Na terça-feira passada, dia 18 de agosto, Glenn Hughes apresentou-se na capital gaúcha, Porto Alegre. E desta vez o vocalista e baixista que já passou pelo Deep Purple e Black Sabbath e, mais recentemente pelo Black Country Communion e California Breed, apresentou-se numa casa de show à sua altura, no Opinião Bar. Ao lado de Hughes, os exímios Doug Aldrich (guitarra, ex-Whitesnake e Dio) e Pontus Engborg (bateria) que já tocou com Eric Martin (Mr Big) e Joe Lynn Turner, entre outros.
A performance do músico, que funde elementos do hard rock, do soul, do R&B e do funk como poucos, iniciou pontualmente às 21 horas. A casa de shows tradicional da noite porto-alegrense não encontrava-se totalmente lotada, fato que passou despercebido, pois o público que compareceu ao show cantou, vibrou desde a primeira música até a última música executada. Tanto o público quanto a banda demonstraram enorme empolgação desde o primeiro acorde...
O músico britânico, nas duas horas de duração do show, fez um apanhado de toda a sua carreira, composto por músicas que marcaram a sua carreira solo, além de clássicos das bandas que fez parte.
É inegável a química entre Hughes e Aldrich. Dava para sentir o prazer que sentiam por dividirem o palco. Retifico é inegável o prazer, desculpem o termo, é inegável o tesão que esse trio mostrou na sua performance. Uma aula de como se faz o "Bom e Velho Rock N' Roll.
Os sorrisos estampados nos rostos dos presentes diante do músico merecidamente conhecido como "A Voz do Rock" chamavam atenção. Confesso que dividia meu tempo entre apreciar o power trio no palco e as mais variadas reações do público diante do lendário músico, diante da banda.
"Stormbringer" faixa-título do segundo álbum do Deep Purple com Hughes abre o show que
segue com “Orion” e “Way Back to the Bone”, clássico do Trapeze...Logo em seguida Aldrich deixa o público ensandecido quando sola o hit do Deep Purple "Mistreated".
Essa música levou o público à loucura...Foi um dos ápices dessa noite gloriosa.
A interpretação de “Good to be Bad” por Hughes, faixa composta por Aldrich em parceria com David Coverdale também foi matadora. Foram muitos momentos grandiosos, nesse grandioso show.
Depois de um hiato de cinco anos o músico estava novamente num palco gaúcho mostrando o porque faz jus ao título "The Voice of Rock". O tempo todo o público sorria, cantava, aplaudia os músicos,o show...Todos sabiam que teríamos um show de alta qualidade, mas minhas expectativas foram todas superadas.
Hughes possuí uma voz privilegiada, uma técnica perfeita.
Sem sombra de dúvida foi o melhor vocalista que já vi, ouvi ao vivo.
É certamente um dos mais talentosos cantores da história do rock, retifico, da história da música.
Ele transita pelas mais variadas vertentes musicais, e a cada ano que passa melhora a sua performance. Contrariando aqueles que dizem que quando a idade chega, a voz muda e blá-blá- blá...
O músico possui uma facilidade incrível de transitar entre médios e agudos, indo para o falsete sem nenhum esforço. Deixando os que presenciam sua arte totalmente ENcantados, enfeitiçados.
Ele parece brincar de cantar. Ele é mestre na arte dominada por poucos mortais.
Outro ponto que chama atenção é a energia do músico que completou recentemente 63 anos.
Hughes se movimentou o tempo todo no palco, interagiu constantemente com o público...
Acaba o show e o músico não esboça cansaço algum.
Mais um show que leva por àgua abaixo aquela falácia que o Rock N' Roll morreu...
Não morreu, Fato. E graças a músicos como Glenn Hughes, Doug Aldrich e Pontus Engborg que disseminam a boa música, nunca irá morrer.
Hughes, durante o show, disse mais de uma vez que volta ao Brasil em breve.
Assim esperamos!
Fotos: Aline Jechow
Obrigada Abstratti Produtora.
Leia também a resenha/ materia no Whiplash.Net com fotos de Robert Vidal.