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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Black Alien: o rapper carioca volta ao Opinião em maio


Depois de um hiato de quatro anos, Black Alien voltou ao cenário do hip hop nacional, em meados de 2019, com aquela que pode ser considerada uma das obras-primas do gênero. O rapper carioca, que fez de “Abaixo de Zero: Hello Hell” um enorme sucesso de crítica e de público, vencendo os troféus de “disco do ano” nos prêmios promovidos pelo Multishow e pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), vai retornar ao palco do Opinião, no dia 14 de maio, para mais uma noite em que as suas composições recentes serão o grande destaque da apresentação. Colecionando sold out’s por todo o Brasil e até mesmo uma bem-sucedida tour pela Europa e pela Oceania, Black Alien estará em Porto Alegre para relatar – através de rimas certeiras e de muito flow – a montanha-russa vivida por quem passou um longo período afundado no mundo das drogas e do álcool. As histórias de dor e de persistência, que ganharam as ruas e os fãs com a companhia das ótimas batidas do requisitado produtor Papatinho, vão impressionar novamente o público. Além das confessionais
“Vai Baby”, “Carta pra Amy” e “Que Nem o Meu Cachorro” , cujo videoclipe já ultrapassou a marca de dois milhões de views no Youtube, Black Alien também incluirá no set-list faixas importantes dentro da sua trajetória, com destaque para os hits “Como Eu Te Quero” e “Babylon by Gus”.

Crédito: divulgação

Numa manhã, durante uma de suas últimas internações, Black Alien mirou o horizonte e finalmente caiu a ficha para ele do tamanho da caminhada e da luta que continuaria tendo pela frente. Após duas décadas de uso desenfreado de drogas e álcool – tempo que transitou em dois mundos paralelos, um dos maiores representantes do rap nacional se sentia abaixo de zero. Black Alien transformou as dores e a persistência em rimas, se uniu ao produtor Papatinho e criou o álbum “Abaixo de Zero: Hello Hell”, lançado em abril de 2019.

Àquela época, as mãos de Black não conseguiam parar de tremer antes de uma talagada de álcool. Ele não fazia nada sem beber e, quando bebia, não conseguia criar nada. Não tinha documentos, casa, banda, concentração, foco e rumo. As pessoas não reconheciam mais a sua figura, fosse por estar vinte quilos abaixo do peso ou pela ausência da sua produção artística. “O pior mesmo era não me reconhecer no espelho. Eu sabia que tinha que sair daquele inferno e, quando saísse, enfrentaria a vida normal com a abissal disfunção de mais de vinte anos sem saber o que é isso”, recorda o cantor
.



Depois da primeira canção, composta em abril do ano passado, Black Alien visualizou o álbum completo. A partir disso, foi muito café, conversas e rimas. Em outubro de 2018, ele começou a canetar o resto do projeto para valer. O resultado é um disco sobre um novo começo, sem tantas pretensões ou muita filosofia. “As ideias foram surgindo e se conectando. O conceito não precisou ser pensado, ele já estava ali. A sonoridade do jazz presente, estilo musical que mais gosto, e todas as letras com uma forte ligação entre elas, trazendo os meus infernos e as minhas redenções. O disco foi escrito enquanto foi gravado, entreguei o último verso no último dia de gravação”, conta.

Black Alien não pensava em ser artista, queria ser skatista e estudar cinema para ser aluno de Nelson Pereira dos Santos. As poucas vagas, as drogas e o estudo displicente atrapalharam que ele passasse na segunda fase do vestibular. Por ser tímido, além de ir por anos ao cinema duas vezes na semana, consumia em quantidade surpreendente literatura, quadrinhos e música. Ele conheceu o rap aos 12 anos e, com o seu flow autêntico, rimas certeiras e papo reto, se tornou uma espécie de instituição do gênero e o reflexo de seu som, ideias e citações uma influência para diversos outros artistas até hoje.

E como é bom ouvir Black Alien seguindo a sua trajetória e mostrando que continua tão bom. “Abaixo de Zero: Hello Hell” chega como prova disso. Depois da faixa de abertura “Área 51”, o disco segue com a emocionante “Carta para Amy”, com as rimas se misturando com versos em inglês e português, no habitual flow perfeito. “Nunca mais é tempo demais, baby, o tempo é rei” diz o refrão da música. O som vem e segue cheio de modernidade com os beats de Papatinho e a introdução de “Vai Baby” – que não chega a ser uma ‘lovesong’ convencional, mas traz um romantismo maduro e sexual na medida – mostra que a junção entre o produtor e o MC rendeu bons frutos.



“Trabalhar com Papatinho é ótimo. Ele é inteligente, gosta muito do que faz, é humilde e ainda impõe tranquilamente a sua visão sobre as composições. Ele se diverte e se interessa por todos os campos do projeto, inclusive comentando as letras comigo, o que é raro, prazeroso e gratificante”, avalia Black. O álbum continua com “Que Nem o Meu Cachorro”" – primeiro single disponibilizado do disco, que ganhou um clipe impactante dirigido por Premier King – e “Take Ten”, com um turbilhão de pensamentos e referências, como Jimmy Hendrix e o filme “O Médico e o Monstro”.

A sobriedade que se mistura com o desejo e com o amor, por alguém e principalmente por si mesmo em “Au Revoir”, é a busca constante em “Aniversário de Sobriedade”, canção que o piano dá o tom e um solo especial de sax aparece no final. As duas últimas canções de “Abaixo de Zero: Hello Hell” são “Jamais Serão”, um protesto bilíngue pra enfatizar que “presidentes são temporários, meu despertar temporão, música boa é pra sempre, esses otários jamais serão”; e “Capítulo Zero”, com as ideias derradeiras deste novo começo do campeão Black Alien.
 
BLACK ALIEN

Local: Opinião (Rua José do Patrocínio, 834)
Data: 14 de maio ( quinta-feira) a partir das 23h
Abertura da casa: 21h30
Classificação: 16 anos

Ingressos:

Lote 1:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 45
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 40
Inteira: R$ 80

Lote 2:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 55
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 50
Inteira: R$ 100

Lote 3:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 65
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 60
Inteira: R$ 120

Lote 4:
Solidário (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 75
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 70
Inteira: R$ 140

* Os alimentos deverão ser entregues no Opinião, no momento da entrada ao evento.

** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.

* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.

* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13  – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.

* 50% para sócio do Clube do Assinante ZH.

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Verse Shopping Lindoia

Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de R$ 5 de taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Verse Andradas 1444 – Galeria Chaves
Lojas Planeta Surf – Shopping Iguatemi, Praia de Belas, Bourbon Wallig, Barra Shopping Sul e Bourbon Ipiranga

Online: www.sympla.com.br/opiniao

Informações:
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