segunda-feira, 16 de março de 2015

Maestrick: entrevista para o True Metal Brazil


A equipe do True Metal Brazil entrevistou a banda MAESTRICK formada por Fabio Caldeira (Vocal e Piano), Paulo Pacheco (Guitarra), Renato "Montanha" Somera (Baixo) e Heitor Matos (Bateria).

A entrevista completíssima aborda desde como a banda surgiu,  escolha do nome da banda,  influências, formação dos integrantes, álbum debut, shows, internet, ECAD, criação das músicas, gravação do segundo álbum, entre outros assuntos.



Leia a seguir um trecho da entrevista:

Entrevistamos a banda MAESTRICK de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e que já com seu primeiro álbum alcançou e rompeu as fronteiras do nosso país. Qualidade que fica evidente logo na capa do CD. Divirtam-se com a leitura desta entrevista fantástica com a banda.

Equipe True Metal Brazil


Quando a música entrou na sua vida?

Montanha: Sempre escutei muita música, mas só comecei a tocar um instrumento em 1994 quando comecei a estudar contrabaixo. Logo em seguida montei uma banda com o Fabio na escola.

Heitor: No meu caso foi através do meu irmão o meu primeiro contato com a música. Sempre gostei de música, mas acho que tinha uns 11 anos mais ou menos, quando comecei a me interessar mais por ouvir e prestar mais atenção.

Paulo: Aos 12 anos me interessei pela guitarra e comecei estudar. Sempre me chamou atenção o som distorcido da guitarra e o solos. A partir disso descobri o estilo que buscava, que era o metal.

Fabio: Desde criança foi algo que a minha família sempre teve presente. Do lado da minha mãe, meu avô (o Pescador) sempre ouvia e cantava música sertaneja de raiz, e o irmão mais velho dela morava em Osasco, e sempre que íamos pra lá nas férias ele e a família de lá tocavam e cantavam até altas horas. Isso fez com que eu tivesse vontade de aprender a tocar violão. Do lado do meu pai, minha avó cantava desde pequena também, minhas tias cantam, meu tio e meu pai em especial, tem um talento absurdo pra cantar. Fui o primeiro a ter condições de estudar; então sempre quis fazer por merecer. Ganhei meu primeiro violão assim que comecei as aulas, com 7 ou 8 anos de idade. Tudo aconteceu de forma natural.



Quando o Metal entrou na sua vida e vocês resolveram seguir esse estilo musical?

Montanha: O Metal entrou na minha vida em 1997 quando conheci a banda SEPULTURA. Quando eu entrei na banda Helpers, primeira banda de metal que tive juntamente com o Fabio, comecei a escutar as demais vertentes do rock e do metal. Deste ponto em diante estamos seguindo o estilo Heavy Metal e misturando com demais estilos que nos influenciaram.

Heitor: Comecei a ouvir música, como disse antes, através do meu irmão. Ele já conhecia algumas bandas de rock e metal como: METALLICA, GUNS N' ROSES, ANGRA...Comecei a ouvir também. E foi o estilo que mais me agradou, então comecei a procurar outras bandas por minha conta. Por consequência, foi isso que eu quis seguir quando comecei a tocar bateria.

Fabio: O rock entrou na minha vida quando eu tinha 11 anos através do Montanha, que me apresentou o NIRVANA quando formamos nossa primeira banda. O Metal, eu comecei a ouvir através de um amigo, que levava CDs do irmão mais velho dele em uma locadora que eu costumava frequentar pra jogar videogame. Ele me apresentou HELLOWEEN, ANGRA, IRON MAIDEN e BLIND GUARDIAN. Eu tinha uns 13 anos nessa época e foi amor à primeira vista.




Como foi crescer em uma cidade pequena e curtir Metal?

Montanha: Para mim foi uma época que tive que ter muita paciência pois tínhamos de gravar as músicas das rádios em fitas K7 para escutarmos depois. Os CDs não eram fáceis de achar, a internet estava começando a se expandir, na época era internet discada, e não existiam muitas lojas online. Para fazer o download de uma música demorava em média seis horas e na nossa cidade só existiam duas lojas que vendiam CDs de Heavy Metal.

Heitor: É meio diferente na minha opinião, na escola principalmente. Eu que estudei a vida inteira em escola pública, percebia que a cultura dos meus colegas de classe com relação à música, era bem diferente da minha. Contudo, mais pra frente comecei a gostar mais dessa coisa de ser diferente e pensar diferente. (Risos)

Paulo: Nasci em São Paulo capital, fiz muitas amizades por lá e contatos, foi um aprendizado muito bom.

Fabio: Foi tranquilo, mas como o rock não era muito comum na minha família, quando decidi aos 11 anos formar a minha primeira banda, houve um zelo e uma certa preocupação. Penso que isso é comum a qualquer família que participa e que quer o melhor para os seus filhos. É algo saudável. Agora, em ciclos de amigos, você acaba encontrando sem procurar pessoas que tem os mesmos gostos que você. É óbvio que existem menos pessoas com esse perfil, mas conviver com o diferente só significa, pra mim, ecleticidade, e a ideia de que exista música boa e ruim, não importando o estilo. Acho muito legal ser uma banda do interior, porque normalmente as pessoas não esperam muito daqui. Pelo menos era comum isso há alguns anos. Mas tudo isso eu defino como falta de opção. Como muitas coisas são impostas, as pessoas não tem muito pra onde correr. Mas se você apresentar outras possibilidades, a pessoa começa a ouvir, percebe algo legal e aí começa a comparar com outras coisas e ser mais seletivo. Essa é uma das missões que o MAESTRICK tem.



Conte-nos um pouco sobre o início da banda.

Fabio: Eu e o Montanha, vínhamos de outras empreitadas musicais e nos vimos sem baterista. Foi quando uma amiga em comum nos indicou o Heitor. Nos conhecemos e ele trouxe um gás novo, ideias novas e energia positiva. Nos sentimos motivados a começar tudo do zero, com um novo conceito, isso era junho de 2006. Então decidimos para nos entrosar e compor ir para a chácara de um tio meu em uma cidadezinha aqui perto de Rio Preto. Ficamos 10 dias lá se não me engano e foi ótimo, pois muitas ideias surgiram. Mas se posso apontar algo essencial que esses dias trouxeram, foi o nosso entrosamento como amigos. Depois disso tocamos em alguns festivais, ganhamos um concurso estadual de bandas em Lins só com músicas próprias, e isso nos deu confiança para gravar nossas músicas e dar vida ao embrião do que viria a ser o “Unpuzzle!”. Gravamos um ensaio no começo de 2007, na Blue Note, escola do irmão do Heitor, com algumas músicas e pedaços de outras que tínhamos, que se eu não me engano foram em versões demo da “H.U.C.”, “Aquarela”, “Treasures of the World”,”Yellown of the Ebrium”, “Radio Active”, “Lake of Emotions” e uma outra música que acabou saindo. Levei esse material para um grande amigo nosso, o Netto Cruanes, que ouviu e disse “Eu sei quem pode produzir esse disco!”, e nos indicou o Gustavo (Carmo). Seis meses depois estávamos sentados com ele organizando a logística de como seria a gravação.



Qual a idade média dos integrantes da banda?

Fabio: Eu e o Montanha temos 30 anos, o Heitor e o Paulo são um pouco mais novos, com 26 e 22 anos, respectivamente.



Conte-nos um pouco sobre o processo de escolha do nome para a banda.

Heitor: Quem nunca passou por isso, eu aconselho a ter muita paciência, porque é bem difícil. Noites e noites com a ansiedade de achar um nome que viesse a agradar a todos. Acho que levamos mais de um ano desde que decidimos mudar o nome até encontrar o nome definitivo, “Maestrick”. O MAESTRICK  tinha outro nome, mas daí pra trás acho melhor o Fabio e o Montanha explicarem.

Fabio: Mesmo tendo ficado ainda um tempo com o outro nome, considero a entrada do Heitor o começo do MAESTRICK. Porque o espírito da banda, a energia mudou. Daí o processo também se alterou e o resultado, que era a música, já era outro. Então nossa busca pelo nome foi, desde o começo, para retratar a essência de todos nós, que é a eterna busca pelo equilíbrio. Gostamos muito de piadas, de dar risada, de brincar um com o outro, mas gostamos de nos cobrar também, de falar coisas sérias e de focar no trabalho. Demorou, como o Heitor disse, mas enfim encontramos. (Risos)



Leia a entrevista na íntegra no True Metal Brazil:
http://www.tmb1.com.br/entrevista-maestrick


Leia matéria no Metal Clube.

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