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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

David Gilmour: 16/12/2015, Porto Alegre, Arena do Grêmio

No dia posterior ao show na capital gaúcha acordei encima do horário para uma consulta médica. Cheguei ao guichê 10 minutos antes do horário marcado. Ainda ofegante, percebo que o atendente cantarolava alegremente "Shine On You Crazy Diamond". Atendeu-me e continuou cantarolando em alto e bom tom. 

Pensei na hora, com certeza, foi contaminado pelo show da noite anterior... 



Ainda não eram 21h da noite de quarta-feira, dia 16 de dezembro de 2015, para ser mais precisa, faltavam 4 minutos para o horário marcado para o início do show,  e David Gilmour já subia ao palco da Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O show na capital gaúcha encerrou a etapa brasileira da "
Pink Floyd’s David Gilmour – Rattle That Lock World Tour 2015/16" que já havia passado por São Paulo e Curitiba.

Demorou, mas finalmente estávamos diante de um dos maiores nomes da história do rock mundial. O músico britânico de 69 anos que ficou famoso como vocalista e guitarrista da banda de rock Pink Floyd,  nunca havia se apresentado no Brasil até então.

Gilmour emocionou uma legião de fãs de todas as idades que enchiam quase que totalmente a Arena do Grêmio. Público estimado em 40 mil pessoas pela produtora local do mega-evento.

O setlist do show foi o mesmo apresentado na capital paranaense.
"Rattle That Lock", álbum solo mais recente de Gilmour e que intitula a tour,  lançado há exatos três meses, foi responsável por 1/3 do setlist apresentado.






Durante o restante do show o músico, que foi acompanhado por Phil Manzanera – (guitarra), Guy Pratt (baixo), Jon Carin (teclado), Stevie DiStanislao (bateria e percussão), Kevin McAlea (teclado)Bryan Chambers (backing vocal), Louise Marshall (backing vocal) e João Mello (sax), curitibano de apenas 20 anos de idade que a pouco foi adicionado ao grupo, desfilou uma sucessão de hits da banda que Gilmour capitaneou durante tanto tempo. 

"Wish You Were Here" foi o primeiro dos hits do Pink Floyd, quarta música apresentada na memorável noite por Gilmour, e óbviamente foi a primeira música cantada na íntegra pela plateia, e o mesmo fato aconteceu quando da execução de "Money", "Shine On You Crazy Diamond", "Time"...

Como disse um amigo foi "covardia" terminar o show com "Comfortably Numb". Sabia-se de antemão que esse "hino" encerraria a performance, mas na hora que se ouviram os primeiros acordes foi emocionante...Foi lindo demais ver a finalização de um show tão aguardado com um coro gigantesco formado por 40 mil vozes em uníssono.

Aposto que mesmo o músico acostumado a grandes plateias emocionou-se com esse momento ímpar.

"Nos vemos qualquer dia destes" comentou Gilmour numa das poucas vezes que se dirigiu ao público durante o show. Não interagiu? retifico, o músico interagiu da melhor maneira que poderia fazê-lo. Através de sua música, através da forma única que toca e seus solos inconfundíveis.

Ondas de arrepios iam e vinham durante a performance desse músico que mostrou o porquê é considerado um dos melhores guitarristas do mundo de todos os tempos. Uns chegaram às lágrimas.




Esse tipo de emoção me fez até esquecer uma ínfima parte do público que em vez de curtir o show atrapalhando a grande maioria que estava alí para ver o "Mestre" e não para fazer os famigerados vídeos e selfies com seus celulares de última geração. 


O show durou pouco mais de duas horas e meia, e  com certeza, entrou para a história dos melhores e inesquecíveis shows que já passaram por aqui.

Tem pessoas que questionam o porquê de ir a um show, o porquê de se pagar às vezes um valor alto pelo mesmo e bla´-blá- blá...Eu só digo que nada, NADA se compara à essa troca de energia, à essa emoção que shows como esse que presenciamos na última quarta-feira transmitem.


O show fecha o ano em que a Hits Entretenimento completa 10 anos de atividade, aliás a produtora pode orgulhar-se por ter trazido dois dos maiores integrantes do Pink Floyd à Porto Alegre; em 2012 foi a responsável pela vinda de Roger Waters.

Fotos: Edu Defferari/ Hits Entretenimento






Agradecimentos à Hits Entretenimento pela produção do evento e pelo credenciamento.


Leia matéria no Whiplash.Net






sábado, 5 de dezembro de 2015

Lítera: lança "Caso Real" no Teatro do SESC em POA (Resenha)


"Você já viveu um amor impossível?"

Surge a frase tão conhecida pelos fãs da Lítera num telão. Começa assim o show de lançamento do primeiro álbum da Lítera, "Caso Real", realizado no último dia 28 de novembro. O Teatro do SESC, localizado na capital gaúcha, foi escolhido para o evento.

O show teve a duração de 90 minutos.  O Teatro encontrava-se cheio. Umas pessoas vestiam camisetas com o logo da banda, outros traziam em suas cabeças a coroa, logo da banda, que imediatamente remete a eles. Um ótimo trabalho de marketing, de imagem. Atrás de uma grande banda, com certeza, existe uma boa assessoria. Isso é fato. Parabéns Marquise 51 e Loop Reclame.


Logo no início do show André Neto fez uma declaração belíssima, tocante...
Falou sobre os vários tipos e formas de amar. Emocionei-me, assim como muitos dos presentes. Pena não ter gravado esse trecho para reproduzir aqui.

Entre uma música e outra, o vocalista, contava histórias sobre a banda. O clima do show foi muito agradável, parecia e era uma reunião de amigos, de fãs. Falou da experiência de cantar tomando choque no microfone um show inteiro, do descobrimento do primeiro fã. Tem alguém que gosta da gente, consegui!! O comentário faz o público rir muito.

Eis que André anuncia o primeiro convidado de noite, um convidado muito especial, que acompanha a banda desde o início. O músico Jéf  junta-se à banda e canta uma música do primeiro disco.


O Show contou com convidados muitos especiais. Teve participação do Lucas Hanke da banda Identidade e da Marquise 51 e do produtor musical e músico Marcelo Fruet. Inclusive, André, comenta que o músico mexeu bastante na "Ouvidor", em princípio a contragosto dos integrantes da banda, mas que no final tiveram que admitir que ficou melhor com as mudanças que o "grande mago" fez. E interpretam a música juntamente com o produtor.



Falando em Marcelo Fruet, que acompanha a banda desde 2009, e que é produtor da banda, conforme André comentou, foi a primeira pessoa acreditar neles. Marcelo falou do orgulho e da emoção de ver um teatro cheio para assistir uma banda de música autoral e fala da batalha que eles travam dia-a-dia. E comenta que é muito legal ver a formação original da banda junta num dia tão especial. André, brinca que o teatro está cheio por que a platéia era constituída de familiares e convidados vips, somente. Todos novamente riem.





Antes de cantar "Bem feito", André pediu para a sobrinha, Lívia de 8 anos de idade, tapar os ouvidos dela, devido aos palavrões que fazem parte da letra da música. Lívia perguntou para o tio, antes do show, se ele ia cantar a música e fala para ele não cantar por que ela é muito feia. E ele fala que ele não fala palavrões, que as pessoas que cantam a letra errada.

Incrível, até palavrões viram poesia quando entoados pela Lítera. Após a execução da faixa, André fala que Lívia pode voltar a ver o show.


Setlist:
Miúda
Fico
Vai passar
Amantes
Bercy
Dois
Sofá
Mais ainda
Bem Feito
Vai me convencer
Oi
Ouvidor

Bis
Mergulho
Lá se foi
Domitila





Qual o segredo da Lítera? Além de ter uma qualidade sonora monstruosa, além de produzir um material com identidade, único? Tocar as pessoas, falar de amor, um sentimento que, apesar dos pesares, ainda move as pessoas. Falar de situações reais, que fazem parte do cotidiano das pessoas.

Pedi para um amigo e grande fã da banda me ajudar nessa resenha.
Resenhar uma banda tão singular é uma tarefa muito difícil, confesso.

"A Lítera é uma banda que movimenta a cidade com poética e muito amor, através de várias intervenções na cidade de Porto Alegre e em vários bairros deixando as pessoas refletirem sobre o sentimento. Em seu show já estava programado algumas intervenções como depoimentos, cartas, adesivos e tudo mais que um fã tenha direito. Após alguns anos do lançamento do EP “A Marquesa” (2013) e “O Imperador” (2014) a banda fecha a trajetória amorosa de Dom Pedro I e Domitila com chave de ouro lançando “Caso Real” (2015). Caso Real é um disco perfeito para ouvir do início ao fim trazendo o desfecho deste relacionamento tão icônico da história brasileira.

O show de lançamento do disco teve muitos preparativos e os ingressos sumiram rápido, o público estava alvoroçado para saber o que estavam preparando e até que enfim a espera acabou. Com uma introdução linda com vários depoimentos de amores impossíveis realizados no centro de Porto Alegre começa o introdução Imperial a banda entra e começa com “Miúda” e o público emocionado com a roupa, iluminação, telão, som, palco e tudo perfeito. E todos cantando junto com a banda, após algumas músicas uma pausa e conversa com o público e começa “Amantes” e “Bercy” onde muitos se emocionaram, pois o telão apresentava diversas imagens sincronizadas com a banda.

Entre várias músicas do Caso Real vem “Dois” do primeiro disco “Um pouco de cada dia” (2009) onde muitos cantaram juntos, a versão de “Sofá” ao vivo foi um show a parte deixando todos vidrados e cantando. O show teve diversas participações especiais que faz jus à trajetória da banda. Finalizando a apresentação com a linda “Ouvidor”, após muitos gritos de mais um a banda volta para o derradeiro BIS com “Mergulho”, “Lá se foi” e “Domitila” com participação de Lucas e Thiago que participaram da banda na gravação do EP e do Clipe de “Domitila”. E nada mais justo que o show acabar com uma invasão dos amigos, fãs, parentes e todos para cantar o final de “Domitila”, um show emocionante e lindo em todos aspectos, digno para celebrar o amor, a amizade, a família, os casos reais e os amores impossíveis. Simplesmente maravilhoso."

William Guedes Cézar

Assistindo o show lembrei-me de quando ouvi a banda pela primeira vez. Uma amiga havia me falado neles, e quando resolvi ouvir a primeira música deles, foi um baque. Pensei na hora. O que é isso? E comecei a procurar material na internet. E eis que, finalmente, no último dia 28 de novembro fui assistir o primeiro show deles, com certeza, primeiro de muitos.

Baixe gratuitamente as músicas da Lítera no link a seguir:
http://litera.mus.br/

"Sem a música a vida seria um erro", concordo
sem amor idem
sem a Lítera,
depois de conhecê-los, impossível.

Agora é aguardar para ver o que esses loucos, no bom sentido, vão criar de novo.

A Lítera é uma banda atípica. Num cenário onde "nada se cria, tudo se copia", a banda de rock gaúcha rema contra a maré. Sorte de nós, fãs, costumo dizer, a banda tem o toque de Midas.

Fotos: Sônia Butelli


Agradecimentos à Marquise 51 e Loop Reclame pela produção do evento e pelo credenciamento.








Leia nota no Whiplash.Net com fotos exclusivas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Emmerson Nogueira: o estilo "barzinho e violão" no palco do Araújo Vianna em POA



Emmerson Nogueira, cantor e multi-instrumentista autodidata, que já tem mais de dez anos de carreira percorrendo todo o Brasil executando clássicos do pop e do rock em formato acústico, voltou a apresentar-se em Porto Alegre na última sexta-feira, dia 13 de novembro.

O público que compareceu ao Auditório Araújo Vianna foi presenteado com dois shows em vez de um, pois considerar a apresentação de Gleison Túlio, como abertura, seria um erro. O mais correto, na minha opinião, é considerá-lo um convidado especial.


Gleison, mineiro assim como Emmerson, iniciou sua apresentação arrebatadora às 21h. Tocou três músicas e, sem ser piegas, deixou todos com aquele gostinho de quero mais. O que ele faz com sua guitarra acústica, aliada ao seu vocal certeiro e potente é único. Às vezes usa-se o termo "showman" ou melhor, "One Man Band" equivocadamente, vendo Gleison em ação, penso na hora, o termo foi criado para ele, com certeza. Além de tocar violão, usava o instrumento para também fazer umas batidas meio que tribais, ele cria sons, mixa sons, que dão à cada cover executado uma roupagem ímpar. O medley do Pink Floyd foi o ápice de sua performance, deixando os que não conheciam o músico, confesso que me incluo nesse grupo, boquiabertos, e os que conheciam também. Depois do mini show, só penso numa coisa - Volte Gleison, o mais rápido possível, com um show integral.


Emmerson Nogueira, músico responsável por levar o estilo "barzinho e violão" ao mainstream, iniciou a sua apresentação acompanhado de sua competentíssima banda exatamente às 21h24. A trupe apresentou um mega passeio por clássicos do pop e do rock, ou melhor, da boa música, como Supertramp, Bee Gees, Toto, Creedence, Pink Floyd, Beatles, Marillion, Genesis, Joe Cocker, Eagles, entre outros, que durou mais de duas horas, para ser mais exata, 2h20.


Nota 10 para o show que fugiu do formato acústico tradicional. E isso deve-se à qualidade dos músicos que acompanham Emmerson, aos arranjos bem feitos e pra lá de criativos das músicas apresentadas e a produção do show, impecável. Agora entendi por que o músico viaja o país inteiro com esse projeto único durante tanto tempo. Única crítica que tenho seria em relação à backing vocal, na minha opinião, duas backings seriam o ideal.

Para fechar o show com chave de ouro Emmerson convida para o palco o músico que "abriu" seu o show, novamente. Emmerson Nogueira e Gleison Túlio tocam "Sweet Home Alabama", e são ovacionados pelo público.

E se o Araújo Vianna não encontrava-se lotado é devido somente à infinidade de shows que a capital gaúcha tem recebido.

Fotos: Sônia Butelli

Veja mais fotos aqui.

Agradecimentos à Hits Entretenimento responsável pelo evento.













domingo, 8 de novembro de 2015

Creedence: um show empolgante repleto de hits - rock, country, folk, soul e blues isso é CCR


O  Creedence Clearwater Revisited apresentou-se nesta quarta-feira, dia 05 de novembro, no Auditório Araújo Vianna em Porto Alegre.  O evento foi produzido pela Hits Entretenimento que no corrente ano comemora 10 anos de atuação.

O último show da banda na capital gaúcha foi no ano de 2012. A banda, formada em 95, é a re-fundação do Creedence Clearwater Revival, uma das maiores bandas de rock do mundo entre o fim dos anos 60 e início dos 70.

A performance magistral contou com os remanescentes do lendário grupo, o baixista Stu Cook e o baterista Doug Clifford. Além dos ex-integrantes, a banda conta também com Steve Gunner na guitarra e teclados, Tal Morris, guitarra e vocal e John Tristão, vocal, guitarra e gaita.

Durante o show foram apresentadas 19 músicas que percorreram seis dos sete álbuns lançados pela banda original. Foi uma sucessão de hits como "Who´ll Stop The Rain", "Susie Q"., 'Hey Tonight" "Proud Mary", "Down On The Corner", "Fortunate Son" entre outros.

Essa trupe reunida deu uma aula de como se faz o bom e velho rock n' roll mesclado com country, folk, soul e blues.


Inicialmente a plateia assistia o show silenciosamente...
Depois da execução de "Hey Tonight" o púbico aceitou o convite do carismático Tal e o auditório virou uma grande festa.

Deixar as pessoas felizes é o objetivo da banda, sempre comentam os integrantes da banda, e foi o que se viu. Um público que era composto de pessoas que, com cereza, acompanham a mesma desde sua criação, fãs novos talvez influenciados por seus pais, avôs e obviamente pessoas de bom gosto que conheceram a banda independente de quando...Jovens, jovens de espírito, todos juntos cantando os hits da banda, alguns dançavam, outros aplaudiam incessantemente.


Um dos momentos mágicos do show foi quando da apresentação dos integrantes da banda. Quando chegou a vez de Doug e de Stu foi emocionante. O público ovacionou os dois de uma maneira, que visivelmente, ambos surpreenderam-se. Um enorme agradecimento pelo que os mestres fizeram e fazem pela música mundial. E também um pedido de retorno.










Foi a primeira vez assisti a banda ao vivo. E vendo-os no palco entendi o porque uma banda que não grava desde o início da década do 70 consegue manter seus fãs e, renovar esses fãs, agregar mais.

Assistindo eles se tem a sensação de estar assistindo uma banda nova, no sentido de tocar com paixão,  tamanha  a empolgação no palco. Os arranjos, os vocais bem feitos. Dá pra ver que amam o que fazem. Por que esse tipo de coisa não se finge. Esta aí o segredo deles.

Durante a performance que durou mais de 1h30 mostraram que dão muito bem conta do legado dos irmãos Tom e John Fogerty.  


Agradecimentos à Hits Entretenimento.

Fotos: Sônia Butelli


Veja mais fotos aqui.