Por Larissa Mendonça
Esses dias no twitter estava a procura de novas bandas. Achei um pessoal muito bom e diferente, a banda Grimriot, que tem umas características que para muitos rockeiros pode ser rara numa banda brasileira hoje em dia. Os gaúchos mostram uma sonoridade que faz perceber que eles tem um estilo único. Atualmente o grupo está produzindo um CD. O AMESVEBLOG conversou com o guitarrista Brunno Tripovichy que falou um pouco da banda, dos planos e objetivos que o grupo quer alcançar.Confira a seguir:
AMESVEBLOG - Como nasceu a banda?
AMESVEBLOG - Como vocês avaliam o cenário do rock nacional?
Fonte: AMESVEBLOG
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Esses dias no twitter estava a procura de novas bandas. Achei um pessoal muito bom e diferente, a banda Grimriot, que tem umas características que para muitos rockeiros pode ser rara numa banda brasileira hoje em dia. Os gaúchos mostram uma sonoridade que faz perceber que eles tem um estilo único. Atualmente o grupo está produzindo um CD. O AMESVEBLOG conversou com o guitarrista Brunno Tripovichy que falou um pouco da banda, dos planos e objetivos que o grupo quer alcançar.Confira a seguir:
AMESVEBLOG - Como nasceu a banda?
Brunno Tripovichy - A
Grimriot inicialmente era um projeto de metalcore, thrash. Os
integrantes eram eu (Brunno) na guitarra, o Eduardo (Duda) no baixo,
Rikardo Schroeder (guitarrista da Evil Emperor) na bateria e Mara
Bitello nos vocais. No decorrer da estruturação do conjunto, eu e o
Eduardo optamos por mudar o line-up da banda, pois os interesses eram
muito diferentes de Rikardo e da Mara, que desejavam um som muito mais
pesado e agressivo do que realmente queríamos na época.
Depois
disso, eu e o Eduardo ficamos desencorajados em prosseguir com um
projeto próprio e resolvemos montar uma banda que tocasse covers atuais e
assim fazer eventuais shows, mais com o intuito de diversão. Então eu
procurei o Michel, que além de ótimo baterista e amigo de longa data,
nós já havíamos tocado juntos em uma outra oportunidade. Também procurei
o Keith, no qual eu conheci em outro projeto que acabou não saindo do
papel, mas que eu sabia que era um ótimo guitarrista. Esse é um fato
engraçado, pois na época que estávamos neste projeto, eu e o Keith nos
odiávamos, mas hoje nos amamos (Risos). Por último o Eduardo procurou o
Guilherme (Gui), no qual eram colegas de trabalho, assim formando a
banda, em setembro de 2010. Nós decidimos rumar para as músicas próprias
depois do terceiro ou quarto ensaio da banda, pois tocamos tão fluido e
com uma "química" tão boa, que saímos do foco só diversão e assim
surgiu a Grimriot propriamente dita, cuja formação atual é Gui Acauan
(Vocais), Brunno Tripovichy (Guitarra e Vocais), Keith Eberhardt
(Guitarra), Duda Meneses (Baixo e Back Vocals) e Michel Fuhr (bateria).
AMESVEBLOG - Quem mais compõe na banda e quais influências vocês buscam?
Brunno Tripovichy - Atualmente
quem mais compõe sou eu mesmo, costumo fazer a melodia principal da
música, e o pessoal vai agregando os arranjos e suas influências, com
exceção das linhas vocálicas, na qual o Mr. Gui tem liberdade total e
98% das composições (Risos). Hoje em dia acho mais difícil dizer quais
as influências da banda, pois quando nos reunimos pela primeira vez, e
fizemos as primeiras músicas da banda, nós tínhamos uma ideia em mente.
Com o passar do tempo essa ideia inicial foi se transformando, evoluindo e
amadurecendo, até ser o que hoje a banda realmente é, e que será
apresentado no primeiro CD que estamos gravando no momento. Mas para
vocês terem ideia, inicialmente, todos os integrantes tinham muita
influência de bandas como Avenged Sevenfold, Slipknot e Alter Bridge,
pois nós éramos muito preocupados em agradar o público jovem,
aproveitando, digamos, a onda do momento. Evoluímos muito como banda e
como músicos, principalmente na personalidade, e agora nós utilizamos o
metal moderno em geral como base, mas agregando as raízes pessoais de
cada um nas músicas. Pegamos uma música nossa, com aquele molde moderno,
e vamos encaixando peças diferentes, e assim tentamos criar nossa
marca. Para se ter uma ideia das influências atuais da banda, elas tem
pitadas de bandas como Helloween, Dream Theater, Metallica até Lamb of
God, todas muito distintas umas das outras. Com isso, o que tentamos
almejar, além de tentar ser uma banda peculiar, é agradar o maior número
de círculos (estilos) de rockeiros/ metaleiros/ headbangers.
AMESVEBLOG - Fale um pouco das músicas da banda, quais temas vocês procuram abordar?
Brunno Tripovichy - As
nossas músicas falam em liberdade de expressão, sobre a repressão que
as pessoas sentem, não somente em questões de mídia, política e
religião, mas principalmente em questões "simples", como a liberdade das
pessoas de querer agir de uma forma e não poderem, por não se
enquadrarem no padrão estipulado pela sociedade atual.
AMESVEBLOG - Vocês estão trabalhando em um novo CD, tem previsão de quando sai o novo trabalho?
Brunno Tripovichy - Acredito
que acabaremos a gravação do CD até o final desse ano, esperamos muito
mesmo que isso aconteça (Risos). O lançamento do CD provavelmente será
no primeiro semestre de 2014, pois queremos dar o nosso máximo nesse
trabalho e lançar algo com a maior qualidade possível.
AMESVEBLOG - Vocês tem planejamento de produzir um videoclipe?
Brunno Tripovichy - Sim,
nós cogitamos produzir um videoclipe. Optamos por esperar a repercussão
que o nosso futuro CD venha a ter, e assim planejar um videoclipe para o
próximo ano, para o segundo semestre de 2014, para ser mais preciso.
AMESVEBLOG
- Vocês tem aproveitado muita da internet para divulgar e ganhar o
público. Como vocês enxergam as redes sociais? É o suficiente para
ajudar uma banda?
Brunno Tripovichy - As
redes sociais hoje em dia são o combustível inicial de uma banda,
principalmente aqui no Brasil, onde o público, principalmente o mais
jovem, acompanha muito. Sabendo utilizar as redes sociais corretamente e
forjando algumas parcerias, é possível alcançar coisas muito boas só
com o uso da internet. Porém não cremos ser o suficiente. Acho que hoje a
web é entre 50-60% do motor da banda. O resto ainda é muito em cima da
qualidade dos shows que ela faz, tanto da parte técnica da banda em
fazer o espetáculo, quanto da parte estrutural do show, que muitas vezes
influencia mais do que o espetáculo da banda.
Brunno Tripovichy - Sinceramente
acho que me falta embasamento para responder essa pergunta... mas na
minha opinião, e falo também em nome da banda, é que o rock nacional
está extremamente enfraquecido. Não por não ter bandas de qualidade, mas
sim por culpa do público do rock, por culpa das pessoas que
"administram" o rock e por culpa das pessoas que não "gostam" de rock. O
público "rockeiro" é culpado por dois motivos: tem os que são
cabeça-dura, e esses são a grande maioria, que se dizem "true", que só
escutam o que é clássico, muito pesado ou underground, e não aceitam
novos estilos e bandas novas e a modernidade, são ortodoxos. E tem os
"rockeiros" preguiçosos, que neste caso às vezes até eu me enquadro
(Risos).
Esses
últimos são os que não procuram novas bandas, porque eles já tem as X
bandas que eles curtem, ou quando é apresentado uma banda nova, fica
desmerecendo a mesma, comparando com as as que ele considera as melhores
do mundo, arranjando críticas e comparações sem fundamento do tipo:
"Odeio Black Sabbath porque o Iommi não faz solos como o Petrucci". As
pessoas que "administram" o rock são culpadas, pois oferecem péssimas
condições para os shows, tanto para as bandas quanto para o público,
cobram valores exorbitantes para a banda abrir o show de uma banda
gringa, na qual o público MUITO COMPREENSIVO, só quer saber da banda
principal. O pessoal que não escuta rock atrapalha o cenário do rock
nacional, pois a maioria são pessoas com escolha de gosto musical
pífias. Não digo isso porque não gostam de rock, e sim porque escutam
músicas, por motivos pífios. Não vou citar bandas e estilos, mas a coisa
funciona assim: a mulherada começa a curtir o estilo X, pois
supostamente, curte dançar... OK. Onde vai a mulherada, a cambada de
homem vai atrás... Quase ninguém do público não rockeiro, gosta dos
estilos tocados aqui no Brasil, por que o arranjo é muito bom, o
vocalista canta muito bem, porque as letras são bem elaboradas... o
público não rockeiro, não quer saber da música, ele quer saber da festa
que a música vai proporcionar, tudo bem, festa é bom, mas podemos
separar o momento da festa, do dia a dia... tem gente que fica
perturbando os outros com "músicas maravilhosas", e não está nem aí para
o que está ouvindo... Consequentemente, como a maioria das pessoas hoje
é "maria vai com as outras", o investimento dos "administradores" de
shows, imprensa e derivados, fica em cima dessas músicas...
AMESVEBLOG - O que vocês planejam para o segundo semestre?
Brunno Tripovichy - O
segundo semestre de 2013, se tudo der certo, e vai dar... imagino ser
mais agitado do que o primeiro para a banda. Pretendemos lançar um
single que estará no CD, provavelmente a "The Last Chance". Também
existe a possibilidade de realizarmos algumas apresentações com o
intuito de mostrar parte de nossas músicas novas.
AMESVEBLOG - Para finalizar, deixem um recado para os fãs.
Brunno Tripovichy – Primeiramente,
queria agradecer em nome de todos os integrantes da banda a você
Larissa o espaço cedido no AMESVEBLOG a nós. E agradecer ao leitores do
blog por lerem a entrevista (Risos), e assim conhecer um pouco a banda.
Espero que vocês curtam o nosso álbum full-length, assim como nós
estamos curtindo fazer ele. Nos encontraremos brevemente em shows, que
claro, divulgaremos aqui no blog.
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