quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Tarja Turunen: mostrando em POA todas as cores que a música pode ter

Tarja Turunen, uma das vozes mais importantes da música mundial apresentou na noite de ontem, dia 28 de outubro,  o show que encerrou a etapa brasileira da tour "Colours in The Road". Tour, que foi a maior já realizada pela cantora no Brasil.  Começou em Recife, passou por Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e encerrou em Porto Alegre com chave de ouro.

Para quem chegou no Teatro do Bourbon Country antes do horário marcado, para o show de Tarja, pode ver a performance da DevilSin. A banda também foi responsável pela abertura do show da cantora finlandesa em Curitiba. A banda autoral de New Wave of Old School Heavy Metal com pitadas de Thrash, é capitaneada por Kevan Gillies, e pela amostra que deram ontem, mais que recomendo.


Às 21h10, exatamente, as luzes do teatro se apagaram e banda que acompanha Tarja Turunen, retifico, a sua banda, segundo ela mesma disse durante o show, formada pelo alemão Alex Scholpp (guitarra), que já acompanha Tarja há bastante tempo; e pelos argentinos Pit Barrett (baixo), Julian Barrett (guitarra), Guillermo de Medio (teclado) e Nicolás Polo ( bateria) começa a tocar os primeiros acordes de "Phanton of The Opera".  A música de Barão Lloyd-Webber, que fez parte da discografia do Nightwish, leva o público à loucura. A Rainha, como seus fãs costumam chamá-la, é recebida com uma salva de palmas, gritos, é ovacionada...A plateia imediatamente fica em pé e daquele instante em diante era praticamente impossível ver alguém sentado em todo o teatro.

Confesso que comentei, quando soube que o show seria realizado num teatro, que sempre tive vontade de ver um show dela sentada, para assim degustar mais detalhadamente a sua performance. Ledo engano, impossível ficar sentada ao ouvir o "furacão" Tarja, ao vê-la.


Em tempo, para os que tinham algum receio da falta que músicos como Mike Terrana, Doug Wimbish, Max Lilja e cia, poderiam fazer na performance de Tarja, só digo uma coisa, a nova banda de Tarja não deixa nada a desejar em relação às formações estelares anteriores. Durante as trocas de roupas da cantora fomos presenteados com solos, ora de um, ora de outro. E tenho certeza, que os presentes que não conheciam os músicos, os aprovaram, são exímios músicos. Totalmente entrosados, e na minha opinião, juntos, agregaram mais peso às músicas de Tarja.

O Setlist apresentado composto por 17 músicas abrangeu desde o "My Winter Storm", passando pelo "What Lies Beneath" e o mais recente álbum solo que intitula a tour, "Colours in the Dark", além de uma música nova, que provavelmente, fará parte do vindouro álbum de Tarja, e um cover de "GoldFinger" tema de um dos filmes de James Bond, que a cantora admite ser fã e que servem de inspiração para suas composições. Tudo bem que Tarja não presentiou os gaúchos com "Over the Hills and Far Away" como fez em São Paulo, mas isso não tirou o brilho da apresentação irretocável.


Durante todo o show a cantora agradeceu diversas vezes o apoio dos fãs brasileiros. Inclusive dedicou "I walk Alone", primeiro single do álbum "My Winter Storm", ao povo que a acolheu desde sua primeira vinda ao país em carreira solo no ano de 2008. "E a próxima é sobre vocês, que estão sempre me ajudando, me apoiando, me amando..." disse Tarja e é óbvio o público vibrou  muito com o comentário.

Um dos momentos mais belos do show foi quando da execução de "Anteroom Of Death" a parte que Alex e Pit cantam junto com Tarja, ficou belíssima. Os vocais lembram os vocais de"Bohemian Rhapsody", clássico do Queen. Confesso que essa nova roupagem dada à música deixou-a ainda mais bonita, na minha opinião. Emocionante!

O clima do show foi tão incrível que Tarja decidiu ir ao encontro dos fãs, enquanto cantava  "Until Silence". Sim, a vocalista foi para o meio da plateia, que não preciso dizer, enlouqueceu, indo de um lado ao outro tentando tirar uma selfie com a Tarja, tocá-la ou simplesmente tentando ficar mais perto dela.



A cada nova tour, Tarja mostra a sua força, cada vez mais confiante e totalmente desvinculada de sua ex-banda. Ao contrário de alguns músicos que baseiam a suas carreiras solo encima das bandas as quais pertenceram, a cantora não precisa usar desses artifícios. Já fazem exatamente 10 anos que a cantora saiu da banda, e nesse período de tempo, Tarja já lançou diversos trabalhos, participou de diversos projetos e principalmente, na minha opinião, mostrou a sua face de compositora.

Tive o privilégio de assistir todos os shows que Tarja realizou em solo gaúcho e afirmo que a cada apresentação ela se supera. Dizem que a cantora não estava na sua melhor forma física, que estava gripada, ouvi dizer no programa "Todo Seu" da TV Gazeta. Penso, na hora, imagina se não tivesse, não é mesmo?

Em recente entrevista a um jornal gaúcho a cantora comentou que "canta metal, mas que também canta rock, pop, eletrônica, clássica e seja lá o que acontece entre todos estes estilos"...E foi o que se viu no palco na noite de ontem. Uma cantora madura que ousa, que tem talento suficiente para ousar e perambular em qualquer estilo musical com total maestria, e os fãs agradecem.


Fotos: Cristiane Moreira/ Divulgação Opus



Agradecimentos à Agência Cigana/ Opus Promoções pelo credenciamento.







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Um comentário:

  1. Trabalhei na produção do show de Salvador, e claro, curti muito! A Tarja é mais que maravilhosa! É muito incrível ser fã dela, meus olhos brilham!

    Não fiz uma resenha, tentei transmitir a emoção do que senti ao trabalhar na produção do show dela: http://bloglampadaacesa.blogspot.com.br/2015/10/show-de-tarja-turunen-em-salvador.html

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