David Byrne (Pepsi on Stage, Porto Alegre, 22/03/18)'
O multifacetado músico que agrega as funções de cantor, compositor e produtor musical, se apresentou na capital gaúcha na última quinta-feira, dia 22 de março, depois de um hiato de 14 anos. Essa é a terceira vez que o músico se apresenta em Porto Alegre.
Desta vez David Byrne está em turnê de divulgação do seu novo álbum, "American Utopia" lançado no início do corrente mês; o primeiro em 14 anos desde "Grown Backwards", de 2004. O álbum é a parte musical do projeto multimídia, "Reasons to Be Cheerful", (razões pra ficar otimista) em que mostra como alguns projetos ambientais, de energia sustentável e urbanismo estão funcionando no mundo.
Quando se vai a um show de um músico do quilate de David Byrne, líder e fundador do Talking Heads, obviamente, se espera assistir um bom show, ou melhor, um ótimo show, mas nada, repito, nada, me preparou para o que vi.
Como o próprio músico falou em recente entrevista “é diferente de tudo o que eu já fiz antes". E é totalmente diferente de qualquer show que já passou pela cidade ou melhor, pelo estado. Com certeza foi um dos melhores shows que já passaram por aqui.
A apresentação iniciou com um palco pra lá de minimalista - uma cortina de correntes cinza prateada, uma mesa, uma cadeira e uma réplica de um cérebro encima desta mesa.
Eis que surge Byrne sozinho no palco. Inicia sua performance cantando "Here", música que encerra o seu novo álbum. Empunhando o cérebro numa atitude que remete a Hamlet.
Quando se dá por conta surge no palco a superbanda.
Byrne estava acompanhado de nada menos do que uma banda de doze músicos, entre eles três percussionistas brasileiros - Gustavo Leite, Mauro Camilo e Davi Viera. Todos com instrumentos portáteis, sem a presença de amplificadores. São seis percussionistas, um baixista, uma guitarrista, um trompetista, duas cantoras e um tecladista. Todos vestidos igual, com ternos e calças na cor cinza, e todos descalços. Os músicos tocam e se movimentam por todo o palco. Todo o show é coreografado.
A ideia de toda a banda circulando pelo palco veio de sua última turnê com St. Vincent, quando os metais ficavam circulando pelo palco. Em uma das músicas a banda chega a jogar futebol no palco, enquanto cantam e dançam. A coreografia de Annie B. Parson é hipnotizante; a artista trabalha desde 2008 com Byrne.
Do alto dos seus 65 anos de idade, o músico canta, dança e toca guitarra e executa desde clássicos do Talking Heads incluindo "Once In A Lifetime" e "Burning Down The House" até sucessos de sua carreira solo como "Like Human Do" e músicas do "American Utopia", composto com Brian Eno, seu parceiro de quatro décadas.
Um show de rock, uma bateria de escola de samba, sons tribais, pop, tecno.
Uma babilônia musical. Um espetáculo com crítica, um espetáculo com humor. Imperdível!
Apesar de alguns fãs pedirem em alguns momentos "Psycho Killer", sem sucesso, ouso dizer, que todos os presentes sairam do show satisfeitos.
O Side Show deu oportunidade ao público de outras cidades, fora São Paulo, que não podem ir até o Festival de vivenciar a experiência e energia do Lollapalooza Brasil.
David Byrne se apresenta em Curitiba (dia 26), no Rio de Janeiro (dia 28) e encerra a tour brasileira em Belo Horizonte (dia 29).
A cantora e compositora paulista, ex-vocalista do duo de DJs norte-americanos Thievery Corporation e que também fez parte do coletivo francês Nouvelle Vague, subiu ao palco do Pepsi on Stage, pontualmente às 20h15.
Karina Zeviani apresentou um setlist composto basicamente de músicas que farão parte do seu novo trabalho, sucessor do "Amor Inventado" de 2012.
Confesso que não conhecia a cantora e compositora; que encantou a todos com sua beleza, teatralidade e talento. Vale a pena conferir.
Agradecimentos à T4F e Agência Cigana
Fotos: Sônia Butelli
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O multifacetado músico que agrega as funções de cantor, compositor e produtor musical, se apresentou na capital gaúcha na última quinta-feira, dia 22 de março, depois de um hiato de 14 anos. Essa é a terceira vez que o músico se apresenta em Porto Alegre.
Desta vez David Byrne está em turnê de divulgação do seu novo álbum, "American Utopia" lançado no início do corrente mês; o primeiro em 14 anos desde "Grown Backwards", de 2004. O álbum é a parte musical do projeto multimídia, "Reasons to Be Cheerful", (razões pra ficar otimista) em que mostra como alguns projetos ambientais, de energia sustentável e urbanismo estão funcionando no mundo.
Quando se vai a um show de um músico do quilate de David Byrne, líder e fundador do Talking Heads, obviamente, se espera assistir um bom show, ou melhor, um ótimo show, mas nada, repito, nada, me preparou para o que vi.
Como o próprio músico falou em recente entrevista “é diferente de tudo o que eu já fiz antes". E é totalmente diferente de qualquer show que já passou pela cidade ou melhor, pelo estado. Com certeza foi um dos melhores shows que já passaram por aqui.
A apresentação iniciou com um palco pra lá de minimalista - uma cortina de correntes cinza prateada, uma mesa, uma cadeira e uma réplica de um cérebro encima desta mesa.
Eis que surge Byrne sozinho no palco. Inicia sua performance cantando "Here", música que encerra o seu novo álbum. Empunhando o cérebro numa atitude que remete a Hamlet.
Quando se dá por conta surge no palco a superbanda.
Byrne estava acompanhado de nada menos do que uma banda de doze músicos, entre eles três percussionistas brasileiros - Gustavo Leite, Mauro Camilo e Davi Viera. Todos com instrumentos portáteis, sem a presença de amplificadores. São seis percussionistas, um baixista, uma guitarrista, um trompetista, duas cantoras e um tecladista. Todos vestidos igual, com ternos e calças na cor cinza, e todos descalços. Os músicos tocam e se movimentam por todo o palco. Todo o show é coreografado.
A ideia de toda a banda circulando pelo palco veio de sua última turnê com St. Vincent, quando os metais ficavam circulando pelo palco. Em uma das músicas a banda chega a jogar futebol no palco, enquanto cantam e dançam. A coreografia de Annie B. Parson é hipnotizante; a artista trabalha desde 2008 com Byrne.
Do alto dos seus 65 anos de idade, o músico canta, dança e toca guitarra e executa desde clássicos do Talking Heads incluindo "Once In A Lifetime" e "Burning Down The House" até sucessos de sua carreira solo como "Like Human Do" e músicas do "American Utopia", composto com Brian Eno, seu parceiro de quatro décadas.
Um show de rock, uma bateria de escola de samba, sons tribais, pop, tecno.
Uma babilônia musical. Um espetáculo com crítica, um espetáculo com humor. Imperdível!
Apesar de alguns fãs pedirem em alguns momentos "Psycho Killer", sem sucesso, ouso dizer, que todos os presentes sairam do show satisfeitos.
A performance terminou com um cover de Janelle Monáe, "Hell You Talmbout". Byrne e sua banda recitaram nomes de brasileiros assassinados como o do pedreiro Amarildo e da vereadora Marielle Franco, entre outros, emocionando todos.
O Side Show deu oportunidade ao público de outras cidades, fora São Paulo, que não podem ir até o Festival de vivenciar a experiência e energia do Lollapalooza Brasil.
David Byrne se apresenta em Curitiba (dia 26), no Rio de Janeiro (dia 28) e encerra a tour brasileira em Belo Horizonte (dia 29).
A cantora e compositora paulista, ex-vocalista do duo de DJs norte-americanos Thievery Corporation e que também fez parte do coletivo francês Nouvelle Vague, subiu ao palco do Pepsi on Stage, pontualmente às 20h15.
Karina Zeviani apresentou um setlist composto basicamente de músicas que farão parte do seu novo trabalho, sucessor do "Amor Inventado" de 2012.
Confesso que não conhecia a cantora e compositora; que encantou a todos com sua beleza, teatralidade e talento. Vale a pena conferir.
Agradecimentos à T4F e Agência Cigana
Fotos: Sônia Butelli
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