O Maestrick concedeu uma entrevista para o site chileno
Zerovarius.
Leia matéria original em espanhol
AQUI.
Maestrick: "estamos contando os dias para tocar no Chile"
Maestrick é uma banda brasileira de metal progressivo que se
apresentará aqui no Chile no Festival Powershock, ex -ProgPowerSA, que
teve sua edição transferida para o mês de novembro. Conversamos com
três de seus integrantes: Renato Somera (Baixo), Fabio Caldeira ( Vocal e
Piano) e Heitor Matos (Bateria) . Deixamos vocês com esta divertida
entrevista com o Maestrick.
Zerovarius: Inicialmente gostaria de agradecer a entrevista.
Fabio Caldeira: Nós que agradecemos pela atenção ao trabalho do Maestrick e pelo espaço cedido.
Zerovarius: Apresentem o Maestrick. Conte-nos um pouco como a banda foi formada.
Fabio Caldeira: O Maestrick foi formado em 2006 e atualmente é
composto por mim, Fabio Caldeira (vocal, piano/teclados), Renato
Montanha (contrabaixo), Heitor Matos (bateria), Paulo Pacheco (guitarra)
e Beto Vanella (guitarra). Desde o começo, nossa proposta era fazer
algo que incluísse a personalidade de cada um, buscando assim, algo bem
particular e de certa forma único.
A origem do nome Maestrick traduz bem o que buscamos, pois une a
palavra “Maestro”, com sua postura erudita e séria, com a palavra
“Trick”, que significa travessura, truque e remete a algo mais
desprendido e até engraçado. Se você nos procurar, de um extremo a
outro, e se for espontâneo, pode nos encontrar em qualquer lugar."
Zerovarius: Como se dá o processo de composição? Vocês se reúnem periodicamente para compor?
Heitor Matos: Esta é uma pergunta muito legal, porque é uma
curiosidade que nós também temos, principalmente em relação à bandas que
admiramos e acompanhamos. Gostamos de saber como é o processo de
composição, é uma particularidade de cada banda.
Temos uma rotina de ensaios durante a semana, que são separados entre manutenção de repertório de shows e idéias novas.
É claro que não dá pra trabalhar as duas coisas ao mesmo tempo, então
quando estamos focados nos shows, apenas apresentamos, gravamos as
idéias novas e deixamos arquivadas para termos materiais no futuro.
Composição exige uma boa energia e um grande foco, assim como os shows
do Maestrick, tentamos manter as duas partes ativas mas de forma
separadas.
Nós trabalhamos com uma forma de composição bem livre, todos apresentam
suas idéias, letras, então colocamos tudo em ordem e começamos a
trabalhar. O Maestrick conseguiu criar uma identidade no seu primeiro
álbum que nós curtimos muito, isso foi devido a forma de composição, que
apesar de ser livre tem alguns parâmetros que seguimos e deu certo,
portanto acho que vamos continuar dessa forma. Somos uma equipe forte e
como toda equipe, temos que deixar cada parte desempenhar seu papel,
para que no final o resultado seja o melhor possível.
O Maestrick sempre vai ter essas brincadeiras de orquestrações, timbres
loucos, contextos por trás das músicas, porque sempre vai ter a mão do
Fabio por exemplo nos teclados, nas composições em si, o Montanha com
seus Two Hands e Timbres, as misturas de ritmos e estilos...isso sempre
será como o nome já diz “ Maestrick”.
Renato Somera: O processo de composição se dá através de “jam
sessions” ou quando algum integrante apresenta um tema. A partir deste
ponto nos reunimos, absorvemos a ideia, depois disso começamos a
trabalhar em conjunto discutindo o ponto de vista de cada instrumentista
e direcionando a música para sensação que queremos.
Nós marcamos alguns ensaios para apresentar estes temas, não
necessariamente uma ou duas vezes por semana, dando preferência em
ensaios com todos os integrantes para que as músicas tenham a
personalidade de todos os integrantes da banda.
Zerovarius: No ano passado o Maestrick se apresentou no Lima Prog
Fest II e dividiu o palco com duas bandas chilenas, a Opus 3 e a
Crisálida (estas últimas irão estar também no Powershock ) o que você
acham deles?
Renato Somera: As duas bandas são fantásticas, com muita
personalidade e extrema competência, foi um orgulho imenso dividir o
palco e poder conhecer os integrantes da OPUS 3 e Crisálida. Espero que
possamos levar estas amizades por muitos anos e muitos palcos por vir.
Heitor Matos: Nós conhecemos a força do “Prog” da América do Sul
no ano passado no Peru. A Banda Crisálida é espetacular...tem um som
muito bom, pesado e suave ao mesmo tempo. O baterista Rodrigo Sanchez é
espetacular, a vocalista, o guitarrista, meu amigo Javier Sepúlveda,
enfim, todos são muito bons profissionais e muito gentis.
Os caras do Opus 3 ... (Risos) Foi tudo muito divertido. Nós tivemos a
oportunidade de sairmos para jantar e conhecer o Peru juntos. O
baterista Rodrigo Chavarria e o baixista Francisco de Borja são músicos
excelentes. Estamos longe, mas eles são pessoas incríveis e tenho
certeza que seremos bem recebidos por eles aí no Chile.
Um abraço para a Crisálida e para a Opus 3!
Zerovarius: Também foram convidados para se apresentarem no Chile seu
compatriotas do Hibria e Hangar. Vocês são conhecidos? Já dividiram o
palco?
Renato Somera: Nós infelizmente não conhecemos os integrantes do
Hibria pessoalmente, não tivemos ainda o prazer de dividir palco com
eles. Porém acompanhamos a carreira deles e admiramos as conquistas
alcançadas por eles e estamos muito felizes de podermos dividir palco
pela primeira vez.
Fabio Caldeira: Eu conheço o Aquiles (Priester) e o meu xará,
Fabio (Laguna), ambos do Hangar. Tive a oportunidade de tocar com eles
quando fiz participação no show da banda brasileira House of Bones do
produtor do Maestrick, Gustavo Carmo. Falar bem deles é redundante,
porque são ótimos profissionais e grandes pessoas. O Hibria, como o
Montanha disse, não os conhecemos ainda, mas o Powershock será uma ótima
oportunidade para isso. São duas grandes bandas.
Zerovarius: Qual o conceito do "Unpuzzle!"?
Fabio Caldeira: O “Unpuzzle!” se passa em um museu, onde está
acontecendo uma exposição de quadros de um artista. Das tintas que ele
usa pra pintar os quadros, nascem dois seres, o “Smile” e o “Snif”. Eles
por sua vez entram dentro dos quadros, que tem formato de peças de
quebra-cabeças, e descobrem mundos alternativos onde outros personagens
vivem. Na tentativa de ajudá-los, eles despertam o engraçado e
desastrado "Puzzler”, que no começo se revela simpático, mas na verdade é
o vilão da história.
Trazendo isso para a música, posso dizer que cada nota conta um pouco
desse realismo fantástico e procura trazer quem ouve para os lugares
onde tudo acontece. E é claro, isso é estendido para os nossos shows.
Zerovarius: Quais as expectativas que vocês tem em relação a esse show aqui no Chile? E ao público chileno?
Fabio Caldeira: As melhores possíveis! Estamos realmente
empenhados em deixar nossa marca no Powershock. Sabemos que o Chile tem
grandes artistas e sempre recebe muito bem os shows que acontecem por
aí. Então estamos muito comprometidos a mostrar que estamos à altura
desse grande público do Chile.
Renato Somera: Nós temos as melhores expectativas possíveis como
disse o Fabio. Sabemos que o Chile é um pais lindo e que o público é
muito acolhedor. Nós daremos 110% no palco para levar um grande
espetáculo para o público.
Zerovarius: Finalmente deixem uma mensagem para os nossos leitores.
Fabio Caldeira: Quero mandar um grande abraço ao público chileno e dizer que estamos contando os dias para chegarmos aí!
O Maestrick é uma banda que acredita na fusão entre elementos
artísticos, e é isso que levaremos até vocês da melhor forma que
pudermos. Para terminar, vou parafrasear um texto que está no encarte do
nosso disco:
“Que vossas mentes possam estar libertas de qualquer prisão e limite,
ilimitando- se apenas, ao que não é possível, mas é!” Luz, paz e arte
para todos vocês e até breve.
Fonte: Zerovarius
Links Relacionados:
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em contato com Matheus Bertoni (17) 8184-0504 ou Eduardo Campos (17)
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