domingo, 3 de maio de 2015

Monsters Tour: a reunião de dinossauros que ensandeceu o público em POA


Um pouco antes das 18h30, horário previsto para o início dos shows do Monsters Tour, o power trio formado por Cristiano Wortmann (voz e guitarra), André Lacet (baixo) e Jean Montelli (bateria) subiu ao palco e mostrou o motivo pelo qual foram escolhidos para abrir um show com tamanha importância. Show que reuniu em Porto Alegre três dos principais nomes do rock/ heavy metal mundial num mesmo evento.


A Zerodoze entusiasmou o público presente no Estádio do Zequinha na última quinta-feira, dia 30 de abril, véspera do feriado do Dia do Trabalhador, com uma performance composta por músicas autorais e covers de clássicos do heavy metal.

A banda porto-alegrense apresentou um setlist com muito peso e energia, aquecendo a platéia para a noite memorável que iniciava.

A banda não é novata em abertura de grandes shows. Em 2012, foram responsáveis pela abertura do show do SLASH, uma banda à altura de Ozzy Osbourne, Judas Priest e Motorhead.

"Foi o dia mais perfeito das nossas vidas. A Hits Entretenimento nos tratou extremamente bem e nos ofereceu uma estrutura fantástica. Tocamos para 16 mil pessoas que nos receberam de braços abertos. Foi uma responsabilidade muito grande dividir o palco com os nossos maiores ídolos, mas no final deu tudo certo. Trabalhamos muito para isso e queremos agradecer a todos que estavam presentes", comentou Cristiano Wortmann, guitarrista e vocalista da ZERODOZE, que também é guitarrista da banda HANGAR.




"We are Motorhead and we play rock and roll" (Nós somos o Motorhead e Nós tocamos rock and roll") assim, como de costume, Lemmy Kilmister, se apresentou para o público estimado em torno de 16 mil pessoas.

Durante a performance a banda de rock britânica formada por Lemmy Kilmister ( Baixo e vocal), Mikkey Dee (Bateria) e Phill Campbell (guitarra) apresentou clássicos da carreira que esse ano completa 40 anos e algumas músicas do seu mais recente álbum, o "Aftershock".

Como é de domínio público o Motorhead  é um dos grupos que mais influenciou outras bandas de diferentes vertentes como o heavy metal, o thrash metal e o punk rock. Assistindo a banda em ação penso na inutilidade dos rótulos que a maioria das pessoas costumam colocar em artistas e bandas.

Não importa em qual estilo uma banda se encaixa.

O que importa é a qualidade do som que produz, e qualidade é uma das características que a banda capitaneada por Lemmy possui de sobra.

Vida longa ao Rock n' Roll!





O lider da banda tocou e cantou por mais de uma hora, com sua voz rouca, característica, e mostrou-se recuperado do problema de saúde ocorrido em São Paulo que o impossibilitou de apresentar-se no "Monsters of Rock". Contrariando, principalmente, os rumores criados por uma parte da imprensa brasileira, fato que incomodou o frontman.


O segundo show principal da noite também começou no horário.



Judas Priest,  banda formada por Rob Halford ( vocais), Gleen Tipton ( guitarra), Ian Hill (baixo), Scott Travis ( Bateria) e Ricchie Faulkner ( Guitarra), apresentou um setlist mais do que perfeito. Que continha algumas músicas do seu último trabalho, "Redeemer of Souls" e para a alegria dos milhares de fãs que compareceram ao evento, apresentou um apanhado de hits da banda como "Metal Gods", "Victim of Changes", "Breaking the Law" e "Painkiller".

O público participou, interagiu, cantou e se emocionou com a apresentação.

A banda deixou os presentes hipnotizados com a vocal ímpar de Halford, a técnica e feeling da banda, o gestual, as várias trocas de figurino do frontman.

Halford tem uma presença de palco como poucos. A química de palco  entre o "Metal God" e o Faulkner é perfeita.

O Judas Priest, apesar de já contabilizar mais de quatro décadas de heavy metal, continua fazendo um som moderno que une peso à velocidade. Não houve headbanger no estádio que não se contagiou  com a apresentação de uma das bandas que mais influenciaram e influenciam o cenário musical mundial. Como precursores da adoção das roupas de couro com adereços de metal cromados e correntes advindos do punk rock, a banda ditou a moda que figura até os dias de hoje no meio. Aliás a cenografia da banda é fantástica.

Os Deuses do rock e do metal agradecem!

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Ouso dizer que foi o show mais metal da noite. Tanto musicalmente falando como  visualmente com suas explosões, telão, e etc. Literalmente um show!

Os falsetes do "Metal God" estão irretocáveis. Depois desse show, duvido que alguém fale que o mesmo não consiga alcançar as notas agudas que alcançava na década de 70.

Não posso deixar  de citar a tradicional entrada de Halford no palco com uma Harley-Davidson, já anunciando que o término do show se aproximava.

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O show termina e se consegue sentir no ar o clima de satisfação tanto do público, como da banda.

Ozzy Osbourne iniciou seu show antes do horário estabelecido, alguns minutos antes das 23h.



O lendário vocalista britânico veio à Porto Alegre pela terceira vez, segunda vez em show solo, mas com certeza essa foi a sua melhor apresentação na capital gaúcha.

Animação é a palavra que melhor resume a apresentação de Ozzy Osbourne e sua banda solo. Um desfile de hits do Black Sabbath mesclados com hits de sua carreira solo. O público cantava o tempo todo juntamente com o Madman.

O músico pulava, corria, batia palmas, jogava beijos, conversava com o público frequentemente, demonstrando a felicidade e satisfação que sentia. Molhava o público constantemente com uma mangueira de bombeiros:ora com espuma, ora jogando baldes de àgua. E não foi somente o público das primeiras fileiras que foram atingidos, alguns profissionais da imprensa foram molhados. Em alguns momentos, o próprio músico se molhava para compartilhar esses momentos com o seu público.



A banda solo de Ozzy, que transformou o estádio do Zequinha numa grande festa com headbangers das mais variadas faixas etárias, conta com Ozzy Osbourne (vocais), Gus G.(guitarra), Rob Nicholson (baixo), Adam Wakeman ( teclados e guitarra)  e Tommy Clufetos ( bateria). Um dos momentos culminantes do show foi o solo de bateria de Tommy Clufetos, que deixou todos boquiabertos. Destruidor!

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O clima do show estava tão bom que mal deu para sentir falta de baladas como "No More Tears", "Mama, I’m Coming Home" ou "Changes" .

Sem ser piegas, quando o "Príncipe das Trevas" terminou a sua apresentação, a maioria das pessoas ficou meio que paralisada, esperando quem sabe um segundo bis. As pessoas só começaram a se retirar do estádio, lentamente, quando começou a se ouvir a balada "Changes", tocando bem alto nas caixas de som, anunciando oficialmente, infelizmente, o final do show.

Fotos: Sônia Butelli e Rocks.

Para ver mais fotos clique aqui.



Nota do Editor: Espero que mais shows sejam realizados no Estádio do Zequinha. Porto Alegre carece de lugares para shows e essa é uma boa opção, só devendo sofrer algumas melhorias para atender de forma satisfatória o público e minimizar problemas ocorridos no evento, que, no entanto, não tiraram o brilho da noite memorável.


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