Crédito: divulgação |
Tudo começou quando, no início dos anos 90, cinco amigos sem muita pretensão montaram uma banda chamada Stage Dive. A ideia era andar de skate e levar um som com covers de gente já consagrada no punk rock internacional. Das versões de Bad Brains, Dead Kennedys e Ramones, o grupo passou a compor suas próprias músicas e a fazer seus primeiros shows. Foi quando surgiu o nome definitivo: Dead Fish.
Hoje consagrado como um dos principais expoentes do hardcore no Brasil, por manter um discurso político progressista, o Dead Fish aborda, na maioria de suas letras, temas sociais (saúde e educação pública, por exemplo). Sem meias palavras, também denuncia a desigualdade, a desonestidade, o preconceito, a hipocrisia e a violência no país.
Depois de duas demo tapes e algumas apresentações por cidades do Espírito Santo apareceu a oportunidade de assinar com uma gravadora independente. O resultado foi o lançamento, em 1997, do primeiro álbum. Contrariando as expectativas de qualquer disco underground, Sirva-se vendeu mais de 10 mil cópias em apenas um ano de divulgação.
Em seguida, a fim de produzir e distribuir um CD por si só, o Dead Fish montou, em 1999, a Terceiro Mundo Produções Fonográficas, que ajudou a materializar os três trabalhos seguintes: Sonho Médio (1999), que entrou para a história do hardcore nacional; Afasia (2001) e Ao Vivo, uma compilação dos três primeiros registros gravada em 2002 no Hangar 110, conhecida casa de eventos hardcore em São Paulo.
Em 2003, pela gravadora Deck, o Dead Fish entrou em estúdio para gravar Zero e Um, seu quarto álbum, lançado em 2004. Responsável pela maior vendagem da banda, alcançou mais de 30 mil cópias em apenas um ano de lançamento. Também em 2004, ganhou projeção nacional ao receber o VMB de Banda Revelação e lançou, em parceria com a MTV, seu primeiro DVD, o MTV Apresenta Dead Fish.
Em 2006, ainda pela Deck, surgiu um novo disco: Um Homem Só, com sucessos como ‘Oldboy’, ‘Destruir Tudo de Novo’ e ‘Obrigação’. No ano seguinte, o grupo fez sua primeira turnê fora do Brasil, com cerca de vinte shows entre Alemanha e República Checa. Dois anos depois, em 2009, foi lançado Contra Todos, que rendeu ao Dead Fish mais um VMB — desta vez, na categoria de Melhor Banda de Hardcore.
Para comemorar 20 anos de carreira, em novembro de 2011 gravaram no Circo Voador (Rio de Janeiro) o segundo DVD, chamado Dead Fish 20 anos, que traz músicas das diferentes fases e participações especiais de amigos. O lançamento desse trabalho rolou em 2012. Além de diversas turnês como headliner, o Dead Fish já abriu shows para grandes nomes do punk rock e hardcore internacionais, como Bad Religion, Ignite, Pennywise, Rise Against e Shelter.
Com o apoio dos fãs em projeto de financiamento coletivo, os capixabas bateram, em 2014, um dos maiores recordes do Catarse e lançaram, no ano seguinte, o disco Vitória. Nele, há 14 faixas, como ‘912 Passos’ e ‘Selfegofactóide’.
Em 2016, quando a banda comemorou 25 anos, houve turnê pelo Chile — passando por Coquimbo, Santiago, Talca e Valparaíso — e por todo território brasileiro. Para finalizar o ano, filmaram um registro da gira comemorativa, no Audio, em São Paulo, em uma apresentação para 3,5 mil pessoas. Em 2017, esse material foi lançado no DVD XXV, e o DF voltou à estrada por todo o país.
Em 2019, a banda retornou à gravadora Deck e lançou Ponto Cego, oitavo álbum de estúdio. Com produção de Rafael Ramos e mixagem de Bill Stevenson (All, Black Flag, Descendents, entre outros), o disco logo despertou atenção com seu primeiro single, ‘Sangue Nas Mãos’. Uma vez lançado — com direito a mais um show na Audio com lotação máxima —, o trabalho agradou público e crítica. Muito, em função das letras engajadas retratando a atual situação sociopolítica brasileira. Na parte instrumental, o DF não deixa a melodia de lado, e ainda traz o peso que uma narrativa dos tempos atuais merece.
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Formada em Porto Alegre, no ano de 2017, por quatro diferentes almas irmãs: Rafael Sampaio (voz), Bruno Farinon (baixo e voz), Brunno Biassusi (guitarra e voz) e Diogo Tavares (bateria). A Rezalenha equilibra a azia social com o calmo sonho de paz de todo o Brasileiro que, já sem pernas, precisa aprender a voar.
Até o momento, lançou três registros. Em O Mago e o Lobo (2017), explora o orquestramento da desgraça pública que é tradição milenar e a conjunta ação entre os tantos magos e lobos — mensageiros e líderes, milícias e presidentes. A capa traz um tom fantasioso e artístico com uma obra de Felipe Navarro. No entanto, simboliza algo cru e real que impera e se perpetua com mística inquebrável.
Arquitetos (2018) mostra que nem só de sangue se pinta a favela. Nem só de crime é feito o favelado. A arte brota e ressoa nas cores infinitas de quem sobrevive ao espetáculo sádico dos verdadeiros criminosos. Gente que canta, sua, samba e constrói os sonhos dos outros, enquanto os seus próprios precisam aguardar. Na arte de JotaPê o som que vem de baixo é transformado em arte. Os arquitetos da música se denotam nas paredes e no olhar dos verdadeiros donos do país.
Já Brasis (2019) trabalha a ruptura e a fragmentação aparentemente derradeiras da pátria. Levanta questões de existência, essência e posse; denuncia a podridão da supremacia racial e de classe. Os tantos Brasis que guerreiam, os tantos povos que reivindicam posse da nação. E os poucos que realmente sangram e sofrem na prensa do poder, do fanatismo, e da pólvora. A arte de Leandro Cholant retrata a inescrupulosa — e milenar — ironia do estrangeiro que se faz dono de um território não seu, massacrando, escravizando, pulverizando, dominado e destruindo.
Informações
Abstratti Produtora
(51) 3026-3602
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O Dead Fish está há 28 anos remando contra a maré. Mesmo assim, tornou-se farol para o hardcore nacional. Veio com a onda de bandas capixabas que invadiu o underground e surfou no próprio reconhecimento, sem nunca morrer na praia. As letras engajadas, aliadas à sonoridade explosiva, mostram que o grupo não é peixe fora d’água: absorve como esponja a conjuntura sócio-política-cultural de uma época e transforma isso em música. É nesse contexto, no qual a marolinha virou tsunami e o naufrágio é iminente, que o Dead Fish lança seu oitavo disco, intitulado Ponto Cego (2019).
O show que divulga esse registro, em Porto Alegre, ocorre dia 20 outubro, no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834), às 21h. A apresentação de abertura é do quarteto local Rezalenha. Ingressos à venda online neste link ou nos pontos de venda listados no serviço a seguir
Serviço:
Local: Opinião (Rua José do Patrocínio, 834)
Classificação etária: 14 anos
Data: 20 de outubro (Domingo) às 21h
Horários
19h — abertura da casa
20h — Rezalenha
21h — DEAD FISH
Ingressos
PACOTE ESPECIAL PONTO CEGO
1 ingresso + 1 copo exclusivo + 1 pôster autografado pelo Dead Fish — R$ 95,00
DEMAIS INGRESSOS
1º lote
Inteira — R$ 100
Solidário — R$ 55
Meia — R$ 50
2º lote
Inteira — R$ 120
Solidário — R$ 65
Meia — R$ 60
3º lote
Inteira — R$ 140
Solidário — R$ 75
Meia — R$ 70
* Solidário — limitados e válidos somente com a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do show.
** Meia-entrada — para estudantes são válidas somente as seguintes carteiras de identificação: ANPG, UNE, UBE’s, DCE’s e demais especificadas na LEI FEDERAL Nº 12.933. Não será aceita NENHUMA outra forma de identificação que não as oficializadas na lei.
Pontos de venda (sujeitos à taxa de conveniência):
Online (em até 12x no cartão)
Lojas (somente em dinheiro)
SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA:
Multisom — Shopping Iguatemi, 1º piso. Fone: (51) 3328-8448.
COM TAXA DE CONVENIÊNCIA:
Multisom — Rua dos Andradas, 1001. Fone: (51) 3931-5381.
Multisom — Shopping Praia de Belas, 3º piso. Fone: (51) 3931-5300.
Multisom — Barra Shopping Sul, térreo. Fone: (51) 3931-5223.
Verse — Galeria Chaves (Rua dos Andradas, 1444/loja 6). Fone: (51) 3105-3370.
Verse — Lindóia (Av. Assis Brasil, 3522/loja 101). Fone (51) 3372-8100.
* A organização do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais.
* Será expressamente proibida a entrada de câmeras fotográficas profissionais e semiprofissionais, bem como filmadoras de qualquer tipo.
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