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segunda-feira, 8 de maio de 2017

O Rappa: como foi o último show em POA antes de pausa da banda


A Be Livin, banda que já contabiliza 12 anos de estrada, aqueceu o público durante 40 minutos com suas músicas autorais que seguem a vertente do reggae roots.

Abre aspas, muitas vezes, se vai a um show e mal reparamos na banda de abertura; mas não foi o que aconteceu na noite do último sábado. O sexteto formado por Eduardo Freda (voz), Guilherme Rocha (teclado), Diego Pereira (teclado), Rogers Lemes (guitarra), Ed Brum (baixo), e Pedro Moraes (bateria) prendeu a minha atenção, e posso afirmar que isso aconteceu com grande parte do público presente. Que sonzeira! Deu vontade de sair de lá e procurar o material dessa galera. Recomendo.

A banda de Reggae pelotense acabou a sua performance quase no horário que era previsto para O Rappa iniciar a sua. Obviamente, era público e notório, que o show principal iria ter algum atraso para subir ao palco, mas 60 minutos de atraso, foi um pouco cansativo. Mas para minha surpresa o público não esfriou com a gigantesca espera.


Quase 1 hora da manhã de domingo a banda carioca, com mais de vinte anos de atividade, começa o show da turnê "Acústico Oficina Francisco Brennand", tão aguardado. Ainda mais depois do anúncio oficial feito na última quarta-feira, dia 03 de maio, de uma pausa na carreira "sem previsão de volta".

O show tem o mesmo formato do DVD homônimo lançado no ano passado, mas não perdeu a sua essência. É bem diferente de tudo que o quarteto já fez, mas com a mesma energia de sempre . Instrumentos diferentes também ganharam presença no palco. Foi bem como o líder da banda havia comentado, foi um acústico para cima.

Tanto que  Falcão iniciou o show sentado num banquinho, bem ao estilo "acústico" mas isso durou apenas alguns minutos. Logo o músico levantou-se e não ficou parado até o final do show, assim como o público que o assistia.

O público que lotou as dependências da tradicional casa de shows se despediu de Marcelo Falcão (vocais), Marcelo Lobato (bateria), Xandão (guitarra) e Lauro Farias (baixo) à altura. Desde a primeira música executada, até a última os fãs acompanharam a banda seja dançando, pulando, cantando.

Durante mais de duas horas de show a banda brasileira que não tem um estilo definido (e precisa?), que mistura inúmeros estilos como rock, rap, MPB, reggae, hip hop, apresentou um apanhado dos seus maiores sucessos como "O Que Sobrou do Céu", "Rodo Cotidiano", "Hóstia","Anjos", "Lado B Lado A", "Pescador de Ilusões", "Monstro Invisível", "Minha Alma", entre outras, e quatro músicas inéditas: "Vários Holofotes", "Na Horda", "Intervalo Entre Carros" e "Sentimento".

A surpresa do set foi "Hey Joe" que a banda não tocava ao vivo há muito tempo.



É muito difícil uma banda manter um ritmo de show assim como se viu  no Pepsi On Stage, e ainda por cima, em total sintonia com o público. Foi um acústico cheio de energia que fez todo mundo tirar o pé do chão. Demonstrando que a música da banda continua com a mesma força e vibração. Foi um show memorável.

Nada, absolutamente, contra as bandas estrangeiras, mas ver uma banda brasileira conseguindo esse feito é gratificante.

O Rappa fez e faz por merecer todo o sucesso de crítica e público que conseguiu ao longo de sua carreira.

Esperamos que esta despedida não seja um "Adeus" e sim um "Até Breve".

Agradecimentos a Opinião Produtora.

Fotos: Sônia Butelli