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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

"The Wall 40 anos": sorteio de ingresso para o show em POA


Em 30 de novembro — data em que o álbum foi lançado, em 1979 —, a banda Perfect Sense (tributo ao Pink Floyd)  se junta a um grupo de instrumentistas de música de concerto, sob orientação do ensaiador Sérgio Vargas, para recriar as faixas do clássico disco. O evento ocorre às 20h, no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834).

Para comemorar a data e esse show especial que acontecerá na capital gaúcha, o Rocksblog em parceria com a produtora responsável pelo evento, Abstratti,  sorteará 01 ingresso.

Para concorrer é simples; é só compartilhar o banner abaixo em modo público no Facebook ou no Twitter com a hashtag #TheWallPerfectSensePOA.


O sorteio será realizado no dia 27 de novembro. O resultado da promoção será divulgado nas mídias do Rocksblog. #Participe

Mais informações sobre o show:
http://abstratti.com/the-wall-40-anos-30-nov-2019-opiniao/

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Rock com toques clássicos para celebrar os 40 anos do álbum ‘The Wall’

Existem muros, reais e fictícios, que separam a humanidade. Alguns de concreto — como os de Berlim ou o que pretende criar o presidente Donald Trump na fronteira dos EUA com o México. Outros como autodefesa, uma barreira ilusória para afastar o indesejado. Esses serviram até de inspiração para o universo das artes, como é o caso do clássico The Wall (1979), do Pink Floyd.

O álbum narra a trajetória de Pink, um rockstar fatigado que se impõe um isolamento da sociedade simbolizado pela expressão que dá nome ao trabalho. São desse registro as emblemáticas composições ‘Another Brick in the Wall’ (partes 1, 2 e 3), ‘Mother’, ‘Hey You’ e ‘Comfortably Numb’.

Na contramão da ideia do disco, com intuito de agregar diferenças, que foi pensada uma homenagem especial à obra da banda inglesa formada à época por Roger Waters (voz e baixo), David Gilmour (voz e guitarra), Nick Mason (bateria) e Richard Wright (teclado).

A iniciativa está agendada para 30 de novembro — data exata de lançamento do álbum —, sábado, no Opinião (Rua José do Patrocínio, 834), às 20h. Como o objetivo é conciliador, pensou-se em juntar rock com música clássica. Por isso, o evento “The Wall 40 Anos” coloca no palco a banda Perfect Sense sob regência do ensaiador Sérgio Vargas, além da participação de uma orquestra de cordas.



A banda Perfect Sense surgiu no inverno de 2005, quando três vizinhos e amigos de longa data — Antônio Gomes (baixo), Leonardo Bacchi (bateria) e Rodrigo Quadros (guitarra) — decidiram aprofundar-se na psicodelia do grupo inglês Pink Floyd e suas demasiadas nuances.

Impactados pelo brilhantismo da musicalidade de David Gilmour aliada à genialidade e profundidade das letras de Roger Waters, o grupo gaúcho procurou desde o início trazer o melhor desses dois gênios, incluindo em seu repertório canções tanto da banda original como de seus trabalhos solos — demonstrando essa preocupação ao nomear o projeto com uma música de Waters.

Com esse objetivo, os porto-alegrenses se apresentaram inúmeras vezes na capital gaúcha desde sua estreia na Cia. de Arte, passando por diversos bares do circuito local, até seu derradeiro show no Opinião tocando na íntegra o aclamado Dark Side of the Moon.

Apresentações pelo Interior do estado também foram feitas, sempre procurando acrescentar qualidade e informação audiovisual (as clássicas projeções floydianas e conteúdos originais foram usados em alguns shows).
No final de 2013, a banda fez uma pausa nas atividades devido à mudança de alguns de seus membros fundadores. Porém, com o posterior regresso à terra natal, e a chama reacesa pelas recentes apresentações de Gilmour e Waters no país, o grupo retomou as atividades. A formação foi reforçada com Ricardo Dastis (vocais), Egon Halfen (guitarras) e Vinícius Möller (teclados), focando em performances ainda mais profundas.

Por isso, foi decidido homenagear os 40 anos de um dos mais icônicos álbuns da história do rock (The Wall) de uma forma jamais feita por um tributo no Rio Grande do Sul.


SÉRGIO VARGAS

Músico desde 91, toca guitarra, violão, bandolim, piano, viola de arco, bateria e diversos instrumentos de percussão. Também estuda o processo de canto desde jovem. Entrou em um coro em 1993 e, além de cantar, também aprendeu regência, harmonia funcional, contraponto e fuga, além de instrumentação.

Em 1995, assumiu o coro municipal de Viamão, no qual trabalhou por cinco anos. Em paralelo, tentou montar uma banda para tocar composições próprias. Vem dessa época seu interesse pelo processo de ensaio. Nos anos 2000, acompanhou corais, substituiu músicos, fez trilhas para teatro e cinema e ganhou um prêmio Açorianos em 2004 pela trilha original da peça infantil O Pintor.

Ainda regeu pequenos coros e acompanhou outros. Tocou guitarra em bandas de standards em Porto Alegre. Entre elas, Vintage Café, Metamorfose, Strangers, Black Bull e O Nó da Corda. Participou também da orquestra Engrenagem.

Por gosto pessoal, conhece bem o cancioneiro português e, em diversas formações, como no grupo Alma Lusitana, tocou bandolim com esses repertórios.

Acompanhou, em 2006, como ensaiador, o Departamento de Tradições Gaúchas Estancia Província de São Pedro em turnê na Espanha e em Portugal. Em 2009, foi chamado para lecionar em um projeto social do SESI, e ensaiou a orquestra da iniciativa, que tinha por volta de 120 músicos, durante dois anos.

Essa experiência reorientou os estudos de Sérgio e, durante a última década, ele tem se capacitado para a função específica de ensaiador e de violista. Sérgio tem conhecimento de instrumentação, da voz e dos processos de canto, de harmonia e de fenomenologia rítmica. Também é dono de um estúdio chamado Caixa de Madeira e grava há pelo menos 15 anos.


Serviço:
The Wall 40 Anos
Classificação etária: 14 anos
Data: 30 de novembro (Sábado)
Horários
18h — abertura da casa
20h — The Wall 40 Anos por Perfect Sense
Ingressos
PREMIUM
Área em frente ao palco
Inteira — R$ 150,00
Solidário — R$ 80,00 *
Meia — R$ 75,00 **
CAMAROTE
Área no Mezanino com Cadeiras
Inteira — R$ 110,00
Solidário — R $60,00 *
Meia — R$ 55,00 **
PISTA
Área do primeiro piso da casa
Inteira — R$ 80,00
Solidário — R$ 45,00 *
Meia — R$ 40,00 **
* Solidário — limitados e válidos somente com a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do show.
** Meia-entrada — para estudantes são válidas somente as seguintes carteiras de identificação: ANPG, UNE, UBE’s, DCE’s e demais especificadas na LEI FEDERAL Nº 12.933. Não será aceita NENHUMA outra forma de identificação que não as oficializadas na lei.
Pontos de venda (sujeitos à taxa de conveniência):
online (em até 12x no cartão)
Lojas (somente em dinheiro)
SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA:
Multisom — Shopping Iguatemi, 1º piso. Fone: (51) 3328-8448.
COM TAXA DE CONVENIÊNCIA:
Multisom — Rua dos Andradas, 1001. Fone: (51) 3931-5381.
Multisom — Shopping Praia de Belas, 3º piso. Fone: (51) 3931-5300.
Multisom — Barra Shopping Sul, térreo. Fone: (51) 3931-5223.
Verse — Galeria Chaves (Rua dos Andradas, 1444/loja 6). Fone: (51) 3105-3370. 
Verse — Lindóia (Av. Assis Brasil, 3522/loja 101). Fone (51) 3372-8100. 
* A organização do evento não se responsabiliza por ingressos comprados fora do site e pontos de venda oficiais.
* Será expressamente proibida a entrada de câmeras fotográficas profissionais e semiprofissionais, bem como filmadoras de qualquer tipo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Roger Waters: difícil descrever o espetáculo em POA

Na noite de ontem, 30 de outubro de 2018,  a "Us + Them Tour" se despediu do solo brasileiro.



A música que intitula a tour atual foi lançada há 45 anos atrás, no início de 1973, e faz parte do "The Dark Side of the Moon", um dos melhores álbuns do Pink Floyd, como domínio público. Para os desavisados desde aquela época, o músico já mostrava seu posicionamento contra a guerra e mazelas sociais. Poucos são os mortais, ou não (risos) que mesclam com total maestria música de extrema qualidade com discurso político, críticas sociais, como Roger Waters.

Vou tentar relatar o que aconteceu na noite de ontem, uma noite única e memorável...

Renato Borghetti, com mais de trinta anos de estrada, abriu o show acompanhado de sua gaita e com sua formação de quarteto, ao lado de Daniel Sá no violão, Vitor Peixoto no teclado e Pedrinho Figueiredo no sax e na flauta, às 19h30. Durante 30 minutos apresentou milongas, vaneiras, chamamés e até xote que empolgaram os presentes. Como ele mesmo mencionou - "É muito importante para a música instrumental ter um espaço assim".  

Voltando para o show que o público aguardou por longos seis anos.
A capital gaúcha recebeu o último show da turnê do músico inglês Roger Waters; tour que gira o mundo desde maio do ano passado,  tour que passou por seis capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba,- totalizando sete shows marcados por politização e polêmicas. 

Essa foi a terceira vez que o eterno Pink Floyd se apresenta na cidade. 
Em 2002, o músico, se apresentou no estádio Olímpico com a turnê "In the Flesh" e em 2012, no estádio Beira-Rio, com  o  "The Wall Live".


Às 20h40,  aproximadamente, no enorme telão de led de 790 metros uma mulher sentada numa praia deserta, surgiu. Roger Waters subiu ao gigantesco palco de mais de 1.000 m2,  com pontualidade britânica, às 21h, e iniciou um do melhores shows que Porto Alegre já presenciou. O cantor, compositor e baixista estava acompanhado de exímios músicos como de praxe; destaque para o guitarrista Gus Seyffert que também assume os vocais e o duo de vocalistas Lucius formado por Jessica Wolfe e Holly Laessig.


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Logo após os 44 mil fãs de um dos fundadores de uma das maiores bandas de rock do mundo, da banda de rock britânica Pink Floyd foram agraciados com uma sucessão de hits. Hits dos álbuns "Wish You Were Here", "The Wall", "Animals" e "Dark Side of The Moon" que totalizaram quase que todo o setlist da performance, mas também teve músicas do mais recentes  álbum solo do músico "Is This the Life We Really Want?", lançado em 2017. Álbum este, que é um dos mais politizados de sua exitosa carreira. Que fala sobre algumas das mazelas do século - o embate Estados Unidos x Oriente Médio, os refugiados, critica lideres mundias como Kim Jong-um, Silvio Berlusconi, George W. Bush.; mas o alvo preferido do músico é nitidamente Donald Trump, presidente dos EUA.

Veja setlist completo a seguir.

Foram diversos momentos memoráveis.

Um deles foi ao ouvir "You! Yes, you! Stand still laddy", antecedendo as icônicas "The Wall' estava "The Happiest Days of Our Lives" e "Another Brick in the Wall" que contou com a participação de  crianças do projeto local "Ouviravida", projeto de educação musical popular.  Que subiram ao palco vestindo camisetas com a mensagem “Resist”. Ao fim da música, a mensagem foi para o telão e provocou gritos de "Ele Não"e vaias, vindas dos apoiadores do novo presidente. Tal conflito entre os distintos públicos, nitidamente, não agradaram Waters, que pedia palmas para as crianças.  Foi quando o músico avisou que o show teria uma pausa.

O espetáculo que teve aproximadamente duas horas de duração foi dividido em duas partes. E foi somente no final do primeira parte que o músico falou pela primeira vez diretamente ao público, primeira fala após o candidato de extrema direita ter sido eleito presidente do Brasil. Falou "Tomar Parte na Resistência”. Nessa hora foi aplaudido aos gritos de "Ele Não", mas também, novamente, ouviram-se vaias.




Nessa hora me pergunto - Esses fãs, retifico, fãs não, posers.
Quem é verdadeiramente fã sabe muito bem que Waters é uma pessoa engajada politicamente desde os anos 70 e nunca deixou de sê-lo. Eles não entendem o que ouvem? Ou eles não compreendem o que ouve? Ou não querem entender?

Durante o intervalo de aproximadamente 20 minutos, no telão de led foi aparecendo mensagens como “Resista ao Fascismo”, mensagens contra a misoginia, contra segregação social, racial, entre outras e a famosa e tão esperada lista onde é mostrado o "Neo-Fascismo em Ascensão", listando nomes dos maiores exemplares do temido regime, "porcos que dominam o mundo" como Donald Trump, Putin, Le Pen e mostrava uma tarja preta, censurando o nome do presidente eleito no último dia 28.

Após o intervalo o set inicia com a icônica "Dogs" com 17 minutos de duração. A Usina Termelétrica de Battersea, capa do "Animals", foi surgindo no led com suas quatro chaminés e o famoso porco pendurado. É de arrepiar a cenografia do show.

Quando iniciou "Pigs (Three Different Ones)" caricaturas das mais variadas do atual presidente dos EUA, Donald Trump, surgiram.  O famoso porco gigante com os dizeres "Seja Humano" de um lado e "Stay Human" do outro, ficou pairando entre a arquibancada inferior e pista. 

O "The Dark Side of the Moon" foi representado por "Money" e "Us and Them". Depois vieram "Brain Damage" e "Eclipse", emocionando todos, mais ainda.  Em seguida o prisma sendo atingido por um feixe de luz que vira um esplêndido arco-íris. O público delirou nesse momento. Abre aspas, faltou algo dentro do prisma...


"Talvez ele tenha cansado", me disse um amigo.
Eu complemento - Talvez ele tenha cansado, de literalmente, "dar pérolas aos porcos".

Arrepios, sorrisos, emoção, lágrimas, difícil descrever o que se sente diante à uma apresentação de Sir Roger Waters.  Vi pessoas se abraçando. Foi um alento esse magnífico show nesse período tão conturbado que o país enfrenta e enfrentará.

Mais para o final do show a chuva que iniciou em meados da performance ficou mais forte, com muitos raios e relâmpagos. Foi quando Waters, infelizmente, anunciou que o show seria encurtado por medida de segurança. Ficando de fora do set a clássica "Mother".

E o show termina com "Comfortably Numb".

Mesmo com a chuva cada vez mais forte, o músico desceu do palco e foi cumprimentar o público que estava na fila do gargarejo. E se despediu de todos os presentes pedindo "para nós cuidarmos uns dos outros."

Por um longo tempo não veremos Roger Waters in Terra Brasilis, já que o músico anunciou que não faria shows no país enquanto a democracia não fosse restabelecida, ou seja, durante o mandato do novo presidente eleito por 57 milhões de eleitores, para estes os shows do músico não farão falta, com certeza. Mas para os 47 milhões restantes, nos quais me incluo, fará.

No domingo, o ministro Jorge Mussi, corregedor do TSE, autorizou a abertura da ação apresentada pela coligação do novo presidente eleito onde pedia a inelegibilidade de Fernando Haddad, candidato do PT. Acusando Roger Waters de promover "showmícios" em favor do candidato do Partido dos Trabalhadores. 

Felizmente, o Tribunal Superior Eleitoral descartou a ação, nesta quarta-feira, dia 31 de outubro.


Setlist:

Speak to Me (Intro)
Breathe
One of These Days
Time
Breathe
The Great Gig in the Sky
Welcome to the Machine
Déjà Vu
The Last Refugee
Picture That
Wish You Were Here
The Happiest
Days of Our Lives
Another Brick in the Wall Part 2
Another Brick in the Wall Part 3

Intervalo:
Dogs
Pigs (Three Different Ones)
Money
Us and Them
Smell the Roses
Brain Damage
Eclipse

Bis:
Comfortably Numb

No próximo sábado, a tour prossegue no Uruguai. Depois segue pela Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México, onde encerra sua temporada sul-americana em dezembro.

Vida Longa a Roger Waters!!

Agradecimentos ao Jornal "No Palco" pela cessão das fotos.

Fotos: Tony Capellão