sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sublime With Rome em POA (13/9): ingressos no terceiro e último lote - Leia entrevista

Estão no terceiro e último lote os ingressos para o show da banda Sublime With Rome em Porto Alegre, que ocorre em 13 de setembro, no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834). As entradas estão disponíveis aquiÉ terceira vez que o conjunto de ska punk e reggae toca na capital gaúcha — a primeira foi em 2011 e a segunda em 2013, ambas no Pepsi on Stage.


Crédito: SWE

Formada em 1988, em Long Beach (Califórnia), o Sublime é uma banda estadunidense de ska punk e reggae. Com a morte do vocalista Bradley, em 1996 — auge do sucesso —, os demais integrantes resolveram encerrar as atividades. No entanto, em 1997, músicas póstumas como ‘What I Got’, ‘Santeria’, ‘Wrong Way’ e ‘Doin' Time’ explodiram nas rádios dos EUA motivando o time a continuar seu legado. Um tempo depois, surgia o Sublime with Rome, que atualmente é a junção de um dos criadores do Sublime (o baixista Eric Wilson) com a voz emblemática do cantor Rome Ramirez — que colabora com o conjunto desde 2009. A dupla tem a companhia do baterista Carlos Verdugo. Mais informações aqui.


O retorno só fez bem para a gente” — Entrevista com Rome (Sublime With Rome) 

Por Homero Pivotto Jr.

Foi como bruxaria: o que poderia acontecer de melhor e de pior na carreira do Sublime rolou praticamente ao mesmo tempo. E de maneira repentina. Em 1996, pouco antes de a banda lançar seu disco autointitulado, o terceiro e mais celebrado da discografia, o vocalista Bradley Nowell morreu — ao que indicam as circunstâncias, de overdose. Músicas desse álbum, como ‘Santeria’, ‘What I Got’ e ‘Wrong Way’ reverberaram pelo mundo, fazendo os californianos ficarem conhecidos. Mas, sem o frontman, não foi possível aproveitar o sucesso por completo.

Até que, em 2009, como num passe de mágica, surgiu o talentoso jovem Rome Ramirez, então com 20 anos. Ele não apenas assumiu o posto deixado pelo falecido músico, tocando guitarra e cantando, mas impressionou com uma voz que lembra a de seu antecessor. Em 2010, para evitar complicações legais, o conjunto foi rebatizado como Sublime With Rome. Desde então, o grupo já lançou dois discos de estúdio — Yours Truly (2011) e Sirens (2015) — e rodou em turnês por vários cantos do mundo mundo. Atualmente, a formação tem ainda o baixista Eric Wilson (único membro ainda na ativa desde o início das atividades) e o baterista Carlos Verdugo (o original, Bad Gaugh, saiu em 2011).

É esse trio que vem a Porto Alegre em 13 de setembro, para show no Opinião (José do Patrocínio, 834). Vai ser a terceira passagem do Sublime With Rome pela cidade — as outras duas foram no Pepsi on Stage, sendo uma em 2011 (quando a casa ficou com lotação praticamente esgotada) e outra em 2013.

Na entrevista a seguir, Rome fala sobre novo disco, o atual momento da banda e o que faria para melhorar o mundo se pudesse praticar ‘santeria’.




Qual a situação do álbum que estava previsto para sair este ano? Alguma ideia de quando o disco deve ser lançado? Já estão tocando faixas desse trabalho nos shows?Rome Ramirez — Olá, primeiramente obrigado por seu tempo. Somos muito gratos pela força que estamos recebendo com o Sublime With Rome. Nosso novo disco está pronto e deve ser lançado na primavera (dos EUA) de 2019. Vamos tocar uma nova música desse registro nos shows, pois queremos ir aquecendo para o lançamento. Os fãs podem esperar o melhor do Sublime!

A banda tem usado uma foto de divulgação em que os três integrantes aparecem com visual mais punk. Alguma razão para isso? Tipo, o álbum vai soar mais agressivo ou as composições expressam descontentamentos com alguma situação?Rome —  Não há nenhuma razão especial. Gostamos de mudar a aparência de tempos em tempos. E acho que nossa música tem o poder de mudar as pessoas, simplesmente como trocamos nosso visual.

Ainda no sentido da pergunta anterior: como o punk rock, principalmente da Califórnia, reverbera no som do Sublime With Rome?Rome —  Seguimos ouvindo os mesmos tipos de som que gostávamos no passado. Nossa relação com o punk segue inalterada, ainda curtimos pra caramba! 

O Sublime With Rome tem um espécie de sonoridade ensolarada — talvez pelo fato de a banda ser da Califórnia. Como vocês constroem essa identidade e como agregam referências de diferentes gêneros (reggae, dub, rock…)?Rome — Tem muito da Studio One (gravadora e estúdio jamaicanos) com o reggae. Algo sujo e verdadeiro, como  Lee ‘Scratch’ Perry e coisas do tipo. Primeira onda, yeah! Esse é o estilo que estávamos tentando atingir. Então, misture isso com baterias pulsantes numa sala ao vivo, mais camadas de samples e está feito. Quero dizer, as pessoas esperam que o Sublime faça um disco de reggae rock, certo? Porque esse é o estilo das músicas mais populares da banda. Porém, algumas das melhores coisas da discografia passada do Sublime não foram singles. Eram faixas influenciadas pelo Black Flag e pelo Greg Ginn (guitarrista do Black Flag), por exemplo. E vamos ter um pouco disso no álbum novo.




Agora que você já está fazendo vocal e guitarra na banda há um tempo, sente uma sintonia maior desde que os trabalhos foram retomados, em 2009?Rome — Claro! Esse retorno só fez bem para a gente, como músicos e como pessoas. Eu acredito piamente que o melhor para a banda ainda está por vir. 

E como as mudanças de formação, tal qual a saída do batera Bud, afetam a química do grupo e a maneira como vocês compõem?Rome — Mudanças são naturais. As pessoas são diferentes, tem variados modos de pensar. Mas sempre vejo pelo lado positivo: novas experiências são importantes em nossas vidas e para a banda. 

Você e o Eric têm filho e entendem a relação entre pais e suas crianças. Podemos dizer que rolou uma espécie de sentimento paterno do Eric com você, por ele ser mais velho e fundador do Sublime?Rome — Acreditamos que, na vida, sempre há uma conexão espiritual entre as pessoas. E tem sido um grande privilégio tocar com os caras do Sublime



Enviado por Homero Pivotto Jr.


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