terça-feira, 4 de outubro de 2011

RED FRONT: “gostamos é do palco, da galera, do antes, durante e depois do show” – entrevista exclusiva



A banda RED FRONT vem, dia após dia, consolidando seu nome na cena nacional e dando grandes passos na cena internacional também. Maior prova disso foi a bem-sucedida turnê na Europa, realizada neste início de ano.
Para o pessoal que vê de fora, pode achar que, excetuando seu Thrash Metal pesadíssimo de altíssima qualidade e de seus shows sempre energéticos, as principais características da banda são a polêmica e bom-humor. Eu digo que excetuando sua qualidade musical, as principais características da banda são: sua humildade, seu trabalho árduo, companheirismo e uma visão MUITO aguçada do mercado musical dos dias de hoje. Aí sim, depois disso, a polêmica, o bom-humor e a sempre presente gelatina RED FRONT entram na descrição!
Confiram abaixo a entrevista que a banda nos concedeu:

Mesmo com pouca idade, a banda RED FRONT já vem ganhando bastante status. Vocês esperavam por esse reconhecimento tão rápido?
Oscar: Olha, se a Maísa do SBT pode, porque o RED FRONT não poderia? (risos). Agora falando sério, pra gente está sendo muito legal esse reconhecimento tanto do público como da galera que comparece nos shows. É muito foda chegar num lugar bem afastado ou mesmo em outro país e ouvir elogios e a galera cantando ou pedindo nossas músicas, isso não tem preço que pague… Aliás, uma breja ou um baseadinho pagam sim! (risos).
Léo: Somos literalmente os moleques do Metal nacional (risos), acho que a galera se identifica muito com isso, estamos sempre falando alguma merda ou mexendo com o público essa é a nossa forma de lidar com a nossa música e com o nosso rolé, sempre com bom humor!


O CD ‘Memories Of War’ já foi lançado há algum tempo. Qual a visão da banda sobre o trabalho hoje em dia?
Oscar: O CD está na praça a 8 meses, ainda é pouco tempo, olhando pra ele agora podemos dizer que estamos satisfeitos com o resultado. Para o próximo CD já teremos mais experiência e isso ajudará muito com a qualidade da gravação e composição. Estamos ansiosos pra começar a gravar as novas músicas e começar a usar os nossos equipamentos que foram fruto da nossa ‘Muamba’s Tour’ pelo Paraguai. (risos)
Léo: O ‘Memories of War’ é nosso primeiro filho e agora podemos dizer que esse filho só nos deu alegrias, tanto por parte a mídia especializada como com o público. Mas o ‘Memories’ foi um CD onde a banda estava se conhecendo. Temos músicas ali que já não encaixam tanto na nossa proposta ao vivo! Podem esperar que o próximo CD vai ser uma voadora no cárter no quesito violência! (risos)

Muitas pessoas dizem que a banda é mais interessante ao vivo que no CD. Vocês concordam? O que faz da banda esse fenômeno em cima dos palcos?
Oscar: Isso pra gente é um grande elogio, afinal é ao vivo que se vê a qualidade de uma banda, pois não tem como fazer os ‘truques’ de estúdio. Acho que a única decepção que as pessoas tem com a banda é quando nos veem num show e falam que a gente é mais feio pessoalmente, isso acontece pois nas fotos e no clip usamos muita maquiagem, botox e bronzeamento artificial, inclusive não posso deixar de revelar que o Marq usou uma meia na cueca pra dar mais “volume”. (risos)
Léo: Gosto muito quando alguém diz: “pô já curtia o som de vocês, mas ao vivo é muito mais legal”, acho que desenvolvemos nosso trabalho dessa forma, esse era exatamente o resultado que queríamos o RED FRONT não é daquelas bandas de estúdio que gostam de estar em estúdio, gostamos mesmo é do palco, da galera, do antes, durante e depois do show, somos movidos a isso, como o Oscar já disse não tem preço você chegar a um lugar e ver que alguém que você não conhece gosta e se identifica com a sua música. Nossa intenção é fazer com que o público se divirta junto com a banda, por isso preparamos tudo para que a galera venha junto com o RF nos shows.

Apesar de toda a irreverência nas entrevistas, no palco e no comportamental da banda. Muitas de suas letras tratam de assuntos sérios e de problemas que vivemos cotidianamente. Qual a mensagem que vocês querem realmente passar?
Oscar: As letras e as músicas tratam de temas sérios e pesados. Mas não por causa disso precisamos sair por ai matando, comendo cadáver, estuprando virgens (apesar disso não ser uma má ideia) (risos). Fazemos metal e somos muleques que querem curtir a vida, encher a cara, ver umas gostosas e tocar o bom e velho metal! Se eu quisesse levar a vida a sério eu iria apresentar o jornal nacional! Metal é diversão porra!
Léo: É, apesar de toda a falta de responsabilidade que temos fora e até no palco, nossa intenção é também passar uma mensagem, dizer ao mundo aquelas coisas que nós não concordamos sobre vários assuntos, aí é como o Oscar falou, por mais que as letras sejam sérias nossa intenção e sair de casa e nos divertir! Queremos conciliar isso, quando o cara vai ao nosso show nós queremos que ele grite, pule, bata-cabeça, encha a lata e veja umas gostosas, agora quando ele ganha a nossa DEMO ou compra nosso CD queremos que ele escute nossa mensagem com calma e pense naquilo que estamos tentando dizer, simples assim.


A banda vem mantendo um lineup bem sólido durante esses anos, com quase nenhuma troca de integrante. Vocês acham que esse entrosamento é um ponto importante na hora de fazer os shows?
Oscar: Infelizmente o nosso lineup sofreu baixas durante esses anos, trocamos de baterista 5 vezes em 4 anos de banda, pode parecer que é somente um integrante (ainda mais batera, que nem músico é considerado (risos)) mas posso dizer com todas as letras, foi MUITO foda se manter de pé com tantas mudanças. A troca de um integrante é uma coisa que atrapalha muito o andamento e os planos de uma banda. Esperamos se estabilizar com nosso novo baterista, o Daniel lezerinha (apelido que foi dado a ele devido às quantidades sobre humanas de maconha que ele fuma) e ai sim conseguir divulgar ao máximo a banda.
Léo: Não tem jeito, banda é família, cada vez que você perde alguém da sua família é muito difícil de repor, esse foi nosso grande desafio para achar um batera novo, precisávamos de um cara com o mesmo perfil e o mesmo sonho que a gente, quando nós olhamos o lezerinha pensamos, porra olha esse maluco cabeludo, tatuado, feio, burro e maconheiro, tá ai o fela da puta que faltava pra essa banda!  Agora que encontramos o quinto elemento dessa zona é a hora de partir pra dominação mundial! (risos)

Turnê europeia e agora confirmada a turnê sul-americana. O que o mercado exterior representa pra a banda? É fácil distinguir o público de local para local?
Oscar: É triste dizer isso, mas os gringos estão anos luz da gente no quesito profissionalismo. Eles têm um sistema que valoriza todo mundo, sejam os promotores, o público ou as bandas. Tudo é feito muito certinho, o público se interessa nas bandas, logo o promotor tem interesse em contratar as bandas. Sendo contratada, a banda tem condições de fazer um material de qualidade e de ter bons equipamentos, que resulta em um bom show para o público. Tudo faz parte de um ciclo que funciona muito bem. Temos muito que aprender. Oo que nos sobra em criatividade nos falta em estrutura e condições!
Léo: Quando tocamos na França depois do show um cara chegou pra mim e disse “vocês brasileiros tem muita sorte, porque o melhor Thrash Metal do mundo é de vocês!”, eu concordo plenamente com isso, nós fazemos um metal que ninguém no mundo faz, parece que já está no nosso sangue, se o público chegasse a essa conclusão e apoiasse as bandas nacionais em pouco tempo teríamos uma cena tão forte quanto a da Suécia, por exemplo, uma cena que se criou a partir do apoio e união das bandas, público e promotores. O metal necessita de mais profissionalismo no nosso país, só isso!






      
Quais os próximos planos da banda?
Oscar: Os próximos planos são continuar tocando e divulgando o nosso primeiro álbum ‘Memories of War’ em tudo que é canto do Brasil, fazer uma segunda coletânea com participação de outras bandas do underground nacional (dessa vez prestando um tributo aos grandes medalhões do metal mundial), começar a composição de novas músicas, além de fazer essa tour em novembro pela América do Sul e no primeiro semestre de 2012 fazer a tour pelos EUA. Também iremos fazer uma lipoescultura e clareamento dental. (risos)

Querem deixar alguma mensagem?
Oscar: Convido a todos os bangers a aparecer num show nosso pra curtir um som e tomar uma dose do nosso drink oficial, a gelatina RED FRONT (feita de cachaça e distribuída gratuitamente nos nossos shows junto com o nosso CD demo), é só chegar perto da gente e gritar “buceta” que ganha. Contamos com todos também para “malhar” um boneco dos coloridos, fazer um wall of death e quem sabe ainda ver uma coelhinha da playboy no palco. Enfim putaria é com nós mesmo (risos). Bora lá com o RED FRONT e nosso estilo metal putão de ser!




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