terça-feira, 6 de novembro de 2018

Ultramen: show de lançamento do novo àlbum “Tente Enxergar”

Crédito: Ricardo Lage

Preparado para uma nova peleia?! A Ultramen, uma das bandas mais importantes do cenário rock gaúcho, irá voltar ao Opinião, no dia 8 de novembro, para fazer o show de lançamento do seu mais novo trabalho de estúdio, intitulado “Tente Enxergar” e que debutou nas plataformas digitais no final de agosto. Com quase 30 anos de estrada e turnês que passaram por todos os cantos do país, o grupo vai retornar a um dos seus palcos favoritos para apresentar as canções inéditas  “Felicidade Especial” , “Fala por Ti”, “Tive Tudo” e  “Tente Enxergar” , já lançadas como singles e inseridas na programação das rádios FM’s locais, e vários outros sucessos da sua carreira, marcada por uma mistura extremamente original de diversos ritmos, como rock, soul, rap, funk, reggae e samba rock. Os megahits “Compromisso”, “Dívida” ,“Tente Enxergar”  e “Tubarãozinho”, por exemplo, têm as suas presenças mais do que garantidas no repertório, para o público cantar com a Ultramen do início ao fim da noite. “Tente Enxergar”, também lançado em LP, CD e K7 pelo selo Hearts Bleed Blue, está disponível na íntegra também no Youtube.



Formada em Porto Alegre, em 1991, a Ultramen reúne Tonho Crocco (vocal), Pedro Porto (baixo), Malásia (percussão), Leonardo Boff (teclado), DJ Anderson (scratches) e Zé Darcy (bateria). A mistura inusitada de black music, samba rock, reggae e rap foi o fator determinante para que a banda alcançasse sucesso, se tornando um dos grupos mais respeitados do país, no mesmo cenário em que surgiram Planet Hemp, O Rappa, Nação Zumbi, Maskavo e Mundo Livre S/A.

Na primeira metade da década de 90, a Ultramen gravou as suas primeiras duas demos: “Ultramen” (1993) e “Sem Piedade” (1995). Sete anos após seu surgimento, a banda lançou o seu primeiro e homônimo álbum pelo selo independente Rock It!, do guitarrista da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos. Nesse disco, os gaúchos já trouxeram uma sonoridade vibrante e a mistura de ritmos que sempre caracterizou o seu trabalho. A música “Bico de Luz” foi executada em rádios de todo o Brasil, o que rendeu à banda shows pelo país inteiro.

Em 2000, chegou ao mercado o segundo álbum da Ultramen, “Olelê”. A sonoridade mais elaborada foi essencial para o sucesso de faixas como “Ultramanos”, “General”, “Preserve”, “Peleia”, “Compromisso” e “Dívida”. Já em 2002, saiu o terceiro disco, intitulado “O Incrível Caso da Música que Encolheu e Outras Histórias”, que demonstrou uma variação de ritmos, trazendo no repertório uma mescla ímpar de soul, rap, funk e reggae.

A Ultramen foi convidada, em 2005, para participar do CD e DVD “Acústico MTV Bandas Gaúchas”, ao lado de Bidê ou Balde, Cachorro Grande e Wander Wildner. No ano seguinte, soltou o disco “Capa Preta”, que trouxe hits como “Tubarãozinho” e “É Proibido”. A turnê desse álbum se estendeu até 2008, quando a banda anunciou uma pausa nas atividades, com um show de despedida no Opinião, lugar que também marcou a sua volta, cinco anos depois.

De volta à ativa, a banda lançou o DVD ao vivo “Máquina do Tempo”, em 2016. O trabalho reuniu clássicos como “Dívida”, “Bico de Luz”, “Tubarãozinho”, “Peleia”, “General” e ainda trouxe a inédita “Robot Baby”. A faixa já era um prenúncio do que vem pela frente: o álbum “Tente Enxergar”, gravado em meio a tour do DVD e lançado no segundo semestre de 2018. Dele, fazem parte os singles “Felicidade Espacial”, cujo clipe foi dirigido por Carlinhos Carneiro em sua estreia na função, e “Tente Enxergar”, entre outros mais.
 

Serviço:
Ultramen
Local: Opinião (Rua José do Patrocínio, 834 - Cidade Baixa - Poa)
Data: 08 de novembro (quinta-feira) a partir das 22h
Abertura da casa: 20h30
Classificação: 16 anos

Ingressos:

Lote 1:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 45
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 40
Inteira: R$ 80

Lote 2:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 55
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 50
Inteira: R$ 100

Lote 3:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 65
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 60
Inteira: R$ 120

Lote 4:
Promocional (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 75
Estudantes e idosos (desconto de 50%): R$ 70
Inteira: R$ 140

* Os alimentos deverão ser entregues no Opinião, no momento da entrada ao evento.

** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.

* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.

* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei   Federal 12.933/13  – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro): 
Multisom Bourbon Wallig

Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de R$ 5 de taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Multisom Porto Alegre: Shopping Praia de Belas, Iguatemi, Bourbon Ipiranga, Barra Shopping Sul, Shopping Total e Andradas 1001
Multisom Região Metropolitana: Bourbon São Leopoldo, Bourbon Novo Hamburgo, Park Shopping Canoas e Canoas Shopping

Online: www.blueticket.com.br/grupo/opiniao

Informações:
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www.twitter.com/opiniao
(51) 3211-2838

Enviado por 
Paulo Finatto Jr.
Opinião Produtora – Assessoria de Imprensa

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Roger Waters: difícil descrever o espetáculo em POA

Na noite de ontem, 30 de outubro de 2018,  a "Us + Them Tour" se despediu do solo brasileiro.



A música que intitula a tour atual foi lançada há 45 anos atrás, no início de 1973, e faz parte do "The Dark Side of the Moon", um dos melhores álbuns do Pink Floyd, como domínio público. Para os desavisados desde aquela época, o músico já mostrava seu posicionamento contra a guerra e mazelas sociais. Poucos são os mortais, ou não (risos) que mesclam com total maestria música de extrema qualidade com discurso político, críticas sociais, como Roger Waters.

Vou tentar relatar o que aconteceu na noite de ontem, uma noite única e memorável...

Renato Borghetti, com mais de trinta anos de estrada, abriu o show acompanhado de sua gaita e com sua formação de quarteto, ao lado de Daniel Sá no violão, Vitor Peixoto no teclado e Pedrinho Figueiredo no sax e na flauta, às 19h30. Durante 30 minutos apresentou milongas, vaneiras, chamamés e até xote que empolgaram os presentes. Como ele mesmo mencionou - "É muito importante para a música instrumental ter um espaço assim".  

Voltando para o show que o público aguardou por longos seis anos.
A capital gaúcha recebeu o último show da turnê do músico inglês Roger Waters; tour que gira o mundo desde maio do ano passado,  tour que passou por seis capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba,- totalizando sete shows marcados por politização e polêmicas. 

Essa foi a terceira vez que o eterno Pink Floyd se apresenta na cidade. 
Em 2002, o músico, se apresentou no estádio Olímpico com a turnê "In the Flesh" e em 2012, no estádio Beira-Rio, com  o  "The Wall Live".


Às 20h40,  aproximadamente, no enorme telão de led de 790 metros uma mulher sentada numa praia deserta, surgiu. Roger Waters subiu ao gigantesco palco de mais de 1.000 m2,  com pontualidade britânica, às 21h, e iniciou um do melhores shows que Porto Alegre já presenciou. O cantor, compositor e baixista estava acompanhado de exímios músicos como de praxe; destaque para o guitarrista Gus Seyffert que também assume os vocais e o duo de vocalistas Lucius formado por Jessica Wolfe e Holly Laessig.


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Logo após os 44 mil fãs de um dos fundadores de uma das maiores bandas de rock do mundo, da banda de rock britânica Pink Floyd foram agraciados com uma sucessão de hits. Hits dos álbuns "Wish You Were Here", "The Wall", "Animals" e "Dark Side of The Moon" que totalizaram quase que todo o setlist da performance, mas também teve músicas do mais recentes  álbum solo do músico "Is This the Life We Really Want?", lançado em 2017. Álbum este, que é um dos mais politizados de sua exitosa carreira. Que fala sobre algumas das mazelas do século - o embate Estados Unidos x Oriente Médio, os refugiados, critica lideres mundias como Kim Jong-um, Silvio Berlusconi, George W. Bush.; mas o alvo preferido do músico é nitidamente Donald Trump, presidente dos EUA.

Veja setlist completo a seguir.

Foram diversos momentos memoráveis.

Um deles foi ao ouvir "You! Yes, you! Stand still laddy", antecedendo as icônicas "The Wall' estava "The Happiest Days of Our Lives" e "Another Brick in the Wall" que contou com a participação de  crianças do projeto local "Ouviravida", projeto de educação musical popular.  Que subiram ao palco vestindo camisetas com a mensagem “Resist”. Ao fim da música, a mensagem foi para o telão e provocou gritos de "Ele Não"e vaias, vindas dos apoiadores do novo presidente. Tal conflito entre os distintos públicos, nitidamente, não agradaram Waters, que pedia palmas para as crianças.  Foi quando o músico avisou que o show teria uma pausa.

O espetáculo que teve aproximadamente duas horas de duração foi dividido em duas partes. E foi somente no final do primeira parte que o músico falou pela primeira vez diretamente ao público, primeira fala após o candidato de extrema direita ter sido eleito presidente do Brasil. Falou "Tomar Parte na Resistência”. Nessa hora foi aplaudido aos gritos de "Ele Não", mas também, novamente, ouviram-se vaias.




Nessa hora me pergunto - Esses fãs, retifico, fãs não, posers.
Quem é verdadeiramente fã sabe muito bem que Waters é uma pessoa engajada politicamente desde os anos 70 e nunca deixou de sê-lo. Eles não entendem o que ouvem? Ou eles não compreendem o que ouve? Ou não querem entender?

Durante o intervalo de aproximadamente 20 minutos, no telão de led foi aparecendo mensagens como “Resista ao Fascismo”, mensagens contra a misoginia, contra segregação social, racial, entre outras e a famosa e tão esperada lista onde é mostrado o "Neo-Fascismo em Ascensão", listando nomes dos maiores exemplares do temido regime, "porcos que dominam o mundo" como Donald Trump, Putin, Le Pen e mostrava uma tarja preta, censurando o nome do presidente eleito no último dia 28.

Após o intervalo o set inicia com a icônica "Dogs" com 17 minutos de duração. A Usina Termelétrica de Battersea, capa do "Animals", foi surgindo no led com suas quatro chaminés e o famoso porco pendurado. É de arrepiar a cenografia do show.

Quando iniciou "Pigs (Three Different Ones)" caricaturas das mais variadas do atual presidente dos EUA, Donald Trump, surgiram.  O famoso porco gigante com os dizeres "Seja Humano" de um lado e "Stay Human" do outro, ficou pairando entre a arquibancada inferior e pista. 

O "The Dark Side of the Moon" foi representado por "Money" e "Us and Them". Depois vieram "Brain Damage" e "Eclipse", emocionando todos, mais ainda.  Em seguida o prisma sendo atingido por um feixe de luz que vira um esplêndido arco-íris. O público delirou nesse momento. Abre aspas, faltou algo dentro do prisma...


"Talvez ele tenha cansado", me disse um amigo.
Eu complemento - Talvez ele tenha cansado, de literalmente, "dar pérolas aos porcos".

Arrepios, sorrisos, emoção, lágrimas, difícil descrever o que se sente diante à uma apresentação de Sir Roger Waters.  Vi pessoas se abraçando. Foi um alento esse magnífico show nesse período tão conturbado que o país enfrenta e enfrentará.

Mais para o final do show a chuva que iniciou em meados da performance ficou mais forte, com muitos raios e relâmpagos. Foi quando Waters, infelizmente, anunciou que o show seria encurtado por medida de segurança. Ficando de fora do set a clássica "Mother".

E o show termina com "Comfortably Numb".

Mesmo com a chuva cada vez mais forte, o músico desceu do palco e foi cumprimentar o público que estava na fila do gargarejo. E se despediu de todos os presentes pedindo "para nós cuidarmos uns dos outros."

Por um longo tempo não veremos Roger Waters in Terra Brasilis, já que o músico anunciou que não faria shows no país enquanto a democracia não fosse restabelecida, ou seja, durante o mandato do novo presidente eleito por 57 milhões de eleitores, para estes os shows do músico não farão falta, com certeza. Mas para os 47 milhões restantes, nos quais me incluo, fará.

No domingo, o ministro Jorge Mussi, corregedor do TSE, autorizou a abertura da ação apresentada pela coligação do novo presidente eleito onde pedia a inelegibilidade de Fernando Haddad, candidato do PT. Acusando Roger Waters de promover "showmícios" em favor do candidato do Partido dos Trabalhadores. 

Felizmente, o Tribunal Superior Eleitoral descartou a ação, nesta quarta-feira, dia 31 de outubro.


Setlist:

Speak to Me (Intro)
Breathe
One of These Days
Time
Breathe
The Great Gig in the Sky
Welcome to the Machine
Déjà Vu
The Last Refugee
Picture That
Wish You Were Here
The Happiest
Days of Our Lives
Another Brick in the Wall Part 2
Another Brick in the Wall Part 3

Intervalo:
Dogs
Pigs (Three Different Ones)
Money
Us and Them
Smell the Roses
Brain Damage
Eclipse

Bis:
Comfortably Numb

No próximo sábado, a tour prossegue no Uruguai. Depois segue pela Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México, onde encerra sua temporada sul-americana em dezembro.

Vida Longa a Roger Waters!!

Agradecimentos ao Jornal "No Palco" pela cessão das fotos.

Fotos: Tony Capellão

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

"O lance da nostalgia é muito forte”, diz Max Cavalera, que faz show em POA neste domingo


Max e Iggor Cavalera voltam a Porto Alegre neste domingo, 4 de novembro, para um show especial no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834). 

Os músicos que fundaram o Sepultura, referência mundial em som pesado, passam pela capital gaúcha com a turnê "Max & Iggor Cavalera 89/91 Era Special Setlist". A gira celebra duas obras fundamentais do antigo conjunto dos irmãos Cavalera: Beneath the Remains (1989) e Arise (1991). Foram esses trabalhos que ajudaram a banda mineira a erguer-se como referência internacional na música extrema

Em entrevista exclusiva à Abstratti Produtora, que promove a apresentação no Rio Grande do Sul, o vocalista Max revela que revisitar o passado é conectar-se com a próprio história e com o público.— O lance da nostalgia é muito forte. É o tipo de situação em que você e o público viram uma coisa só. A gente meio que esquece a história de que a banda rompeu, que teve as tretas.  É um dos lances mais satisfatórios para o músico tipo eu, que estou com 49 anos e já fiz tanto na carreira. Ter a possibilidade de recordar e tocar clássicos antigos, ao mesmo tempo em que estou fazendo música nova com o Soulfly e com o Cavalera Conspiracy, é muito legal!

Leia a entrevista Aqui.

Os ingressos para o evento estão no segundo lote e disponíveis neste link.
O ato de abertura é com os porto-alegrenses da Diokane.


Enviado por Homero Pivotto Jr. 
Assessoria de Imprensa
Abstratti Produtora

O Último Bar do Matanza

Escrito por  Henrique Pedregosa



Após 22 anos de estrada, no dia 28 de outubro, no Opinião - tradicional casa de shows de Porto Alegre - encerraram-se as atividades do MATANZA. Banda de Countrycore, gênero assim denominado pela mídia, registrou 7 discos de estúdio, 1 disco ao vivo, vários EPs, demos e compilações. Além de ter cooptado milhares de sócios, para o seu clube dos canalhas, fãs que divertiram-se com as letras debochadas, e som pesado, misturando country, punk, hard-core, metal, etc.

A banda gaúcha de death metal DyingBreed abriu os trabalhos, com um som forte e vocais marcantes. 

Sem atrasos o MATANZA abre a apresentação de 34 músicas, com "O Chamado do Bar". Público e banda, quebram a atmosfera pesada, de até tristeza - seja pela despedida da banda, seja pelo resultado das eleições ocorridas no mesmo dia - e ao longo de 1h45, entram em sintonia com uma energia digna à história da banda, e à dedicação dos fãs gaúchos. As músicas emendaram-se com raras pausas, sem tempo do público respirar, de tanto cantar junto os diversos hits da banda.

Na primeira pausa, o vocalista Jimmy desabafou: 
“Apesar de eu já não me preocupar tanto com isso, eu quero manter um mínimo de fama de durão. Então não vou sair falando muita coisa, posso me emocionar, e aí sabe como é. Mas hoje é o último show do MATANZA na história. Realmente uma ideia brilhante, tenho que admitir. - alguém, neste momento lembra o resultado das eleições, e todos ecoam o grito “Ele Não!” - Também tem isso. É uma noite duplamente triste. Digo honestamente desde o primeiro show em Porto Alegre. Tenho orgulho f*** de ter tido o privilégio de fazer cada show pra vocês. Eu faria tudo 10 vezes mais. Muito obrigado a todos vocês, no fundo do meu coraçãozinho peludo!”


Então o show seguiu, com a performance e falas de sempre, até chegar a música "Tempo Ruim" - uma rara composição positiva da banda, feita para um casamento, mas que encaixa-se perfeitamente à despedida. O público emocionou-se, e por incrível que pareça o gigante barbudo também. Enquanto cantava: “Nada será como costuma ser, nada vai ser fácil pra você” apontava para si, já com a voz embargada. Ele então para de cantar, e público seguiu: “Eu me despeço de todos vocês, muitos aqui não verei outra vez…”. Dali em diante, notoriamente, diminuiu-se a quantidade de danças e caras feias características de Jimmy. Talvez naquele instante tenha caído a ficha de todos, do que estava acabando.

O show encerrou-se com "Bom é Quando Faz Mal", sem bis, mas com Jimmy despedindo-se ao som de Johnny Cash cantando "We'll Meet Again" - ou Vamos nos encontrar novamente. O restante da banda, despediu-se separadamente, apenas quando ele saiu do palco.



Quem teve o privilégio de ter ido a algum show do MATANZA, sabe como casam-se bem as composições de Donida (guitarra, somente em estúdio há 10 anos), as encenações e a figura em si do vocalista Jimmy London, e o som pesado e forte na medida, de Dony Escobar (baixo), Jonas (bateria) e Maurício Nogueira (guitarra). Impecáveis mais uma vez, mesmo em sua última apresentação.

Restará agora a saudade dos fãs, pois mais uma grande banda de rock brasileira já não mais existirá. Porém prometem-se novidades, a partir desta ruptura. Nas redes sociais, esta foi a declaração da banda sobre seu fim:

“Eu me despeço de todos vocês...”

Chegamos ao fim da nossa existência enquanto MATANZA. Agradecemos a cada um de vocês que foi a algum show, curtiu alguma música e que apoiou a banda de qualquer modo. Só existimos durante 22 anos por vocês. Encerramos com a certeza de um trabalho digno e honesto, e fechamos essa porta com a cabeça erguida.

Muito obrigado a todos.

Esse foi o MATANZA!

O que diz-se é que Jimmy e Donida, membros idealizadores da banda, já não tinham a mesma compatibilidade e as divergências tornaram-se grandes demais para o prosseguimento do grupo. Os integrantes, exceto o vocalista, estariam já formando um novo grupo aos moldes do MATANZA e buscando para esta, um novo líder para assumir a voz. Por sua vez, Jimmy já lançou nas redes sociais e plataformas digitais de áudio, seu novo trabalho com os RATS. Aos fãs órfãos, vale a pena conferir este trabalho.


Setlist:

O Chamado do Bar
Meio Psicopata
Country Core Funeral
O Último Bar
Eu Não Gosto de Ninguém
Santa Madre Cassino
A Sua Assinatura
Pé na Porta, Soco na Cara
Odiosa Natureza Humana
Tudo Errado
Clube dos Canalhas
Ela Não Me Perdoou
Conforme Disseram as Vozes
Remédios Demais
Mesa de Saloon
O Que Está feito, Está Feito
Quem Perde Sai
Santânico (parte 1)
Santânico (parte 2)
Mulher Diabo
Carvão, Enxofre e Salitre
Interceptor V6
Ressaca Sem Fim
Maldito Hippie Sujo
A Arte do Insulto
Pior Cenário Possível
Todo Ódio da Vingança de Jack Buffalo Head
Matanza em Idaho
Tempo Ruim
Whisky Para Um Condenado
Rio de Whisky
Eu Não Bebo Mais
Estamos Todos Bêbados
Bom é Quando Faz Mal

Agradecimentos à Opinião Produtora

Fotos e vídeo: Bruno Pedregosa



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terça-feira, 30 de outubro de 2018

MECA volta às origens com MECAMaquiné

Crédito: divulgação


Reconhecido radar da cena cultural global, o MECA resgata suas raízes gaúchas e retorna à Fazenda Pontal, em Maquiné (RS), no dia 03 de novembro com o MECAMaquiné

Após o début inesquecível no Recife com o MECABrennand e levar mais de nove mil pessoas na quarta edição do MECAInhotim, o MECAMaquiné traz para o primeiro feriado de novembro Warpaint, SilvaRubel, Teto Preto,  Supervão, Catavento, Trabalhos Espaciais Manuais e o duo de DJ’s Selvagem

No Heineken Stage, se apresentam CuscobayoAlpargatos e Tagua Tagua.

A programação ainda conta com os clubinhos –– espalhados na Fazenda Pontal com programações especiais de DOMAFennda20BARRA9 CUBO.

Originalmente o MECA foi criado como evento de música no litoral sul do Brasil em 2010, e ao longo dos últimos sete anos realizou edições em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brumadinho (Instituto Inhotim) e Recife. “Produzimos os eventos que a gente gostaria de ir. Geramos o conteúdo que a gente gostaria de consumir. Construímos os lugares que a gente gostaria de frequentar. Criamos os produtos que a gente gostaria de comprar. Investimos nos negócios que a gente gostaria de participar. Aproximamos as pessoas com quem a gente gostaria de conviver. Conectamos as marcas que a gente gostaria de trabalhar. Simples assim.” - Rodrigo Santanna, fundador do MECA.

O MECA trouxe para o Brasil ao longo de seus oito anos de existência bandas como AlunaGeorge, Charlie XCX e Two Door Cinema Club, antes das mesmas serem escaladas para outros grandes festivais. Além de lançar atrações internacionais, o MECA investe em grandes nomes nacionais como Caetano Veloso, Jorge Ben Jor e Elza Soares, e artistas da nova geração como Rubel, Alice Caymmi, Liniker, Jaloo, Luiza Lian, Tássia Reis, Karol Conka e Mahmundi.

Line-up

Abertura - 15h
Supervão
Tagua Tagua (Heineken Stage)
Catavento
Alpargatos (Heineken Stage)
Trabalhos Espaciais Manuais
Cuscobayo (Heineken Stage)
Rubel
Silva
Warpaint
Teto Preto
Selvagem (TNT Energy Drink)


MECAMaquiné
Data: 3 de novembro de 2018, a partir das 15h
Local: Fazenda Pontal (Rod. RS 407 Km 2, 5 - Rodovia Morro Alto - Maquiné – RS)
Line-up: Warpaint, Rubel, Silva, TETO PRETO, Supervão, Catavento, DJ’s Selvagem e Trabalhos Espaciais Manuais

Ingressos
R$140,00 (inteira)
R$ 70,00 (meia-entrada)
R$ 70,00 (meia-entrada social, mediante doação de um livro)

Evento no Facebook: MECAMaquiné

Sobre as atrações

Warpaint - A banda californiana 100% feminina (e feminista!) faz um som que mistura rock experimental, dream pop e shoegaze. Recentemente, passaram pelo Primavera Sound, Glastonbury, Coachella e outros festivais incríveis. A carreira conta com três discos maravilhosos e um EP de estreia, todos bem recebidos pelo público.

Crédito: Wilmore Oliveira

Silva
 -
 O rei do synth-pop brasileiro trará suas músicas para todo mundo cantar junto! Dono de uma voz sutil, canções dançantes e letras cheias de amor, o carioca promete criar um refúgio poético com o seu novo trabalho, "Brasileiro", lançado neste ano. Versos de amor se misturam com sintetizadores, bossa nova e diversos ritmos.

Crédito: divulgação

Rubel - Com uma voz lenta, o cantor e trovador carioca canta sobre histórias particulares, nostálgicas e vai contagiar o festival com seu show trazendo uma mistura de sons que já nasceu dando certo: folk e MPB, que acompanham composições que enchem nossos corações de amor. Seu último trabalho, "Casas", é um registro guiado em essência pelas emoções.

Teto Preto - Nascido nas velhas fábricas paulistanas ocupadas pela festa MAMBA NEGRA, essa live jam promove encontros entre a arte da performance, a música eletrônica e os ritmos brasileiros.

Selvagem - O duo agita as pistas do Brasil inteiro com muita disco music – dos clássicos até raridades e novidades. Millos Kaiser e Trepanado tornam qualquer música em uma disco ball (com ou sem globo de espelhos). A dança e a vibe altíssima são sempre atrações confirmadas em seus sets.

Trabalhos Espaciais Manuais - Por onde passa, a banda instrumental gaúcha cria atmosferas dançantes onde convivem os mais diferentes estilos musicais: do samba ao jazz, do rock ao funk. 

Crédito: Rodolfo Cemi

Catavento - Um dos grandes representantes da música psicodélica brasileira, o grupo gaúcho apresenta o novo disco “Ansiedade na Cidade”, lançado em agosto.

Supervão - Dona de um estilo contemporâneo e cosmopolita, o trio gaúcho de música eletrônica combina letras intensas com um universo audiovisual repleto de psicodelia.

Tagua Tagua  - No projeto Tagua Tagua, o produtor e compositor Felipe Puperi –– conhecido também por ser a voz da banda gaúcha Wannabe Jalva –– explora diversos elementos da música brasileira, principalmente os percussivos, e para criar um som que passeia pela música eletrônica, pelo soul e pelo rock. 

Alpargatos - O grupo porto-alegrense de indie rock acaba de lançar o EP experimental “O Chão é Lava”.

Cuscobayo -
 A banda surgiu em julho de 2012, em Caxias do Sul e logo se destacou pelas composições próprias e pela mistura de indie, folk e até reggae. A banda é conhecida como a nova cara da música do sul por sua originalidade e energia, levando as fortes raízes platinas para todos os cantos do Brasil.

Sobre os Clubinhos:

DOMA - DOMA é a concretização de um espaço sem rótulos, idealizado para uma experiência de liberdade, sem diferenças sociais na pista. O projeto transbordou, com experiências itinerantes e um público diverso e vibrante. Um dos sucessos do grupo é a festa HOT. Os DJs serão Francisco Piovesan, Bruno Louzada, Pedro Niederauer Moser, Paula Vargas, além da performancer Vicca.

Fennda - Ao perceber a fenda existente no sistema, o coletivo de meninas e grupo LGBTQI+ se uniu para realizar festas icônicas e cenográficas nas ruas de Porto Alegre. Democráticos e gratuitos, os eventos aceitam todos os gêneros (sexuais e musicais) de braços abertos. Os DJs da Fennda em Maquiné serão Ana Paula Peroni, Dimas Henkes, Shico Menegat, Vika Schmitz, Tyra Lopez, Fritzzo e Mariana Gonçalves.

20BARRA9 - O 20BARRA9 é uma plataforma de experiências que entregam com alma tudo o que faz. Eles mostram o lado mais contemporâneo que o gaúcho tem, com mentes e fronteiras abertas, sem preconceito e com mais respeito. A meta deles é construir um mundo onde a gente gostaria de viver: menos fechado, mais aberto e mais sangue bom.

Cubo -
 Conceito, cabelo e estilo. Focado em técnica, o Cubo é um salão de beleza de Porto Alegre que oferece excelência criativa e personalização nos serviços. No evento, promoverão uma ação com drinks e café.

Sobre MECA
Com o conceito de ser “a maior menor plataforma cultural do mundo”, o MECA nasceu como um festival e se consolidou como uma plataforma multicultural em 2016, contendo eventos (MECAFestival - eventos multiculturais que acontecem em diferentes cidades, combinando apresentações musicais, talks e performances, promovendo o encontro entre arte, arquitetura, música e natureza;MiniMECA - evento mensal gratuito que mistura música, arte, design, experiências, amigos, comidinhas e drinks; MECATalks - Encontros gratuitos com especialistas sobre sobre temas nas áreas de moda, música, comportamento, tecnologia, empreendedorismo e cultura), canais de mídias (MECAJournal - Um jornal impresso mensal gratuito focado em cultura e comportamento; MECANews - uma newsletter semanal e gratuita com uma seleção cuidadosa de textos, links, fotos, vídeos e músicas, dicas de eventos culturais em São Paulo; MECASite - onde se encontram todas as informações da plataforma, versão digital do MECAJournal e novidades sobre o MECA), além das redes sociais, existe também o MECASpot - um espaço físico no bairro de Pinheiros, em São Paulo, onde são realizados vários eventos da plataforma além  do MECAExpo - Um espaço dedicado a exposições de arte contemporânea, que a cada mês um artista diferente preencherá as paredes do MECASpot.



Planeta Atlântida 2019: campanha publicitária do festival aposta na evolução do conceito “só quem vai sabe”

Começou nesta segunda-feira (29), em todo o Rio Grande do Sul, a campanha publicitária do Planeta Atlântida 2019. A campanha é uma co-criação entre agência Ogilvy e o time de comunicação do Grupo RBS e aposta na evolução do conceito “só quem vai sabe”, utilizado nas últimas duas edições do festival, para “só quem vai sente”.


Crédito: Divulgação


– A campanha foi planejada e criada a partir dos aprendizados da ampla pesquisa que realizamos com planetários e não planetários. O Planeta está na memória afetiva de milhares de gaúchos acima de 25 anos, mas também é o grande evento para os adolescentes, que esperam ansiosamente o dia em que poderão vivê-lo. Planeta já é mais do que um festival de música, é a grande festa do verão gaúcho. Só quem vai sabe, mas mais do que isso, só quem vai sente. E nossa intenção é ressaltar essa explosão de sentimentos na nossa campanha – destaca Priscila Barbosa, gerente de Comunicação do Grupo RBS
Com uma paleta de cores vibrantes, as peças publicitárias remetem às experiências do Planeta Atlântida e provocam os planetários a traduzirem seus sentimentos vividos no festival. O projeto traz ainda uma série de novidades na estratégia de conteúdos e conexões digitais, com o objetivo de contemplar a jornada de contato com o evento que começa antes da venda de ingressos e só termina após o compartilhamento das experiências vividas lá.
Prova disso é a escolha de um casal de comunicadores que serão a voz e a cara do festival em todas as frentes. De outubro a fevereiro, Juju Massena e Arthur Gubert apresentam o Estúdio Planeta, plataforma com vídeos semanais divulgadas nos canais da Atlântida, e marcam presença na cobertura da RBS TV e nos demais meios de comunicação da RBS.
A campanha também tem o grande desafio de abordar o ingresso solidário, que é a grande novidade do Planeta Atlântida 2019 e está disponível para todos. A categoria especial oferece descontos de até 45% e doará R$ 10 de cada ingresso vendido para instituições selecionadas pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS) que trabalham a música na inclusão social de adolescentes e jovens.
A 24ª edição do festival, marcada para os dias 1º e 2 de fevereiro, na Praia de Atlântida, é uma realização do Grupo RBS e da DC Set Promoções e tem patrocínio de Schin, Renner, Agibank e Coca-Cola. Os ingressos já estão à venda no site www.planetaatlantida.com.br e também nas Lojas Renner da Av. Otávio Rocha e do Shopping Iguatemi, ambas em Porto Alegre, e do Bourbon Shopping em Novo Hamburgo.