As gravações do álbum debut da
Venus Attack terminaram.
Michael Polchowicz contou ao Rocksblog um pouco do dia a dia do processo da gravação de voz da Venus Attack, que como vocês irão comprovar, teve situações pra lá de inusitadas e muito engraçadas .
"Olá galera!
Bem estou aqui para contar um pouco de como foram as gravações de voz da Venus Attack.
Como falei anteriormente os rapazes não gostavam muito quando eu participava das sessões de gravação, porque eu ficava sempre mudando algum detalhe nas músicas, dando sugestões e tal...
Então eles preferiam que eu não estivesse presente enquanto eles estivessem gravando. Enfim...
Resolvi gravar as vozes em casa, consegui emprestado com um amigo, todo equipamento de gravação e montei em um quarto vago na minha residência".
1º dia: Montagem do equipamento e isolamento do quarto que serviria de sala de gravação.
Conseguimos isolar legal o quarto não havia nenhum ruído, estava lindo e maravilhoso...
Quando instalamos o microfone e comecei a cantar... Ficou uma ambiência absurda. Isolamos a sala para não vazar o som mas acabou ficando com muito eco e não havia jeito de eliminar aquela reverberação.
Então liguei para o meu amigo e perguntei pra ele o que eu poderia fazer. Ele me disse para pendurar cobertores no teto. Foi o que fizemos!
Resolvido o problema da ambiência. Não dava para ligar o ar condicionado durante as sessões porque o microfone captava o som do ar. É pessoal! Passei maus bocados, porque foi no meio do mês de fevereiro. Imaginem uma sala toda fechada e ainda por cima com cobertores no teto! Era praticamente uma estufa!
2º dia: Dando início às gravações:
Comecei a cantar, foi uma maravilha, tudo funcionando, fluindo perfeitamente...
Começou o calor a pegar... Gente! Ficou muito quente mesmo!
E dali a pouco chegou o Daniel, para assistir eu gravando (o interessante é que eles não me queriam por perto quando estavam gravando, no entanto todos queriam ver quando eu começasse a cantar...).
Chegou carregado de cervejas, saiu distribuindo para todos...
Eu naquela sala quente, suando pra caramba e não podia beber porque estava gravando.
Como diria aquela fã do Restart: "- Foi uma p~@*# falta de sacanagem..."
Mas superei na boa! O que me consola é que as músicas ficaram muito boas.
3º dia: Mais duas músicas:
No terceiro dia foi tranqüilo! O Daniel chegou de novo com cervejas, eu ali naquela sala quente. E gravei mais duas músicas!
4º dia: A crise alérgica:
Neste dia acordei com uma forte dor no rosto, na cabeça e a garganta irritadíssima!
Detalhe: 22000 espirros por hora! Então percebi que neste dia não haveria como eu gravar.
Então pensei: vamos editar o que já foi feito, para ganharmos tempo.
Iniciei o tratamento que sempre faço quando tenho essas crises e tal...
Novamente o Daniel chega com cervejas, só que desta vez eu não estava gravando, mas...
Estava sob tratamento medicamentoso... Resumo: não pude beber de novo!
Começamos a trabalhar nas edições das músicas e descobrimos que os softwares de edição e correção de voz, bastante utilizados para facilitar o trabalho dos cantores, bagunçava a minha voz!
Então gente: tudo o que foi gravado "é de verdade", optei em não utilizar os softwares!
E neste dia recebi a ligação do meu amigo Ricardo Chileno do Tierramystica, que me convidou para ir à uma casa noturna de Porto Alegre, porque ele havia conseguido colocar os nossos nomes na lista para uma festa naquele dia.
Eu disse: Tudo bem! Vamos! Mas não posso beber porque estou fazendo o tratamento para alergia.
Então fomos para a tal festa.O novo guitarrista da Venus Attack, Lucas Santorum, foi junto.
5º dia: O sumiço do Lucas:
Pois é galera: na tal festa o Lucas encontrou uma turma que ele já conhecia e acabamos nos separando na festa.
Quando chegou um determinado horário, eu e o Chileno resolvemos ir embora do local, e perguntamos se o Lucas iria conosco. Ele disse que não, que iria ficar com o amigos e tal, que fazia tempo que não os via, enfim...
No dia seguinte a mãe do cara me liga às 11h da manhã perguntando por ele.
Daí eu também já fiquei preocupado! Fui ligar para o celular do Lucas.Caixa postal!
Já comecei a pensar: "Putz! Já esquartejaram o cara e jogaram em algum campo na Zona Sul de Porto Alegre..."
A família do cara estava desesperada, já era 14h e nada do Rapaz! Às 17h ele entra em contato!
O cara estava fazendo um som em um home estúdio de um daqueles amigos que ele encontrou na casa noturna, regado a muita cerveja e muito rock n´roll...
Mas no final ele teve seu troco! Quando ele chegou em casa, fedendo da noitada e da bebida...
Não havia água e nem luz em sua casa, por problemas urbanos mesmo! O cara teve que ir trabalhar sujo e fedendo!!!(risos)
Então só retomamos as gravações quando melhorei da minha crise alérgica, e a semana seguinte foi mais ou menos parecida com o primeira, só que não teve o sumiço do Lucas.
Mas agora...
Ultimo dia de gravação: "Quem é o Boquinha?"
Pois é gente: no último dia de gravação tivemos uma revelação surpreendente.
O Daniel nos apresentou seu amigo imaginário, que o acompanha desde criança, o "Boquinha"!
Foi uma das coisas mais ridículas e engraçadas que pude presenciar!
Ele fazia as duas vozes, a dele e a do "Boquinha". Ele nos mostrou um diálogo entre ele e seu amigo imaginário! Obviamente comecei a pensar em arrumar outro baixista, mas o cara toca muito bem e aguenta o meu gênio! Então é isso! Mais um louco! Aceitei na boa!!!!(risos)
E agora falta só mixar e masterizar para podermos mandar para a prensagem.
Mas demos uma parada para ensaiar para o show de Frederico Westphalen.
Nota: O Renato (baterista), não foi citado porque ele concluiu sua parte em Dezembro de 2010.
Então ele estava bem feliz viajando para Santa Catarina em alguma praia paradisiaca!
É isso!
Até mais!
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