O projeto prevê oficinas gratuitas a partir de 08 de fevereiro, um documentário abordando a trajetória das Batucas, sua orquestra de percussão e grupo vocal e o Batuca nas Ideias
A trajetória d’As Batucas - Orquestra Feminina de Bateria e Percussão, sua atuação e relevância em Porto Alegre desde a criação há seis anos, é o fio condutor do projeto As Batucas – música, educação e fortalecimento, financiado pela Secretaria de Estado da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal, por meio da Lei Aldir Blanc. A ideia é apresentar ao público a importância desse grupo que em poucos anos conseguiu reunir centenas de mulheres em sete turmas de percussão e dois grupos vocais e que atua em muitas frentes, promovendo políticas afirmativas, formando a Rede Batucas Solidárias na pandemia, propondo debates e levando música, reflexão e alegria ao espaço público. O projeto consiste na produção de um documentário que será disponibilizado na Internet, oficinas gratuitas para mulheres de todas as idades e ainda o ciclo de palestras Batuca nas Ideias.
As Batucas - oficina de percussão e vocal terá sua primeira turma no dia 08 de fevereiro. Essa atividade oferece experiência percussiva e vocal em um encontro para descobrir sons, batucadas e cantorias. Com atividades e exercícios rítmicos e vocais, as participantes serão convidadas a conhecer ritmos brasileiros, sua história e sua execução. Uma aula dinâmica e leve, com participação ativa das alunas durante todo o processo. Serão 80 alunas ao todo em aulas diárias para 20 alunas cada, ou seja, dia 08, 09, 10 e 11 de fevereiro, sempre das 18h às 20h. O time dos professores é formado por musicistas e cantores da cena artística de Porto Alegre: Biba Meira, Julia Pianta, Madalena Rasslan, Raquel Pianta e Vini Silva. As aulas serão gratuitas e destinadas para mulheres de todas as idades, com 30% das vagas reservadas exclusivamente para mulheres negras. As inscrições estão abertas pelo Sympla (veja abaixo como se inscrever).
Já o Batuca nas Ideias irá reunir mulheres potentes com histórias e origens diversas em uma tarde de palestras sobre temas como gênero, raça, saúde e feminismo. Entre as convidadas estão Andressa Ferreira, percussionista, integrante do grupo Três Marias e idealizadora do núcleo de vivência em percussão Ngoma e do Coletivo Pretambor; Cecília Reingantz, coordenadora e regente da Orquestra Villa-Lobos; e a psicóloga Cristina Maranzana da Silva. E para encerrar esse grande evento, será exibido o documentário dirigido por Lisi Kieling, com roteiro de Juliana Balhego, contando a trajetória das Batucas. O filme traz imagens de Alexandre Birck, registradas em um show no Vila Flores e também entrevistas, imagens do acervo das Batucas, de aulas e outras apresentações.
Sobre As Batucas
Em apenas seis anos As Batucas fizeram um barulho e tanto! E não por ser um grupo de percussão com mais de uma centena de integrantes, idealizado por uma grande baterista brasileira, mas pela relevância do seu trabalho em muitos segmentos, tanto como grupo musical, quanto pelos desdobramentos nas batalhas diárias das mulheres, que ganharam visibilidade, redes de apoio e mais mãos para se juntar a tantas causas pertinentes ao fortalecimento da mulher na sociedade. As Batucas sempre foram mais que um espaço de aprendizado percussivo. Aqui a premissa é contribuir, somar, participar, transformar, aprender, crescer, empreender, brincar. Todos esses verbos são conjugados pelas integrantes desse coletivo feminino desde 2015, ano de sua criação, por um viés inclusivo e sem preconceito etário.
Os ritmos brasileiros dão a tônica da orquestra, que também se aventura em outros ritmos do mundo. Samba, baião, bossa nova, samba-reggae, maculelê, maracatu e coco são alguns dos ritmos presentes no repertório do grupo e dividem espaço democraticamente com o rock, funk, jazz, blues, hip hop e o que mais vier. E essa imensa orquestra executa todos esses ritmos em instrumentos convencionais, como surdos, caixas, agogôs, tamborins, repiques e chocalhos, e também toca em sucatas criadas pelo coletivo, como tonéis, tampas de panela, latas das mais diversas e outras traquitanas garimpadas no mobiliário urbano. Também um grupo vocal surgiu dentro desse coletivo e desponta com afeto e inclusão, agora já com duas turmas, coordenadas por Raquel Pianta.
Entre as apresentações do grupo ao longo dos anos, estão memoráveis shows no Vila Flores, já com a participação do Grupo Vocal As Batucas; as incursões ao Noite dos Museus e a Bienal do Mercosul, como grupo convidado; a participação no Carnaval de Porto Alegre e apresentações beneficentes que envolvem causas sociais nas quais esse grupo de mulheres faz questão de se engajar, como Mulheres Mirabal, Comunidade Lomba do Pinheiro, CASEF, escolas municipais e Imama entre outras.
Em função da COVID 19 as Batucas botaram a mão na massa e criaram a Rede Batucas Solidárias que vem reunindo doações e fundos para a população que está em situação de vulnerabilidade social. O projeto está beneficiando e alcançando muita gente em comunidades como a Lomba do Pinheiro, Região das Ilhas, comunidades indígenas e Centro Vida Projeto Imigrantes.
AS BATUCAS – MÚSICA, EDUCAÇÃO E FORTALECIMENTO
* Oficina de Percussão e Vocal – INSCRIÇÕES ABERTAS
Dias 08, 09, 10 e 11 de fevereiro , das 18h às 20h
20 integrantes por turma
Com atividades e exercícios rítmicos e vocais, as participantes serão convidadas a conhecer ritmos brasileiros, sua história e sua execução.
Inscrições abertas e gratuitas no Sympla
https://www.sympla.com.br/
Financiamento:
Secretaria de Estado da Cultura do RS, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal
#LEI ALDIR BLANC - edital 09/2020 da SEDAC RS para ser realizado com recursos da Lei n. 14.017/2020
Fotos: Malu Baumgarten
Enviado por Bebê Baumgarten Comunicação
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