sábado, 5 de fevereiro de 2011

Imagery: guitarrista fala sobre o resgate da essência do progressivo


Quando bandas de heavy metal passaram a incorporar elementos do rock progressivo em suas músicas, uma grande confusão se criou. Parte do público e também da crítica passou a classificar como "progressiva" qualquer banda que fizesse um som técnico e de muitas notas.
De certa forma, essa confusão descaracterizou os gêneros "rock progressivo" e "metal progressivo" que sempre significaram muito mais do que apenas técnica e excesso de notas.

Sem margens para erros, a proposta musical da banda londrinense IMAGERY é justamente resgatar a essência do rock progressivo feito nos anos 70.

"Esse resgate é apenas por uma questão de preferência musical, não queremos provar nada a ninguém", esclarece o guitarrista e vocalista Joceir Bertoni. "Somos fãs de bandas de metal como Megadeth e Pantera, gostamos da atitude do heavy metal. Também somos fãs de Emerson Lake & Palmer e Gentle Giant. Mas no rock progressivo o que mais nos fascina não é a habilidade técnica dos músicos, mas sim os métodos de composição, a forma como as músicas se desenvolvem, sua sutileza e poesia."

Rock progressivo também não é apenas sinonimo de músicas longas e de várias mudanças de compassos, características consideradas pouco comerciais.
A
lgumas pessoas se esquecem, mas ao contrário de hoje, o rock progressivo foi um gênero muito popular nos anos 70. Bandas como Emerson, Lake & Palmer, Yes e Genesis tocavam para estádios lotados!


"O rock contemporâneo super valorizou a imagem", acrescenta Joceir.
"Somos inspirados por esses grandes mestres do passado que faziam rock com conteúdo. Espero que possamos inspirar as pessoas a ouvir música feita com alma e coração novamente, assim como nos anos 70. Há de chegar o dia em que as pessoas se cansarão da 'música de guarda roupa'".

O IMAGERY continua trabalhando na pré-produção de seu álbum de estreia. A previsão é que o disco seja lançado no segundo semestre.



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