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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Canoas Jazz 2015: emociona o público no Capão do Corvo


Festival reuniu cerca de 5 mil pessoas em duas noites de música. Prefeito Jairo Jorge garantiu a realização da 6edição do evento em 2016


canoasjazz
Crédito: Gustavo Garbino



Emocionante e único. Nada menor do que isso consegue definir o que foi a 5ª edição do Canoas Jazz, encerrada na noite do último domingo (22), no Parque Getúlio Vargas. O domingo de sol e temperatura agradável levou centenas de pessoas a aproveitar o dia no Capão do Corvo e a assistir os dois grandes shows da noite. No sábado, a música latina fez as honras com o Escalandrum e o La Chicana e o festival ainda teve a abertura com o músico canoense Pedro Longes.

Abrindo o palco neste domingo, a elegância e a técnica de sobra dos gaúchos do Jazz 6. O escritor Luis Fernando Verissimo que faz parte da banda com seu saxofone entrou em cena sob gritos da plateia e, sua habitual timidez caiu por terra quando, ao microfone disse de bate-pronto: “podem me chama de lindo também”. Pedido atendido, mais aplausos e o palco se enche de música com Edinho Espíndola (bateria), Luis Mauro Filho (teclados), Jorge Gerhardt (baixo) e Luiz Fernando Rocha (trompete e Flugel-Horn) e com Sentimental Journey, tema de Les Brown que já foi gravado por Doris Day e Frank Sinatra. Dali em diante, uma sequencia de bom gosto e estilo, que passou ainda pela bossa de Samba de Verão, de Marcos e Paulo Sérgio Valle; por Sweet Georgia Brown, um clássico de Louis Armstrong;Tune Up, de Miles Davis; e I Had to be You, outra imortalizada por Sinatra. Ao final, o Jazz 6 sai do palco aplaudido de pé. Missão cumprida.

Para fechar a noite e o festival, a África ancestral e que ainda luta por paz e harmonia entre os povos se fez presente em nove vozes abençoadas por todas as forças espirituais possíveis entre o céu e a terra. Os sul-africanos do Ladysmith Black Mambazo silenciaram os murmúrios e levaram o público a um viagem às savanas, aos costumes e danças de tribos que guardam a história em suas peles e mentes. Como verdadeiros hinos de esperança como em Ofana NayeThalaza e Long Walk to Freedom, o Ladysmith soube também mostrar que a alegria é uma bandeira que deve ser sempre hasteada. Interagiu e brincou com o público com danças e chamamentos para cantar junto, sempre distribuindo sorrisos, como o de Albert Mazibuko, o mais velho do grupo que lembrou do fundador do LBM, Joseph Shaballa, que já não participa mais das turnês.

Foi na clássica Homeless que o grupo mostrou os motivos de levarem tanta emoção ao mundo. Não foi raro perceber olhos marejados, jovens e famílias inteiras silenciadas na grama das proximidades do parque, em cadeiras de praia, casais abraçados protegidos do vento com mantas e se deixando levar por vozes tão perfeitas. O grupo ainda trouxe as alegres Phansi e Rain Rain e se despediu de Canoas com o encanto de Shosholoza. Saíram mais sorridentes ainda e, no backstage, distribuíram simpatia com os fãs que não perderiam uma foto por nada. Em tempos de intolerância racial e religiosa, o Ladysmith fez o público lembrar que todos viemos da África e que foi lá também, que a música nasceu e continua frutificando em nome da paz.


CANOAS JAZZ 2016 GARANTIDO

Um pouco antes do Ladysmith entrar no palco, o prefeito municipal Jairo Jorge se dirigiu ao público para algumas palavras sobre a edição que terminava. “Canoas escolheu o jazz porque ele é uma música do nosso tempo, que permite a inovação”, disse o prefeito que agradeceu a presença de todos e garantiu a realização, em 2016, da 6ª edição do festival que, desde já, começa a ser trabalhada pelas equipes da Prefeitura Municipal. Nas duas noites de festival, o Capão do Corvo recebeu cerca de cinco mil pessoas para os shows que tiveram entrada franca e que contou com toda a estrutura possível para dar comodidade e segurança ao público.


Crédito da notícia: Daniel Soares MTB 9094
Prefeitura de Canoas


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

CANOAS JAZZ 2015: também levará música para as estações do Trensurb

Trio de Viana se apresentará sexta, a partir das 17h, na estação Canoas/La Salle


Em “aquecimento” para o festival Canoas Jazz, que acontece no próximo sábado e domingo no Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo), três estações do Trensurb receberão o Jazz nas Estações a partir desta quarta-feira. Os shows convidam a população a prestigiar o evento e também levam música de qualidade a quem transita pelo local.

A primeira apresentação será do flautista Israel Boff, com repertório voltado para o Choro, o "jazz brasileiro", e que estará, a partir das 17h desta quarta na Estação Niterói. Na quinta-feira, no mesmo horário, será a vez de conferir o trabalho do cantor, compositor e violonista Pedro Longes, na Estação Mathias Velho. Pedro, que reside em Canoas, também abrirá o festival no sábado, às 19h, mostrando um pouco do seu primeiro disco, Conéxion. Na sexta-feira, quem se apresenta na Estação Canoas/La Salle é o Trio de Viana. Formado por Cleber Viana (guitarra), Elton Luiz Schneider (baixo) e Mateus Kremer (bateria), o grupo explora, em sua performance, o jazz fusion.



SOBRE O CANOAS JAZZ 2015
Famoso pela excelente programação, o Canoas Jazz chega à quinta edição este ano trazendo para a cidade da Região Metropolitanaquatro renomadas atrações musicais. Realizado pela Secretaria Municipal da Cultura, o evento com entrada franca aconteceráneste sábado e domingo, dias 21 e 22 de novembroa partir das 19h, no Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo).

A primeira noite contará com duas formações argentinas. O sexteto Escalandrum, liderado pelo baterista Daniel “Pipi” Piazzolla – neto de Astor Piazzolla –, abre a programação às 19h30 apresentando o álbum Piazzolla plays Piazzolla. Depois, às 21hDolores Solá e Acho Estol, do grupo La Chicana, sobem ao palco para fazer o lançamento mundial do disco La Pampa Grande. O encontro terá participação de Arthur de FariaGiovanni BertiLuiz Carlos BorgesHique Gomez e Antonio Villeroy, apresentando canções como Romaria (Renato Teixeira)Dois Mil e Um (Rita Lee e Tom Zé), e Valsa para uma Menininha (Vinicius de Moraes e Toquinho).

A segunda data começa com show do quinteto gaúcho Jazz 6, às 19h30. Com o escritor Luis Fernando Verissimo no sax alto, o grupo surpreende pelo improviso e desenvoltura ao mesclar o estilo jazzístico ao balanço brasileiro, em uma mistura de muito bom gosto. O encerramento fica por conta do conjunto vocal masculino sul-africano Ladysmith Black Mambazo, que fará sua primeira apresentação no Rio Grande do Sul a partir das 21h. Criado no início da década de 1960 por Joseph Shabalala, o grupo tem propagado a cultura de seu país com ritmos e harmonias à capella tradicionais da cultura local. Em 1986, ganharam destaque mundial ao participarem do álbum Graceland, do cantor e compositor norte-americano Paul Simon.


Serviço:

JAZZ NAS ESTAÇÕES

Dia 18 de novembro,
Quarta, a partir das 17h
Estação Niterói
Apresentação do flautista Israel Boff

Dia 19 de novembro
Quinta, a partir das 17h
Estação Mathias Velho
Apresentação do violinista Pedro Longes

Dia 20 de novembro
Sexta, a partir das 17h
Estação Canoas/La Salle
Apresentação do Trio de Viana