segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Pitty: em eterna metamorfose

Fotos: Gustavo Garbino




Depois da gira pelo país e dois shows sold out, no ano passado, no Bar Opinião, Pitty, retornou a Porto Alegre, com a "Matriz 2.0". Nova fase da tour,  agora com o novo álbum lançado integralmente. O lançamento oficial do Matriz, seu quinto álbum de estúdio, sucessor do "Setevidas" aconteceu no mês abril do corrente ano. Fazia cinco anos que  Pitty não lançava um novo trabalho. 

"Matriz", considerado por muitos, como o melhor álbum do ano, foi gravado aos poucos durante a turnê homônima do álbum. Faixa por faixa, as músicas foram sendo lançadas. Esse formato de lançamento de álbum, com certeza, deve ser continuado. Os fãs fizeram parte desse processo pra lá de exitoso, passam a ser protagonistas. O resultado se viu no show na capital - público cantando as "novas" músicas. Músicas essam que já se tornaram hits, isso é fato. 


Pitty subiu ao palco com sua banda formada por Martin Mendonça (guitarra), Daniel Weskler (bateria), Guilherme Almeida (baixo) e Paulo Kishimoto (teclados) com trinta minutos de atraso, que foram instântaneamente esquecidos quando do primeiro acorde.


E durante as duas horas seguintes, o público que compareceu ao Pepsi on Stage viu  o melhor show que Pitty já fez em Porto Alegre.




A performance inicia com "Bicho Solto". E Pitty manda seu recado. "Eu me domestiquei para fazer parte do jogo/Mas não se engane, maluco, continuo bicho solto”. Na sequência outra música forte, a "Ninguém é de Ninguém" que foi a faixa lançada mais recentemente, mas que já está, literalmente na língua do povo. E por ai vai se desenrolando o show, sem deixar de lado sua história.  Alguns clássicos da cantora não ficaram de fora do repertório do show, que reuniu o passado e o novo. 


Uma parte do longevo sucesso de Pitty é não ficar no óbvio, ela sai da sua zona de conforto, sempre em movimento, sempre ousando.


O segredo dessa "pequena gigante" é a sua verdade, Ela canta a sua verdade - criticando e falando sobre o universo feminino, empoderamento, política, relacionamentos. 


Em tempo, a cantora mostrou que até para mostrar o traseiro se pode ter classe. 

O figurino de Pitty era extremamente sensual, com transparência, sem ser vulgar.  Com certeza, mais uma critica (implícita) da herdeira direta da grande Rita Lee, a eterna rainha do rock do país.



Acompanho, com bastante frequência,  os shows da roqueira, e cada show  é diferente do outro; mas esse é especial.  Tem uma energia única.  


A arretada baiana. que agrega as funções de cantora, compositora, escritora, instrumentista e apresentadora estava plena no palco, na sua essência rock n ´roll mas sempre mostrando novidades, agregando  e experimentando sonoridades, inclusive de sua terra natal, a Bahia.

A participação do BaianaSystem  então...sem palavras a  mistura  de peso, do reggae e do rock. Quase botou abaixo a tradicional casa de shows porto alegrense.

Sempre em constante mudança, movimento. mas sem perder a sua essência. Rompendo preconceitos , fugindo de rótulos.  Pitty, em eterna metamorfose.


Vida longa à Pitty! 



foto: Gustavo Kranen

Por onde passa a turnê Matriz, Pitty, convida atrações locais para tocarem antes de seu show e também para participarem dele. Na capital gaúcha a escolhida para participar do projeto "Palco Aberto" foi a cantora, compositora, violonista e pianista de apenas 14 anos, Alice Kranen., fez uma grande abertura acompanhada de Nicolly Demeneghe (baixo / teclado), Lucas Hanke (guitarra) e Lucas Giorgetta, (bateria e percurssão) apresentou  músicas do seu vindouro álbum debut e um cover  dos The Cranberries, Zombie.  E também participou dos maiores hits de Pitty, “Máscara”. Ainda vamos ouvir falar,  muito, de Alice Kranen.

"Participar da abertura do show foi uma experiência única, a qual foi uma surpresa muito boa. Desde a chegada até a hora do show foi só alegria. O show foi MARAVILHOSO, e vai ficar na minha memória pra sempre. A oportunidade de conhecer e cantar com a Pitty foi simplesmente incrível. Desde pequena escuto as músicas dela, e sempre me identifiquei muito com "Máscara", que por um acaso foi a música que ela me chamou para participar. Ela é uma mulher maravilhosa, e sou muito grata pela oportunidade que ela e a TNT Energy Drink me deram.", comentou Alice ao Rocksblog.

Setlist:
Me Perdoa (Alice Kranen)
Travas em Portas (Alice Kranen)
Riptide
Meu bem (Alice Kranen)
Its over now (Alice Kranen)
Costura (Alice Krane/Glória Rodrigues/Lucas Hanke)
Zombie
Coisas que tu faz (Alice Kranen)
Você me disse (Alice Kranen)

Ainda vamos ouvir falar,  muito, de Alice Kranen.


Agradecimentos à Opinião Produtora.

*Para a fotógrafa Amanda Martins.




























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