Festival reuniu cerca de 5 mil pessoas em duas noites de música. Prefeito Jairo Jorge garantiu a realização da 6a edição do evento em 2016
Crédito: Gustavo Garbino
Emocionante e único. Nada menor do que isso consegue definir o que foi a 5ª edição do Canoas Jazz, encerrada na noite do último domingo (22), no Parque Getúlio Vargas. O domingo de sol e temperatura agradável levou centenas de pessoas a aproveitar o dia no Capão do Corvo e a assistir os dois grandes shows da noite. No sábado, a música latina fez as honras com o Escalandrum e o La Chicana e o festival ainda teve a abertura com o músico canoense Pedro Longes.
Abrindo o palco neste domingo, a elegância e a técnica de sobra dos gaúchos do Jazz 6. O escritor Luis Fernando Verissimo que faz parte da banda com seu saxofone entrou em cena sob gritos da plateia e, sua habitual timidez caiu por terra quando, ao microfone disse de bate-pronto: “podem me chama de lindo também”. Pedido atendido, mais aplausos e o palco se enche de música com Edinho Espíndola (bateria), Luis Mauro Filho (teclados), Jorge Gerhardt (baixo) e Luiz Fernando Rocha (trompete e Flugel-Horn) e com Sentimental Journey, tema de Les Brown que já foi gravado por Doris Day e Frank Sinatra. Dali em diante, uma sequencia de bom gosto e estilo, que passou ainda pela bossa de Samba de Verão, de Marcos e Paulo Sérgio Valle; por Sweet Georgia Brown, um clássico de Louis Armstrong;Tune Up, de Miles Davis; e I Had to be You, outra imortalizada por Sinatra. Ao final, o Jazz 6 sai do palco aplaudido de pé. Missão cumprida.
Para fechar a noite e o festival, a África ancestral e que ainda luta por paz e harmonia entre os povos se fez presente em nove vozes abençoadas por todas as forças espirituais possíveis entre o céu e a terra. Os sul-africanos do Ladysmith Black Mambazo silenciaram os murmúrios e levaram o público a um viagem às savanas, aos costumes e danças de tribos que guardam a história em suas peles e mentes. Como verdadeiros hinos de esperança como em Ofana Naye, Thalaza e Long Walk to Freedom, o Ladysmith soube também mostrar que a alegria é uma bandeira que deve ser sempre hasteada. Interagiu e brincou com o público com danças e chamamentos para cantar junto, sempre distribuindo sorrisos, como o de Albert Mazibuko, o mais velho do grupo que lembrou do fundador do LBM, Joseph Shaballa, que já não participa mais das turnês.
Foi na clássica Homeless que o grupo mostrou os motivos de levarem tanta emoção ao mundo. Não foi raro perceber olhos marejados, jovens e famílias inteiras silenciadas na grama das proximidades do parque, em cadeiras de praia, casais abraçados protegidos do vento com mantas e se deixando levar por vozes tão perfeitas. O grupo ainda trouxe as alegres Phansi e Rain Rain e se despediu de Canoas com o encanto de Shosholoza. Saíram mais sorridentes ainda e, no backstage, distribuíram simpatia com os fãs que não perderiam uma foto por nada. Em tempos de intolerância racial e religiosa, o Ladysmith fez o público lembrar que todos viemos da África e que foi lá também, que a música nasceu e continua frutificando em nome da paz.
CANOAS JAZZ 2016 GARANTIDO
Um pouco antes do Ladysmith entrar no palco, o prefeito municipal Jairo Jorge se dirigiu ao público para algumas palavras sobre a edição que terminava. “Canoas escolheu o jazz porque ele é uma música do nosso tempo, que permite a inovação”, disse o prefeito que agradeceu a presença de todos e garantiu a realização, em 2016, da 6ª edição do festival que, desde já, começa a ser trabalhada pelas equipes da Prefeitura Municipal. Nas duas noites de festival, o Capão do Corvo recebeu cerca de cinco mil pessoas para os shows que tiveram entrada franca e que contou com toda a estrutura possível para dar comodidade e segurança ao público.
Crédito da notícia: Daniel Soares MTB 9094
Prefeitura de Canoas
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