Wagner Pinto e cenário de Bel Lobo e Bob Neri.

A banda Arte Profana, formada por teclado, guitarra, baixo e bateria ilustra com 22 canções a peça que conta a história do músico desde a juventude punk em Brasília, quando fundou a primeira banda, Aborto Elétrico, e ficou por dois anos em uma cadeira de rodas, até o sucesso da Legião Urbana. O quebra-quebra num show em Brasília e os problemas com drogas estão na encenação. Depoimentos, reportagens, entrevistas de Renato, parentes, livro e imagens de shows serviram como base para a concepção da obra.

"Renato Russo - O Musical" foi assistido por 200 mil pessoas, percorreu mais de quarenta cidades e fez mais de 400 apresentações ao longo de mais de uma década de trajetória.

Serviço:

"Renato Russo, o Musical"
Local: Parque Farroupilha
Horário: 18h
Duração: 120 minutos
Entrada Franca

Fonte: Renato Russo, o Musical

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