quinta-feira, 2 de abril de 2015

Lluvia Funebre: bate-papo com o guitarrista, Matias Francino, em Porto Alegre



Matias Francino, guitarrista da banda chilena Lluvia Funebre, encontra-se  na capital gaúcha, Porto Alegre, passando uma temporada. Encontrei-o se apresentando na "Serenata Iluminada do Cais" no último dia 28 de março, e aproveitei para bater um papo com o músico.


Rocks: Fale sobre o CD "Música, Poeira e Asfalto" e como vem sendo a receptividade do público gaùcho ao teu trabalho?

Matias Francino: O CD foi gravado independente; tinha muitas músicas diferentes do estilo do Lluvia Funebre e eu tinha vontade de gravar elas. Como  a banda deu uma parada, eu continuei num trabalho solo. Este CD foi gravado em 2012, mas tem três músicas que foram incluidas no inicio  de 2013. Como todo trabalho independente teve a participação de músicos de diferentes estilos:  Rock, Pop, Reggae, entre outros. São tipo demos, ficou bastante legal o resultado, me agradou muito. Tem versões, covers...Estou muito contente com a receptividade do povo gaúcho, em menos de três semanas já vendi mais de 100 cópias do meu CD " Música, Poeira e Asfalto".


Rocks: Por que o tocar no Brasil?

Matias Francino: Bom, acabei aquí no Brasil. (Risos) Gosto de mostrar o meu trabalho em diferentes lugares, diferentes países. De 2012 até hoje já toquei em diferentes cidades brasileiras, toquei em outros países. Não vejo diferença tocar em um país ou em outro. Toco onde acho que tem pessoas motivadas a ouvir me ouvir, em ouvir a minha guitarra. Sempre tocarei, sempre farei música, seja no Brasil ou no país que for. Na  verdade, sigo o meu coração, e isso significa tocar em lugares que me inspirem.


Rocks: E o Lluvia Funebre?

Matias Francino: O Lluvia Funebre se apresenta em datas pré-determinadas, já que estamos todos em diferentes processos de vida.  Em 2014 fomos headliner do primeiro dia do “Puerto Rock 2014” onde nos apresentamos com a formação original da banda. Estamos terminando um novo álbum, que na verdade não sei com certeza se lançarei com o  Lluvia Funebre, ou como trabalho solo. Mas de qualquer forma, sei que é o melhor trabalho que já produzi. Aguardem.



Rocks: Te conheci com a banda, mas hoje você só apresentou covers, pretende só ficar tocando covers?

Matias Francino: Então, a gente está gravando um novo álbum, como falei antes. Este trabalho tem uma orientação mais melódica, tem algo mais comercial, mas ao mesmo tempo tem uma pegada mais forte, pesada como os sons antigos do Lluvia Funebre. Esse trabalho é todo autoral, e tem a participação de convidados como: Kell Reis e Diego Oliveira do Sacrificed (Belo Horioznte, Brasil) , a banda industrial Man On the Livng Road (Bogotá, Colombia) , Gustavo Shred , guitarrista do Blood-Dress (Mendoza, Argentina),  Gabriel Hidalgo (Chile), e conta com a produção do Rodrigo Muñoz. Acredito que em setembro será o lançamento desse álbum intitulado “Ride To Horizon”.


Rocks: O que você acha da polêmica entre músicas, bandas autorais e covers?

Matias Francino: Para ser sincero, não gosto de banda cover. Me soa como tocar algo como um xerox,  não tem graça. Agora interpretar um som e levar num estilo mais personalizado, tu consegue mostrar a tua parte criativa, é diferente. É isso que frequentemente faço e que tu acabou de ver, não é verdade? Agora, a banda cover presta por outro lado, entre aspas, um serviço para algumas pessoas, no sentido de que tem muita gente não pode pagar um ingresso para ver as suas bandas preferidas e o mais próximo que eles podem ficar dos seus ídolos e através de uma banda cover. É complicado essa questão. Tenho tocado mais covers na rua, nesse trabalho que tenho feito em locais públicos, mas frequentemente  apresento meu trabalho autoral, depende do tipo de show e público.


Rocks: Como você vê a cena aqui no Brasil? E mais especificamente no Rio Grande do Sul?

Matias Francino: Na verdade tem bastante bandas, diferentes  estilos. Tem algumas bandas muito boas. Só acho o pessoal um pouco acomodado, meio negativo. Não investem em divulgação e não vão à luta para criar seu público. O músico é que educa a galera, e o fato  é sempre acreditar em si próprio, no seu trabalho, na sua arte que sempre que vai ter público. Nada cai do céu,  acho absurdo para não dizer outra coisa, o principal que é qualidade se tem de sobra aqui.





Rocks: Agenda. Onde você vai se apresentar nesse mês?

Matias Francino: Aos Domingos no Parque Farroupilha (Redenção) pela manhã, e durante a semana depois das 16 horas na Esquina Democrática. Estou vendo alguns bares para tocar, estou aguardando umas confirmações, mas com certeza comunico através do meu facebook oficial qualquer show agendado. 


Rocks: Recado aos leitores.

Matias Francino: Agradeço o espaço da entrevista em primeiro lugar.
Acho muito importante para que outras pessoas se animem e vão até o centro, até o parque para me ver tocar.


Veja fotos da apresentação no dia 29 de março.



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